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palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...

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inteligência, na feitura do seu trabalho. Como garantir a vida potencializando o<<strong>br</strong> />

desenvolvimento humano no sertão, desa<strong>br</strong>ochar a natureza por meio do canto da<<strong>br</strong> />

asa <strong>br</strong>anca e não do ronco barulhento dos motores?<<strong>br</strong> />

Compreendemos que a relação do cearense, notadamente da população<<strong>br</strong> />

do sertão, com o trabalho tem peculiaridades diretamente im<strong>br</strong>icadas com o<<strong>br</strong> />

ambiente em que vive a população. No sertão, até a década de 1980, se vivia da<<strong>br</strong> />

pecuária (criação de gado e produção de carne por pequenos proprietários rurais) e<<strong>br</strong> />

da agricultura de subsistência, em que se produziam arroz, milho, feijão, mandioca,<<strong>br</strong> />

cultivada nos períodos de chuva, e da produção de algodão.<<strong>br</strong> />

Esse panorama mudou bastante nos últimos anos. Hoje o Estado tem<<strong>br</strong> />

fortes atrativos turísticos, contando mais de dois milhões de visitantes por ano e tem<<strong>br</strong> />

no setor de serviços o maior percentual (70,91%) da riqueza produzida no Ceará,<<strong>br</strong> />

seguido do setor industrial que enseja 23,07% da riqueza do Estado e da<<strong>br</strong> />

agropecuária, com 6,02%. (ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO CEARÁ, 2007).<<strong>br</strong> />

Percebemos que o trabalho ou o modo de produção de hoje é bem<<strong>br</strong> />

diferente de outrora. Como já mencionado, a população rural diminuiu<<strong>br</strong> />

consideravelmente, sendo o Estado considerado urbano, haja vista que das mais de<<strong>br</strong> />

oito milhões de pessoas que vivem no Ceará, 75% vivem em áreas urbanas, sendo<<strong>br</strong> />

isso um indicador das transformações decorrentes do modelo de desenvolvimento.<<strong>br</strong> />

Consideramos relevante essa <strong>br</strong>eve introdução da relação do sertanejo<<strong>br</strong> />

cearense com o seu ambiente, porque entendemos que isso antecede quaisquer<<strong>br</strong> />

preocupações com o desencadear da política de saúde, especialmente das ações<<strong>br</strong> />

propostas pelas políticas de saúde ambiental e saúde do trabalhador. Para a<<strong>br</strong> />

implantação destas políticas no território cearense, na contemporaneidade, faz-se<<strong>br</strong> />

imprescindível a compreensão histórico-social do Estado.<<strong>br</strong> />

A saúde dos cearenses sob o prisma histórico em que está situado o<<strong>br</strong> />

Estado, em relação aos estados da região Sul do País, mesmo que em análise por<<strong>br</strong> />

meio da leitura gélida, que os dados nos oferecem, apresenta profundas<<strong>br</strong> />

desigualdades de indicadores de morbimortalidade.<<strong>br</strong> />

Apesar de o contexto ora mencionado fazer parecer que o Estado se<<strong>br</strong> />

apresenta com um cenário acalentador, há que se compreender que provavelmente<<strong>br</strong> />

impactos socioculturais decorreram nesse processo de urbanização, bem como no<<strong>br</strong> />

estado de saúde da população como um todo, haja vista a rapidez com que a<<strong>br</strong> />

urbanização está se efetivando.<<strong>br</strong> />

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