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palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...

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Sa<strong>br</strong>oza (1992) faz alusão ao fato de como acontece a manutenção dessa<<strong>br</strong> />

atenção “medicalizada”, com suporte nos processos econômicos sociais mais<<strong>br</strong> />

gerais, que para o autor promovem alienação de grandes contingentes<<strong>br</strong> />

populacionais de seus contextos coletivos e ambientais, o que contribui para que<<strong>br</strong> />

estes direcionem a representação das necessidades de saúde para a demanda de<<strong>br</strong> />

cuidados assistenciais.<<strong>br</strong> />

Visualizar os diversos fios que envolvem e dão vida a essa teia de<<strong>br</strong> />

significados no território como sujeito do processo requer disponibilidade e coragem,<<strong>br</strong> />

pois há de se mudar ‘formas tradicionais de conceber o fazer’, no entanto, as<<strong>br</strong> />

pressões exercidas pelo sistema e fora deste exigem atuação complexa do<<strong>br</strong> />

profissional da atenção primária à saúde.<<strong>br</strong> />

Então, o processo que ora tecemos nesta pesquisa-ação dialoga com<<strong>br</strong> />

este emaranhado de fios que colorem as relações sociais e se apresentam aos<<strong>br</strong> />

serviços transbordando a capacidade resolutiva, mas sem destituir o potencial<<strong>br</strong> />

criativo do indivíduo e do coletivo. Entendemos que o enfrentamento dos problemas<<strong>br</strong> />

sociais com repercussões negativas so<strong>br</strong>e o modo de vida, bem como o<<strong>br</strong> />

enfrentamento do adoecimento individual e coletivo visualizado nesta pesquisa,<<strong>br</strong> />

pôde, de certa maneira, provocar-lhes inquietude! As indagações acerca da<<strong>br</strong> />

realidade vivida pelos sujeitos sociais e so<strong>br</strong>e a ação em saúde os jogaram diante<<strong>br</strong> />

da ação ética e os incentivaram a buscar possibilidades de intervenção, de<<strong>br</strong> />

reconstituir novos sentidos para a promoção da melhoria da qualidade de vida.<<strong>br</strong> />

Dessa forma, o plano de ação que o grupo propõe dialoga com o<<strong>br</strong> />

processo que se deu ao longo desta pesquisa, na medida em que se repensa e se<<strong>br</strong> />

dispõe a ação, a<strong>br</strong>açando os desafios desta, ou seja, caminha-se em direção à<<strong>br</strong> />

desterritorialização da prática em saúde, como na fala de Merhy (2005, p. 6):<<strong>br</strong> />

244<<strong>br</strong> />

Tomar o mundo do trabalho como escola, como lugar de uma micropolítica<<strong>br</strong> />

que constitui encontros de sujeitos/poderes, com seus afazeres e saberes,<<strong>br</strong> />

permite a<strong>br</strong>ir a nossa própria ação produtiva enquanto um ato coletivo e<<strong>br</strong> />

como um lugar de novas possibilidades de afazeres, a serem extraídas do<<strong>br</strong> />

próprio encontro e do próprio fazer, ao se desterritorializar dos núcleos<<strong>br</strong> />

profissionais e se deixar contaminar pelo olhar do outro do campo da saúde:<<strong>br</strong> />

o usuário, individual e coletivo, como lugar de um complexo modo de viver o<<strong>br</strong> />

mundo.

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