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palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...

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E o mesmo verão<<strong>br</strong> />

Meu Deus, meu Deus<<strong>br</strong> />

Entonce o nortista<<strong>br</strong> />

Pensando consigo<<strong>br</strong> />

Diz: "isso é castigo<<strong>br</strong> />

não chove mais não"<<strong>br</strong> />

Ai, ai, ai, ai<<strong>br</strong> />

(Trecho do poema Triste Partida do Patativa do Assaré)<<strong>br</strong> />

A convivência do sertanejo com o semiárido encontra-se muito bem<<strong>br</strong> />

relatada na literatura cearense, na música, na religiosidade, nos cordéis que<<strong>br</strong> />

expressam o envolvimento do povo cearense com a natureza.<<strong>br</strong> />

Já faz três noites<<strong>br</strong> />

Que pro norte relampeia<<strong>br</strong> />

A asa <strong>br</strong>anca<<strong>br</strong> />

Ouvindo o ronco do trovão<<strong>br</strong> />

Já bateu asas<<strong>br</strong> />

E voltou pro meu sertão<<strong>br</strong> />

Ai, ai eu vou me embora<<strong>br</strong> />

Vou cuidar da plantação<<strong>br</strong> />

A seca fez eu desertar da minha terra<<strong>br</strong> />

Mas felizmente Deus agora se alem<strong>br</strong>ou<<strong>br</strong> />

De mandar chuva<<strong>br</strong> />

Pr'esse sertão sofredor<<strong>br</strong> />

Sertão das muié séria<<strong>br</strong> />

Dos homes trabaiador<<strong>br</strong> />

Rios correndo<<strong>br</strong> />

As cachoeira tão zoando<<strong>br</strong> />

Terra moiada<<strong>br</strong> />

Mato verde, que riqueza<<strong>br</strong> />

E a asa <strong>br</strong>anca<<strong>br</strong> />

Tarde canta, que beleza<<strong>br</strong> />

Ai, ai, o povo alegre<<strong>br</strong> />

Mais alegre a natureza<<strong>br</strong> />

Sentindo a chuva<<strong>br</strong> />

Eu me arrescordo de Rosinha<<strong>br</strong> />

A linda flor<<strong>br</strong> />

Do meu sertão pernambucano<<strong>br</strong> />

E se a safra<<strong>br</strong> />

Não atrapaiá meus pranos<<strong>br</strong> />

Que que há, o seu vigário<<strong>br</strong> />

Vou casar no fim do ano.<<strong>br</strong> />

(A volta da asa <strong>br</strong>anca – Zé Dantas e Luís Gonzaga)<<strong>br</strong> />

A relação saúde-ambiente no Ceará sempre foi permeada de mudanças<<strong>br</strong> />

e, na contemporaneidade, esta relação experimenta profundas transformações que<<strong>br</strong> />

estão sendo intensificadas pelo fomento de novos empreendimentos, que visam ao<<strong>br</strong> />

desenvolvimento econômico do Estado pautado, na agenda de interesses do capital<<strong>br</strong> />

e apoiado pelo ente estatal. Rigotto (2004, p. 205) em sua tese de doutorado,<<strong>br</strong> />

falando so<strong>br</strong>e o desenvolvimento do semiárido, evidencia que<<strong>br</strong> />

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