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conhecimentos, mas de um risco assumido, de uma escolha finalmente ética e<br />
política (INOJOSA, 2001).<br />
Percebemos que são conceitos diferentes e que precisam ser<br />
apreendidos. Avançando na discussão sobre isso, a autora citada anteriormente,<br />
embasada na Teoria da Complexidade, de Edgar Morin, enfatiza que a<br />
transdisciplinaridade é a geração de conhecimentos “ecologizados” e outros<br />
estudiosos asserem, com base na Carta da Transdisciplinaridade, que essa forma<br />
de pensar situa-se num paradigma que possibilita e necessita promover o diálogo<br />
entre as ciências exatas e as humanas, como também levar em conta fatores como<br />
as artes, mitos e religiões (WIMMER; FIGUEIREDO, 2006).<br />
Podemos notar que há uma ampliação bem mais complexa nessa<br />
concepção da transdisciplinaridade, o que auxilia Inojosa (2001) a indicar as críticas<br />
ao prefixo inter, considerando que o prefixo trans no campo organizacional e<br />
institucional expressam melhor a ideia. Para ela a ideia é definir intersetorialidade ou<br />
transetorialidade:<br />
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[...] como a articulação de saberes e experiências com vistas ao<br />
planejamento, para a realização e a avaliação de políticas, programas e<br />
projetos, com o objetivo de alcançar resultados sinérgicos em situações<br />
complexas. Trata-se, portanto, de buscar alcançar resultados integrados<br />
visando a um efeito sinérgico. Transpondo a idéia de transdisciplinaridade<br />
para o campo das organizações, o que se quer, muito mais do que juntar<br />
setores, é criar uma nova dinâmica para o aparato governamental, com<br />
base territorial e populacional. (INOJOSA, 2001, p. 105).<br />
Ela destaca que a crítica ao prefixo “inter” decorre do entendimento de<br />
que este poderia significar apenas a proximidade de saberes isolados, sem produzir<br />
novas articulações, o que tem acontecido com a ideia da equipe multiprofissional,<br />
que pretendia articular vários saberes profissionais com vistas a solucionar um<br />
mesmo problema, mas que, na prática, ficou limitado, na maioria das vezes, a reunir<br />
diferentes profissionais em um mesmo lugar ou com igual objeto, sem que o diálogo<br />
prosperasse (INOJOSA, 2001).<br />
Então, ela destaca quatro aspectos básicos para se trabalhar desde uma<br />
perspectiva de transetorialidade: mudança de paradigma; projeto político<br />
transformador; planejamento e avaliação participativos e com base regional;<br />
atuação em rede de compromisso social. (INOJOSA, 2001, p. 106). Consideramos