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Artigo Científico Estudo da viabilidade econômica da ... - UPIS

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<strong>Artigo</strong> <strong>Científico</strong><br />

<strong>Estudo</strong> <strong>da</strong> viabili<strong>da</strong>de <strong>econômica</strong> <strong>da</strong> produção de leite a<br />

pasto irrigado em malha na região do Rio Preto DF<br />

Planaltina – DF<br />

Julho de 2009


http://www.upis.br<br />

<strong>Artigo</strong> <strong>Científico</strong><br />

<strong>Estudo</strong> <strong>da</strong> viabili<strong>da</strong>de <strong>econômica</strong> <strong>da</strong> produção de leite a<br />

pasto irrigado em malha na região do Rio Preto DF<br />

Rodrigo Ebani<br />

Orientadora <strong>econômica</strong>: Profª. Caroline Jerke<br />

Co-orientador: Esp. William Soares Barbosa<br />

Trabalho apresentado, como parte <strong>da</strong>s exigências<br />

para a conclusão do CURSO DE AGRONOMIA<br />

Planaltina – DF<br />

Julho de 2009<br />

<strong>UPIS</strong> – Facul<strong>da</strong>des Integra<strong>da</strong>s<br />

Departamento de Agronomia<br />

Rodovia BR 020, km 18<br />

DF 335, km 4,8<br />

Planaltina (DF) Brasil<br />

Endereço para correspondência:<br />

SEP/Sul Eq. 712/912 Conjunto A<br />

CEP: 70390-125 Brasília (DF) Brasil<br />

Fone/Fax: (0XX61) 3488-9909<br />

www.upis.br<br />

agronomia@upis.br<br />

Orientadora: Prof ª. Caroline Jerke<br />

Co-Orientador: Esp. William Soares Barbosa<br />

Supervisores: M.S. Rosemary de Araújo Gomes<br />

M.S. Adilson Jayme de Oliveira<br />

Membros <strong>da</strong> Banca:<br />

Prof.ª Caroline Jerke<br />

Prof. Dr. Emanoel Elzo Leal de Barros<br />

Prof. M.S. Eliandra Bianchini<br />

Co-Orientador: Esp. William Soares Barbosa<br />

Data <strong>da</strong> Defesa: 01/07/2009


ÍNDICE<br />

RESUMO<br />

1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA ................................9<br />

2. OBJETIVO.........................................................................13<br />

3. ÁREA DE ESTUDO ..........................................................13<br />

4. CONCEITOS E INDICADORES.....................................14<br />

4.1. Custos de produção .......................................................14<br />

4.1.1. Custos variáveis .....................................................15<br />

4.1.2. Custos fixos............................................................15<br />

4.2. Depreciação...................................................................15<br />

4.3. Preço..............................................................................16<br />

4.4. Receita...........................................................................16<br />

4.5. Ponto de equilíbrio........................................................16<br />

4.6. Investimento..................................................................17<br />

4.7. Demonstração do resultado do exercício (DRE)...........17<br />

4.9. Taxa de mínima atrativi<strong>da</strong>de (TMA) ............................18<br />

4.10. Payback simples..........................................................18<br />

4.11. Payback descontado ....................................................18<br />

4.12. Valor presente líquido (VPL)......................................19<br />

4.13. Taxa interna de retorno (TIR) .....................................19<br />

4.14. Índice de benefício/custo (IBC) ..................................20<br />

4.15. Taxa de rentabili<strong>da</strong>de (TR) .........................................21<br />

4.16. Retorno adicional sobre o investimento (ROIA) ........21<br />

4.17. Análise de sensibili<strong>da</strong>de..............................................21<br />

4.18. Receitas .......................................................................22<br />

4.18.1. Receitas diretas ....................................................22<br />

4.18.2. Receitas indiretas .................................................22<br />

4.18.3. Incerteza <strong>da</strong>s receitas ...........................................23<br />

5. RESULTADOS E INDICADORES .................................23<br />

5.1. Investimentos do projeto...............................................23<br />

5.2. Rebanho ........................................................................27<br />

5.3. Produção........................................................................27<br />

5.4. Receitas anuais..............................................................27<br />

5.5. Custos de produção .......................................................28<br />

5.5.1. Custos variáveis .....................................................28<br />

5.5.2. Custo fixo...............................................................29<br />

5.6. Taxa mínima de atrativi<strong>da</strong>de (TMA) ............................31<br />

5.7. Análise de sensibili<strong>da</strong>de................................................31<br />

5.8. Payback .........................................................................31<br />

5.9. Valor presente líquido (VPL)........................................33<br />

5.10. Taxa interna de retorno (TIR) .....................................33<br />

5.11. Índice de lucrativi<strong>da</strong>de e taxa de rentabili<strong>da</strong>de...........33<br />

5.12. Índice benefício custo (IBC) .......................................34<br />

5.13. ROIA...........................................................................34<br />

6. CONCLUSÃO ....................................................................34<br />

7. AGRADECIMENTO.........................................................35<br />

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................36<br />

LISTA DE FIGURAS:<br />

Figura 1: Produção mundial de leite. .........................................9<br />

Figura 2: Evolução <strong>da</strong> produção de leite no Distrito Federal,<br />

1990-2007 ................................................................................12<br />

Figura 3: Média de preços recebidos pelo produtor no Brasil .13<br />

Figura 4: Investimento do projeto............................................26<br />

Figura 5: Ven<strong>da</strong>s de produtos ..................................................28<br />

Figura 6: Payback simples .......................................................32<br />

Figura 7: Payback descontado..................................................32<br />

LISTA DE TABELAS:<br />

Tabela 1: Consumo per capita mundial de leite de 2000/2008.<br />

..................................................................................................10<br />

Tabela 2: Ranking <strong>da</strong> produção anual de leite por estado no<br />

Brasil. .......................................................................................11<br />

Tabela 3: Imóvel. .....................................................................23<br />

Tabela 4: Construções civis. ....................................................23


Tabela 5: Máquinas e equipamentos........................................24<br />

Tabela 6: Ferramentas de manutenção.....................................24<br />

Tabela 7: Formação de pastagens. ...........................................24<br />

Tabela 8: Terceirizado. ............................................................25<br />

Tabela 9: Material de irrigação ................................................25<br />

Tabela 10: Rebanho .................................................................26<br />

Tabela 11: Ferramentas de manutenção...................................26<br />

Tabela 12: Investimento total...................................................26<br />

