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palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...

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desenvolvimento capitalista e os impactos no modo de vida e à saúde da população<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileira.<<strong>br</strong> />

O modelo de desenvolvimento sob o qual estamos vivendo condiciona as<<strong>br</strong> />

relações sociais e econômicas e acentua os riscos para a saúde e o<<strong>br</strong> />

ambiente. A maior implicação desses fatos é o processo de intensa<<strong>br</strong> />

degradação ambiental vivenciado por nós, o qual tem conseqüências<<strong>br</strong> />

diretas so<strong>br</strong>e as condições de saúde das populações e a qualidade da vida.<<strong>br</strong> />

(AUGUSTO; MOISES, 2009, p. 22).<<strong>br</strong> />

Para estes autores, o Brasil apresenta extraordinária biodiversidade e<<strong>br</strong> />

possui enorme potencial instalado para desenvolver ações integradas em relação a<<strong>br</strong> />

questão ambiental, no entanto destacam que, do ponto de vista programático, esta<<strong>br</strong> />

discussão ainda não é priorizada conforme a necessidade apresentada no atual<<strong>br</strong> />

contexto do País, e inferem que a forma de atuação demonstra processos<<strong>br</strong> />

contraditórios, opondo políticas públicas entre si. Os autores aprofundam a<<strong>br</strong> />

discussão so<strong>br</strong>e desenvolvimento sinalizando que há de se reconhecer as<<strong>br</strong> />

necessidades de mudança deste modelo de desenvolvimento das sociedades atuais<<strong>br</strong> />

com o compromisso de proteger os ambientes e a saúde das populações<<strong>br</strong> />

(AUGUSTO; MOISES, 2009).<<strong>br</strong> />

Compreendemos, então, que, transcorridas algumas décadas, em que<<strong>br</strong> />

muito se fez e muito se destruiu nessa busca incansável do desenvolvimento, há<<strong>br</strong> />

ainda muito que avançar em relação à saúde-ambiente-trabalho no Ceará e no<<strong>br</strong> />

Brasil.<<strong>br</strong> />

Muitas pessoas no Ceará conseguiram ter acesso a água, alimentação,<<strong>br</strong> />

saúde, emprego e moradia. Então não estaríamos no caminho certo? Talvez nós<<strong>br</strong> />

cearenses, implicados com tudo isso de forma fatalista e pouco humanística,<<strong>br</strong> />

tenhamos a dizer que crianças foram salvas, que o PIB cresceu, como veremos<<strong>br</strong> />

adiante no texto.<<strong>br</strong> />

Será, porém, que se não há um silêncio, um pesar de quem não teve e<<strong>br</strong> />

não terá a oportunidade de se dizer? Perguntamos isso preocupada em<<strong>br</strong> />

compreender e perceber o bem-estar coletivo, que não nos parece estar<<strong>br</strong> />

concretizado para muitos cearenses, de forma universal e igualitária. Como ser<<strong>br</strong> />

socialmente estamos inseridos em um modelo de produção mecanizado, que se põe<<strong>br</strong> />

como o senhor da vida, cerceando a liberdade da bordadeira, da rendeira, do<<strong>br</strong> />

pescador, do agricultor, do lavrador, de utilizarem as mãos, a criatividade, a<<strong>br</strong> />

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