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leilão de livros ão de livros manuscritos & gravuras - Otium Cum ...

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Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado. Traduç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Camilo <strong>de</strong>sta obra biográfica<br />

sobre um Padre da Companhia <strong>de</strong> Jesus que foi estrangulado e queimado em Lisboa em 1761. Raro.<br />

150 CASTELO BRANCO (Camilo). - LIVRO <strong>de</strong> Consolaç<strong>ão</strong> / Romance por [...]. - Porto:<br />

Viúva Moré, 1872. - 290 pp.;195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado e sem capas <strong>de</strong> brochura. [Almeida Marques,<br />

467] Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste romance parcialmente publicado sob o título <strong>de</strong> “Espelho <strong>de</strong> Desgraçados”<br />

no “Primeiro <strong>de</strong> Janeiro”. O romance <strong>de</strong>screve uma sucess<strong>ão</strong> <strong>de</strong> amores infelizes e funestos, ocorridos<br />

no <strong>de</strong>curso do conturbado período das invasões francesas. Segundo Alexandre Cabral (Dicionário <strong>de</strong><br />

Camilo Castelo Branco, 361), “a particularida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta novela camiliana resi<strong>de</strong> no facto <strong>de</strong> ter sido escrita<br />

expressamente, ao que se diz, para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r José Cardoso Vieira <strong>de</strong> Castro e exercer press<strong>ão</strong> sobre o<br />

tribunal que o iria julgar pelo assassínio premeditado da esposa, culpada <strong>de</strong> adultério”. Raro.<br />

151 CASTELO BRANCO (Camilo). - A CAVEIRA da Matyr: Romance Historico em<br />

seguimento da Filha do Regicida / por [...]. - Lisboa: Livraria Editora <strong>de</strong> Matos Moreira,<br />

1875-1876. - 3 v.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras <strong>de</strong> percalina azul; ligeiramente aparado. Primeira ediç<strong>ão</strong> do último título da<br />

trilogia composta pelos romances O Regicida, 1874, A Filha do Regicida, 1875, e Caveira da Mártir <strong>de</strong><br />

1875. Ao longo da série cruzam-se importantes acontecimentos históricos dos séculos XVII e XVIII,<br />

entrelaçados com as vivências passionais dos membros <strong>de</strong> uma mesma família. O suporte dos sucessivos<br />

enredos amorosos s<strong>ão</strong> eventos da socieda<strong>de</strong> portuguesa dos reinados <strong>de</strong> D. Jo<strong>ão</strong> IV e D. Jo<strong>ão</strong> V. Segundo<br />

Alexandre Cabral, a série insere-se na “ofensiva <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ada pelo romancista contra a dinastia brigantina,<br />

na sua luta pelo viscondado, iniciada em 1870”. Raro.<br />

152 CASTELO BRANCO (Camilo). - A ENGEITADA. - Lisboa: Livrarias <strong>de</strong> Campos Junior,<br />

s.d. [1868]. - [2], 292 pp.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeira aci<strong>de</strong>z; nada aparado. Variante Campos Junior da<br />

primeira ediç<strong>ão</strong>. Editado originalmente pela Empresa do Comércio do Porto, foi o único romance <strong>de</strong><br />

Camilo que n<strong>ão</strong> passou primeiro pelas páginas do jornal. Raro.<br />

153 CASTELO BRANCO (Camilo). - AMOR <strong>de</strong> Perdiç<strong>ão</strong> (Memorias d’uma Familia):<br />

Romance / por [...]. - Porto: Em Casa <strong>de</strong> N. Moré, 1862. - XII, 250 pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele ricamente <strong>de</strong>corada a ouro na lombada com motivos vegetalistas e com<br />

duplo filete nas pastas; com ligeiro aparo, está com o corte superior das folhas carminado; assinatura<br />

<strong>de</strong> posse da época no frontispício e na folha <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicatória; exemplar limpo, sem a habitual aci<strong>de</strong>z forte<br />

provocada pela má qualida<strong>de</strong> do papel da tiragem normal. Bom exemplar. PRIMEIRA EDIÇÃO. Escrito<br />

na Ca<strong>de</strong>ia da Relaç<strong>ão</strong> do Porto durante o ano <strong>de</strong> 1861, Camilo inspirou-se numa lenda <strong>de</strong> família em que<br />

se contava que um seu Tio, Sim<strong>ão</strong> Botelho, teria acabado <strong>de</strong>gredado para a Índia por “crimes amorosos”.<br />

Também ele preso por iguais razões, aguardando julgamento com a sua mulher <strong>de</strong> sempre, Ana Plácido,<br />

ao mesmo tempo procurando a reconciliaç<strong>ão</strong> com uma socieda<strong>de</strong> ainda incapaz <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r o que se<br />

<strong>de</strong>signava por “direitos do coraç<strong>ão</strong>”, Camilo escreve a que é consi<strong>de</strong>rada a sua mais importante e magistral<br />

obra, ou, pelo menos, com toda a certeza, a que maior audiência recolheu. Centrada no tema dos amores<br />

contrariados em nome <strong>de</strong> rivalida<strong>de</strong>s nobiliárquicas, encontramos no <strong>de</strong>senvolvimento da acç<strong>ão</strong> elementos<br />

fundamentais da temática ficcional camiliana como o encerramento forçado no convento, perseguiç<strong>ão</strong>,<br />

pris<strong>ão</strong>, <strong>de</strong>sterro e morte do herói. Ao mesmo tempo, as personagens possuem traços <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>,<br />

ajudadas pela enorme mestria com que Camilo estrutura o discurso narrativo e maneja os vários recursos<br />

estilísticos da língua portuguesa, contruindo-se assim um texto “<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> poética, numa<br />

singular sinfonia <strong>de</strong> vozes que v<strong>ão</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o linguajar campesino do ferrador Jo<strong>ão</strong> da Cruz às exaltações do<br />

lirismo romântico patente nas cartas <strong>de</strong> Sim<strong>ão</strong> e <strong>de</strong> Teresa, passando pelo recorte aliteratado e arcaizante<br />

dos fidalgos provincianos [...]” (Biblos, I, col. 330). O “Amor <strong>de</strong> Perdiç<strong>ão</strong>” foi escrito, como já ficou dito,<br />

na Ca<strong>de</strong>ia da Relaç<strong>ão</strong> do Porto enquanto Camilo aguardava julgamento pelo crime <strong>de</strong> adultério, em 1861,<br />

estando a <strong>de</strong>dicatória a Fontes Pereira <strong>de</strong> Melo datada <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong>sse mesmo ano. A data apresentada<br />

no frontispício da obra indica o ano seguinte, 1862, mas segundo Alexandre Cabral no seu “Dicionário <strong>de</strong><br />

C.C.Branco” (p. 30), o periódico “Revoluç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Setembro” dá-o, em 1 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1862, como estando<br />

já em circulaç<strong>ão</strong>, pelo que é possível que a obra se encontrasse à venda ainda antes do fim <strong>de</strong> 1861. A<br />

reforçar esta i<strong>de</strong>ia, está o facto <strong>de</strong> Camilo ter saído da pris<strong>ão</strong> em Outubro <strong>de</strong> 1861, pelo que, no momento,<br />

mais que a sua constante necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reconhecimento público, a sua nova situaç<strong>ão</strong> familiar carecia<br />

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