Tabela 13: Receitas anuais.......................................................27<br />

Tabela 14: Custos totais no manejo/ano. .................................29<br />

Tabela 15: Custos fixos............................................................29<br />

Tabela 16: Despesas com depreciação.....................................30<br />

Tabela 17: Composição <strong>da</strong> TMA.............................................31<br />

Tabela 18: Cenários .................................................................33<br />

8<br />

RESUMO<br />

<strong>Estudo</strong> <strong>da</strong> viabili<strong>da</strong>de <strong>econômica</strong> <strong>da</strong> produção de leite a<br />

pasto irrigado em malha na região do Rio Preto DF<br />

Rodrigo Ebani 1<br />

Caroline Jerke 2<br />

William Soares Barbosa 3<br />

Emanoel Elzo Leal de Barros 4<br />

Eliandra Bianchini 5<br />

A ativi<strong>da</strong>de leiteira tem grande importância na região do Rio<br />

Preto. Objetivou-se com a realização deste artigo avaliar a<br />

viabili<strong>da</strong>de econômico-financeira <strong>da</strong> implantação de um<br />

sistema de produção de leite, utilizando irrigação em malha do<br />

pasto. A área do empreendimento corresponde a 13,2 hectares,<br />

sendo 5 hectares de pasto irrigado, 3 hectares de Braquiária, 2<br />

hectares de cana-de-açúcar e o restante de benfeitorias e reserva<br />

legal que corresponde os 20% <strong>da</strong> área total. Para a avaliação,<br />

foram elaborados diferentes cenários, sendo todos em um<br />

horizonte de planejamento de 10 anos. Tal ativi<strong>da</strong>de visa suprir<br />

parte <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> de leite em períodos onde á produção diminui<br />

na região. Adotando-se uma TMA de 10% acumulou um VPL<br />

de R$ 1.654,43 e uma TIR de 10,2%. A produção de leite a<br />

pasto irrigado se mostrou viável dentro do período simulado. O<br />

capital investido teve um adicional de R$0,01 no período<br />

analisado.<br />

PALAVRAS-CHAVE: análise financeira, custos de produção e<br />

pecuária leiteira.<br />

______________________<br />

1 Aluno de graduação do Dept. de Agronomia/<strong>UPIS</strong>, e-mail: rodrigoebani@agronomo.eng.br<br />

2 Engenheiro Agrônoma, Profª., Dept. de Agronomia/ <strong>UPIS</strong>, e-mail: Carol@agronoma.eng.br<br />

3 Médico Veterinário, Esp., William Soares Barbosa e-mail: williamsoaresbv@yahoo.com.br<br />

4 Zootecnista, Dr., Prof., Dept. de Zootecnia/<strong>UPIS</strong>, e-mail: emanoel.barros@gmail.com<br />

5 Zootecnista, M.S., Profª., Dept. de Zootecnia/ <strong>UPIS</strong>, e-mail: eliandra02836@upis.br


1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA<br />

Tratando-se de um complexo agroindustrial brasileiro, a<br />

cadeia produtiva leiteira é uma <strong>da</strong>s mais importantes.<br />

Empregando cerca de 3 milhões de pessoas, movimentando<br />

aproxima<strong>da</strong>mente US$ 10 bilhões, sendo cerca de 1 milhão de<br />

produtores que produzem 20 bilhões de litros por ano,<br />

(Embrapa, 2002).<br />

Conforme a Empresa Brasileira de Pesquisa<br />

Agropecuária (2002), o leite é de consumo mundial, além de<br />

ser um alimento rico em nutriente e um elevado teor de cálcio,<br />

gorduras e proteínas que é de suma importância para o<br />

consumo humano. A figura 1 mostra a produção mundial de<br />

leite e a tabela 1 indica o consumo per capita mundial de leite<br />

de 2000/2008.<br />

Figura 1: Produção mundial de leite.<br />

Fonte: Embrapa (2008).<br />

9<br />

10<br />

Tabela 1: Consumo per capita mundial de leite de 2000/2008.<br />

Países<br />

Kg / pessoa / ano<br />

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />

AMÉRICA DO NORTE<br />

Canadá 93,1 92,1 90,4 87,2 86,9 86,4 93,9 93,9 92,6<br />

Estados<br />

Unidos<br />

95,2 94,2 93,9 94,3 93,8 93,2 92,0 95,6 97,6<br />

México 39,2 40,2 39,8 42,0 41,4 42,1 40,9 42,1 42,1<br />

AMÉRICA DO SUL<br />

Argentina 61,3 62,0 51,9 52,9 46,0 48,1 48,6 51,1 53,7<br />

Brasil 72,3 69,7 68,3 68,1 69,2 70,8 72,7 77,0 83,2<br />

UNIÃO EUROPÉIA<br />

UNIÃO<br />

EUROPÉIA<br />

EUROPA ORIENTAL<br />

80,0 80,2 75,8 76,0 75,2 73,7 69,3 69,1 69,1<br />

Romênia 153,0 156,0 154,4 163,6 171,8 165,7 171,2 n.d. n.d.<br />

EX – URSS<br />

Rússia 96,5 96,8 98,8 92,3 89,6 86,8 83,8 83,8 85,2<br />

Ucrânia<br />

ÁFRICA<br />

63,3 66,0 68,7 72,4 108,0 91,9 105,9 109,0 109,5<br />

Egito 18,2 21,5 21,1 21,8 21,5 21,2 20,8 n.d. n.d.<br />

ÁSIA<br />

China 3,0 3,5 4,4 5,9 7,9 9,9 10,4 11,2 12,0<br />

Coréia do Sul n.d. n.d. 34,7 37,9 33,1 32,1 31,8 n.d. n.d.<br />

Índia 32,9 32,7 32,4 32,4 33,3 35,6 34,7 35,7 37,1<br />

Japão 39,2 38,9 39,4 39,6 38,9 37,7 37,3 n.d. n.d.<br />

Taiwan<br />

OCEANIA<br />

15,3 15,5 14,7 15,3 14,5 14,4 14,1 n.d. n.d.<br />

Austrália 103,9 99,2 100,6 100,4 101,4 103,7 103,6 105,3 108,5<br />

Nova Zelândia 90,6 91,9 90,8 91,1 90,1 89,2 87,0 87,0 87,0<br />

Fonte: Embrapa (2008).


