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palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...

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hanseníase, e as doenças crônico-degenerativas, como a hipertensão arterial<<strong>br</strong> />

sistêmica e Diabetes mellitus, culturalmente fomentados no serviço de saúde como<<strong>br</strong> />

prioritários, o que não foi feito de forma tão incisiva em relação à saúde do<<strong>br</strong> />

trabalhador. Entendemos que há uma demanda reprimida, e que o contexto<<strong>br</strong> />

favorece o surgimento de agravos, que por sua vez requerem mais ações<<strong>br</strong> />

assistenciais. O objeto das ações da APS, no entanto, é bem mais amplo, não<<strong>br</strong> />

sendo aceitável estreitar as ações da ESF somente para o âmbito da assistência a<<strong>br</strong> />

determinados grupos de patologias endêmicas ou prevalentes, sendo importante<<strong>br</strong> />

que seja realmente assumido um modelo assistencial condizente com as<<strong>br</strong> />

necessidades de saúde da população.<<strong>br</strong> />

Não queremos aqui desmerecer a necessidade de fomentar ações<<strong>br</strong> />

estratégicas para esses grupos, haja vista que o quadro exposto anteriormente pelo<<strong>br</strong> />

grupo de pesquisa denota o quanto ainda se faz necessária atenção nessa linha. Só<<strong>br</strong> />

queremos reiterar o fato de que isso contribuiu no distanciamento das ações de<<strong>br</strong> />

saúde do trabalhador na prática das equipes, o que é explicitado no discurso que<<strong>br</strong> />

segue.<<strong>br</strong> />

174<<strong>br</strong> />

Porque infelizmente é difícil trabalhar (saúde do trabalhador) porque a<<strong>br</strong> />

saúde da família está mais fundamentada em quê? Mulher! A gente sabe<<strong>br</strong> />

que cuida um pouco da saúde do homem, mas é o quê? É prevenção para<<strong>br</strong> />

mulher, gestação é mulher [...] E é um problema grande (saúde do<<strong>br</strong> />

trabalhador) para Lagoinha. (Grupo de pesquisa).<<strong>br</strong> />

A proposição da Política Nacional de Atenção Básica enumera as<<strong>br</strong> />

prioridades para atenção primária à saúde no País, ao mesmo tempo em que<<strong>br</strong> />

propõe um processo de territorialização que possibilite a análise das necessidades<<strong>br</strong> />

de saúde do território. São propostas desencontradas, pois tentam respeitar a<<strong>br</strong> />

dinâmica de cada território, já apontando o que deve ser priorizado e norteando<<strong>br</strong> />

verticalmente as ações da APS.<<strong>br</strong> />

Esse processo não facilita o desenvolvimento da autonomia e<<strong>br</strong> />

fortalecimento das ações da APS, favorecendo uma prática comprometida com as<<strong>br</strong> />

necessidades de saúde, mas corrobora a ideia programática de fazer para gerar<<strong>br</strong> />

informações condizentes com o que é pressionado do ponto de vista dos<<strong>br</strong> />

indicadores de saúde.

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