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palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...

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Desde os anos 60, o incentivo à industrialização tem sido uma vertente<<strong>br</strong> />

importante dos Planos de Governo no Ceará. Mais uma vez, a indústria é<<strong>br</strong> />

colocada como caminho para o desenvolvimento, justificada aqui pela<<strong>br</strong> />

necessidade de geração de emprego e também por ser atividade menos<<strong>br</strong> />

vulnerável aos limites impostos pelo semi-árido.<<strong>br</strong> />

Essa compreensão do desenvolvimento econômico ensejando melhoria<<strong>br</strong> />

da qualidade de vida para o sertão fez-se presente, principalmente nas últimas<<strong>br</strong> />

décadas, como ferramenta estatal de propiciar o desenvolvimento do sertão.<<strong>br</strong> />

Tendo em vista as precárias condições de vida a que estava submetida a<<strong>br</strong> />

população e, também, a cultura do desenvolvimento econômico como produtor de<<strong>br</strong> />

melhoria de qualidade de vida, há alguns séculos pela sociedade ocidental, há de se<<strong>br</strong> />

esperar que esse desejo de transformação social e econômica fosse ardente na<<strong>br</strong> />

população, sequiosa de igualdade, justiça, comida e água!<<strong>br</strong> />

A forma de alçar voos em busca da liberdade, da riqueza, de colocar-se<<strong>br</strong> />

nacionalmente como um Estado protagonista de uma história de conquistas e<<strong>br</strong> />

transformações sociais, em meio à po<strong>br</strong>eza, que até o momento, era tão estéril e<<strong>br</strong> />

cruel para com o povo, não seria o desenvolvimento econômico?<<strong>br</strong> />

Segundo Castoriadis (apud RIGOTTO, 1976, p. 77), o desenvolvimento é<<strong>br</strong> />

[...] a progressão em direção à maturidade, à capacidade de crescer sem<<strong>br</strong> />

fim, colocada como norma natural, tendo como postulados a racionalidade<<strong>br</strong> />

dos mecanismos econômicos, a concepção de que o homem e a<<strong>br</strong> />

sociedade estão naturalmente predestinados ao progresso e ao<<strong>br</strong> />

crescimento, a onipotência virtual da técnica, a ilusão assintótica relativa<<strong>br</strong> />

ao conhecimento científico.<<strong>br</strong> />

Alguns autores, teorizando so<strong>br</strong>e o tema na atualidade, apontam as<<strong>br</strong> />

crises desse modelo de desenvolvimento capitalista que se apresenta de forma<<strong>br</strong> />

global, repercutindo em todas as formações econômico-sociais, com impacto so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

a qualidade de vida e do ambiente com as consequentes repercussões à saúde<<strong>br</strong> />

humana (SABROZA, 1992). Este tema é amplamente debatido e discutido e a<<strong>br</strong> />

saúde pública dá passos no sentido de compreender as implicações à saúde<<strong>br</strong> />

advindas desse processo. Em especial os intelectuais dos campos da saúde<<strong>br</strong> />

ambiental e saúde do trabalhador avançam nesse debate teórico so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

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