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A MENINA RECLAMONA - Editora Ave-Maria

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Guia para o professor<br />

Projeto de leitura<br />

A <strong>MENINA</strong> <strong>RECLAMONA</strong><br />

MARILU RODRIGUES<br />

Ilustração: Lúcia Brandão<br />

POR QUE LER<br />

Porque este livro provoca a reflexão sobre respeito,<br />

amizade e solidariedade, atitudes fundamentais para que<br />

as boas relações aconteçam. Às vezes, um fato que nos deixa<br />

aborrecidos faz com que descontemos nossa irritação<br />

em outras pessoas, e acabamos zangados pelo resto do<br />

dia. Não nos damos conta de como nosso comportamento<br />

afeta os outros: reclamar apenas não resolve os problemas<br />

e ainda cria barreiras nos relacionamentos, como mágoas,<br />

ingratidão etc.<br />

Estrutura da obra<br />

É uma narrativa linear sobre o cotidiano de uma garota<br />

chamada Bibiana. Depois de passar por alguns incidentes<br />

que fazem parte do dia a dia de qualquer pessoa,<br />

a menina fica mau humorada e passa a reclamar de tudo<br />

– comportamento que afeta até os seus relacionamentos.<br />

O final, porém, assinala a possibilidade de mudança de<br />

comportamento.<br />

Principais conceitos<br />

lGratidão lComportamento lVida em sociedade<br />

ANTES DE LER<br />

A OBRA<br />

Indicação de leitura: pré-leitor (até 6 anos)<br />

Resumo: Bibiana é uma menina que, de tanto reclamar das coisas, acaba<br />

ganhando o apelido de “Reclamona”. Só que algo estranho acontece e ela<br />

acaba percebendo, ainda que de um jeito um pouco desastrado, as consequências<br />

de suas reclamações.<br />

Eixos temáticos: convivência, respeito, solidariedade, amizade, relações<br />

familiares<br />

Interdisciplinaridade: Língua Portuguesa, Arte, Filosofia<br />

Às vezes, só enxergamos o lado ruim das coisas.<br />

Acabamos não vendo tudo de bom que há ao nosso<br />

Formato: 20x22 cm - 32 páginas<br />

ISBN: 978-85-617-3088-8<br />

redor, nem reconhecemos o que os outros nos fazem<br />

para nos agradar. Assumir uma atitude positiva diante<br />

da vida, desenvolver a tolerância e o bom humor são<br />

atitudes que tornam a vida mais bonita.<br />

Diga aos seus alunos que eles vão conhecer<br />

Bibiana, a personagem do livro, e saber um pouco sobre<br />

sua vida. Com cuidado para não mostrar a capa,<br />

abra o livro nas páginas 6 e 7 (onde ela aparece dormindo<br />

confortavelmente), 10 e 11 (no playground), 14<br />

e 15 (abrindo vários presentes que ganhou no aniversário),<br />

16 e 17 (o momento em que ela ganha um milk-<br />

-shake grátis). Pergunte se eles acham que Bibiana é<br />

uma menina feliz. Depois, mostre a capa e leia o título:<br />

A menina reclamona. Pergunte o que eles acham que<br />

pode ter acontecido para ela ficar com aquela expressão...<br />

Conversem sobre as hipóteses levantadas.<br />

Convide seus alunos a ouvir a sua leitura para<br />

que eles finalmente saibam o que de fato aconteceu.<br />

DURANTE A LEITURA<br />

Abra o livro e mostre a garota zangada. Como<br />

nos sentimos sendo recebidos assim? O que mudaria<br />

se ela estivesse com um belo sorriso?<br />

Vá lendo a história e mostrando as ilustrações,<br />

mudando de página lentamente. Veja na página 12 os<br />

símbolos que representam xingamento. Esse jeito de<br />

escrever é comum nas histórias em quadrinhos.


