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participativa do conselheiro como é dito na expressão, que ainda são “conselheiro<br />
lagartixa”.<br />
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[...] controle social é a questão do conselho municipal de saúde [...] a gente<br />
vê a maioria dos conselhos é conselheiro lagartixa mesmo! Eu, secretário<br />
de saúde dizendo e todo mundo concordando e confirmando e não abre<br />
nem a boca para reclamar algo de errado, eu não sei como o daqui funciona<br />
[...]. (Grupo de pesquisa).<br />
[...] conselho de saúde daqui [...] o secretário marca a reunião e a gente se<br />
encontra e ele coloca ali o que vai acontecer na reunião, os pontos que a<br />
gente vai falar e se ele tem algum projeto, alguma coisa em mente, ele<br />
pergunta e quer a opinião de todo mundo, o que cada um acha, se<br />
concorda, se não ou se é melhor assim ou se é melhor assado, cada um dá<br />
a sua opinião, não fica a opinião do secretário, é bem participativo e cada<br />
um tem seu momento de falar, de criticar, se está certo e se não está certo.<br />
(Grupo de pesquisa).<br />
No avanço do debate, aborda-se a ação fiscalizadora, sem identificar<br />
ação deliberativa, que segundo Silva (2006, p. 193), em um estudo sobre<br />
participação popular, educação e cidadania: resignificações no campo político<br />
da democracia participativa no Brasil, expressa que a democracia participativa<br />
teve seu apogeu nas proposições que significaram a constituição de 1988, em que<br />
se busca a combinação entre jeitos de realizar a luta política por meio da<br />
participação direta ou pelo estatuto da representação da participação com vistas à<br />
democratização da política e ampliação do poder, tendo no processo deliberativo<br />
uma espécie de centro do fazer democrático por dizer respeito a como se decide e<br />
quem decide (SILVA, 2006).<br />
O autor aponta que há bloqueios e desafios à política deliberativa como<br />
objetivo desse campo político, na medida em que<br />
[...] deveria estar fundada na combinação entre democracia representativa e<br />
democracia participativa, como idealização dos encontros entre sociedade e<br />
Estado. Tal combinação ainda está por acontecer, o que se constitui em um<br />
desafio a ser enfrentado, afinal, se processa um tipo de relação mais<br />
comum entre, digamos, movimentos sociais e o poder executivo. (SILVA,<br />
2006, p. 194).<br />
Ante o exposto, entendemos esses espaços como imprescindíveis para<br />
que se prossiga na garantia da efetiva participação popular, que ainda está longe de<br />
ser a idealizada por muitos, mas que é processo democrático, constituído com