jornal 01 - Exército
jornal 01 - Exército
jornal 01 - Exército
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
JANEIRO, FEVEREIRO, MARÇO 99 . Ano I . Nº 1<br />
EDITORIAL<br />
Ao iniciar-se a publicação<br />
do Boletim Informativo da<br />
nossa Unidade fica atingido<br />
mais um objectivo a que nos<br />
propusemos quando assumi<br />
o comando do Regimento.<br />
Aos meus colaboradores<br />
mais directos o reconhecimento<br />
pela rápida adesão e<br />
pleno entusiasmo relativos a<br />
este projecto, que irá, estou<br />
certo, contribuir para<br />
aumentar a coesão e espírito<br />
de corpo que são apanágio<br />
das Unidades de Cavalaria.<br />
A todos os militares e civis<br />
do RC6 está aberto o espaço<br />
para mostrarem qualidades<br />
que porventura andem encobertas<br />
pela ocupação diária<br />
no cumprimento das obrigações<br />
de serviço.<br />
Aos nosso caros leitores o<br />
meu apelo à compreensão e<br />
benevolência para com o<br />
nosso amadorismo. O <strong>jornal</strong><br />
“ Dragões de Entre Douro e<br />
Minho ” representa, sobretudo,<br />
um elo de ligação entre<br />
nós e ainda entre o RC6 e as<br />
outras Unidades, Estabelecimentos<br />
e Órgãos do nosso<br />
<strong>Exército</strong> que tão honrosamente<br />
servimos.<br />
O Comandante.<br />
RC6<br />
DRAGÕES DE ENTRE<br />
DOURO E MINHO<br />
Publicação Trimestral do Regimento de Cavalaria Nº 6 – BRAGA<br />
CERIMÓNIA DE RECEPÇÃO AO ERec<br />
Decorreu, no passado<br />
dia 26 de Janeiro<br />
do corrente ano, a cerimónia<br />
de recepção ao<br />
ERec do Regimento<br />
destacado para o Agr<br />
ALFA/ BLI/ SFOR.<br />
A cerimónia, de<br />
carácter interno, simples,<br />
mas revestida de<br />
grande dignidade e<br />
elevado simbolismo,<br />
marcou formalmente o<br />
“regresso a casa” dos<br />
militares que durante<br />
seis meses, de Junho<br />
a Dezembro de 1998,<br />
desempenharam com inexcedível brio e<br />
espírito de missão missões de apoio à<br />
paz, no Teatro de Operações da Bósnia-<br />
Hérzegovina, e teve o seguinte Programa<br />
Geral:<br />
Formatura geral;<br />
Entrega da Flâmula ao ERec;<br />
Integração do ERec na formatura<br />
geral;<br />
Alocução alusiva ao acto pelo<br />
Exmo Cmdt.<br />
De referir, que a participação do ERec<br />
constituiu o baptismo dos militares de<br />
Cavalaria em missões deste tipo, no exterior<br />
do País, e que a mesma para além do<br />
entusiasmo, empenho e elevado profissionalismo<br />
que a revestiram, granjeou lustre<br />
e brilhantismo para a Unidade, Arma e<br />
<strong>Exército</strong> a que todos nos orgulhamos de<br />
pertencer.<br />
A todos os militares que integraram o<br />
Agr ALFA o Regimento de Cavalaria Nº6 presta o seu profundo reconhecimento.<br />
Bem hajam.<br />
MAJ CAV CONCEIÇÃO
VISITA DE TRABALHO DO Exmo GENERAL TITO LUÍS DE ALMEIDA<br />
BOUÇAS, COMANDANTE DA REGIÃO MILITAR DO NORTE, E<br />
INAUGURAÇÃO DA CAMARATA FEMININA PARA PRAÇAS<br />
Em 26 de Janeiro do corrente ano, o<br />
Excelentíssimo General TITO LUÍS DE<br />
This story can fit 150-200 words.<br />
of topics but try to keep your articles<br />
ALMEIDA BOUÇAS, efectuou uma visita, de<br />
One benefit of using your newsletter as short.<br />
trabalho, à Unidade, aproveitando a ocasião<br />
a promotional tool is that you can reuse Much of the content you put in your<br />
para proceder à inauguração da Camarata<br />
content from other marketing materials, newsletter can also be used for your<br />
Feminina para Praças.<br />
such as press releases, market studies, Web site. Microsoft Publisher offers a<br />
Importa referir, que o Comando da Unidade, and reports.<br />
simple way to convert your newsletter to<br />
face à ausência de infra-estruturas inerentes While your à main goal of distributing a a Web publication. So, when you’re fini-<br />
condição feminina efectuou um apreciável newsletter might be to sell your product shed writing your newsletter, convert it<br />
esforço de melhoramento de uma camarata or service, the key to a successful news- to a Web site and post it.<br />
desocupada, culminado com a inauguração, letter is making it useful to your readers.<br />
proporcionando, deste modo, às A Praças great way to add useful content to your<br />
femininas boas condições de habitabilidade newsletter no is to develop and write your<br />
Regimento.<br />
own articles, or include a calendar of<br />
upcoming events or a special offer that<br />
A visita de trabalho teve o seguinte Programa promotes a new product. 1<br />
Geral:<br />
You can also research articles<br />
Caption describing<br />
or find<br />
picture or graphic.<br />
