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Trazemos o pensamento de Merhy para nos auxiliar na reflexão que<br />
estamos desenvolvendo sobre a integralidade da atenção, que, para ele, deve estar<br />
amarrada à construção de um agir ético-político intransigente com a produção da<br />
vida, ou seja um agir que seja permanentemente um ato autopoiético, no qual a vida<br />
produza vida. (MERHY, 2005, p. 1) Essa maneira de produzir vida, entrelaça-se ao<br />
desejo, que é expresso na fala dos participantes do nosso grupo, quando, em<br />
contato com as necessidades de saúde, descortina a violação dos direitos<br />
individuais e coletivos, identifica a importância da ação na preservação da vida no<br />
território e expressa suas esperanças nascidas nesse processo.<br />
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[...] parabenizar pelo trabalho que tem sido feito por esse grupo, inclusive<br />
aqui nós temos [...] a educação [...] a saúde e mais [...] o trabalhador [...] foi<br />
um trabalho muito importante. Discutimos aqui muitas coisas importantes<br />
que precisa que aconteça e que vai acontecer, para que as pessoas se<br />
sintam melhor [...] com certeza esse trabalho vai trazer muito resultado para<br />
cá, e estou dentro do grupo e quero fortalecer mais ainda, trazer mais [..]<br />
vereadores para [...] discutir o que nós já discutimos aqui [...] convidar o<br />
secretário de educação, o secretário [...] de obras, de agricultura para que<br />
possa discutir e possa fortalecer mais ainda para [...] trazer bons resultados<br />
para cá, que é o [...] pensamento do grupo, e vai dar um [...] grande<br />
resultado para Lagoinha[...]. (Grupo de pesquisa).<br />
Os desafios são grandiosos, mas também estimulantes da criatividade.<br />
Precisam ser enfrentados e transpostos de uma maneira singular, única e própria de<br />
cada lugar, expressando o compromisso com um modo de vida baseado em<br />
princípios que garantam a dignidade humana e a preservação das condições<br />
necessárias à manutenção da vida. É necessário repensar e reconstruir um modo<br />
de viver dialogando com o que nos aponta Merhy (2005, p. 2) “Produzir modos de<br />
viveres coletivos, que, ao construírem vida não gerem destruição, não só é possível<br />
como é um desafio a ser fabricado diariamente pelos coletivos sociais, em geral, e<br />
pelos coletivos de trabalhadores, em particular”. Quando assim fala, o autor se<br />
refere aos trabalhadores da saúde, e, ampliamos tal asserção para todos os<br />
trabalhadores da educação, da ação social, de esportes, lazer, meio ambiente,<br />
dentre outras, para ser coerente com o nosso compromisso de fazer saúde dentro<br />
do conceito ampliado, que é tão bem dito pelo nosso grupo: ‘convidar o secretário<br />
de educação, o secretário [...] de obras, de agricultura pra que possa discutir e