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específicos e mensuráveis. Assim, é essencial discutir na perspectiva de interrelação,<br />
e não focalizar apenas em agravos.<br />
O controle social e as práticas dos profissionais de saúde e a ação<br />
intersetorial ainda apresentam uma grande distância de um modelo de atenção<br />
centrado na saúde, contribuindo para que perdure a pouca utilização dos<br />
instrumentos, de análise situacional, como a territorialização, os sistemas de<br />
informação em saúde e o planejamento participativo. Alguns destes instrumentos,<br />
apesar de limitados, sequer são conhecidos, como, por exemplo, as fichas que<br />
devem ser utilizadas na notificação ao sistema nacional de agravos notificáveis em<br />
casos de intoxicação por agrotóxicos.<br />
Essas questões são importantes para percebermos o lugar onde nos<br />
situamos na execução destas políticas no âmbito local e traçar coletivamente<br />
estratégias que garantam, por exemplo:<br />
que os trabalhadores da chapada do Apodi sejam vistos, ouvidos,<br />
acolhidos;<br />
que a ação intersetorial possa ser o caminho que mais nos<br />
aproxima na busca de garantir o acesso a moradia, comida e<br />
trabalho digno – condições necessárias à saúde, e que os desafios<br />
observados na assimetria de forças entre os agentes locais e os<br />
grandes empreendedores, reforçados pelo Estado, possam ser<br />
pautados e discutidos na produção dessa ação intersetorial, com<br />
base nos territórios vivos e singulares;<br />
que possam ser revistos os mecanismos regulatórios e de<br />
planejamento das políticas públicas que interferem na saúde com a<br />
participação das comunidades e do setor saúde;<br />
que sejam desenvolvidos processos de educação libertadora, que<br />
promovam autonomia e criticidade, rompendo com o despreparo<br />
dos profissionais de saúde em abordar questões complexas e com<br />
a desinformação das comunidades;<br />
que APS seja capacitada para ser vigilante do território,<br />
incorporando a dimensão do trabalho e ambiente, abrindo<br />
perspectivas para a efetiva inversão do modelo de atenção, do<br />
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