Recepção ao Exmo Cmdt da RMN; “filler” articles by accessing the World<br />
Wide Web. You can write about a variety<br />
Apresentação de cumprimentos na<br />
Sala de Honra;<br />
Inside Story Headline<br />
Inauguração da Camarata das Praças<br />
Femininas;<br />
Almoço na Casa de Oficiais .<br />
O Excelentíssimo General Tito Bouças<br />
exprimiu a grande satisfação pelo modo<br />
acolhedor e distinto como foi recebido nesta<br />
“sua” Unidade, como é apanágio dos<br />
cavaleiros.<br />
Legenda<br />
1. Cumprimentos ao Exmo General Comandante da<br />
RMN, no Salão de Honra.<br />
2. Descerramento da placa indicativa da caserna<br />
feminina para praças<br />
3. Uma das dependências da camarata feminina,<br />
com capacidade para nove militares, em cama<br />
simples.<br />
2<br />
DRAGÕES DE ENTRE DOURO E MINHO<br />
MAJ CAV CONCEIÇÃO<br />
2<br />
3<br />
“ AVANTE PARA A GLÓRIA ”
O SERVIÇO MILITAR<br />
Frequentes vezes, durante a minha curta vida militar e<br />
não só, ouvi queixas contra o serviço militar obrigatório.<br />
Foi com muito agrado e com alguma surpresa que,<br />
aquando da Instrução Militar Geral ministrada durante o<br />
Tirocínio para Oficiais na Escola Prática de Cavalaria pelos<br />
respectivos Tirocinantes, verifiquei que tais queixas só<br />
poderiam vir de alguém pouco esclarecido, mal formado ou<br />
ambos. E se há quem não acredite que a grande maioria<br />
dos que por aqui vão passando reconhece que a "tropa"<br />
contribui, além de militarmente, para a sua formação moral,<br />
física e ideológica como Homem e como português, aqui<br />
transcrevo algumas frases de cadetes e instruendos<br />
(3 0 T/95) relativas à sua<br />
opinião quanto ao tempo<br />
passado nas fileiras:<br />
-“Não posso deixar de<br />
referir a sensação de<br />
orgulho que senti quando<br />
saí do quartel, no final da<br />
primeira semana, fardado<br />
de nº2. Foi uma sensação<br />
muito boa, que uma<br />
pessoa só tem quando se<br />
sente bem com o que se<br />
está a fazer”.<br />
-“A camaradagem dentro do pelotão e entre todo o<br />
esquadrão é um dos pontos que considero importante, que<br />
vai crescendo à medida que nos vamos cruzando durante o<br />
dia, nas instruções, no refeitório e que vem ao de cima<br />
quando alguém está em dificuldades."<br />
-“0 início é sempre um pouco dramático, pois é um<br />
período da vida de um jovem em que todo o nosso<br />
quotidiano rui, imergindo no seu lugar todo um novo<br />
sistema de vida em que a disciplina fria e cabal procura<br />
singrar, afastando todos os laivos de alguma ociosidade<br />
que tenhamos usufruído na vida civil.”<br />
-“Por vezes somos sujeitos a prestações que nos<br />
esgotam física e psicologicamente, nesses momentos o<br />
pesar e o cansaço abatem-se sobre nós de forma<br />
avassaladora, mas no fim da tarde a união e a<br />
camaradagem logo tratam de nos levantar a moral e trazer<br />
alento para os dias que se seguem.”<br />
-“Disciplina, responsabilidade, camaradagem e lealdade,<br />
um leque de parâmetros que filtram o carácter dos homens<br />
que abraçam a carreira das armas.”<br />
-“É aqui que surge o homem preparado para enfrentar a<br />
DRAGÕES DE ENTRE DOURO E MINHO<br />
“ AVANTE PARA A GLÓRIA ”<br />
vida civil de cabeça erguida, com o sentido do dever<br />
cumprido, com capacidade para se fazer respeitar e com a<br />
dignidade e prontidão para respeitar e ajudar o seu<br />
semelhante.”<br />
-“Eu gostei da recruta e não receio dizer que, se fosse<br />
preciso, repetia-a.”<br />
-“Pude constatar que a tropa não se faz de ideias<br />
mirabolantes que as equipas de instrução possam ter. A<br />
tropa faz-se a partir de uma boa relação entre recrutas e<br />
instrutores.”<br />
-“Na recruta aprendemos a ter mais respeito pela nossa<br />
Pátria e a sentir pela primeira vez um arrepio na espinha<br />
sempre que a Bandeira Nacional sobe no mastro e o Hino<br />
ecoa na nossa alma. Na maior parte das vezes quase que<br />
choro, mas...”<br />
-“Tive a oportunidade de<br />
concluir que o "Universo<br />
Militar" ao contrário da<br />
"dimensão civil" rege-se por<br />
uma panóplia de princípios<br />
que consignam ao ramo<br />
militar a dignidade e o<br />
fervoroso louvor que este<br />
bem merece. Assume-se<br />
esta dignidade pelo<br />
cumprimento de regras de<br />
conduta inalienáveis, que<br />
de forma alguma podem ou devem ser esquecidos ou<br />
contornáveis.”<br />
É lendo e relendo estas frases e com a possibilidade que<br />
o contacto directo com outros militares me oferece dia a<br />
dia, que vejo renovados os desafios de um futuro incerto<br />
que nos exigirá olhar para o lado positivo das coisas,<br />
