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solidariedade e inserção social, realização pessoal e felicidade, compõem sua<<strong>br</strong> />
concepção. (MINAYO et al., 2000, p. 9).<<strong>br</strong> />
Os autores prosseguem na análise da expressão qualidade de vida e<<strong>br</strong> />
destacam que, para o setor saúde, a visibilidade ampliada deste conceito converge<<strong>br</strong> />
com a capacidade de compreender as necessidades humanas fundamentais,<<strong>br</strong> />
materiais e espirituais e tem no conceito de promoção da saúde seu foco mais<<strong>br</strong> />
relevante. Numa visão mais focalizada, a qualidade de vida em saúde tem a<<strong>br</strong> />
centralidade na capacidade de viver sem doenças ou de superar as dificuldades dos<<strong>br</strong> />
estados ou condições de morbidade (MINAYO et al., 2000)<<strong>br</strong> />
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Desse modo, pode-se dizer que a questão da qualidade de vida diz respeito<<strong>br</strong> />
ao padrão que a própria sociedade define e se mobiliza para conquistar,<<strong>br</strong> />
consciente ou inconscientemente, e ao conjunto das políticas públicas e<<strong>br</strong> />
sociais que induzem e norteiam o desenvolvimento humano, as mudanças<<strong>br</strong> />
positivas no modo, nas condições e estilos de vida, cabendo parcela<<strong>br</strong> />
significativa da formulação e das responsabilidades ao denominado setor<<strong>br</strong> />
saúde. (MINAYO et al,, 2000, p. 16).<<strong>br</strong> />
Considerando o exposto pelos autores e a problemática local, nos<<strong>br</strong> />
remetemos às responsabilidades do setor saúde com a qualidade de vida da<<strong>br</strong> />
população local, compreendendo esta inteiramente relacionada à constituição e<<strong>br</strong> />
manutenção da saúde ambiental no território. Percebemos que as mudanças<<strong>br</strong> />
advindas com o desenvolvimento no Distrito de Lagoinha não incorporam algumas<<strong>br</strong> />
dimensões essenciais para a garantia da qualidade de vida, ou melhor, tem em certa<<strong>br</strong> />
medida contribuído com profundas transformações no modo de vida que tem<<strong>br</strong> />
implicações diretas com a qualidade de vida. Apresentamos a seguir o que nos<<strong>br</strong> />
apontam alguns autores so<strong>br</strong>e as condições mínimas para a qualidade de vida, e de<<strong>br</strong> />
que forma isso ocorre no ocidente nos últimos tempos.<<strong>br</strong> />
O patamar material mínimo e universal para se falar em qualidade de vida<<strong>br</strong> />
diz respeito à satisfação das necessidades mais elementares da vida<<strong>br</strong> />
humana: alimentação, acesso a água potável, habitação, trabalho,<<strong>br</strong> />
educação, saúde e lazer; elementos materiais que têm como referência<<strong>br</strong> />
noções relativas de conforto, bem-estar e realização individual e coletiva.<<strong>br</strong> />
No mundo ocidental atual, por exemplo, é possível dizer também que<<strong>br</strong> />
desemprego, exclusão social e violência são, de forma objetiva,<<strong>br</strong> />
reconhecidos como a negação da qualidade de vida. Trata-se, portanto, de<<strong>br</strong> />
componentes passíveis de mensuração e comparação, mesmo levando-se<<strong>br</strong> />
em conta a necessidade permanente de relativizá-los culturalmente no<<strong>br</strong> />
tempo e no espaço. (MINAYO et al,, p. 10, 2000).