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4.1.5 Educação e cultura – analfabetismo e trabalho como se encontram no campo?<<strong>br</strong> />
Para o enfrentamento da problemática vivida, identificam-se os<<strong>br</strong> />
elementos que poderiam contribuir para podar o avanço desses problemas na<<strong>br</strong> />
comunidade, e, principalmente, entre as crianças e adolescentes. O fator principal<<strong>br</strong> />
transformador seria propiciar oportunidade! Oportunidade de estudar, de acesso à<<strong>br</strong> />
cultura, ao lazer, que fortalecesse a integração dessas crianças e jovens, ou seja,<<strong>br</strong> />
sua inserção social de forma gradativa e justa. Essa perspectiva é defendida por<<strong>br</strong> />
Sen (2000) apud Jardim (2005)<<strong>br</strong> />
190<<strong>br</strong> />
Com oportunidades sociais adequadas, os indivíduos podem efetivamente<<strong>br</strong> />
moldar o seu próprio destino e ajudar uns aos outros. Não precisam ser<<strong>br</strong> />
vistos, so<strong>br</strong>etudo como beneficiários passivos de engenhosos programas de<<strong>br</strong> />
desenvolvimento. Existe, de fato, uma sólida, base racional para<<strong>br</strong> />
reconhecermos o papel positivo da condição de agente livre e sustentável<<strong>br</strong> />
[...] (JARDIM apud SEN, 2005, p. 196)<<strong>br</strong> />
Para Amartia Sen, o desenvolvimento precisa ser baseado em uma<<strong>br</strong> />
concepção que seja capaz de enxergar muito além dele com uma lente que alcance<<strong>br</strong> />
além da acumulação de riqueza e do crescimento do Produto Nacional Bruto e de<<strong>br</strong> />
outras variáveis relacionadas à renda. Não obstante, deve-se considerar que o<<strong>br</strong> />
desenvolvimento econômico não pode ser o fim em si mesmo. É impossível<<strong>br</strong> />
desfrutar a liberdade, tendo qualquer privação de oportunidade, ou seja, a ausência<<strong>br</strong> />
de condições mínimas de existência (tais como, o acesso a saúde, saneamento<<strong>br</strong> />
básico, educação funcional, emprego remunerado) impossibilita os sujeitos sociais<<strong>br</strong> />
de atuar livremente e de construir o futuro como queiram, ou seja, na transcendência<<strong>br</strong> />
de si mesmo (JARDIM, 2005, p. 195).<<strong>br</strong> />
O autor considera que toda forma de privação de liberdade é a<<strong>br</strong> />
negação da liberdade de so<strong>br</strong>eviver, sendo, portanto, uma concepção de<<strong>br</strong> />
desigualdade (JARDIM, 2005). Para tal, ele está embasado nos ensinamentos de<<strong>br</strong> />
Sem so<strong>br</strong>e liberdade, que entende incluir as capacidades elementares como, por<<strong>br</strong> />
exemplo, ter condições de evitar privações como a fome, a subnutrição, a morbidez<<strong>br</strong> />
evitável e a morte prematura, bem como as liberdades associadas ao saber ler e