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negligentes quanto à formulação e execução de políticas de saúde. A esse respeito<<strong>br</strong> />
o documento da OPAS (2009, p. 27) afirma que o “provimento desses recursos deve<<strong>br</strong> />
ser a prioridade máxima da política de saúde pública”.<<strong>br</strong> />
Desse modo, desnudamos os agravos à saúde humana relativos às<<strong>br</strong> />
alterações ambientais na chapada do Apodi-Ceará. E perguntamos: o que está<<strong>br</strong> />
sendo feito no âmbito local em relação à vigilância à saúde ambiental?<<strong>br</strong> />
Ante a complexidade do contexto que expomos ao longo deste texto,<<strong>br</strong> />
pensamos que há de se iniciar de algum lugar intervenções que venham propiciar a<<strong>br</strong> />
efetivação do direito à saúde como concebido nas formulações do conceito<<strong>br</strong> />
ampliado de saúde. Assim, corroboramos a ideia de que o local constitui-se na<<strong>br</strong> />
estrutura mais capacitada para se envolver e envolver pessoas, grupos políticos e<<strong>br</strong> />
instituições para desenvolver ações articuladas e intersetoriais, como expresso<<strong>br</strong> />
nesta citação.<<strong>br</strong> />
228<<strong>br</strong> />
Não podemos deixar de considerar que efetivamente um trabalho local pode<<strong>br</strong> />
conduzir ações de Saúde Ambiental e promoção à saúde integrada ao<<strong>br</strong> />
ambiente se for ao encontro das necessidades da população, e para isso as<<strong>br</strong> />
comunidades envolvidas devem ser agentes dessa ação. Para promover<<strong>br</strong> />
saúde e recuperação sócio-espacial de áreas vulneráveis, acreditamos que<<strong>br</strong> />
isso se dá através do resgate da participação social, da busca de<<strong>br</strong> />
identidades locais e do conhecimento do cotidiano dos moradores do lugar,<<strong>br</strong> />
possibilitando, assim, a valorização ambiental e conseqüente Saúde<<strong>br</strong> />
Ambiental. (AMORIM, et al, 2009, p. 119).<<strong>br</strong> />
O ambiente se configura como uma dimensão essencial para a saúde<<strong>br</strong> />
humana, e, sendo objeto das ações da vigilância em saúde ambiental no SUS, e,<<strong>br</strong> />
para tal, requer a necessidade de compreendê-lo no processo em desenvolvimento<<strong>br</strong> />
nos territórios. Alguns autores da saúde coletiva teorizam so<strong>br</strong>e o tema e reforçam a<<strong>br</strong> />
ideia da interdependência humana com a natureza, e de que esta não é algo<<strong>br</strong> />
externo às nossas vontades (AUGUSTO, 2009).<<strong>br</strong> />
Em outras <strong>palavras</strong>, a autora nos reporta à necessidade de ampliar a<<strong>br</strong> />
percepção so<strong>br</strong>e o ambiente, incorporando as dimensões subjetivas e<<strong>br</strong> />
compreendendo a intersubjetividade das relações nos territórios que favorecem ou<<strong>br</strong> />
desfavorecem o bem-estar.