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os profissionais de saúde. É fundamental para o SUS, em consonância com sua<br />
proposta, romper com essa invisibilidade, elucidar as consequências e também<br />
traçar estratégias para que as comunidades se apoderem desses desafios e<br />
possam pensar e estruturar ações de saúde compatíveis com as suas<br />
necessidades. Como nos disse um participante deste estudo, ‘eu posso tá<br />
apagando um foguinho’, mas isso é insuficiente e incongruente com a proposta do<br />
SUS.<br />
Algumas questões básicas precisam ser respondidas, dentre elas: Quem<br />
controla o quê no território? O que compete ao mercado? O que compete ao SUS?<br />
O que compete aos demais segmentos sociais? O que compete ao Estado?<br />
Parece-nos que operacionalizar as políticas públicas consiste em um<br />
desafio municipal e estadual diante da lógica capitalista. Afirmamos isso,<br />
considerando as falas apresentadas pelos nossos interlocutores quanto ao<br />
desconhecimento sobre: política de saúde do trabalhador e ambiental – ou seja, o<br />
papel do SUS – além das questões apresentadas sobre o papel dos órgãos<br />
ambientais, do poder público, dos sindicatos para citar só alguns.<br />
A maneira de utilização dos bens naturais, por exemplo, de forma<br />
exacerbada e violenta pelos processos produtivos (agronegócio), caracterizando um<br />
processo de degradação ambiental que acontece às vistas dos órgãos competentes,<br />
ou melhor, responsáveis, e tão incompetentes e irresponsáveis no seu fazer nos<br />
induz a pensar que o Estado se torna parceiro e colaborador no território, servindo<br />
aos interesses do capital e não das necessidades humanas.<br />
Faltam-nos muitas respostas convincentes! Temos respostas evasivas e<br />
desconexas! Pensando, porém no SUS, que propomos e que já apresentamos,<br />
concebendo-o como uma proposta de saúde pública solidária e humanitária, nos<br />
preocupemos com o desafio que grita à nossa porta como agentes do SUS.<br />
Inicialmente, precisamos assumir os limites atuais das políticas públicas<br />
no País, e, de forma cidadã, promover o engajamento dos outros setores na<br />
formulação e execução das políticas que interferem na saúde humana, não sendo<br />
mais possível fazer saúde considerando esta como uma responsabilidade única e<br />
setorial, mas como resultante da ação de políticas integradas e humanísticas.<br />
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