mesmo que por vezes esse lado pareça não existir. Tal<br />
faculdade permite que pouco a pouco, pela nossa mão,<br />
algumas mentalidades deturpadas dêem lugar a outras,<br />
mais realistas, mais sinceras e mais pedagógicas e<br />
promotoras de progresso.<br />
Se conseguirmos criar, manter e desenvolver o tipo de<br />
mentalidade atrás referido em todos aqueles que, mesmo<br />
obrigados, vêem cumprir o seu serviço militar, então isso<br />
será o bastante para que gerações vindouras partilhem,<br />
compreendam e difundam os nossos ideais com a vontade<br />
expressa de honrar a memória dos nossos antepassados<br />
servindo condignamente no presente e no futuro!<br />
TEN CAV CARVALHO<br />
3
Teve lugar em 31 de Janeiro a primeira<br />
“aula” de Equitação para Oficiais, dando<br />
cumprimento à vontade do comando do<br />
RC6 em reiniciar uma tradição fazendo<br />
uso dos poucos solípedes à disposição,<br />
das boas instalações e da grande<br />
vontade dos quadros em participar neste<br />
tipo de actividades.<br />
Desta forma pretende-se que, mais do<br />
que pôr à prova os dotes equestres de<br />
cada um, se promovam todas as virtudes<br />
que ao longo dos tempos se podem<br />
associar às lides dos cavalos: destreza,<br />
coragem, disciplina e muitas outras. Para<br />
além disto, contribuir-se-á para a<br />
conveniente preparação física dos<br />
solípedes.<br />
É vontade expressa do Exmo<br />
Comandante que esta actividade se<br />
possa alargar aos restantes graduados<br />
do Regimento assim que o número e<br />
estado físico dos solípedes o permita.<br />
De igual forma deu-se início à<br />
instrução de equitação aos alunos da<br />
Universidade do Minho, traduzida em<br />
quatro classes de quatro elementos cada<br />
e durante toda a semana dividida por<br />
níveis de conhecimentos, desde o inicial<br />
ao avançado.<br />
Brevemente a nossa Unidade apoiará a<br />
Associação Portuguesa de Paralisia<br />
Cerebral, através da cedência dos<br />
solípedes, instalações (picadeiro) e<br />
pessoal de apoio ao tratamento de<br />
utentes daquela Associação por<br />
“hipoterapia”. Num próximo número este<br />
assunto será mais desenvolvido.<br />
4<br />
Na fotografia acima, e da esquerda para a direita:<br />
DRAGÕES DE ENTRE DOURO E MINHO<br />
«Preparar para montar, ...acavalou!»<br />
COR CAV GÓIS – CMDT DO RC6, montando “Selecto”;<br />
TCOR CAV MARCELINO – 2ºCMDT DO RC6, montando “Lie-Petit”;<br />
MAJ CAV BASTOS, montando “Marfim”;<br />
MAJ SGE LOPES, montando “Ramalhete”;<br />
MAJ CAV CONCEIÇÃO, montando “Fedra”;<br />
CAP TM MARTINS, montando “Vendaval”;<br />
CAP CAV LAPA, montando “Diva”;<br />
TEN CAV CARVALHO, montando “Napoleão”.<br />
Obs: Não aparecem na foto alguns Oficiais, devido a motivos impeditivos de pequena monta.<br />
“ AVANTE PARA A GLÓRIA ”<br />
TEN CAV CARVALHO
PÁGINAS DA HISTÓRIA<br />
Das segundas Invasões Francesas, sobre a defesa da<br />
Ponte de Amarante...<br />
( do livro “ A INFANTARIA PORTUGUESA NA GUERRA DA<br />
PENÍNSULA” da autoria do Coronel Ferreira Gil )<br />
FRANCISCO DA SILVEIRA PINTO DA FONSECA<br />
1º COMANDANTE DO REGIMENTO DE CAVALARIA Nº 6<br />
E<br />
CONDE DE AMARANTE<br />
DRAGÕES DE ENTRE DOURO E MINHO<br />
“ ... Se correu propícia a fortuna para os Franceses, nas operações<br />
que tentaram ao Norte do Porto, conseguindo tomar posse de<br />
Valença, Monção, Vila Nova de Cerveira e do Forte de Insua, para os<br />
lados do Tâmega não colheram facilmente o almejado triunfo. Para o<br />
conseguirem tiveram de lutar com o generoso esforço dos populares,<br />
que tão bem sabiam morrer pela Pátria; com a competência e o valor<br />
do Brigadeiro Silveira; e com o ardor bélico e resistência das tropas<br />
regulares, que o valente General tinha sob as suas ordens.<br />
Aquele afluente do Douro constitui, no seu curso inferior, desde<br />
Cavez a Entre-os-Rios, uma importante linha defensiva. Bastante<br />
caudaloso, as suas margens, formadas pelas ramificações das Serras<br />
da Cabreira e do Marão, são quasi sempre escarpadas e pedregosas,<br />
e, portanto dum acesso difícil.<br />
Tinha naquele tempo apenas 4 pontes de cantaria: a do Cavez, na<br />
estrada de Vila Pouca a Guimarães ; a de Mondim de Basto, no<br />
caminho de Vila Real; a de Amarante, sobre a única estrada<br />
praticável à artilharia e a de Marco de Canavezes. Foi na linha do<br />
Tâmega que Silveira se propôs dificultar a marcha aos contrários,<br />
logo que, ao ter conhecimento da presença dos franceses nas<br />
proximidades do Marco, se convenceu de que iriam ocupar Trás-os-<br />
Montes. Ele saberia defender essa província tão altiva pelo valor dos<br />