11<br />

O Brasil encontra-se em sexto lugar no ranking mundial<br />

de produção de leite e vem crescendo a uma taxa anual de 4%<br />

ao ano conseguindo superar os demais países que se encontram<br />

a sua frente no ranking mundial de produção de leite. No<br />

mercosul, o Brasil possui 66% <strong>da</strong> produção total (Embrapa,<br />

2002).<br />

O leite se encontra entre os seis primeiros produtos mais<br />

importantes na agropecuária brasileira. Estimado o valor bruto<br />

em 2002 de R$ 41 bilhões de produtos agropecuários, sendo o<br />

leite com 6,6 bilhões de reais ou 16% do valor bruto do total <strong>da</strong><br />

produção pecuário (Embrapa, 2002).<br />

O ranking <strong>da</strong> produção anual de leite por estados do<br />

Brasil (tabela 2), a evolução <strong>da</strong> produção de leite no Distrito<br />

Federal, entre os anos de 1990-2007 (figura 2) e o preço<br />

recebido pelo produtor (R$/L) médio do Brasil (figura 3).<br />

Tabela 2: Ranking <strong>da</strong> produção anual de leite por estado no<br />

Brasil.<br />

12<br />

Fonte: Embrapa (2008).<br />

Figura 2: Evolução <strong>da</strong> produção de leite no Distrito Federal,<br />

1990-2007<br />

Fonte: Embrapa (2008)


R$/litro<br />

0,86<br />

0,84<br />

0,82<br />

0,80<br />

0,78<br />

0,76<br />

0,74<br />

0,72<br />

0,70<br />

0,68<br />

0,66<br />

0,64<br />

0,62<br />

0,60<br />

0,58<br />

0,56<br />

0,54<br />

0,52<br />

0,50<br />

0,48<br />

0,46<br />

0,44<br />

0,42<br />

Figura 3: Média de preços recebidos pelo produtor no Brasil<br />

Fonte: Cepea (2008).<br />

2. OBJETIVO<br />

2005<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

13<br />

Avaliar financeiramente, a viabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> implantação<br />

de pasto irrigado em sistema de malha para a produção de leite<br />

na região do Rio Preto DF.<br />

3. ÁREA DE ESTUDO<br />

2008<br />

Foi estu<strong>da</strong><strong>da</strong> a implantação de 5 hectares de pasto<br />

irrigado em sistema de malha para a produção de leite, 3<br />

hectares de Braquiária e 2 hectares de cana-de-açúcar na<br />

Fazen<strong>da</strong> Arace, Rio Preto DF, localiza<strong>da</strong> na Região<br />

Administrativa de Planaltina DF a 70 km de Brasília, pela DF<br />

250 e DF 320.<br />

Para a avaliação financeira desse projeto fez-se um<br />

levantamento patrimonial de um empreendimento similar<br />

2006<br />

2007<br />

2004<br />

Média Histórica 2001 a 2007<br />

14<br />

existente na região e, feitas algumas modificações para a<br />

execução do seguinte projeto, o qual tem a finali<strong>da</strong>de de<br />

implantar 5 ha destinados ao pastejo irrigado. A análise <strong>da</strong><br />

rentabili<strong>da</strong>de e viabili<strong>da</strong>de financeira foi realiza<strong>da</strong> para um<br />

período projetado de 10 anos (2009 a 2018).<br />

4. CONCEITOS E INDICADORES<br />

O investimento de capital é feito após a geração e<br />

avaliação <strong>da</strong>s diversas alternativas que aten<strong>da</strong>m às técnicas e<br />

especificações dos empreendimentos. Para essa análise<br />

utilizam-se indicadores econômicos que auxiliarão no processo<br />

decisório (Souza e Clemente, 2006).<br />

4.1. Custos de produção<br />

São recursos aplicados nas transformações dos ativos e<br />

representação por gastos ligados à área industrial <strong>da</strong> empresa a<br />

fim de originar seus produtos (Casarotto Filho e Kopittke,<br />

1998).<br />

Aonde pode ser <strong>da</strong><strong>da</strong> pela seguinte fórmula:<br />

CT= CFT x CVT<br />

Onde:<br />

• CT: Custo Total;<br />

• CFT: Custo Fixo Total;<br />

• CVT: Custo Variável Total.


4.1.1. Custos variáveis<br />

15<br />

Os custos variáveis são valores que aumentam ou<br />

diminuem direta e proporcionalmente com as flutuações<br />

ocorri<strong>da</strong>s na produção e ven<strong>da</strong>s (Braga, 1995).<br />

Onde pode ser <strong>da</strong><strong>da</strong> pela seguinte fórmula:<br />

CVT= CVU x Q<br />

Onde:<br />

• CVT: Custo Variável Total;<br />

• CVU: Custo Variável Unitário;<br />

• Q: Quanti<strong>da</strong>de produzi<strong>da</strong>.<br />

4.1.2. Custos fixos<br />

É todo aquele que permanece constante dentro de um<br />

intervalo de tempo, independente <strong>da</strong>s variações ocorri<strong>da</strong>s no<br />

volume de produção e ven<strong>da</strong>s durante esse período (Braga,<br />

1995).<br />

4.2. Depreciação<br />

Redução do valor de um bem ao longo do tempo de vi<strong>da</strong><br />

útil. A dedução anual dos resultados antes do imposto de ren<strong>da</strong>,<br />

os efeitos do uso e do tempo sobre o bem são refletidos nos<br />

financeiros anuais <strong>da</strong> empresa, assim determinando a<br />

depreciação contábil (Lapponi, 1996).<br />

Um estudo de dedução <strong>da</strong>s receitas tem um bom<br />

objetivo para se efetuar um menor pagamento de imposto de<br />

ren<strong>da</strong> (Motta e Calôba, 2006).<br />

Ain<strong>da</strong> conforme Motta e Calôba (2006), mais usual<br />

fórmula <strong>da</strong> depreciação aceita é a depreciação linear.<br />

16<br />

d = ( I – VR)<br />

N<br />

Onde:<br />

• d: depreciação anual;<br />

• I: investimento;<br />

• VR: valor residual estimado;<br />

• N: prazo de depreciação ativo.<br />

4.3. Preço<br />

O mercado é o que determina a formação de preços de<br />

ven<strong>da</strong>s, isso basicamente através <strong>da</strong> oferta e procura (Padoveze,<br />

