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25.06.2013 Views

2.1.2 As relações solidárias<br />Imbricados com a complexidade da temática que propúnhamos, a<br />investigação, considerando o contexto que as penumbras das relações dificultam a<br />visibilidade, e, portanto, se mantém oculto nas relações cotidianas, aflorar<br />processos que favoreçam a interação humana integrada ao ambiente é ainda mais<br />necessário, quando os sujeitos sociais não estão organizados como um coletivo<br />capaz de compreender e reivindicar transformações benéficas à vida. Assim, tecer<br />relações solidárias foi uma estratégia metodológica comprometida com o<br />fortalecimento das relações, e transversal ao desenvolvimento de toda a pesquisaação.<br />Inicialmente deflagramos esse processo conforme os passos a seguir<br />descritos:<br />a) apresentação dos participantes entre si, por meio da expressão oral do<br />nome, grupo social que representava e tipo de atividade que realizava;<br />b) levantamento das expectativas e contribuições individuais para<br />formular o elemento central e unitário que mobilizaria o grupo, sem desconsiderar a<br />singularidade de cada um. Para tal, cada indivíduo foi convidado a refletir e escrever<br />em tarjetas os seus anseios, afixá-las para apreciação dos presentes e explicitar<br />verbalmente suas ideias;<br />c) problematização/discussão das convergências e divergências e<br />formulação de consenso das responsabilidades e compromissos do indivíduo no<br />grupo;<br />d) aproximação do grupo com a temática pela vivência e expressão<br />corporal da relação estabelecida entre as pessoas e o ambiente, seguida da<br />reflexão sobre o que o grupo compreendia sobre essa relação.<br />113

Figura 26 – Fotos do painel feito pelo grupo afixado na parede e do<br />almoço, 2009.<br />Fonte: Acervo da pesquisa<br />Além da pactuação dos compromissos e reafirmação dos propósitos<br />grupais, estimulamos a convivência por meio da realização das refeições no mesmo<br />espaço e com todos, sendo este um momento de descontração, costura de outros<br />laços de amizade e de organização de outras parcerias de trabalhos comunitários<br />que extrapolaram nossas perspectivas.<br />A seguir relatos dos sujeitos sobre suas percepções em relação aos<br />temas: ambiente, saúde e trabalho.<br />114<br />[...] a terra [...] é a maior riqueza da Lagoinha hoje, da população de<br />Lagoinha, a produção, a exportação dessas frutas e [...] conhecendo novas<br />coisas [...] novas pessoas aqui no lugar. (grupo de pesquisa)<br />[...] a água é o que faz brotar, o que faz germinar [...] a plantação [...]<br />crescer. (grupo de pesquisa)<br />[...] sem ar a pessoa morre [...] eu represento o trabalhador da agricultura, a<br />associação é uma coisa muito boa porque a pessoa trabalha na agricultura<br />planta muita coisa, muitas fruta e uma pessoa sem comida não é nada.<br />(grupo de pesquisa)

2.1.2 As relações solidárias<<strong>br</strong> />

Im<strong>br</strong>icados com a complexidade da temática que propúnhamos, a<<strong>br</strong> />

investigação, considerando o contexto que as penum<strong>br</strong>as das relações dificultam a<<strong>br</strong> />

visibilidade, e, portanto, se mantém oculto nas relações cotidianas, aflorar<<strong>br</strong> />

processos que favoreçam a interação humana integrada ao ambiente é ainda mais<<strong>br</strong> />

necessário, quando os sujeitos sociais não estão organizados como um coletivo<<strong>br</strong> />

capaz de compreender e reivindicar transformações benéficas à vida. Assim, tecer<<strong>br</strong> />

relações solidárias foi uma estratégia metodológica comprometida com o<<strong>br</strong> />

fortalecimento das relações, e transversal ao desenvolvimento de toda a pesquisaação.<<strong>br</strong> />

Inicialmente deflagramos esse processo conforme os passos a seguir<<strong>br</strong> />

descritos:<<strong>br</strong> />

a) apresentação dos participantes entre si, por meio da expressão oral do<<strong>br</strong> />

nome, grupo social que representava e tipo de atividade que realizava;<<strong>br</strong> />

b) levantamento das expectativas e contribuições individuais para<<strong>br</strong> />

formular o elemento central e unitário que mobilizaria o grupo, sem desconsiderar a<<strong>br</strong> />

singularidade de cada um. Para tal, cada indivíduo foi convidado a refletir e escrever<<strong>br</strong> />

em tarjetas os seus anseios, afixá-las para apreciação dos presentes e explicitar<<strong>br</strong> />

verbalmente suas ideias;<<strong>br</strong> />

c) problematização/discussão das convergências e divergências e<<strong>br</strong> />

formulação de consenso das responsabilidades e compromissos do indivíduo no<<strong>br</strong> />

grupo;<<strong>br</strong> />

d) aproximação do grupo com a temática pela vivência e expressão<<strong>br</strong> />

corporal da relação estabelecida entre as pessoas e o ambiente, seguida da<<strong>br</strong> />

reflexão so<strong>br</strong>e o que o grupo compreendia so<strong>br</strong>e essa relação.<<strong>br</strong> />

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