seus habitantes.<br />
Do seu lado, o Duque da Dalmacia fizera ocupar Penafiel pela<br />
Brigada Caulaincurt - Regimentos 18 e 19 de Dragões. Quando os<br />
franceses entraram, a 31 de Março de 1809, na pitoresca povoação,<br />
encontraram lá apenas um velho de mais de oitenta anos, todos os<br />
outros habitantes haviam retirado, levando consigo tudo o que<br />
pudesse servir aos contrários. As armas reais, conta Naylies, que encimavam os edifícios públicos, estavam<br />
cobertas de crepes (...).<br />
No dia seguinte, era enviado um destacamento de 500 cavalos, às ordens do Major Montigny, para o Marco de<br />
Canavezes.<br />
Travou- se luta renhida entre os defensores da Vila e os cavaleiros franceses, que foram compelidos a retirar.<br />
Animada por este triunfo efémero, a gente do Marco toma ousadamente a ofensiva e vai atacar o inimigo no seu<br />
próprio Bivaque, mas a empresa é mal sucedida. Dias depois, porque iam chegando novos reforços, sofrem rude<br />
ataque os postos avançados dos cavaleiros franceses, mas também sem resultado.<br />
Apesar de tudo, os Dragões de Caulaincurt não tinham um momento de tréguas; se algum deles se atrevia a<br />
sair do Bivaque estava perdido. Os nossos faziam guerra de extermínio como guerrilheiros audazes, visto não<br />
poderem medir- se em campo raso, como os soldados de Napoleão (...).<br />
Por último a Brigada de Dragões era reforçada com infantaria comandada por Foy, com duas peças, sendo o<br />
comando da Divisão entregue ao General Loison, para perseguir activamente as tropas de Silveira.<br />
O sanguinário “ maneta”, que os nossos populares tanto odiavam, por se lembrarem de quanto os fizera sofrer<br />
durante a primeira invasão, lançou logo, no dia 9, dois reconhecimentos, um sobre Canavezes e outro sobre<br />
Amarante ...”.<br />
( continua nos próximos números )<br />
“ AVANTE PARA A GLÓRIA ”<br />
MAJ CAV CONCEIÇÃO<br />
5
Com o lançamento de “ OS DRAGÕES DE ENTRE<br />
DOURO E MINHO ” , tornava-se imperativo que desta<br />
região se falasse, rebuscando aspectos e pormenores<br />
de interesse, relativos às suas terras e suas<br />
gentes. Tal é o nosso propósito, oferecendo aos leitores<br />
escolhas de possíveis roteiros centrados nas<br />
áreas circundantes das principais cidades e vilas<br />
minhotas.<br />
É o Minho, sem qualquer dúvida, uma região de<br />
encantamentos, de convites e deleite. Percorrida<br />
atentamente e sem pressas, alimenta o espírito e o<br />
corpo. Terra coberta por frondosa vegetação verde,<br />
cercada do azul da água dos Rios e do Mar, e também<br />
de conquistas, aventuras e prazeres, numa<br />
sofreguidão ímpar de manter característico um território<br />
sempre apetecido por tantos povos que desde<br />
muito antes do início da nacionalidade, aqui se foram<br />
instalando. Os seus vastos testemunhos, de citânias<br />
a castelos e fortalezas, de conventos a igrejas e santuários,<br />
não olvidando os seus imponentes solares,<br />
asseguram um Minho historicamente profético e activo.<br />
Na verdade, o Minho encerra em si mesmo um<br />
conjunto de caracteres multifacetados onde a vida<br />
avança, entre o sussurro das águas límpidas e o<br />
murmurar dos ventos mais puros.<br />
IMPRESSÃO BREVE<br />
Ao Minho associa- se o verde luxuriante da sua<br />
vegetação, única em Portugal, que cobre uma complexa<br />
simbiose de montes e vales, extremamente<br />
pitorescos e variados. No interior o relevo é vigoroso,<br />
não desmerecendo por vezes da majestade e grandeza<br />
de Trás- os- Montes, predominando maciços<br />
graníticos, lavados pelas águas de chuva intensa que<br />
alimenta a sede inesgotável dos seus rios e ribeiros.<br />
O alto grau de humidade associado à elevada fertilidade<br />
do seu solo, favorece as culturas intensivas de<br />
hortícolas, cereais como o milho, e o vinho verde e<br />
único daquelas características no mundo.<br />
IMPRESSÕES DE ESCRITORES E VIAJANTES<br />
Crawfurd - O Minho é o mais adorável rincão<br />
de Portugal.<br />
Quillardet - O Minho é a província puramente<br />
céltica, o berço de Portugal.<br />
Watson - Será muito difícil encontrar vales mais<br />
formosos do que os do Minho, Lima, Cávado e<br />
Ave.<br />
Lady Jackson - Nesta luxuriante região estamos<br />
em constante encantamento. Os quadros<br />
que oferece são os mais deliciosos que a nature-<br />
6<br />
DRAGÕES DE ENTRE DOURO E MINHO<br />
O MINHO E SEUS ROTEIROS<br />
Rio Âncora<br />
za pode apresentar diante dos<br />
nossos olhos.<br />
Lord Carnavon - Será insensível o coração<br />
daquele que puder dar de face, sem encantamento,<br />
ou despedir- se sem mágoa de tão favorecida<br />
