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Para a nossa crítica, embasamo-nos no anunciado na Declaração de<<strong>br</strong> />
Adelaide, realizada há mais de dez anos, já que a política de saúde <strong>br</strong>asileira<<strong>br</strong> />
expressa o compromisso conforme descrito no referido documento, tendo em vista,<<strong>br</strong> />
que o SUS tem proposto mecanismos políticos na tentativa de viabilizar a<<strong>br</strong> />
operacionalização estratégica no campo da saúde por meio dos documentos a<<strong>br</strong> />
saber: política Nacional de Atenção Básica, Subsídios para a Política Nacional de<<strong>br</strong> />
Saúde Ambiental, Política Nacional de Promoção da Saúde e Política Nacional de<<strong>br</strong> />
Saúde do Trabalhador.<<strong>br</strong> />
Mergulhamos aqui na concretude da execução dessas políticas, que é o<<strong>br</strong> />
território. Indagamos de que forma são implantadas e operacionalizadas essas<<strong>br</strong> />
políticas diante dos contextos sociopolitico-sanitários na intenção de seguir os<<strong>br</strong> />
propósitos da declaração de Adelaide.<<strong>br</strong> />
163<<strong>br</strong> />
As políticas públicas saudáveis caracterizam-se pelo interesse e<<strong>br</strong> />
preocupação explícitos de todas as áreas das políticas públicas em relação<<strong>br</strong> />
à saúde e à eqüidade, e pelos compromissos com o impacto de tais<<strong>br</strong> />
políticas so<strong>br</strong>e a saúde da população. O principal propósito de uma política<<strong>br</strong> />
pública saudável é criar um ambiente favorável para que as pessoas<<strong>br</strong> />
possam viver vidas saudáveis. As políticas saudáveis facilitam opções<<strong>br</strong> />
saudáveis de vida para os cidadãos. Criam ambientes sociais e físicos<<strong>br</strong> />
comprometidos com a saúde. (ADELAIDE, 1988, p. 2).<<strong>br</strong> />
É salutar repensar do ponto de vista local, da exclusão social, da<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>evivência à margem de um mundo moderno, imperioso, promissor, que oferece<<strong>br</strong> />
lucros e produção de alimentos para nutrir os anseios de um modelo econômico que<<strong>br</strong> />
traz para a população local, como bem dito nas <strong>palavras</strong> de Santos et al. (2007, p.<<strong>br</strong> />
822).<<strong>br</strong> />
[...] na sociedade capitalista as responsabilidades de produzir e distribuir<<strong>br</strong> />
são do mercado, por meio de atos individualizados e egoísticos, mas, ainda<<strong>br</strong> />
assim, uma parcela ponderável da produção social fica sob a égide do<<strong>br</strong> />
Estado. Isso ocorre porque a sociedade, de alguma maneira, manifesta<<strong>br</strong> />
algum grau de insatisfação com os atos de produzir e distribuir quando<<strong>br</strong> />
realizados pelo mercado, em particular o ato de distribuir. Ou porque os<<strong>br</strong> />
capitais privados ainda não estão aptos o necessário para desenvolver<<strong>br</strong> />
certas atividades econômicas ou, ainda, simplesmente não os interessa em<<strong>br</strong> />
determinado contexto histórico. Sendo a ação do Estado voltada para<<strong>br</strong> />
atender a uma insatisfação manifestada pela sociedade ou desinteresse ou<<strong>br</strong> />
incapacidade do capital, então, a mesma só tem qualquer sentido se a<<strong>br</strong> />
finalidade última for eliminar a insatisfação manifesta, portanto, a angústia e<<strong>br</strong> />
o sofrimento.