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palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...

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Não podemos conceber saúde sem desenvolver uma empatia com o<<strong>br</strong> />

ambiente e as pessoas usuárias do sistema de saúde. Um sistema de saúde<<strong>br</strong> />

integrado é capaz de desenvolver ações integrais; sem isso, as ações de saúde<<strong>br</strong> />

permanecem fragmentadas, pois não fazem parte da essência do sistema – ele não<<strong>br</strong> />

é. Se ele não é entendido como complementar, identificando-se as interseções que<<strong>br</strong> />

há, pode-se correr o risco de continuarmos formulando políticas isoladas que muitas<<strong>br</strong> />

vezes são conflitantes no plano operativo no território local.<<strong>br</strong> />

Partindo desse entendimento, acreditamos que a amplitude e<<strong>br</strong> />

complexidade dos problemas locais exigem o reconhecimento do pouco saber-fazer<<strong>br</strong> />

que temos incorporado em todos os pontos do sistema, em relação à ideia ampliada<<strong>br</strong> />

de saúde.<<strong>br</strong> />

Nessa perspectiva, a saúde ambiental e a saúde do trabalhador no SUS<<strong>br</strong> />

podem contribuir para aprendermos a agir considerando as inter-relações ambiente-<<strong>br</strong> />

produção e os impactos à saúde, tanto no plano específico como no genérico; ou<<strong>br</strong> />

seja, percebemos que estas políticas, sendo vivas nas práticas de saúde no âmbito<<strong>br</strong> />

local, podem nos possibilitar um salto qualitativo das ações de saúde dentro de uma<<strong>br</strong> />

lógica integrada. Ensaia-se, com efeito, um caminho para transitarmos de um<<strong>br</strong> />

paradigma centrado na doença e tecnoburocrata para um pensamento alicerçado<<strong>br</strong> />

nos valores positivos que constituem o bem-estar e promovem vida, incorporando<<strong>br</strong> />

as dimensões ambiente e trabalho na atenção à saúde.<<strong>br</strong> />

As políticas de saúde ambiental e saúde do trabalhador são<<strong>br</strong> />

interdependentes e precisam, essencialmente, para tornarem-se efetivas, do<<strong>br</strong> />

desenvolvimento da ação intersetorial. Isso, porque estas políticas estão situadas na<<strong>br</strong> />

inter-relação trabalho-ambiente-saúde. A ação em saúde ambiental e saúde do<<strong>br</strong> />

trabalhador requer muito mais do que dialogar com campos disciplinares distintos,<<strong>br</strong> />

pois exige apropriar-se de novos meios de reconhecer a realidade.<<strong>br</strong> />

Com base em tal reflexão, apontamos para o setor saúde a necessidade<<strong>br</strong> />

inquestionável de avançar na execução da política de educação permanente,<<strong>br</strong> />

utilizando metodologias que dialoguem com a complexidade dos territórios,<<strong>br</strong> />

promovendo o desenvolvimento de uma consciência crítica nos profissionais da<<strong>br</strong> />

saúde. A incipiência dos processos de formação na abordagem da categoria<<strong>br</strong> />

trabalho e ambiente, tanto para a formação técnica como para as graduações da<<strong>br</strong> />

saúde de uma forma geral, em adição aos cursos de qualificação para APS em nível<<strong>br</strong> />

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