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palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...

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asileira desde a década de 1990 até 2004 e sistematizaram em três categorias de<<strong>br</strong> />

entendimento desse conceito. Assim, as categorias consistiram em:<<strong>br</strong> />

200<<strong>br</strong> />

Oferta/demanda de ações nos serviços de saúde – constituída por<<strong>br</strong> />

resumos que associavam necessidades de saúde à necessidades de<<strong>br</strong> />

consumo de serviços de saúde; administração/planejamento de serviços<<strong>br</strong> />

de saúde – constituída pelos textos que apresentavam as necessidades de<<strong>br</strong> />

saúde como instrumento para o planejamento de serviços e ações de<<strong>br</strong> />

saúde; necessidades de saúde – constituída pelos resumos que tinham<<strong>br</strong> />

como centralidade as necessidades de saúde, tanto no âmbito abstrato<<strong>br</strong> />

quanto no operacional do conceito – na perspectiva da organização da<<strong>br</strong> />

produção de serviços de saúde ou de processos de trabalho, com a<<strong>br</strong> />

finalidade de ampliação do objeto de atenção em saúde. (CAMPOS;<<strong>br</strong> />

BATAIERO, 2007, p. 609).<<strong>br</strong> />

Apesar das categorias apresentadas, os autores consideram que 100%<<strong>br</strong> />

dos trabalhos publicados referiam-se a necessidades de saúde institucionalmente<<strong>br</strong> />

determinadas, que prescindem da leitura de necessidades dos indivíduos que<<strong>br</strong> />

ocupam o território de a<strong>br</strong>angência dos serviços de saúde, evidenciando que os<<strong>br</strong> />

serviços estão abordando necessidades como necessidades de cuidado de agravos<<strong>br</strong> />

(CAMPOS; BATAIERO, 2007).<<strong>br</strong> />

A última categoria proposta serve-nos como guia na análise do contexto<<strong>br</strong> />

que se descortina a nossa frente. Isso porque estamos propondo uma abordagem<<strong>br</strong> />

em saúde do trabalhador, dentro da saúde coletiva que precisa atender as<<strong>br</strong> />

necessidades de saúde por meio da instauração de processos de trabalho que<<strong>br</strong> />

tragam ações para responder aos problemas, intervindo nas raízes deles (os<<strong>br</strong> />

determinantes) como também nos resultados advindos destes problemas, que são<<strong>br</strong> />

as doenças, encaminhando uma política pública de saúde de direito universal e<<strong>br</strong> />

igualitário (CAMPOS; BATAIERO, 2007).<<strong>br</strong> />

Com tal discussão do conceito de necessidade e de trabalho em diálogo<<strong>br</strong> />

com Marx e Engels (1993), Mendes Gonçalves (1992), Antunes (2000), Heller<<strong>br</strong> />

(1986) os autores exprimem que a finalidade do trabalho é, primordialmente, o<<strong>br</strong> />

aprimoramento das necessidades humanas que, se respondidas, têm potência para<<strong>br</strong> />

aperfeiçoar a essência humana (CAMPOS; BATAIERO, 2007, p. 607).<<strong>br</strong> />

Destacam, no entanto, na interpretação que fazem dos escritos de<<strong>br</strong> />

Antunes (2000), que nas formações capitalistas o aprimoramento das necessidades<<strong>br</strong> />

humanas deixou de ser a primazia do trabalho, ficando este subsumido aos<<strong>br</strong> />

instrumentos de trabalho, possibilitando a realização de atividades sem que o<<strong>br</strong> />

resultado deste guiasse e subordinasse a vontade do trabalhador, inferindo que a

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