província. Atravessei o Minho a cavalo,<br />
através de colinas, de gândaras por vezes por<br />
vezes desnudas, de devesas de frondosos soutos<br />
e confesso que nunca vi paisagens tão cativantes.<br />
José Augusto Vieira - O Minho! Seio ubérrimo<br />
das tradições que individualizam uma nacionalidade,<br />
terra onde a vegetação é luxuriante e<br />
onde os espíritos conservam as qualidades afectivas<br />
desse génio celta, que foi o nosso fiat<br />
genésico e dessa alma grega que foi a nossa<br />
criação.<br />
Ramalho Ortigão - Quem durante alguns dias<br />
não viveu e passeou nesta ridente e amorável<br />
região privilegiada das éclogas e das pastorais,<br />
não conhece de Portugal a porção de céu e<br />
de solo mais vibrantemente<br />
viva e alegre,<br />
mais luminosa e cantante.<br />
MELGAÇO, BEM A<br />
NORTE!<br />
Junto à fronteira e<br />
sobranceiro ao rio Minho, o<br />
Município de Melgaço com<br />
os seus 232 Kms quadrados<br />
e as suas dezoito freguesias,<br />
aparece- nos ainda<br />
revestido dos seus tra-<br />
“ AVANTE PARA A GLÓRIA ”<br />
Nossa Senhora da Orada
jos medievais : é o seu velho castelo com a sua graciosa<br />
e vigilante torre de menagem, implantado num<br />
pedregoso espigão granítico e construído pelo Prior do<br />
Mosteiro de Longos Vales em 1197, no tempo de D.<br />
Sancho I, ano em que conquistou Tui e Pontevedra;<br />
as suas antigas ruelas em calçada à Portuguesa; a<br />
sua Igreja<br />
Matriz ; a sua<br />
Misericórdia e o<br />
convento das<br />
Carvalhiças que<br />
foi da Ordem<br />
dos Franciscanos;<br />
a Capelinha<br />
de Santo<br />
Cristo e a jóia<br />
românica da<br />
Capela de Nossa<br />
Senhora da<br />
Orada.<br />
Moinho em Castro Laboreiro<br />
Em Melgaço, o viajante sente-se obrigado a subir<br />
até às portas do Parque Nacional da Peneda Gerês ,<br />
por uma bela estrada de magníficos recortes panorâmicos;<br />
passar o Cubalhão para atingir Lamas de Mouro,<br />
apanhando a meia encosta o pequeno Trancoso de<br />
margens verdejantes e acolhedoras; depois a Portelinha<br />
e entrar finalmente em Castro Laboreiro, velho<br />
“habitat” castrejo simbolizado na mulher vestida de<br />
negro, por saudade e estima aos noivos, filhos e maridos<br />
que viram emigrar, tendo junto a si o cão de raça<br />
Castro Laboreiro, raça nobre de guarda e pastoreiro.<br />
Deixar o planalto, ainda testemunho de velhos hábitos<br />
comunitários, de<br />
“brandas inverneiras”, de<br />
casas de granito cobertas<br />
de colmo e descer de<br />
socalco em socalco, nesse<br />
anfiteatro imenso de<br />
recantos idílicos; dos<br />
rebanhos nas encostas do<br />
Pito, Côto de Pomedelo,<br />
Soengas, à sombra de<br />
carvalhos seculares do<br />
mosteiro de Fiães; dos<br />
ribeiros de águas frias,<br />
onde trutas saltitam livres<br />
e despreocupadas, entre<br />
bétulas e pinhais; dos<br />
presuntos afumados a<br />
urzes ou torgas e carquejas<br />
com ramos de loureiros à mistura.<br />
Voltar à estrada nacional 202, que liga Monção a<br />
Melgaço, e abalar Minho abaixo por Prado, Remoães<br />
e Paderne, com visita obrigatória à Igreja do antigo<br />
Mosteiro fundado no séc. XII; passar pelas termas do<br />
Peso entretanto recuperadas e seguindo para Alvaredo<br />
que S. Martinho apadrinhou, para terminar em Penso,<br />
ou S. Tiago de Penso, caminho ancestral de peregrinos,<br />
de velhas rotas jacobeas e de portagem, que<br />
DRAGÕES DE ENTRE DOURO E MINHO<br />
Paderne (Melgaço)<br />
ali é a entrada<br />
deste<br />
concelho de<br />
Melgaço<br />
LENDAS<br />
E TRADI-<br />
ÇÕES<br />
ENCON-<br />
TRO ENTRE<br />
D. JOÃO I<br />
E O<br />
Ponte de Rio Mouro<br />
DUQUE DE<br />
LENCASTRE<br />
A 1 de Novembro de 1386, ano seguinte ao<br />
da Batalha de Aljubarrota, D. João I encontrouse<br />
com o Duque de Lencastre, seu futuro sogro,<br />
junto à ponte de Rio Mouro.<br />
Uma lápida comemorativa, relembra essa<br />
entrevista tão importante<br />
no destino de<br />
Portugal e da nova<br />
dinastia que então iria<br />
ter começo com o<br />
casamento do rei português<br />
com a filha do<br />
duque, D. Filipa de<br />
Lencastre, educadora<br />
da “ Ínclita Geração”,<br />
os Altos Infantes.<br />
INÊS NEGRA<br />
“ AVANTE PARA A GLÓRIA ”<br />
Inês Negra<br />
No mesmo ano de<br />
1386, Melgaço havia sido tomada pelos Castelhanos,<br />
na sequência da guerra com Castela.<br />
D. João I recorreu então a um demorado cerco<br />
para reaver a Vila. Segundo a tradição, nessa<br />
altura dá-se um duelo singular entre uma<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Director<br />
COR CAV TEIXEIRA DE GÓIS<br />