1997).<br />

Desta forma a empresa só pode atribuir preço máximo<br />

ao seu produto conforme o mercado esta pagando, sendo assim<br />

um fator essencial para a formação dos custos e despesas<br />

(Padoveze, 1997).<br />

4.4. Receita<br />

Conforme Buarque (1991) a rentabili<strong>da</strong>de do projeto é o<br />

fator fun<strong>da</strong>mental que determina a viabili<strong>da</strong>de, as receitas são o<br />

fluxo de recursos financeiros que direta ou indiretamente<br />

recebe em ca<strong>da</strong> ano <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> útil, devido as suas operações.<br />

A receita pode ser defini<strong>da</strong> pela seguinte expressão:<br />

Receita = Quant. de produtos vendidos X Preço de<br />

comercialização<br />

4.5. Ponto de equilíbrio<br />

É a principal ferramenta para determinar a quanti<strong>da</strong>de<br />

mínima a ser vendi<strong>da</strong> a fim de que o faturamento seja igual aos


17<br />

custos assim coloca o projeto em ponto de equilíbrio<br />

(Souza, 2003).<br />

Assim entende-se por ponto de equilíbrio a receita total<br />

com a soma dos custos e despesas, relativamente ao produto<br />

vendido (EMATER-DF, 2008).<br />

O cálculo do ponto de equilíbrio em termos de ven<strong>da</strong> é<br />

através <strong>da</strong> seguinte fórmula:<br />

PE= CFT/Preço - CVU<br />

Onde:<br />

• PE: Preço de Equilíbrio;<br />

• CFT: Custos fixos Total;<br />

• CVU: Custos variáveis unitário.<br />

4.6. Investimento<br />

É um desembolso visando gerar benefícios futuros,<br />

acima de um ano geralmente. Com isso o benefício futuro é<br />

justificado se houver recebimento ( Souza e Clemente, 2004).<br />

O investimento será um requisito sempre que houver<br />

aplicação em uma situação que haja rentabili<strong>da</strong>de ou ren<strong>da</strong> de<br />

juros desse capital (Motta e Calôba, 2006).<br />

4.7. Demonstração do resultado do exercício (DRE)<br />

Segundo Assaf Neto (2005), a demonstração do<br />

resultado do exercício (DRE), apresenta se o resultado foi<br />

positivo ou negativo, se no período obteve-se lucro ou prejuízo.<br />

As receitas, despesas, ganhos e as per<strong>da</strong>s do regime são<br />

envolvi<strong>da</strong>s para a demonstração do resultado do exercício.<br />

Através <strong>da</strong> DRE é medido o desempenho <strong>da</strong> empresa<br />

durante um tempo específico, geralmente um ano (Ross et al.,<br />

2002).<br />

18<br />

4.8. Fluxos de caixa global<br />

É o conjunto de entra<strong>da</strong>s e saí<strong>da</strong>s de dinheiro do caixa<br />

ao longo do tempo (Souza e Clemente, 2006).<br />

Os benefícios gerados com investimento compensam os<br />

gastos realizados, mas é importante a análise <strong>da</strong> viabili<strong>da</strong>de de<br />

investimentos. Por isso é preciso construir estimativas futuras<br />

(Bruni e Famá, 2003).<br />

O fluxo de caixa é feito a partir de demonstrativos<br />

contábeis, geralmente parte-se do lucro líquido e são efetuados<br />

alguns ajustes, como a soma <strong>da</strong> depreciação (Bruni e Famá,<br />

2003).<br />

4.9. Taxa de mínima atrativi<strong>da</strong>de (TMA)<br />

Defini<strong>da</strong> como a melhor taxa com o menor grau de<br />

risco, disponível para a aplicação do capital em análise.<br />

As taxas envolvi<strong>da</strong>s na TMA são: taxa básica financeira<br />

(TBF); taxa referencial (TR); taxa de juros de longo prazo<br />

(TJLP); e a taxa do sistema especial de liqui<strong>da</strong>ção e custódia<br />

(SELIC); (Souza e Clemente, 2006).<br />

4.10. Payback simples<br />

É o período de tempo necessário para recuperar o<br />

investimento inicial, a partir <strong>da</strong>s entra<strong>da</strong>s de caixa (Souza e<br />

Clemente, 2006).<br />

4.11. Payback descontado<br />

É um modelo similar ao payback simples exceto por<br />

utilizar uma taxa de atrativi<strong>da</strong>de ou de desconto (Bordeaux-<br />

Rêgo et al., 2006).


19<br />

Visa corrigir a desvantagem do payback simples que<br />

desconsidera o valor do dinheiro no tempo (Souza e Clemente,<br />

2006).<br />

4.12. Valor presente líquido (VPL)<br />

É a variação de caixa esperado, desconta<strong>da</strong>s à taxa<br />

mínima de atrativi<strong>da</strong>de (Pamplona, 2008).<br />

A formula geral do VPL está expressa:<br />

n<br />

VPL= ∑ FCj j<br />

J=0 (1 + TMA) j<br />

Onde:<br />

• VPL: Valor Presente Líquido;<br />

• TMA: Taxa Mínima de Atrativi<strong>da</strong>de;<br />

• FCj: Fluxo de Caixa líquido do momento j;<br />

• n: Duração do projeto;<br />

• j: Número de período de capitalização.<br />

Caracterizado pela transferência para o presente de<br />

to<strong>da</strong>s as variações de caixa esperado sendo desconta<strong>da</strong> a taxa<br />

mínima de atrativi<strong>da</strong>de (Kassai et al., 2000).<br />

Se o valor presente líquido apresenta-se positivo, a<br />

proposta torna-se atrativa para o investimento.<br />

Quando o VPL encontra-se zero, significa que a<br />

empresa opera exatamente no ponto de equilíbrio (Souza e<br />

Clemente, 2006).<br />

4.13. Taxa interna de retorno (TIR)<br />

Segundo Motta e Calôba, (2006), a taxa interna de<br />

retorno (TIR) mede o índice relativo que mede a rentabili<strong>da</strong>de<br />

