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25.06.2013 Views

Até, então a economia do município baseava-se em: extração de cera de<br />carnaúba, pecuária extensiva, agricultura de pequena escala,<br />principalmente de sequeiro; cerâmicas, extração de calcário; cultivo de<br />algodão e de frutas como limão e banana para suplementar à renda<br />familiar.” Predominava atividade agropecuária extensiva de base familiar<br />sustentada com técnicas tradicionais de produção, baixa produtividade do<br />trabalho, produção voltada para o sustento da família, o que não quer dizer<br />o excedente era encaminhado para o mercado. (COSTA, 2006, p. 30).<br />Considerando isso, podemos inferir que esse processo tem em média<br />dez anos, e que a preservação de áreas de florestas pode decorrer do tempo ainda<br />recente de implantação do agronegócio na região. Percebemos, também, que há<br />diversas transformações no modo de produção no Município no sentido de<br />incorporar a agricultura em larga escala.<br />Sobre o sistema de preparação do solo, conforme figura 8, para plantio, o<br />Censo Agropecuário (2006) apresenta o tipo de cultivo por número de unidades, o<br />que dificulta a análise, pois não sabemos a quantos hectares corresponde cada<br />unidade para inferirmos as consequências para a terra em relação à forma de<br />cultivo.<br />Tipo de cultivo Unidades<br />Cultivo convencional (aração mais gradagem) ou gradagem profunda - Número de<br />estabelecimentos agropecuários<br />Cultivo mínimo (só gradagem) - Número de estabelecimentos agropecuários 247<br />Plantio direto na palha - Número de estabelecimentos agropecuários 77<br />Figura 8 – Quadro referente ao sistema de preparação do solo, Quixeré, 2006<br />Fonte: Dados do IBGE obtidos do Censo Agropecuário 2006<br />Em relação aos produtos da lavoura temporária, como pode ser visto na<br />figura 9, temos a produção do milho, que corresponde a 14.778 toneladas, seguido<br />do feijão fradinho (2.488 toneladas). Estes produtos não são cultivados pelo<br />agronegócio, sendo, portanto, uma produção decorrente dos pequenos produtores<br />rurais do Município.<br />414<br />81

Produtos da lavoura Nº de<br />estabelecimentos<br />Quantidade em<br />tonelada<br />82<br />Valor da produção<br />por mil reais<br />Feijão de corda em grão 198 537 499<br />Feijão fradinho em grão 387 2.488 1.710<br />Mandioca (aipim, macaxeira) 7 2 1<br />Milho em grão 654 14.778 4.862<br />Figura 9 – Quadro referente aos produtos da lavoura temporária, Quixeré, 2006.<br />Fonte: dados do IBGE obtidos do Censo Agropecuário 2006<br />Em relação aos trabalhadores no Município, o Censo Agropecuário 2006<br />apresenta um quantitativo de 5.667 pessoas, entre homens e mulheres, conforme<br />figura 10. Este número é bastante significativo em relação à população total do<br />Município na faixa etária acima de 14 anos até mais de 80 anos, que corresponde<br />segundo os dados do IBGE (2007), a um total de 11.138 habitantes. Isso demonstra<br />que metade da população do Município está envolvida nesse tipo de atividade de<br />trabalho.<br />Total de pessoas<br />Homens 4.463<br />Mulheres 1.204<br />Homens com 14 anos e mais de idade 4.431<br />Mulheres com 14 anos e mais de idade 1.191<br />Figura 10 - Quadro referente ao pessoal ocupado em estabelecimentos<br />agropecuários, por sexo e idade, em Quixeré, 2006<br />Fonte: Dados do IBGE obtidos do Censo Agropecuário 2006<br />Nesse sentido, Costa (2006) aponta que a reestruturação da atividade<br />agrícola acontece de forma heterogênea no espaço agrário de Quixeré e enumera<br />como consequência a fragmentação do território e do trabalho assalariado<br />associado a uma intensa concentração de terras no domínio produtivo de empresas

Até, então a economia do município baseava-se em: extração de cera de<<strong>br</strong> />

carnaúba, pecuária extensiva, agricultura de pequena escala,<<strong>br</strong> />

principalmente de sequeiro; cerâmicas, extração de calcário; cultivo de<<strong>br</strong> />

algodão e de frutas como limão e banana para suplementar à renda<<strong>br</strong> />

familiar.” Predominava atividade agropecuária extensiva de base familiar<<strong>br</strong> />

sustentada com técnicas tradicionais de produção, baixa produtividade do<<strong>br</strong> />

trabalho, produção voltada para o sustento da família, o que não quer dizer<<strong>br</strong> />

o excedente era encaminhado para o mercado. (COSTA, 2006, p. 30).<<strong>br</strong> />

Considerando isso, podemos inferir que esse processo tem em média<<strong>br</strong> />

dez anos, e que a preservação de áreas de florestas pode decorrer do tempo ainda<<strong>br</strong> />

recente de implantação do agronegócio na região. Percebemos, também, que há<<strong>br</strong> />

diversas transformações no modo de produção no Município no sentido de<<strong>br</strong> />

incorporar a agricultura em larga escala.<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>e o sistema de preparação do solo, conforme figura 8, para plantio, o<<strong>br</strong> />

Censo Agropecuário (2006) apresenta o tipo de cultivo por número de unidades, o<<strong>br</strong> />

que dificulta a análise, pois não sabemos a quantos hectares corresponde cada<<strong>br</strong> />

unidade para inferirmos as consequências para a terra em relação à forma de<<strong>br</strong> />

cultivo.<<strong>br</strong> />

Tipo de cultivo Unidades<<strong>br</strong> />

Cultivo convencional (aração mais gradagem) ou gradagem profunda - Número de<<strong>br</strong> />

estabelecimentos agropecuários<<strong>br</strong> />

Cultivo mínimo (só gradagem) - Número de estabelecimentos agropecuários 247<<strong>br</strong> />

Plantio direto na palha - Número de estabelecimentos agropecuários 77<<strong>br</strong> />

Figura 8 – Quadro referente ao sistema de preparação do solo, Quixeré, 2006<<strong>br</strong> />

Fonte: Dados do IBGE obtidos do Censo Agropecuário 2006<<strong>br</strong> />

Em relação aos produtos da lavoura temporária, como pode ser visto na<<strong>br</strong> />

figura 9, temos a produção do milho, que corresponde a 14.778 toneladas, seguido<<strong>br</strong> />

do feijão fradinho (2.488 toneladas). Estes produtos não são cultivados pelo<<strong>br</strong> />

agronegócio, sendo, portanto, uma produção decorrente dos pequenos produtores<<strong>br</strong> />

rurais do Município.<<strong>br</strong> />

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