Subdirector<br />
TCOR CAV MARCELINO<br />
Chefe de Redacção<br />
MAJ CAV CONCEIÇÂO<br />
Grafismo<br />
1SAR RC GUERRA<br />
7
Constitui-se cada vez mais como um hábito,<br />
e em especial entre os mais jovens,<br />
comemorar o dia 21 de Março, dia que marca<br />
o começo da estação primaveril e<br />
institucionalizado como o dia da árvore, do<br />
seu modo mais significativo, isto é ...<br />
plantando árvores.<br />
Assim acontece com o Regimento de<br />
Cavalaria nº 6. À semelhança dos últimos<br />
anos, plantaram-se na Unidade algumas<br />
árvores, na sua grande maioria castanheiros,<br />
e algumas tílias rearborizando-se uma área do<br />
Regimento conhecida como “terrenos<br />
anexos”, área povoada de pinheiros bravos e<br />
castanheiros, de grande porte e idade<br />
avançada. Deve referir- se , neste propósito,<br />
que os cerca de duas dezenas de<br />
castanheiros plantados, foram gentilmente<br />
ofertados pelo Sr. Capitão Martins,<br />
Comandante do Esquadrão de Comando e<br />
Serviços.<br />
Sem qualquer dose de pretensiosismo,<br />
podemos, sem equívocos, afirmar que o<br />
Regimento possui, na actualidade, uma boa<br />
“mancha florestal” composta de espécies<br />
adaptadas à região minhota como os já<br />
falados pinheiros e castanheiros, e ainda de<br />
belos exemplares de carvalhos, tílias e<br />
plátanos que circundam as paradas e campo<br />
de futebol, bem como de lindíssimos cedros<br />
de grande porte ladeando a escadaria da<br />
entrada, transformando a Unidade numa<br />
extensa área verde e aprazível,<br />
especialmente nesta estação que agora<br />
começa. Paralelamente, todo o espaço<br />
fronteiro do Edifício do Comando e envolvente<br />
da Casa de Sargentos se encontra preenchida<br />
de citrinos, laranjeiras e limoeiros, as quais<br />
além de ornamentarem o espaço, produzem<br />
grandes quantidades de fruta, utilizados em<br />
refrescantes sumos e refrescos. Por fim,<br />
devem-se destacar todos os extensos e<br />
verdejantes relvados, que ladeiam todos os<br />
edifícios, desde Camaratas ao Refeitório<br />
Geral. Enfim, os “ DRAGÕES DE ENTRE<br />
DOURO E MINHO” têm o privilégio de<br />
habitarem um belo e apetecível espaço<br />
verde. Porventura será devido a esse facto,<br />
que a preocupação com a “ árvore “, e com a<br />
comemoração do seu dia, se encontra já<br />
manifestamente enraizada entre todos.<br />
8<br />
DRAGÕES DE ENTRE DOURO E MINHO<br />
DIA DA ÁRVORE<br />
CAP TM O. MARTINS<br />
“ AVANTE PARA A GLÓRIA ”<br />
Plantação de uma tília junto à Parada<br />
Mancha florestal próxima do Campo de Futebol<br />
O autor e um dos castanheiros plantados
VOLEIBOL<br />
CAMPEONATO NACIONAL DAS FA<br />
Decorreu de 14 a 19 de Março de 1999 o VIII<br />
Campeonato Nacional das Forças Armadas de Voleibol,<br />
que contou com a participação dos três ramos das Forças<br />
Armadas – <strong>Exército</strong>, Armada e Força Aérea – e a PSP.<br />
A organização deste Campeonato esteve a cargo da PSP<br />
e realizou-se na Cidade de Lamego.<br />
As equipas participaram na competição com equipas de<br />
1º e 2º escalão, mais uma equipa representativa feminina.<br />
As equipas terminaram assim classificadas:<br />
I ESCALÃO II ESCALÃO FEMININO<br />
1º PSP 1º Armada 1º PSP<br />
2º <strong>Exército</strong> 2º PSP 2º <strong>Exército</strong><br />
3º Armada 3º Força Aérea 3º Força Aérea<br />
4º Força Aérea 4º <strong>Exército</strong> 4º Armada<br />
1º Classificado Geral (Trofeu Defesa Nacional) -<br />
Armada.<br />
É de salientar o grande progresso verificado, quer a nível<br />
técnico quer a nível táctico,<br />
neste torneio, proporcionando,<br />
a quem assistiu, jogos de<br />
grande intensidade e muito<br />
bem disputados, originando<br />
grande surpresa a todos os<br />
civis (e muitos foram)<br />
relativamente à qualidade do<br />
voleibol militar praticado.<br />
Refira-se, por último, que<br />
fizeram parte integrante da<br />
selecção Nacional do <strong>Exército</strong><br />
dois militares do RC6, o 1SAR<br />
CAV Mateus Pereira e o SOLD RV Nuno Vieira, que<br />
assim contribuíram para a boa classificação do <strong>Exército</strong> no<br />
1º Escalão<br />
1SAR CAV MATEUS PEREIRA<br />
***<br />
DESPORTOS OUTDOOR<br />
BTT - “UMA MANHÃ DE BICICLETA, UMA<br />
SEMANA DE SAÚDE”<br />
Mochila às costas e montanha acima ou abaixo, está-se a<br />
transformar numa rotina de fim de semana para gente que<br />
gosta de aventura, passeios ao ar livre e camaradagem.<br />
À procura de novos caminhos ou recordando velhos<br />
trilhos conhecidos, a prática de ciclismo todo terreno tem<br />
muitos e diversificados aliciantes. Com crescente dinâmica<br />