20<br />

do investimento por uni<strong>da</strong>de de tempo, que envolvem a receitas<br />

e investimentos.<br />

A TIR representa a taxa de desconto que iguala, num<br />

único momento, os fluxos de entra<strong>da</strong> com os de saí<strong>da</strong> de caixa,<br />

sendo assim a taxa que produz um VPL igual a zero (Kassai et<br />

al., 2000).<br />

Quando a TMA for menor que a TIR indica que há mais<br />

ganho, então o projeto deve ser aceito. Sendo a TIR igual a<br />

TMA é indiferente aceitar, mas quando a TIR for menor que a<br />

TMA o projeto deve ser rejeitado (Groppelli e Nikbakht, 2002).<br />

A formula geral do TIR está expressa abaixo:<br />

TIR<br />

n<br />

= ∑<br />

j =<br />

0 ( 1<br />

FC<br />

j<br />

+ i)<br />

Onde:<br />

• TIR: Taxa interna de retorno;<br />

• FCj: Fluxo de caixa líquido no momento i;<br />

• j: Número de período de capitalização;<br />

• i: Taxa de juros que torna a VPL = 0;<br />

• n: Duração do projeto.<br />

4.14. Índice de benefício/custo (IBC)<br />

É uma medi<strong>da</strong> de quanto se espera ganhar por uni<strong>da</strong>de<br />

de capital investido. Na<strong>da</strong> mais é do que fluxo esperado de<br />

benefícios de um projeto e o fluxo esperado de investimentos<br />

necessários para realizá-lo (Souza e Clemente, 2006).<br />

O IBC pode ser calculado pela seguinte fórmula:<br />

C =<br />

Valor presente do fluxo de benefícios<br />

Valor presente do fluxo do fluxo de investimentos<br />

j<br />

=<br />

0


Se um índice benefício/custo maior que 1 significa que<br />

o valor atual é positivo (Dantas, 1996).<br />

4.15. Taxa de rentabili<strong>da</strong>de (TR)<br />

21<br />

É a taxa de rentabili<strong>da</strong>de de um investimento que reflete<br />

o retorno desse investimento em porcentagem (Kassai et al.,<br />

2000).<br />

Se a TR for maior ou igual a 0, o investimento é<br />

considerado um bom negócio.<br />

A TR esta representa<strong>da</strong> na fórmula:<br />

TR(%) = (IBC – 1) * 100%<br />

4.16. Retorno adicional sobre o investimento (ROIA)<br />

O ROIA é a melhor estimativa de rentabili<strong>da</strong>de para um<br />

projeto de investimento. Representa, em termos percentuais, a<br />

riqueza gera<strong>da</strong> pelo projeto. É derivado do IBC e determina a<br />

taxa anual de rentabili<strong>da</strong>de do projeto (Souza e Clemente,<br />

2006).<br />

4.17. Análise de sensibili<strong>da</strong>de<br />

Segundo Groppelli e Nikbakht (2002), É a análise de<br />

sensibili<strong>da</strong>de que avalia o VPL de um projeto se altera diante<br />

de uma variável. Essas variáveis podem ser: ven<strong>da</strong>, preço,<br />

custos de mão-de-obra e materiais, taxa de desconto.<br />

A análise consiste em definir a rentabili<strong>da</strong>de do projeto<br />

em função de ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s suas variáveis, o projeto que for<br />

mais sensível a uma mu<strong>da</strong>nça é considerado portador de maior<br />

risco (Groppelli e Nikbakht, 2002).<br />

22<br />

4.18. Receitas<br />

As receitas do projeto são o fluxo de recursos<br />

financeiros que recebe em ca<strong>da</strong> ano <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> útil, de forma<br />

direta ou indiretamente, isso devido as suas operações<br />

(Buarque, 1991).<br />

As ven<strong>da</strong>s dos seus produtos e subprodutos originam-se<br />

a receita de um projeto (Buarque, 1991).<br />

4.18.1. Receitas diretas<br />

Conforme Buarque (1991), o cálculo consiste<br />

basicamente em multiplicar a quanti<strong>da</strong>de espera<strong>da</strong> de ven<strong>da</strong> de<br />

ca<strong>da</strong> ano, de ca<strong>da</strong> produto, pelo seu preço correspondente. Para<br />

determinar melhor utiliza-se a seguinte fórmula:<br />

Onde:<br />

• R é receita<br />

• P é o preço de ven<strong>da</strong><br />

• Q é a quanti<strong>da</strong>de<br />

4.18.2. Receitas indiretas<br />

R= P x Q<br />

Segundo Buarque (1991), além <strong>da</strong>s receitas diretas o<br />

projeto pode ter outras receitas que por mais que sejam<br />

pequenas tem a sua importância e não podem ser deixa<strong>da</strong>s de<br />

lado na determinação do montante global de receitas.<br />

Uma receita indireta que não pode ser deixa<strong>da</strong> é o valor<br />

residual que é o montante de recursos financeiros que a<br />

empresa pode obter ao final de sua vi<strong>da</strong> útil (Buarque, 1991).


4.18.3. Incerteza <strong>da</strong>s receitas<br />

23<br />

Para a determinação <strong>da</strong>s receitas, além do valor residual,<br />

implica estimativas de erros passivos. A incerteza do valor<br />

residual não representa grande margem de erros na definição do<br />

mérito do projeto, isso devido o aparecimento desse valor<br />

apenas no último ano do fluxo de receitas. O uso de diferentes<br />

valores para os preços e a quanti<strong>da</strong>de vendi<strong>da</strong> pode reduzir<br />

consideravelmente a incerteza (Buarque, 1991).<br />

5. RESULTADOS E INDICADORES<br />

5.1. Investimentos do projeto<br />

Para a implantação do projeto é necessário a aquisição<br />

de benfeitorias, ferramentas e equipamentos, animais para a<br />

produção de leite (tabelas 3 a 12). O uso <strong>da</strong> irrigação pode<br />

