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acompanhando a democratização do Brasil, no campo específico denominado<<strong>br</strong> />
saúde do trabalhador (MINAYO-GOMEZ; THEDIM-COSTA, 1997).<<strong>br</strong> />
A saúde do trabalhador é uma área da saúde pública que define os<<strong>br</strong> />
grupos de indivíduos considerados trabalhadores, quais os determinantes e as<<strong>br</strong> />
bases legais para as ações de saúde nesse campo e o detalhamento do conjunto de<<strong>br</strong> />
atividades expressas na Lei Orgânica da Saúde (BRASIL, 2001). Como área do<<strong>br</strong> />
campo científico e de produção de conhecimentos, insere-se na saúde coletiva,<<strong>br</strong> />
terreno de práticas sanitárias, sociais ou de investigação, que incorpora os sujeitos,<<strong>br</strong> />
os movimentos sociais e os serviços de saúde.<<strong>br</strong> />
Como campo, a saúde do trabalhador é constituída no Brasil, como<<strong>br</strong> />
também na América Latina nos anos 1970, relacionado com o processo econômico,<<strong>br</strong> />
político e social do Continente, conforme relata Laurel (1985). A autora considera<<strong>br</strong> />
que o desencadeamento de ações nesse campo e o desenvolvimento de estudos<<strong>br</strong> />
nessa área manifestam-se tardiamente na América Latina, já que a relação entre o<<strong>br</strong> />
trabalho e o processo saúde-doença está presente desde a Revolução Industrial no<<strong>br</strong> />
século XIX, na Europa.<<strong>br</strong> />
Muitas transformações ocorrem no mundo do trabalho e as ações de<<strong>br</strong> />
saúde nesse espaço de atuação evoluem da concepção so<strong>br</strong>e a causalidade das<<strong>br</strong> />
doenças para a Medicina do Trabalho centrada na figura do médico e orientada pela<<strong>br</strong> />
Teoria da Unicausalidade. A concepção de saúde ocupacional avança numa<<strong>br</strong> />
proposta interdisciplinar e enriquece essas ações, com base na higiene industrial e<<strong>br</strong> />
incorporando a Teoria da Multicausalidade. Com conhecimentos oriundos da<<strong>br</strong> />
Medicina Social latino-americana, os teóricos desse campo ampliam mais um pouco<<strong>br</strong> />
a visão e contribuem com propostas que se consolidam no âmbito da Reforma<<strong>br</strong> />
Sanitária <strong>br</strong>asileira (MINAYO-GOMEZ; THEDIM-COSTA, 1997)<<strong>br</strong> />
Vasconcelos e Pignati (2006) ajudam-nos a compreender os grandes<<strong>br</strong> />
desafios que significa essa evolução conceitual e operacional, quando dizem que a<<strong>br</strong> />
Medicina do Trabalho nasce fora do paradigma da saúde pública e fora dela<<strong>br</strong> />
permanece na maioria dos países, sendo o Brasil o único país de estrutura<<strong>br</strong> />
capitalista que intenta reaver a seara das relações saúde-trabalho para o espectro<<strong>br</strong> />
de a<strong>br</strong>angência das políticas públicas de saúde desde a Lei Orgânica da Saúde, de<<strong>br</strong> />
1990. Relatam que essa trajetória acontece em primeira instância da Medicina do<<strong>br</strong> />
Trabalho para a saúde ocupacional como reconhecimento da necessidade de<<strong>br</strong> />
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