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[...] não tinha um monte de frutas, aí apareceu, poderia gerar uma riqueza<br />
na vida das pessoas em relação a [...] terem oportunidade de se alimentar<br />
de outras coisas, de outras vitaminas, [...] então [...] gerou emprego, mas<br />
não gerou o benefício de alimentação, porque está aqui (produzido em<br />
Lagoinha) o produto, mas ninguém está consumindo [...], então, não foi uma<br />
coisa tão boa para a população. (Grupo de pesquisa).<br />
Figura 48 – Foto das tarjetas feitas pelo grupo de pesquisa, ilustrando as<br />
transformações ambientais locais na chapada do Apodi – Ceará, 2009.<br />
Fonte: Acervo da pesquisa.<br />
Em relação à temática saúde e ambiente, discutiremos mais<br />
detalhadamente no tópico 5. Faremos uma amostra de como o modelo de produção<br />
agrícola se relaciona com a geração de transformações ambientais locais, com<br />
repercussões sobre o global e a saúde humana, e de que forma a política de saúde<br />
ambiental com vistas à qualidade de vida tem caminhado nesse enfrentamento.<br />
Neste tópico, priorizamos um esboço geral do elemento central, ou<br />
mediador de reflexão que serviu de alicerce para o grupo propor o plano de ação. A<br />
feitura dos mapas, em dois momentos, garantiu os seguintes processos:<br />
Primeiro momento – em subgrupos<br />
a) reflexão sobre o território; e<br />
b) ação de desenhá-lo, segundo a interpretação refletida em subgrupos.<br />
Segundo momento – em sessão plenária<br />
a) apresentação do interpretado para os demais; e<br />
b) problematização – reinterpretação do território.<br />
Considerando o que apresentamos nesse tópico, isto se refere ao<br />
primeiro momento do grupo até o item a do segundo momento. Os tópicos seguintes<br />
referem-se ao item b do segundo momento, que são os discursos feitos com base<br />
nas perguntas problematizadoras procedidas pela pesquisadora. Então, emergem<br />
categorias não previstas inicialmente na investigação, mas que se constituem como<br />
fundamental para o debate das inter-relações saúde-ambiente-trabalho em<br />
contextos em transformações. Respeitando o cunho participativo em que se insere<br />
esse estudo e a complexidade de cada território, é evidente que teríamos que lidar<br />
com o incerto, o imprevisto.