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da ação intersetorial como potencial para o fomento à promoção da saúde, no<br />
enfrentamento da problemática apresentada, ao mesmo tempo em que refere as<br />
dificuldades de se operacionalizar tais aspectos no âmbito da saúde, reconhecendo<br />
o potencial dos agentes locais, quando diz: “ [...] tem que procurar quem está aqui<br />
dentro[...]”.<br />
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[...] todos os problemas [...] estão interligados, tem tudo a ver com a saúde,<br />
a educação do povo, é uma coisa muito ligada [...] , todos os problemas [...]<br />
tem a ver com a Secretaria de Saúde e tudo tem a ver com o Programa<br />
Saúde da Família, se é o problema de drogas nós temos que trabalhar as<br />
drogas, se é prostituição nós temos que trabalhar, se é gravidez na<br />
adolescência que, por exemplo, o nosso último dado agora, gravidez na<br />
adolescência acho que pelo Ministério da Saúde [...] preconizam até 10%<br />
[...] o nosso em setembro foi 33% de gestante menor de 20 anos, [...] são<br />
vários problemas [...] que a saúde [...] tem que fazer alguma coisa, mas [...]<br />
não é a saúde sozinha não, se eu não tiver educação [...] ação social, a<br />
gente tem que procurar quem está aqui dentro da Lagoinha que possa<br />
ajudar [...]. (Grupo de pesquisa).<br />
O grupo destaca que há dificuldades na operacionalização das ações de<br />
saúde no local, haja vista que há a compreensão de que a estratégia Saúde da<br />
Família deve exercer atividades focalizadas a grupos de risco específicos, o que<br />
não dialoga com o conceito ampliado de saúde, nem com o princípio constitucional<br />
do SUS, que é a universalidade. Essa percepção está relacionada, acreditamos, ao<br />
arcabouço normativo que traça as diretrizes e para as quais se pactuam indicadores<br />
de saúde a serem alcançados na formulação da Política Nacional de Atenção<br />
Básica (2006). 11<br />
Mesmo atuando com esse direcionamento, a capacidade de resolução<br />
dos problemas ainda é débil, pois se o setor saúde encontra limitações, os demais<br />
pelo que percebemos do exposto nas falas as têm em maior severidade. Essa falta<br />
de vigor das políticas no apoio à população contribui para que perdurem e<br />
prevaleçam os problemas descritos.<br />
Em relação à efetivação da política de saúde do trabalhador na porta de<br />
entrada do sistema, percebe-se que esta se encontra ainda mais enfraquecida e<br />
relaciona-se com a tendência da equipe Saúde da Família de acumular as ações<br />
assistenciais voltadas para os grupos específicos, primordialmente, saúde maternoinfantil,<br />
ações voltadas para doenças infecto-contagiosas, como a tuberculose e a<br />
11 Ver série Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão. Ministério da Saúde. 2006