DRAGÕES DE ENTRE DOURO E MINHO<br />
DESPORTO<br />
em Portugal, o BTT temse<br />
tornado num misto de<br />
desporto, aventura, saúde,<br />
camaradagem e<br />
competição, levando<br />
pessoas que sem terem<br />
estado ligadas à prática<br />
do tradicional ciclismo de<br />
estrada, saem cedo de casa<br />
para passarem uma manhã<br />
a pedalar apanhando uma<br />
grande suadela, pó, chuva,<br />
pedras e um infindável número de obstáculos. Para muitos<br />
é a fuga à rotina da cidade, do transito, da poluição ou tão<br />
só o gosto pelo novo e pelo prazer de rolar por montes e<br />
vales.<br />
Passeios de manhãs, dias ou semanas dão-te paisagens<br />
deslumbrantes, descidas vertiginosas ou subidas difíceis e<br />
a certeza que, embora cansado (por vezes arrasado) no dia<br />
seguinte o trabalho vai custar menos e passarás a semana a<br />
pensar no próximo passeio.<br />
O BTT divide-se em três modalidades distintas:<br />
Cross Country – provas geralmente realizadas em<br />
percursos que variam dos dez aos quarenta Kms,<br />
consoante as categorias, os quais costumam ser em<br />
pistas fechadas. O CC é a modalidade que mais<br />
precisa de músculos e uma grande pedalada.<br />
Down Hill – grandes doses de loucura, coragem e<br />
técnica são necessárias para esta modalidade na qual<br />
se atingem grandes velocidades e é propicia a<br />
imagens espectaculares como saltos, derrapagens e,<br />
claro, quedas aterradoras.<br />
Orientação – misto da nossa conhecida orientação e<br />
cross country, esta modalidade necessita de uma<br />
pedalada certa e uma boa interpretação da carta para<br />
um bom desempenho.<br />
Nos próximos números iremos aprofundar cada uma<br />
destas modalidades, focando as especificações das<br />
bicicletas, do<br />
equipamento e<br />
acessórios<br />
indispensáveis a<br />
cada uma delas.<br />
Até lá, boas<br />
pedaladas!...<br />
1SAR CAV<br />
DINIS FERREIRA<br />
“ AVANTE PARA A GLÓRIA ”<br />
9
O RC6 E A COMUNIDADE<br />
10<br />
VISITAS<br />
Durante o<br />
trimestre, visitaram<br />
o RC6<br />
centenas de<br />
crianças de<br />
várias escolas<br />
e creches do<br />
distrito de Braga.<br />
Como sempre,<br />
as visitas<br />
constituíram<br />
motivo de<br />
curiosidade e<br />
interesse pelo<br />
modo como<br />
vivem os militares<br />
no seu<br />
quotidiano.<br />
Tiveram, ao<br />
longo das visitas,oportunidade<br />
de<br />
conhecerem<br />
as instalações<br />
do Regimento,<br />
nomeadamente<br />
camaratas,<br />
refeitório geral,<br />
bar de praças,<br />
cavalariças e<br />
picadeiro. O<br />
ponto alto das<br />
visitas verificou<br />
-se nos pequenos passeios a cavalo e no contacto<br />
com as viaturas blindadas, para além do lanche que<br />
a todos, alunos e professores ou acompanhantes foi<br />
ofertado.<br />
***<br />
APOIOS<br />
Apoios prestados durante o trimestre:<br />
Associação Recreativa e Cultural do Campo –<br />
Terras de Bouro, para o Campeonato Nacional<br />
de Orientação (distância curta): cedência e<br />
montagem de uma tenda LRV e 20 panos de<br />
tenda<br />
DRAGÕES DE ENTRE DOURO E MINHO<br />
Alojamento fornecido a Oficiais, Cadetes da<br />
AM, Sargentos e Praças por ocasião das suas<br />
participações no campeonato atrás referido;<br />
Clube Automóvel do Minho: cedência e montagem<br />
de tenda 12P;<br />
Escola Secundária de Ponte de Lima: apoio em<br />
actividades extracurriculares;<br />
DEBURICIS – Clube de Arte e Recreio – Terras<br />
de Bouro: empréstimo de 100 colchões;<br />
Junta de Freguesia de S. Victor – Braga:<br />
empréstimo de atrelado de cavalos e viatura<br />
para transportar um “garrano”.<br />
***<br />
CURIOSIDADES<br />
SISTEMA DE NUMERAÇÃO ROMANO<br />
O Sistema de numeração romano é um método de notação<br />
do qual as letras maiúsculas se podem ver gravadas<br />
em inscrições romanas antigas. Os numerais são representados<br />
por sete letras maiúsculas do alfabeto:<br />
I - Um<br />
V - Cinco<br />
X - Dez<br />
L - Cinquenta<br />
C - Cem<br />
D - Quinhentos<br />
M - Mil<br />
Estas letras são a base do sistema; combinam- se de<br />
modo a formar os números. Se uma letra é precedida de<br />
outra de menor valor ( por exemplo IX), o valor da forma<br />
combinada é a diferença entre os valores de cada uma das<br />
letras ( por exemplo IX = X(10) - I(1) = 9.<br />
Para se determinar o valor de uma sequência de números<br />
romanos (letras), procuram- se os pares de letras na<br />
sequência ( os que começam por um valor menor ) e determinam-<br />
se os seus valores, depois somam- se esses valores<br />
aos das outras letras na sequência.<br />