aumentar a produtivi<strong>da</strong>de por área além de garantir a<br />

intensificação do sistema de produção e o maior<br />

aproveitamento do espaço disponível.<br />

Tabela 3: Imóvel.<br />

DISCRIMINAÇÃO QTDE V, U. (R$) V. TOTAL (R$)<br />

Área total do terreno 13 5.000,00 66.000,00<br />

SUBTOTAL 3 66.000,00<br />

Tabela 4: Construções civis.<br />

DISCRIMINAÇÃO QTDE V, U. (R$) V. TOTAL (R$)<br />

Galpão m² 16 81 1.296,00<br />

Sala de ordenha m² 16 150 2.400,00<br />

SUBTOTAL 4 3.696,00<br />

24<br />

Tabela 5: Máquinas e equipamentos.<br />

DISCRIMINAÇÃO QTDE V, U. (R$) V. TOTAL (R$)<br />

Ordenhadeira 1 5.360,00 5.360,00<br />

Triturador 1 1.500,00 1.500,00<br />

Pulverizador costal 2 166,5 333<br />

Bebedouro 1 240 240<br />

Cocho 1 90 90<br />

Saleiro 2 500 1.000,00<br />

Arame liso 1000m 5 234 1.170,00<br />

Estacas/madeiras 320 2,5 800<br />

Eletrificador de cerca 1 250 250<br />

Isoladores 320 1,2 384<br />

Leiteira 50 L 7 80 560<br />

SUBTOTAL 5 11.687,00<br />

Tabela 6: Ferramentas de manutenção.<br />

DISCRIMINAÇÃO QTDE V, U. (R$) V. TOTAL (R$)<br />

Caixa de ferramenta 1 630 630<br />

SUBTOTAL 6 630<br />

Tabela 7: Formação de pastagens.<br />

DISCRIMINAÇÃO QTDE V, U. (R$) V. TOTAL (R$)<br />

Calcário dolomitico 13,9 34 472,6<br />

Cana-de-açúcar 6 60 360<br />

Sementes de brachiária 60 2,3 138<br />

Sementes de capim Mombaça 50 5,5 275<br />

Semente de capim Tanzânia 50 5,5 275<br />

Superfosfato simples 5 53 265<br />

Formici<strong>da</strong> granulado 48 6 288<br />

Herbici<strong>da</strong> 30 25 750<br />

SUBTOTAL 8 2.823,60


Tabela 8: Terceirizado.<br />

DISCRIMINAÇÃO QTDE<br />

V, U.<br />

(R$)<br />

25<br />

V. TOTAL<br />

(R$)<br />

Trator BH 180 cv com niveladora 44 discos<br />

20 pol 1,46 60 87,6<br />

Trator BH 180 cv com grade 16 discos 32 pol 5,8 60 348<br />

Trator BM 100 cv com lancer 1200 kg<br />

(Plantio) 0,1 60 6<br />

Trator BM 100 cv com calcareadeira 10000 kg 0,46 60 27,6<br />

Trator BM 100 cv com concha 0,2 60 12<br />

Aberturas de covas 2,04 60 122,4<br />

Abertura de valetas 1,93 60 115,8<br />

Instalação do sistema de irrigação 14,3 30 429<br />

SUBTOTAL 10 1148,4<br />

Tabela 9: Material de irrigação<br />

DISCRIMINAÇÃO QTDE V, U. (R$) V. TOTAL (R$)<br />

Tubo PVC LF 100 mm 8 37 296<br />

Tubo PVC LF 75 mm 83 25 2075<br />

Tubo PVC LF 40 mm 156 11 1716<br />

Tubo PVC LF 25 mm 596 5,8 3456,8<br />

Te 100 mm LF 1 35 35<br />

Te 75 mm LF 14 8 112<br />

Te 25 mm LF 259 2,5 647,5<br />

Te 40x20 mm LF 168 3,9 655,2<br />

Bucha red. 100x75 LF 1 4 4<br />

Bucha red. 75x40 LF 12 4 48<br />

Bucha red. 75x25 LF 2 14 28<br />

Curva 90º 75 mm LF 1 13 13<br />

Curva 90º 25 mm LF 144 2 288<br />

Aspersores Agropolo NY 25 86 12,8 1100,8<br />

Motobomba 12 cv monofásica 1 3500 3500<br />

Chave de parti<strong>da</strong> 1 120 120<br />

Mangote 125 mm 2,5 68 170<br />

Válvula pé 125 mm 1 85 85<br />

Válvula retenção 1 56 56<br />

Braçadeira 2 10 20<br />

Registro LF 100 mm 1 115 115<br />

Cap c/ rosca 173 1 173<br />

Serra para arco de serra 2 4 8<br />

Arco de serra 1 12 12<br />

Lixa 10 0,2 2<br />

Adesivo 175 g 5 3 15<br />

SUBTOTAL 11 14751,3<br />

26<br />

Tabela 10: Rebanho<br />

DISCRIMINAÇÃO QTDE V, U. (R$) V. TOTAL (R$)<br />

Vacas 40 2500 100000<br />

Touro 1 3000 3000<br />

SUBTOTAL 7 103000<br />

Tabela 11: Ferramentas de manutenção<br />

DISCRIMINAÇÃO QTDE V, U. (R$) V. TOTAL (R$)<br />

Carrinho de mão p/silagem (150 L) 2 300 600<br />

Carrinho pneu/maciço 2 50 100<br />

SUBTOTAL 9 700<br />

Tabela 12: Investimento total<br />

INVESTIMENTO TOTAL 204.436,30<br />

Na figura 4 observa-se grande participação do rebanho<br />

nos investimentos, espera-se esta participação pelo alto valor de<br />

produção destes animais, indispensáveis para a produção.<br />

Figura 4: Investimento do projeto.


5.2. Rebanho<br />

27<br />

Uma parte do investimento (R$ 103.000,00) se encontra<br />

na aquisição de matrizes, novilhas e touro.<br />

Após a compra <strong>da</strong>s matrizes, as demais fêmeas serão<br />

incorpora<strong>da</strong>s no rebanho para manter a quanti<strong>da</strong>de já<br />

estabeleci<strong>da</strong> de 26 matrizes adultas lactantes, e ao<br />

estabelecimento <strong>da</strong> produção de leite ocorrerá no 4º ano.<br />

5.3. Produção<br />

O ano 0 refere-se ao ano em que as pastagens se<br />

estabelecerão e quando serão introduzidos os animais. A<br />

produção de leite se estabilizará no 4º ano, com uma produção<br />

de 113.880 litros por ano.<br />

5.4. Receitas anuais<br />

A estimativa de receitas anuais terá oscilações nos<br />

primeiros 5 anos devi<strong>da</strong> a alternância de ven<strong>da</strong>s de animais que<br />

