palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...
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[...] toda compreensão de algo corresponde cedo ou tarde, uma ação.<<strong>br</strong> />
Captado um desafio, compreendido, admitidas as hipóteses de resposta o<<strong>br</strong> />
homem age. A natureza da ação corresponde a natureza da compreensão.<<strong>br</strong> />
Se a compreensão é crítica ou preponderantemente crítica, ação também o<<strong>br</strong> />
será. Se é mágica a compreensão, mágica será a ação.<<strong>br</strong> />
Considerando o que pensa Freire so<strong>br</strong>e a ação humana, entendemos que<<strong>br</strong> />
o fato de utilizar como guias os ensinamentos propostos pelo autor foi de salutar<<strong>br</strong> />
importância para a condução dos seminários. Para Freire, somente um método<<strong>br</strong> />
ativo, dialogal, participante, pode propiciar o debate das situações desafiadoras<<strong>br</strong> />
postas diante de um grupo, o que nos remeteu à problematização ou ação de<<strong>br</strong> />
problematizar. Nesta perspectiva, um estudo empírico realizado por Zanotto e De<<strong>br</strong> />
Rose (2003, p. 48) interpretam o que o educador Paulo Freire propõe relativo à<<strong>br</strong> />
problematização.<<strong>br</strong> />
O que está sendo enfatizado é o sujeito práxico: a ação de problematizar<<strong>br</strong> />
acontece a partir da realidade que cerca o sujeito; a busca de explicação e<<strong>br</strong> />
solução visa a transformar aquela realidade, pela ação do próprio sujeito<<strong>br</strong> />
(sua práxis). O sujeito, por sua vez, também se transforma na ação de<<strong>br</strong> />
problematizar e passa a detectar novos problemas na sua realidade e<<strong>br</strong> />
assim sucessivamente.<<strong>br</strong> />
Com base neste fato na pesquisa-ação, seguimos na realização dos<<strong>br</strong> />
seminários para a feitura do plano de ação. Dentre as questões essenciais,<<strong>br</strong> />
destacamos as sugestões de Thiollent (2008, p. 75): “quem são os atores ou<<strong>br</strong> />
unidade de intervenção? Como se relacionam os atores e as instituições:<<strong>br</strong> />
convergências, divergências, conflito aberto? Quais são os objetivos e metas<<strong>br</strong> />
tangíveis da ação e os critérios de avaliação? Como dar continuidade à ação,<<strong>br</strong> />
apesar das dificuldades? Como assegurar a participação da população e assegurar<<strong>br</strong> />
suas sugestões? Como controlar o conjunto do processo e avaliar os resultados?”<<strong>br</strong> />
Considerando os ensinamentos de Thiollent (2008) e Freire (1992),<<strong>br</strong> />
seguimos na condução das oficinas, utilizando a perspectiva construcionista,<<strong>br</strong> />
entendendo tanto o sujeito como o objeto como construções sócio-históricas que<<strong>br</strong> />
precisam ser problematizadas e desfamiliarizadas, ou seja, implica problematizar a<<strong>br</strong> />
realidade (SPINK, 1999).<<strong>br</strong> />
que:<<strong>br</strong> />
Spink (1999, p. 77), nos seus estudos so<strong>br</strong>e construcionismo, destaca<<strong>br</strong> />
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