25.06.2013 Views

palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...

palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...

palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Dessa forma, concordamos com as ideias de Augusto e Franco Netto<<strong>br</strong> />

(2006), quando acertam que ainda estamos longe de uma saúde pública<<strong>br</strong> />

transformadora da realidade sanitária e, apesar do avanço conceitual da Reforma<<strong>br</strong> />

Sanitária, o SUS é operacionalizado de forma limitada, centrado na atividade<<strong>br</strong> />

médico-assistencial curativa. Reconhecemos, pois, que o estabelecimento de uma<<strong>br</strong> />

política pública de “saúde e ambiente” significa, para esses autores, atuar numa<<strong>br</strong> />

direção contra-hegemônica, em oposição a uma saúde pública não emancipadora.<<strong>br</strong> />

Conforme o Ministério da Saúde, na perspectiva da saúde ambiental,<<strong>br</strong> />

busca-se compreender o ambiente como um território vivo, dinâmico,<<strong>br</strong> />

reflexo de processos políticos, históricos, econômicos, sociais e culturais,<<strong>br</strong> />

onde se materializa a vida humana e a sua relação com o universo. É<<strong>br</strong> />

necessária e urgente a adoção de uma prática de saúde voltada para os<<strong>br</strong> />

determinantes e condicionantes da saúde, a partir da qual se poderia<<strong>br</strong> />

construir mais um novo ciclo do SUS. (BRASIL, 2007, p.13).<<strong>br</strong> />

Acatando isso, acreditamos que a saúde ambiental se constitui rumo à<<strong>br</strong> />

efetivação no SUS, e que explorar a interface da saúde com o ambiente está em<<strong>br</strong> />

consonância com a instituição de uma política que expresse a multiplicidade de<<strong>br</strong> />

forças interativas produzidas em torno da promoção do bem-estar e da saúde<<strong>br</strong> />

humana (BRASIL, 2007).<<strong>br</strong> />

Concordamos com Lourenço e Bertani (2007), quando ressaltam que, no<<strong>br</strong> />

decorrer dos últimos 15 anos, apesar dos limites marcados pelo clientelismo,<<strong>br</strong> />

populismo e paternalismo presentes na Administração Pública, o SUS logra<<strong>br</strong> />

solidificar as bases para o direito à saúde com ênfase na gestão democrática e<<strong>br</strong> />

participativa.<<strong>br</strong> />

Dizemos isso, para destacar que a política de saúde ambiental constitui<<strong>br</strong> />

assim como o SUS, um avanço nesse contexto, como bem relataram os autores há<<strong>br</strong> />

pouco citado.<<strong>br</strong> />

Apesar de Tambellini e Câmara (1998) tecerem uma crítica à temática<<strong>br</strong> />

saúde e ambiente inserida no âmbito da saúde coletiva, acentuando que algumas<<strong>br</strong> />

concepções de ambiente ficaram fora do foco dessa área; acreditamos que cabe ao<<strong>br</strong> />

campo a<strong>br</strong>açar essas questões. Esses autores identificam práticas frágeis e<<strong>br</strong> />

incipientes de uma saúde ambiental pautada no modelo epidemiológico tradicional,<<strong>br</strong> />

especialmente naquelas áreas que têm como objeto as doenças parasitárias,<<strong>br</strong> />

66

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!