palavras primeiras - Repositorio.ufc.br - UFC - Universidade Federal ...
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122<<strong>br</strong> />
Eles (empresas agrícolas) utilizam muitos agrotóxicos e muitas coisas por<<strong>br</strong> />
causa desse padrão que colocam para exportação. Só que na maioria das<<strong>br</strong> />
vezes isso está prejudicando o trabalhador e o alimento [...] não vem<<strong>br</strong> />
saudável para nossa mesa, porque o que fica aqui é o tal do refugo que o<<strong>br</strong> />
povo chama e deve ser o pior do pior o que fica aqui. (Grupo de pesquisa).<<strong>br</strong> />
É por isso que hoje está morrendo muita gente nova, morre envenenada,<<strong>br</strong> />
porque até a banana que há dez anos atrás não se expurgava [...] é<<strong>br</strong> />
expurgada no cacho porque está dando um inseto e se não expurgar ela<<strong>br</strong> />
não cresce. (Grupo de pesquisa).<<strong>br</strong> />
Percebe-se que há um desequilí<strong>br</strong>io ambiental pelo aparecimento de<<strong>br</strong> />
novas espécies em um tempo de aproximadamente dez anos, em decorrência do<<strong>br</strong> />
uso permanente de agroquímicos. Observa-se a percepção de que o surgimento<<strong>br</strong> />
dessas novas espécies relacione-se com a forma de conviver com a natureza na<<strong>br</strong> />
região.<<strong>br</strong> />
É um besouro, uma mosquinha quase <strong>br</strong>anca, ela põe na banana, na hora<<strong>br</strong> />
que ela senta e pica, pronto, agora não desce aquele frutozinho. [...] aí bota<<strong>br</strong> />
veneno. Está alterando o processo normal da coisa [...]. (Grupo de<<strong>br</strong> />
pesquisa).<<strong>br</strong> />
As percepções relativas ao objetivo do estudo referente ao processo de<<strong>br</strong> />
territorialização em saúde já incorpora o olhar para a história. Alude-se à<<strong>br</strong> />
importância de se considerar a história da comunidade na efetivação dessa ação,<<strong>br</strong> />
apesar disso não ser uma prática hoje na territorialização em saúde.<<strong>br</strong> />
O ato de territorializar na atenção primária à saúde está muito mais como<<strong>br</strong> />
um diagnóstico da conjuntura atual dada no espaço local do que o ato de buscar<<strong>br</strong> />
compreender como aconteceu as relações que propiciaram a conjuntura estrutural,<<strong>br</strong> />
bem como identificar onde estão os gargalos que, para além do setor saúde,<<strong>br</strong> />
precisam ser considerados e debatidos numa perspectiva de integração território-<<strong>br</strong> />
pessoa. O alargamento da percepção do território como inter-relacionado ao<<strong>br</strong> />
processo saúde-doença, e, portanto, devendo ser compreendido numa linha de<<strong>br</strong> />
tempo, é um desafio para os profissionais do SUS.<<strong>br</strong> />
A delimitação geográfica atual para se determinar a responsabilidade<<strong>br</strong> />
sanitária da equipe de Saúde da Família precisa avançar no sentido de incorporar<<strong>br</strong> />
as dimensões simbólicas, culturais, de formação da comunidade, bem como sua<<strong>br</strong> />
forma de resistir e cooperar nos processos sociais.