CONECTE-SE<br />

Utilize outras fontes e linguagens<br />

para enriquecer a aula. Assim, seus<br />

alunos ampliam os conhecimentos e<br />

desenvolvem a capacidade de interpretação.<br />

Internet<br />

h t t p : / / w w w . y o u t u b e . c o m /<br />

watch?v=__DTV3nJfoc – Nesse vídeo,<br />

vemos que praticar a gentileza<br />

faz bem a todos. Seus alunos poderão<br />

perceber como simples atitudes<br />

podem gerar bem-estar e alegria<br />

para todos.<br />

Literatura<br />

Brigar, nunca mais!, de Taciana C.<br />

Ottowitz (Mundo Mirim, 2012). Esse<br />

livro traz os sentimentos que podem<br />

estar envolvidos desde o início de<br />

uma briga, até a reconciliação. Você<br />

pode ler com seus alunos e conversar<br />

com eles sobre as relações humanas.<br />

Rita, não grita!, de Flavia Muniz.<br />

Rita é uma menina que vive gritando,<br />

reclamando de tudo. Você<br />

pode comparar o comportamento<br />

das duas meninas e também o que<br />

aconteceu para que elas mudassem<br />

suas atitudes.<br />

Vídeos de animação<br />

Todo mundo ama o Donald (Buena<br />

Vista Sonopres). Aqui temos o ranzinza<br />

Pato Donald em várias histórias,<br />

sempre explodindo de raiva por qualquer<br />

coisa. Por meio do exagero e do<br />

riso, podemos nos reconhecer em algumas<br />

situações e mudar de atitude.<br />

Onde vivem os monstros (Spike Jonze,<br />

2009). Max é um garoto muito ativo.<br />

Ao ficar de castigo no seu quarto, usa<br />

a imaginação e acaba chegando em<br />

uma floresta – cujos moradores são<br />

monstros –, onde vira o rei. Esse filme<br />

aborda a dificuldade de se expressar<br />

sentimentos, principalmente a raiva.<br />

Explique a seus alunos a expressão “manjar dos deuses”:<br />

segundo a mitologia grega, um doce com sabor divino que trazia<br />

a quem o comesse uma sensação de extrema felicidade, porém,<br />

proibido para os mortais. Usamos essa expressão quando<br />

queremos dizer que a comida é maravilhosa. Continue a leitura<br />

até o fim.<br />

COMO LER AS ILUSTRAÇÕES<br />

Observe na capa como Bibiana é desenhada fora de proporção.<br />

Sua cabeça enorme parece nos intimidar. A menina ocupa<br />

quase todo o espaço, com sua expressão de poucos amigos – chame<br />

a atenção para as sobrancelhas, a boca e seus braços cruzados.<br />

Ao abrirmos o livro, vemos Bibiana com cara de poucos amigos.<br />

Na página seguinte, ela aparece gritando: antes mesmo de<br />

conhecer a história, já temos uma ideia de como é a personagem.<br />

Nas páginas 6 e 7, a perspectiva é de alguém que está olhando<br />

a cena de cima. No entanto, o relógio está fora dessa perspectiva<br />

e nos mostra as horas. Observe a expressão feliz da menina no<br />

começo da história, quando ela está dormindo. Com o passar do<br />

tempo, vão acontecendo várias coisas que a fazem ficar zangada<br />

(note como a expressão da garota vai mudando).<br />

Nas páginas 10 e 11, Bibiana diz que o playground está chato.<br />

Será mesmo? Observe como as crianças estão se divertindo num<br />

ambiente alegre: o playground é arborizado, e os passarinhos estão<br />

felizes (temos até duas aves namorando). No chão, vemos o<br />

desenho de um coração recebendo uma flechada... Será que é assim<br />

que a menina está se sentindo? De coração partido?<br />

Converse com seus alunos, dizendo a eles que, quando nos<br />

decepcionamos, temos a tendência de ver tudo ruim; porém, as<br />

coisas podem não ser bem assim...<br />

Na página 17, olhe as letras saindo da boca da menina. São<br />

tantas reclamações... Veja nas páginas 21, 22 e 23 a expressão das<br />

outras pessoas enquanto ouvem Bibiana: como elas parecem estar<br />

se sentindo?<br />

Nas páginas 28 e 29, vemos a menina de costas, sentada no<br />

galho de uma árvore, em companhia apenas de seu gato e alguns<br />

pássaros, observando a noite. Essa cena intimista nos mostra que<br />

ela está pensando... Mudanças acontecem, como a árvore que<br />

cresce ou o céu que se modifica conforme o dia ou a noite.<br />

DEPOIS DE LER<br />

Nem tudo que acontece na nossa vida é obra do acaso: na verdade,<br />