apenas se estabilizará do ano 6 ao 10 (tabela 13).<br />

Tabela 13: Receitas anuais<br />

DISCRIMINAÇÃO R$/animal<br />

Leite 0,55<br />

Bezerros<br />

Novilhas 1-2 anos<br />

Novilhas 2-3 anos<br />

Vacas descarte<br />

Receitas bruta<br />

Preço ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5<br />

100,00<br />

800,00<br />

1.100,00<br />

2.000,00<br />

Valor<br />

(R$)<br />

67.452,00<br />

1.800,00<br />

-<br />

-<br />

-<br />

69.252,00<br />

Valor<br />

(R$)<br />

65.043,00<br />

1.600,00<br />

10.400,00<br />

-<br />

4.000,00<br />

81.043,00<br />

Valor<br />

(R$)<br />

60.225,00<br />

1.500,00<br />

9.600,00<br />

-<br />

6.000,00<br />

77.325,00<br />

Valor<br />

(R$)<br />

62.634,00<br />

1.500,00<br />

9.600,00<br />

-<br />

8.000,00<br />

83.734,00<br />

Valor<br />

(R$)<br />

62.634,00<br />

1.500,00<br />

8.800,00<br />

-<br />

10.000,00<br />

82.934,00<br />

ANO 6<br />

ao 10<br />

Valor<br />

(R$)<br />

62.634,00<br />

1.500,00<br />

8.800,00<br />

1.100,00<br />

8.000,00<br />

82.034,00<br />

28<br />

Na figura 5 mostra a participação <strong>da</strong> ven<strong>da</strong> dos produtos<br />

na receita.<br />

Figura 5: Ven<strong>da</strong>s de produtos<br />

5.5. Custos de produção<br />

Dentre os principais custos <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de, pode-se<br />

ressaltar o manejo <strong>da</strong>s pastagens, manejo animal e custo com<br />

energia.<br />

5.5.1. Custos variáveis<br />

Esses custos podem variar de acordo com o número de<br />

animais. Alguns itens analisados para obtenção de resultados<br />

foram: manejo alimentar, reprodutivo, sanitário e tratos diários.<br />

Todos contabilizados por classe de animal conforme sua<br />

necessi<strong>da</strong>de.<br />

O custo calculado total de ca<strong>da</strong> animal está descrito na<br />

tabela 14.


Tabela 14: Custos totais no manejo/ano.<br />

Animais R$/ano<br />

Vacas lactantes 344,32<br />

Vacas não lactantes 220,24<br />

Novilhas (2-3 anos) 213,73<br />

Novilhas (1-2 anos) 148,55<br />

Bezerras 177,92<br />

Bezerros 176,92<br />

Touro 487,15<br />

5.5.2. Custo fixo<br />

29<br />

A tabela 15 visa os custos fixo <strong>da</strong> implantação do<br />

projeto, sendo que o ano 0 é o ano de implantação e os demais<br />

anos de manutenção.<br />

Tabela 15: Custos fixos<br />

1. MÃO-DE-OBRA QTDE SALÁRIO<br />

(R$)<br />

ENC.<br />

SOC.<br />

Total<br />

Ano<br />

- Pró-labore 1 1.000,00 0,00 12.000,00<br />

- Funcionários 2 515,00 669,50 6.849,50<br />

2. DESPESAS GERAIS Unid R$ QTDE R$/Ano<br />

2.1 Instalações<br />

2.2 Manutenção <strong>da</strong> pastagem<br />

2.2.1 Pasto Irrigado<br />

1200<br />

- Energia 250 12 3000<br />

- Formici<strong>da</strong> 144 1 144<br />

- Potássio 3000 1 3000<br />

- Nitrogênio<br />

2.2.2 Pasto Brachiaria<br />

3450 1 3450<br />

- Formici<strong>da</strong> 86,4 1 86,4<br />

- Potássio 86,4 1 86,4<br />

- Nitrogênio 345 1 345<br />

30<br />

2. DESPESAS GERAIS Unid R$ QTDE R$/Ano<br />

2.2.3 Cana-de-açúcar<br />

- Formici<strong>da</strong> 57,6 1 57,6<br />

- Potássio 98 1 98<br />

- Nitrogênio 230 1 230<br />

2.3 Telecomunicações R$/ano 780,00 1 780,00<br />

2.4 Manutenções <strong>da</strong><br />

ordenhadeira R$/ano 65,28 12 783,36<br />

2.5 Manutenções <strong>da</strong> cerca 50,76 924,48<br />

- Estacas R$/ano 30,00 12 360,00<br />

- Arames R$/ano 2,76 48 132,48<br />

- Isoladores R$/ano 18,00 24 432,00<br />

2.6 Manutenções <strong>da</strong> irrigação 21,50 108,00<br />

- Cano de subi<strong>da</strong> R$/ano 8,70 8 69,60<br />

- aspersores R$/ano 12,80 3 38,40<br />

2.7 Sani<strong>da</strong>de geral 1.417,42 1 1.417,42<br />

5.5.2.1. Depreciação<br />

A depreciação foi calcula<strong>da</strong> para 10 anos sendo leva<strong>da</strong><br />

em consideração a vi<strong>da</strong> útil de ca<strong>da</strong> equipamento. Os itens<br />

depreciados de acordo com a legislação específica (tabela 16).<br />

Tabela 16: Despesas com depreciação<br />

DISCRIMINAÇÃO<br />

DEP.<br />

LINEAR<br />

VALOR<br />

(R$) (%) 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano<br />

Ferramentas 630 20% 126 126 126 126 126<br />

Animais 103.000 20% 20.600 20.600 20.600 20.600 20.600<br />

6º ao 10º<br />

anos<br />

Cercas 2.604 10% 260 260 260 260 260 260<br />

Ordenhadeira 6.000 10% 600 600 600 600 600 600<br />

Triturador 1.800 10% 180 180 180 180 180 180<br />

Motobomba 3.500 10% 350 350 350 350 350 350<br />

Irrigação 14.751 10% 1.475,13 1.475,13 1.475,13 1.475,13 1.475,13 1.475,13


5.6. Taxa mínima de atrativi<strong>da</strong>de (TMA)<br />

31<br />

A taxa de atrativi<strong>da</strong>de utiliza<strong>da</strong> no projeto foi de 10%<br />

