palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...
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Podemos dizer, utilizando as <strong>palavras</strong> de Merhy (2005, p. 8), que<<strong>br</strong> />
alcançamos em certa medida a submissão “do modelo tecnoassistencial a um olhar<<strong>br</strong> />
ético-político, centrado no território situacional dos usuários: lugar legítimo a definir o<<strong>br</strong> />
sentido e as intencionalidades dos agires em saúde”. O grupo demonstra a sua<<strong>br</strong> />
preocupação com a ideia de um plano dinâmico, exequível, participativo, que<<strong>br</strong> />
fortaleça os coletivos em organizações representativas, pois identificam que os<<strong>br</strong> />
saberes isolados, ou a preocupação individual dos profissionais da saúde, dos<<strong>br</strong> />
educadores, vereadores dentre outros, têm pouca capacidade de mobilizar e<<strong>br</strong> />
envolver o Poder Público com os problemas comunitários.<<strong>br</strong> />
250<<strong>br</strong> />
A população tem o poder de formar o conselho, porque o conselho<<strong>br</strong> />
municipal de saúde é uma maneira de se reunir, discutir os problemas da<<strong>br</strong> />
comunidade e a partir daqui tentar procurar alguma solução e ir para um<<strong>br</strong> />
órgão maior! [...] se a gente tiver um conselho local de saúde, meio<<strong>br</strong> />
ambiente [...] para que a gente possa discutir os problemas da comunidade<<strong>br</strong> />
para gente poder levar para uma instância maior para tentar junto resolver.<<strong>br</strong> />
Porque não adianta eu, vereador, eu, enfermeira, eu, professora ir e dizer<<strong>br</strong> />
para o prefeito! Nós temos que ter um grupo organizado que a gente possa<<strong>br</strong> />
se reunir, que a gente possa discutir e dar continuidade a isso aqui que a<<strong>br</strong> />
gente está fazendo! Não é parar aqui, e ela colocou muito bem no início que<<strong>br</strong> />
a gente vai fazer um plano de ação, mas ele não é estável, ele é uma coisa<<strong>br</strong> />
que a gente tem que dar continuidade, o plano é o primeiro passo, a gente<<strong>br</strong> />
não pode morrer aqui, não! [...] o nosso plano de ação tem que começar e<<strong>br</strong> />
ver uma maneira de continuar com ela (pesquisadora), mas tentando<<strong>br</strong> />
amenizar, a gente continua se reunindo, continua fazendo outras propostas,<<strong>br</strong> />
outras estratégias de como ir melhorando cada vez mais! A população e a<<strong>br</strong> />
gente! Não pode fazer isso individual, tem que ser o coletivo, tem que ser<<strong>br</strong> />
junto, tem que ser representante das comunidades que possam estar<<strong>br</strong> />
formando um conselho aqui. É assim que a comunidade participa e você<<strong>br</strong> />
não tem que chamar todo mundo, mas as pessoas que representam,<<strong>br</strong> />
vereador, as pessoas que representam o povo. (Grupo de pesquisa).<<strong>br</strong> />
Percebemos que os objetivos vislum<strong>br</strong>ados não conseguem, em alguns<<strong>br</strong> />
momentos, traduzir o potencial da ação, no entanto, podemos identificar nas falas<<strong>br</strong> />
dos sujeitos os desejos, anseios, expectativas e a intersubjetividade humana que<<strong>br</strong> />
traz o plano de ação do grupo.<<strong>br</strong> />
[...] a gente no PSF tem aquela estória que você tem que estar apropriado<<strong>br</strong> />
do seu terreno, então foi uma apropriação mesmo do terreno, de conhecer<<strong>br</strong> />
novas coisas, que até então, a gente não sabia porque a gente vai para a<<strong>br</strong> />
comunidade, às vezes a gente é tão atribulada de fazer, vou fazer pré-natal,<<strong>br</strong> />
vou fazer planejamento familiar que você não pára para ver outras coisas<<strong>br</strong> />
que estão ao seu redor, embora a gente saiba que [...] tem que ter análise<<strong>br</strong> />
da situação da nossa área, e também a gente nunca tinha parado para fazer<<strong>br</strong> />
os mapas, [...] foi um momento muito rico de construção junto com a<<strong>br</strong> />
comunidade [...] que a gente fez aqui durante esses dias. (Grupo de<<strong>br</strong> />
pesquisa).