palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...
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uma territorialização em saúde por estar sufocada por uma demanda assistencial, e,<<strong>br</strong> />
que apesar de não apresentar os requisitos mínimos referidos, como, por exemplo,<<strong>br</strong> />
o número e categorias de profissionais determinados, elencar ações dessa<<strong>br</strong> />
magnitude nos induz a afirmar que o caminho mais adequado e eficaz para a<<strong>br</strong> />
efetivação da integralidade é por meio do fomento às políticas de saúde ambiental e<<strong>br</strong> />
saúde do trabalhador na atenção primária. Cabe-nos a defesa da flexibilização dos<<strong>br</strong> />
processos, tendo em vista o local, negociar fluxos e contrafluxos em diálogo com os<<strong>br</strong> />
usuários dos serviços de saúde. Adentrar essas discussões às capacitações das<<strong>br</strong> />
equipes de Saúde da Família, minimamente dentro do eixo da territorialização em<<strong>br</strong> />
saúde, como temas pertinentes e básicos, como são trabalho em equipe, família,<<strong>br</strong> />
sistema de informação da atenção básica, dentre outros. Para avançarmos de forma<<strong>br</strong> />
qualitativa no nosso sistema de saúde, é preciso agir em defesa da garantia efetiva<<strong>br</strong> />
dos princípios do SUS, utilizando os dispositivos que estão dados, e, em especial,<<strong>br</strong> />
no que se refere à integralidade, comungamos da ideia de defender a integralidade,<<strong>br</strong> />
apresentada por Mattos.<<strong>br</strong> />
258<<strong>br</strong> />
Defender a integralidade é defender antes de tudo que as práticas em<<strong>br</strong> />
saúde no SUS sejam sempre intersubjetivas, nas quais profissionais de<<strong>br</strong> />
saúde se relacionem com sujeitos, e não com objetos. Práticas<<strong>br</strong> />
intersubjetivas envolvem necessariamente uma dimensão dialógica.[...] é<<strong>br</strong> />
defender que nossa oferta de ações deve estar sintonizada com o contexto<<strong>br</strong> />
específico de cada encontro. (MATTOS, 2004, p. 1414).<<strong>br</strong> />
No que concerne à integralidade na atenção básica, foi realizado um<<strong>br</strong> />
estudo avaliativo publicado em 2008, sendo esta entendida na referida pesquisa<<strong>br</strong> />
como atributo das práticas profissionais de saúde e da organização dos serviços. O<<strong>br</strong> />
estudo concluiu que a presença da integralidade se manifestava em 6 (19,68%)<<strong>br</strong> />
municípios; em 11 (35,48%), foi considerada incipiente; e ausente de 14 (45,16%)<<strong>br</strong> />
dos 27 municípios pesquisados, nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo<<strong>br</strong> />
(CAMARGO Jr. et al., 2008). Consideramos à vista desse estudo, o quanto é<<strong>br</strong> />
salutar desenvolver processos que fortaleçam esta prática no SUS.<<strong>br</strong> />
Dessa forma, o contexto dos problemas locais que carrega expectativas<<strong>br</strong> />
individuais e coletivas passa pela identidade cultural do lugar na elaboração social<<strong>br</strong> />
das práticas em saúde e sustenta a necessidade de se estabelecer a sintonia entre<<strong>br</strong> />
os profissionais e a população do território, apreendendo os sentidos da vida<<strong>br</strong> />
comunitária.