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palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...

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Atualmente o distrito de Lagoinha possui em torno de nove a dez mil<<strong>br</strong> />

habitantes, onde o número dessas pessoas é devido à safra de melão,<<strong>br</strong> />

mamão, abacaxi e outras [...]. (Informante A).<<strong>br</strong> />

Nas nossas idas ao local em questão, podemos ver, conforme nossas<<strong>br</strong> />

observações e registro em diário de campo, que, em agosto de 2009, a estrada de<<strong>br</strong> />

acesso ao Distrito estava sendo reformada. Além da estrada, adentrando a<<strong>br</strong> />

comunidade, percebia-se uma nuvem de poeira, proveniente da construção de<<strong>br</strong> />

calçamentos, residências, estabelecimentos comerciais e do trânsito das carretas<<strong>br</strong> />

que circulavam carregadas de frutas.<<strong>br</strong> />

O Distrito apresentava-se imerso à poeira, ao som das músicas dos<<strong>br</strong> />

bares, ouvindo-se a música <strong>br</strong>ega, o forró e também o ronco dos motores dos<<strong>br</strong> />

caminhões, aflorando um intenso processo de transformação. Por todo lado<<strong>br</strong> />

espalhavam-se so<strong>br</strong>e a terra avermelhada amontoados de areia, tijolos e pedras.<<strong>br</strong> />

Essa intensa e fervente dinâmica é o que poderíamos chamar de progresso? Para<<strong>br</strong> />

responder à questão, nos propomos a penetrar o real, o agora da comunidade, após<<strong>br</strong> />

esse passeio pelo tempo passado e revelar o que há de problemas, o que há de<<strong>br</strong> />

perspectivas, como se dão as inter-relações saúde-ambiente-trabalho.<<strong>br</strong> />

Afinal, Lagoinha está na cadeia internacional da produção de frutas, é o<<strong>br</strong> />

seio da produção do melão para exportação, além da banana, da pimenta e outras<<strong>br</strong> />

culturas no Estado do Ceará. Esse contexto se desnuda, a partir da vivência dos<<strong>br</strong> />

participantes do grupo, que são pessoas da comunidade já nascidas na Chapada,<<strong>br</strong> />

ou provenientes de cidades vizinhas, que estão se aproximando, percebendo,<<strong>br</strong> />

desco<strong>br</strong>indo. São pessoas que representam a ação política, técnica e social em<<strong>br</strong> />

Lagoinha, haja vista exercerem serviços para a comunidade, portanto, trabalhadoras<<strong>br</strong> />

e trabalhadores, que põe a tona o intenso e complexo processo em curso.<<strong>br</strong> />

Isto foi possível por meio do processo de territorialização que<<strong>br</strong> />

propusemos. Este consistiu em um momento oportuno de refletir so<strong>br</strong>e a realidade,<<strong>br</strong> />

para, então, ser capaz de construir os mapas. Essa ação de construir os diferentes<<strong>br</strong> />

olhares so<strong>br</strong>e o território também se apresenta como um desafio para o grupo de<<strong>br</strong> />

pesquisa como também para os profissionais da APS. A partir de agora seguiremos<<strong>br</strong> />

detalhando como foram realizadas esta territorialização e os resultados deste<<strong>br</strong> />

processo, por meio da análise do discurso dos participantes do grupo e, também,<<strong>br</strong> />

pela apresentação dos mapas.

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