Exemplo:<br />
MCMXCIX = M + CM + XC + IX<br />
= 1.000 + 900 + 90 + 9 = 1999.<br />
Nota : Um travessão sobre uma letra multiplica o valor<br />
desta por mil.<br />
Exemplo : V = 5.000.<br />
“ AVANTE PARA A GLÓRIA ”<br />
1SAR RC J. GUERRA
Aniversários no<br />
Trimestre<br />
Dia POSTO NOME<br />
02 SOLD CARLOS MATOS<br />
02 1CAB ALFREDO CARVALHO<br />
06 1CAB ANTÓNIO FERREIRA<br />
07 SAJ INÁCIO COELHO<br />
08 CIVIL MARIA LEITÃO<br />
08 1SAR RUI SILVA<br />
12 SOLD ALBINO CAMPELO<br />
14 SAJ JOSÉ COSTA<br />
17 FUR CRISTIANO FERNANDES<br />
20 1CAB JOÃO OLIVEIRA<br />
25 1CAB JOSÉ BARROSO<br />
03 1SAR JOSÉ SILVA<br />
05 1SAR ANTÓNIO SOUSA<br />
06 1CAB ROSA RIBEIRO<br />
06 2SAR ACILIO ALMEIDA<br />
08 SAJ DOMINGOS BARROS<br />
08 1SAR ANTÓNIO SILVA<br />
09 1CAB RUI SILVA<br />
10 CIVIL CELINA MARTINS<br />
11 1CAB HERCULANO QUINA<br />
12 SOLD VÍTOR RIBEIRO<br />
13 1CAB ARMANDO COSTA<br />
15 1SAR ANTÓNIO CARDOSO<br />
16 CADJ DELFIM GOMES LEITE<br />
18 MAJ SEBASTIÃO LOPES<br />
18 CIVIL MARIA SOUSA<br />
21 SOLD ANTÓNIO RIBEIRO<br />
27 CADJ MANUEL COSTA<br />
28 TEN FERNANDO CLARO<br />
03 1SAR JOSÉ MACHADO<br />
06 TEN FRANCISCO SANTOS<br />
08 SAJ JOSÉ LOURENÇO<br />
10 SOLD LICINIA OLIVEIRA<br />
13 CAP PAULO SOUSA<br />
14 1CAB ANTÓNIO DOMINGUES<br />
15 1CAB EDGAR SANTOS<br />
17 SOLD JOSELITO DOMINGUES<br />
19 1SAR CARLOS FERREIRA<br />
20 SOLD CARLOS TEIXEIRA<br />
22 2CAB CARLOS ALVES<br />
24 2SAR JOAQUIM SOUSA<br />
25 SOLD DUARTE CUNHA<br />
29 2SAR ROGÉRIO POINHAS<br />
30 SOLD JOSÉ RIBEIRO<br />
DRAGÕES DE ENTRE DOURO E MINHO<br />
“ AVANTE PARA A GLÓRIA ”<br />
SORRIA...<br />
COM OS CARTOONS DE CID<br />
ANEDOTAS<br />
Um alentejano chega junto do chefe de estação e<br />
pergunta:<br />
- Moço, o intercidades já passou?<br />
- Já, sim senhor.<br />
- E o comboio regional?<br />
- Passou às 08H30.<br />
- E o comboio de carga?<br />
- Só passa à meia noite.<br />
- Quer dizer que não há nenhum comboio agora?<br />
- Não – berrou o chefe já irritado – Você vai<br />
viajar?<br />
- Não, só quero atravessar a linha.<br />
***<br />
Um desafortunado aprendiz de cavaleiro caiu do<br />
cavalo e sofreu um traumatismo craniano. Conduzido<br />
ao Hospital, o médico perguntou-lhe:<br />
- É a primeira vez que monta a cavalo?<br />
- Não Sr. Doutor! Foi a Última.<br />
2SAR RC J. SOUSA<br />
11
12<br />
DRAGÕES DE ENTRE DOURO E MINHO<br />
JURAMENTOS DE BANDEIRA DOS 1º E 2º T/<br />
Realizaram-se nos passados dias 06 de<br />
Fevereiro e 19 de Março do corrente ano, as<br />
cerimónias dos Juramentos de Bandeira dos 1º e 2º<br />
Turnos de 1999, Grupo A.<br />
Presididas pelo Sr. COR CAV Manuel de Assis<br />
Teixeira de Góis, Comandante do Regimento, as<br />
cerimónias contaram, uma vez mais, com a adesão<br />
de centenas de familiares e amigos dos Soldados<br />
Recrutas, os quais fizeram questão de testemunhar<br />
um acto de tão transcendente relevância. As forças<br />
em parada, comandadas pelo TCOR CAV Sequeira<br />
Marcelino, 2º Comandante do Regimento, e<br />
especialmente os Soldados Recrutas do<br />
Esquadrão de Instrução, apesar das escassas 4<br />
semanas de preparação militar, revelaram bom<br />
aprumo e atavio, tendo desfilado perante o<br />
Estandarte Nacional com assinalável garbo e<br />
aprumo, enchendo de orgulho os familiares<br />
assistentes.<br />
Em ambas as alocuções alusivas às cerimónias,<br />
o Sr. Ten RC Gaspar Claro, Comandante do<br />
Esquadrão de Instrução, salientou a importância<br />
que o serviço efectivo normal, possui para a<br />
valorização pessoal dos Soldados Recrutas,<br />
nomeadamente no desenvolvimento do carácter,<br />
patriotismo, sentido da responsabilidade e<br />
disciplina, que muito importantes se virão a revelar<br />
nas suas vidas futuras , plenas de dificuldades e<br />
incertezas.<br />
Os Soldados Recrutas premiados foram os<br />
seguintes :<br />
Do 1º Turno:<br />
- Comportamento, Aptidão e Mérito –<br />
SREC JOSÉ LOMBA, de Terras de Bouro,<br />
Braga;<br />
- Aptidão Física – SREC CARLOS VELOSO,<br />
de Arcos de Valdevez, Braga;<br />
- Tiro – SREC NUNO COSTA, de S. João do<br />
Souto, Braga.<br />
Do 2º Turno:<br />
- Comportamento, Aptidão e Mérito –<br />
SREC PEDRO SILVÉRIO, de Torres<br />
Vedras, Lisboa;<br />
- Aptidão Física – SREC ÓSCAR TEIXEIRA,<br />
Margarida de Santa Eulália, Felgueiras;<br />
- Tiro – SREC NUNO MESQUITA, de<br />
Darque, Viana do Castelo.<br />
Como sempre, os momentos altos e culminantes das cerimónias aconteceram no acto do Juramento, único e<br />
marcante na vida dos militares, pelo seu simbolismo e manifestação de verdadeiro patriotismo.<br />
“ AVANTE PARA A GLÓRIA ”<br />
MAJ CAV CONCEIÇÃO