palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...
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Augusto (2009) relata que a Estratégia Saúde da Família (ESF) propicia<<strong>br</strong> />
ao SUS cumprir o princípio da universalidade, no entanto destaca que pouco se<<strong>br</strong> />
avançou para cumprir a integralidade da atenção. A autora frisa que capilaridade<<strong>br</strong> />
social da ESF representa um grande potencial para cumprir também com o princípio<<strong>br</strong> />
da integralidade das ações, especialmente aquelas relativas a promoção, proteção e<<strong>br</strong> />
cuidados da saúde e à prevenção das situações de risco presentes no ambiente<<strong>br</strong> />
onde vivem e trabalham as pessoas (AUGUSTO, 2009).<<strong>br</strong> />
Optamos, então, por discutir e analisar o plano de ação elaborado pelo<<strong>br</strong> />
grupo, à luz da integralidade da atenção, neste tópico.<<strong>br</strong> />
Para tal, empreenderemos um caminho que tenta pensar a ação em<<strong>br</strong> />
saúde. Agir de maneira contextualizada à dinâmica local, com responsabilidade<<strong>br</strong> />
sanitária, e não se subordinar à pressão exercida por uma atenção ainda<<strong>br</strong> />
‘medicalizada’ e curativa, promovendo o equilí<strong>br</strong>io e instituindo na prática uma ação<<strong>br</strong> />
comprometida com uma concepção ampliada de saúde é necessário, mas constitui<<strong>br</strong> />
desafio indescartável, não só para os profissionais da saúde, como também para a<<strong>br</strong> />
população e gestores.<<strong>br</strong> />
Mattos (2009) destaca, na análise que faz dos princípios do SUS e a<<strong>br</strong> />
humanização das práticas em saúde, que a preocupação com as práticas de saúde<<strong>br</strong> />
no âmbito do SUS somente começam a merecer atenção após o Fórum da Reforma<<strong>br</strong> />
Sanitária realizado em 2006. Até então, pouca ou nenhuma atenção era dada, não<<strong>br</strong> />
se concebendo essas práticas como objeto das políticas de saúde. Para o autor,<<strong>br</strong> />
esse tema não era central nas políticas que se desenhavam. (MATTOS, 2009). Ele<<strong>br</strong> />
destaca que a produção da má qualidade da assistência que estava relacionada às<<strong>br</strong> />
características da formação dos profissionais ou à própria racionalidade médica, que<<strong>br</strong> />
orientava essas práticas, não tiveram atenção até o Fórum, sendo este o primeiro<<strong>br</strong> />
documento oficial a fazer alusão ao fato. Em sua análise, o autor considera que o<<strong>br</strong> />
período anterior ao fórum caracteriza-se por uma subordinação da má qualidade da<<strong>br</strong> />
atenção médica às características tecnocráticas, autoritárias, centralizadoras e<<strong>br</strong> />
privatizantes, esperando-se que a qualidade da atenção à saúde se estabeleceria<<strong>br</strong> />
com a mudança desta política, com o processo de democratização possibilitado pela<<strong>br</strong> />
articulação entre a descentralização e a participação popular, com o fortalecimento<<strong>br</strong> />
dos serviços públicos e a valorização dos profissionais (MATTOS, 2009).<<strong>br</strong> />
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