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necessidade social no modo de produção capitalista é a expansão do capital, em<br />
prejuízo do desenvolvimento e aprimoramento das necessidades humanas dos<br />
trabalhadores (CAMPOS; BATAIERO, 2007).<br />
Assim é vivida a prática laboral dos trabalhadores do agronegócio na<br />
chapada do Apodi, sendo essencial para que haja a compreensão do fenômeno das<br />
necessidades de saúde dos trabalhadores da região, que a política de saúde do<br />
trabalhador entrelace-se a complexas tramas que perpassam a relação humana<br />
com o trabalho. A visualização do mundo do trabalho pelos profissionais de saúde<br />
da atenção primária, refletido e compreendido, pode caminhar na direção da ideia<br />
ampliada de saúde, que precisa dar respostas a necessidades elastecidas. Os<br />
autores afirmam que, para a saúde coletiva, é fundamental considerar a reprodução<br />
social dos diferentes grupos sociais, para caracterizar os variados processos saúdedoença<br />
que acometem os indivíduos (CAMPOS; BATAIERO, 2007).<br />
Sabroza (1992, p. 4) apresenta em um quadro um esquema de como se<br />
dá a expressão do processo saúde-doença, destacando que<br />
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[...] no nível individual, eles podem ser, simultaneamente, alterações fisiopatológicas<br />
para a dimensão orgânica; para o cidadão, uma representação<br />
e um papel mediado por valores culturais, e para o indivíduo singular,<br />
sofrimento. No nível das sociedades, ou formações sócio-espaciais<br />
complexas, como a nossa, eles se expressam como problemas de saúde<br />
pública, na interface entre o Estado e a Sociedade, entre o particular e o<br />
público, entre o individual e o coletivo.<br />
Figura 52 – Esquema de apresentação dos níveis de organização e processo<br />
saúde- doença.<br />
Fonte: Sabroza, 1992, p. 5