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3.1.3 Mapeamento: desafios no reconhecimento do território para a atenção primária<br />
à saúde<br />
Como já expresso, buscamos desenvolver uma pesquisa-ação que<br />
contribuísse para o fortalecimento da atenção primária à saúde, em referência a dar<br />
visibilidade e pôr em prática pelos profissionais da saúde, nesse ponto de atenção,<br />
as ações de saúde ambiental e saúde do trabalhador. Portanto, trouxemos à<br />
discussão a problemática da vida comunitária, por meio do que denominamos<br />
elaboração/sistematização da realidade – apresentação/exposição do real –<br />
problematização – argumentação/apreensão do real – ação transformadora. Para<br />
isso, inicialmente realizamos o mapeamento social, do trabalho e ambiental.<br />
Faremos neste tópico uma descrição breve dos mapas e a análise das percepções<br />
dos sujeitos sobre a ação territorizalização em saúde na perspectiva aqui<br />
apresentada.<br />
Referindo-nos ainda à atenção primária à saúde, o Ministério da Saúde<br />
preconiza, conforme a Política Nacional de Atenção Básica (2006, p. 46), no item<br />
atribuições comuns a todos os profissionais, participar do processo de<br />
territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos,<br />
famílias e indivíduos expostos a riscos, inclusive aqueles relativos ao trabalho, e da<br />
atualização contínua dessas informações, priorizando as situações a serem<br />
acompanhadas no planejamento local. Isso nos permite chamar a territorialização<br />
em saúde como uma ação primordial, pois a partir dela decorre toda a análise da<br />
situação de saúde, planejamento e implementação de outras ações estratégicas,<br />
que garantam resolubilidade ao sistema de saúde.<br />
A proposta de territorializar, no entanto, tem sido encarada na prática do<br />
serviço como responsabilidade dos profissionais de saúde que incorporam<br />
minimamente no exercício dessa atividade a participação popular. Observamos que<br />
essa ação tem sido desenvolvida como uma atividade desvinculada de vida, ficando<br />
restrita a um mapeamento que focaliza áreas de risco e que não sedimenta o<br />
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