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necessidade da combinação de ações de vários setores da sociedade (FAUSTO;<br />
MATTA, 2007).<br />
No Brasil, a Reforma Sanitária, movimento precursor do SUS, refletia os<br />
princípios pautados na APS. O ideário do movimento era a reversão da lógica da<br />
assistência à saúde vigente no País (médico-assistencial privatista). Os reformistas<br />
lutavam pela universalização do direito à saúde, unificação dos serviços prestados<br />
em sistema, a integralidade das ações. Pelo exposto, fica evidente que a saúde<br />
passava a assumir um sentido mais abrangente (BAPTISTA, 2007).<br />
Esse processo ganhou expressividade na VIII Conferência Nacional de<br />
Saúde, em 1986, reunindo documentos que, levados à Assembleia Constituinte<br />
originou o Texto Constitucional que aprovou o SUS em 1988 (AUGUSTO; FRANCO<br />
NETTO, 2006).<br />
A feitura desse modelo de atenção em saúde traz novas proposições<br />
acerca da concepção de saúde para o povo brasileiro, sendo fundamental para<br />
nortear o desenvolvimento das ações de saúde no País. Desde então, todo um<br />
movimento de reestruturação e reorganização do modelo assistencial brasileiro com<br />
vistas a efetivar a saúde como direito de cidadania está acontecendo, e ademais, se<br />
configura e avança ao longo desses 20 anos com dificuldades e desafios.<br />
Assim sendo, promover uma reflexão crítica à luz dessas proposições,<br />
dialogando com o arcabouço jurídico e epistemológico de duas políticas<br />
consideradas basilares e expressivas da concretude do direito à saúde, quais<br />
sejam, a política de saúde ambiental e a política de saúde do trabalhador, é o que<br />
propomos, tendo como categoria analítica o desenvolvimento de ações integrais em<br />
saúde no SUS, como explicitamos na figura 2.<br />
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