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palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...

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Para ele, faz-se necessário avançar no entendimento so<strong>br</strong>e o território<<strong>br</strong> />

para que possamos efetivamente propor ações que promovam mudanças singulares<<strong>br</strong> />

para a sociedade. Isso significa compreender o território como espaço dominado<<strong>br</strong> />

e/ou apropriado e que se manifesta hoje, em um sentido multiescalar e<<strong>br</strong> />

multidimensional, que só pode ser devidamente apreendido dentro de uma<<strong>br</strong> />

concepção de multiplicidade, de uma multiterritorialidade, sendo essencial trabalhar<<strong>br</strong> />

com a multiplicidade de nossos territórios, com vistas a alcançar mudanças<<strong>br</strong> />

efetivamente inovadoras (HAESBAERT, 2005).<<strong>br</strong> />

O autor nos fala que,<<strong>br</strong> />

193<<strong>br</strong> />

[...] dentro das novas articulações espaciais em rede surgem territórios-rede<<strong>br</strong> />

flexíveis onde o que importa é ter acesso, ou aos meios que possibilitem a<<strong>br</strong> />

maior mobilidade física dentro da(s) rede(s), ou aos pontos de conexão que<<strong>br</strong> />

permitam “jogar” com as múltiplas modalidades de território existentes,<<strong>br</strong> />

criando a partir daí uma nova (multi)territorialidade. (HAESBAERT, 2005, p.<<strong>br</strong> />

14).<<strong>br</strong> />

Então, esse é um desafio para a saúde coletiva, no sentido de produzir<<strong>br</strong> />

conhecimento e estratégias para que os profissionais do SUS e os movimentos<<strong>br</strong> />

sociais compreendam esses processos e repensem os modelos de territorialização<<strong>br</strong> />

em saúde, incorporando aspectos relevantes que muitas vezes passam<<strong>br</strong> />

despercebidos.<<strong>br</strong> />

Há que se criar canais de aproximação do conhecimento científico com a<<strong>br</strong> />

sociedade para que esta seja fortalecida e consiga empreender uma luta mais justa<<strong>br</strong> />

nesses territórios. Não queremos dizer com isso que não há forças contrárias,<<strong>br</strong> />

comprometidas com a igualdade social, com os direitos humanos, com a vida, há<<strong>br</strong> />

sim, mas que essa conquista tem se dado singularmente desigual dentro do campo<<strong>br</strong> />

político nos territórios. A aparelhagem de proteção social que pode favorecer o<<strong>br</strong> />

desenvolvimento da consciência crítica encontra-se burocratizada, travada, para<<strong>br</strong> />

não dizer com os “<strong>br</strong>aços cruzados”.<<strong>br</strong> />

Há que se engajar de forma mais expressiva e intensa a população para<<strong>br</strong> />

uma transformação social de base local. O exercício do poder pelo controle social<<strong>br</strong> />

nos espaços representativos precisa ser ampliado no território, com base uma visão<<strong>br</strong> />

complexa so<strong>br</strong>e a realidade, e travar continuamente debates comunitários, políticos<<strong>br</strong> />

e ideológicos que traduzam e expressem os desejos e anseios do povo que está na

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