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palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...

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182<<strong>br</strong> />

[...] a intersetorialidade, além de estar em intrínseca consonância com a<<strong>br</strong> />

amplitude do objeto saúde, tem como preceito a reestruturação e reunião de<<strong>br</strong> />

vários saberes e setores no sentido de um olhar mais adequado e menos<<strong>br</strong> />

falho a respeito de um determinado objeto, proporcionando uma melhor<<strong>br</strong> />

resposta aos possíveis problemas encontrados no dia a dia. (PAULA;<<strong>br</strong> />

PALHA; PROTTI, 2004, p. 334).<<strong>br</strong> />

A dialética entre as necessidades de saúde e o modo de organização e<<strong>br</strong> />

interação das partes, com ausência de integração e ineficiente comunicação<<strong>br</strong> />

intrasetorial e entre os demais setores sociais são fatores que interferem na<<strong>br</strong> />

intersetorialidade na prática dos serviços.<<strong>br</strong> />

O estudo empírico realizado pelos autores há pouco referidos buscava<<strong>br</strong> />

identificar se a intersetorialidade fazia parte da vivência prática dos profissionais<<strong>br</strong> />

enfermeiros da APS ou se isso ainda era um desafio. Para eles, os resultados<<strong>br</strong> />

apontados, com a análise do discurso do sujeito coletivo, é que as alusões feitas à<<strong>br</strong> />

intersetorialidade são conceitos e práticas interdisciplinares e não intersetoriais, pois<<strong>br</strong> />

falam das relações entre sujeitos sociais, entre equipe e entre níveis de atenção nos<<strong>br</strong> />

serviços de saúde. (PAULA; PALHA; PROTTI, 2004, p. 334).<<strong>br</strong> />

Percebemos que há uma concepção de ação intersetorial ainda bastante<<strong>br</strong> />

confusa, o que pode em certa medida dificultar avanços nessa prática. Portanto, há<<strong>br</strong> />

que se clarear o entendimento de tais aspectos para que a intersetorialidade possa<<strong>br</strong> />

ser paulatinamente constituída. Inojosa (2001), considerando os ensinamentos de<<strong>br</strong> />

Junqueira (2000), apresenta o que este autor nos diz so<strong>br</strong>e esse aspecto. Considera<<strong>br</strong> />

que a intersetorialidade incorpora a resolução das necessidades individualizadas,<<strong>br</strong> />

ideias de integração, de território, de equidade ou seja, a noção de direitos sociais,<<strong>br</strong> />

constituindo-se em uma concepção ampliada de planejamento, execução e controle<<strong>br</strong> />

da prestação de serviços, com objetivo de garantir acesso igual aos desiguais,<<strong>br</strong> />

pressupondo alterar todas as formas de articulação nos diversos pontos de<<strong>br</strong> />

organização governamental e de interesses (JUNQUEIRA apud INOJOSA, 2000).<<strong>br</strong> />

Em relação à prática interdisciplinar, os estudiosos do assunto, como<<strong>br</strong> />

Fourez (1995), segundo destaca Inojosa (2001), a caracterizam como uma<<strong>br</strong> />

negociação entre diferentes pontos de vista, visando a decidir so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

representação considerada adequada tendo em vista a ação. Isso requer aceitar<<strong>br</strong> />

confrontos e tomar uma decisão que, em última instância, não decorrerá de

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