(tabela 17). Essa taxa de atrativi<strong>da</strong>de foi utiliza<strong>da</strong>, porque se o<br />

esse investimento não fosse usado para tal fim, poderia ser<br />

aplicado na poupança o que geraria o mesmo por ano.<br />

Tabela 17: Composição <strong>da</strong> TMA<br />

TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE<br />

Margem de Rentabili<strong>da</strong>de (poupança) 6,00%<br />

Correção monetária 4,00%<br />

TOTAL 10,00%<br />

5.7. Análise de sensibili<strong>da</strong>de<br />

Os cenários escolhidos para determinar a análise de<br />

sensibili<strong>da</strong>de foram à compra <strong>da</strong> terra, arren<strong>da</strong>mento e já<br />

possuindo a terra isso devido à grande influência nos<br />

investimentos e por ser um fator essencial na região de<br />

implantação do pasto irrigado em sistema de malha para<br />

produção de leite no Rio Preto.<br />

5.8. Payback<br />

Payback simples<br />

Conforme o cenário de normali<strong>da</strong>de (figura 6) com a<br />

compra <strong>da</strong> terra, os investimentos feitos para o projeto retornam<br />

ao investidor em 5 anos e 11 meses, tal qual o cenário de<br />

arren<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> terra.<br />

O cenário analisado com o investidor já possuindo a<br />

terra, os investimentos retornam em 4 anos.<br />

32<br />

Figura 6: Payback simples<br />

Payback descontado<br />

Conforme o cenário de normali<strong>da</strong>de (figura 7) com a<br />

compra <strong>da</strong> terra os investimentos feitos para o projeto retornam<br />

ao investidor em 9 anos e 10 meses, tal qual o cenário de<br />

arren<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> terra.<br />

O cenário analisado com o investidor já possuindo a<br />

terra os investimentos retornam em 6 anos e 5 meses.<br />

Figura 7: Payback descontado


5.9. Valor presente líquido (VPL)<br />

33<br />

O valor presente líquido mostra em quanto tempo os<br />

investimentos adquiridos se pagam ao longo do período.<br />

Os resultados apenas serão satisfatórios a partir de 9<br />

anos e 10 meses, onde os investimentos aplicados serão<br />

totalmente abatidos.<br />

O valor acumulado ao final do período de 10 anos<br />

apresenta uma riqueza de R$ 1.654,43 para os cenários compra<br />

<strong>da</strong> terra e arren<strong>da</strong>mento. Considerando o cenário terra própria,<br />

o riqueza acumula<strong>da</strong> ao final do período avaliado é de<br />

R$67.654,43.<br />

5.10. Taxa interna de retorno (TIR)<br />

Observa-se que para o cenário 2 a diferença <strong>da</strong> TIR e a<br />

TMA é maior, chamado de prêmio de risco o que oferece<br />

maiores ganhos ao investidor pelo investimento na ativi<strong>da</strong>de<br />

(tabela 18).<br />

Tabela 18: Cenários<br />

Cenários TIR (%) TMA (%) Condições<br />

(1)Compra de terra 10,2 10 Se aceita<br />

(2)Possuindo a terra 20 10 Se aceita<br />

(3)Arren<strong>da</strong>mento 10,2 10 Se aceita<br />

5.11. Índice de lucrativi<strong>da</strong>de e taxa de rentabili<strong>da</strong>de<br />

O cenário adquirindo a terra mostrou-se rentável devido<br />

que a ca<strong>da</strong> 1 real investido retorna-se um adicional de R$ 0,01,<br />

assim como o cenário arren<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> terra.<br />

O cenário que indica que o investidor já possui a terra<br />

mostrou-se o mais rentável, isso porque a ca<strong>da</strong> 1 real investido<br />

34<br />

retorna-se um adicional de R$ 0,49, mostrando-se o mais<br />

rentável entre os cenários analisados.<br />

5.12. Índice benefício custo (IBC)<br />

O IBC mostra que, a ca<strong>da</strong> R$ 1,00 gera-se um adicional<br />

de R$1,01 considerando à TMA de 10% ocasionando portanto,<br />

uma riqueza adicional de R$ 0,01 para ca<strong>da</strong> R$1,00 investido<br />

para os cenários arren<strong>da</strong>mento de terra e aquisição de terra.<br />

Para o investidor que já possuir a terra este IBC chega a<br />

R$0,49.<br />

5.13. ROIA<br />

O cenário adquirindo e arren<strong>da</strong>ndo a terra mostraram-se<br />

com adicional de 10,08% alem <strong>da</strong> TMA, sobre o investimento<br />

por ano, enquanto o cenário já possuindo a terra com um<br />

adicional de 0,49% sobre o investimento por ano.<br />

6. CONCLUSÃO<br />

Considerando uma TMA de 10% e analisando a TIR de<br />

10,2%, resultou em um Payback de 9 anos e 10 meses<br />

podendo-se afirmar que a ativi<strong>da</strong>de é economicamente rentável,<br />

proporcionando um VPL descontado na ordem de R$ 1.654,34,<br />

levando em consideração um horizonte de 10 anos.<br />

Os objetivos pré-estabelecidos com formação <strong>da</strong> TMA<br />

serão alcançados, já que terá um adicional de R$ 0,01.<br />

Ain<strong>da</strong> que os cenários compra <strong>da</strong> terra e arren<strong>da</strong>mento<br />

<strong>da</strong> terra sejam semelhantes em geração de riquezas e<br />

atendimento às expectativas, ao comprar a terra o investidor<br />

adquire um bem de grande valor, podendo utilizá-lo para este<br />

mesmo empreendimento ou para qualquer outro fim.


7. AGRADECIMENTO<br />

35<br />

Agradeço a Deus por me <strong>da</strong>r força em momentos<br />

difíceis.<br />

A família por acreditar e me <strong>da</strong>r condições para que eu<br />

pudesse realizar meu sonho.<br />

Aos amigos ver<strong>da</strong>deiros por estarem comigo, <strong>da</strong>ndo<br />

apoio em momentos difíceis, em especial ao Felipe de Oliveira<br />

Wagner e William Soares Barbosa que foram de fun<strong>da</strong>mental<br />

importância para o desenvolvimento deste projeto.<br />

Aos orientadores Emanoel Elzo Leal de Barros,<br />

Caroline Jerke e William Soares Barbosa e aos professores<br />

Rosemary de Araujo Gomes e Adilson Jayme de Oliveira<br />

dentre outros e os profissionais por me passarem experiência e<br />

melhores caminhos para a execução do projeto.<br />

A minha namora<strong>da</strong> Palloma Ferreira de Sousa que me<br />

deu força para superar as dificul<strong>da</strong>des e por me suportar em<br />

momentos árduos.<br />

A todos que de alguma forma acreditaram ou não e<br />

colaboraram para que pudesse <strong>da</strong>r mais um passo na minha<br />

vi<strong>da</strong>.<br />

36<br />

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

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.


<strong>UPIS</strong> – Facul<strong>da</strong>des Integra<strong>da</strong>s

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