somos responsáveis por muita coisa! Então podemos optar<br />

por “reclamar menos e agir mais”!<br />

Numa cartolina ou na lousa, faça uma linha vertical dividindo<br />

o espaço em dois. De um lado, escreva ou peça para algum aluno<br />

desenhar o que aconteceu de bom com Bibiana, do outro lado,<br />

o que aconteceu de ruim. Observe que aconteceram muito mais<br />

coisas boas que ruins. Depois, analise cada item do lado “ruim”:<br />

o que provocou o problema? O que poderia ser feito para evitar,


amenizar ou corrigi-lo? Por exemplo: ela esqueceu o<br />

guarda-chuva, se molhou e descontou sua raiva reclamando<br />

da chuva. O mesmo caso acontece nas páginas<br />

seguintes: ela achou o playground chato, mas na verdade<br />

ela estava com ciúmes da Janete. Há fatos em nossa<br />

vida com os quais precisamos ser tolerantes, já que<br />

não podem ser evitados ou previstos, como decepções,<br />

frustrações e incidentes cotidianos. Chame a atenção<br />

dos alunos para a mania de Bibiana reclamar até mesmo<br />

de fatos agradáveis, como abrir presentes, ganhar<br />

milk-shake ou comer um doce delicioso feito pela avó: a<br />

menina vê problemas onde eles não existem.<br />

Você pode incentivar as crianças a montarem uma<br />

peça de teatro com a história e imaginar outras situações<br />

para Bibiana. De que mais ela pode reclamar?<br />

Imagine o que aconteceu com Bibiana tempos<br />

depois, quando ela já mudou sua atitude. Leia novamente<br />

a história e, ao surgirem os problemas, reflita<br />

com as crianças a forma como Bibiana pode enfrentálos<br />

e levar tudo com bom humor. Depois, diga que<br />

ela já não combina mais com o apelido “Reclamona”:<br />

que outros apelidos seus alunos sugerem? Que tal<br />

eles fazerem novas capas para o livro, com outro título<br />

e outra expressão para a menina?<br />

ASSUNTO PUXA ASSUNTO<br />

Vamos mudar o que pode ser mudado? Uma frase<br />

atribuída ao pacifista indiano Gandhi: “Seja a mudança<br />

que você quer ver no mundo”, pode ser um bom<br />

começo para nos responsabilizar por nossas atitudes.<br />

O mau humor da Bibiana contagia todos ao redor,<br />

até o próprio narrador, que termina a história<br />

dizendo que mudanças levam “uma droga” de tempo.<br />

A boa notícia é que o bom humor também é contagiante!<br />

Vocês podem fazer uma sessão de piadas<br />

para rir a valer!<br />

Gentileza provoca gentileza! Exiba o vídeo (veja<br />

em “Conecte-se”). Combine de os alunos fazerem pequenas<br />

gentilezas (ajudar alguém, oferecer uma flor,<br />

bala ou desenho, elogiar, até mesmo sorrir para o outro).<br />

Converse sobre a experiência: como se sentiram<br />

e como acham que o outro se sentiu?<br />

Ser cortês também faz toda a diferença! Explique<br />

a seus alunos a importância de se usar as palavras<br />

“por favor”, “desculpe” e “obrigado”.<br />

Tudo tem dois lados: brinque de descobrir o lado<br />

ruim das férias e o lado bom de ir ao dentista. A própria<br />

chuva, que irritou Bibiana, é boa para aguar as<br />

plantas e refrescar o ar.<br />

Você pode fazer um jogo usando tampas redondas<br />

de potes de margarina: forre com papel branco e<br />

peça às crianças para desenharem expressões como<br />

se fossem carinhas: de raiva, alegria, tristeza, espanto,<br />

dor etc. Brinque de imitar as expressões, criando<br />

histórias sobre o que aconteceu para aquela “pessoa”<br />

ficar assim.<br />

Muitas vezes, nos esquecemos que a felicidade<br />

está nas coisas simples. Faça uma lista de coisas boas,<br />

como por exemplo: ver o sol nascer ou se pôr, andar<br />

descalço, abraçar um amigo, comer uma comida<br />

gostosa, ficar enrolado no cobertor num dia de frio...<br />

Que tal fazer pequenos cartazes com essas ideias e<br />

espalhar pela escola? Assim, todos poderão se lembrar<br />

de que a felicidade está pertinho.<br />

O livro termina com Bibiana refletindo sobre<br />

suas atitudes. E seus alunos, será que há algo de que<br />

gostariam de mudar neles próprios? Por exemplo: ser<br />

menos consumista, não comer tão depressa, não brigar<br />

com o irmão tantas vezes? Mostre que as mudanças<br />

demoram, mas acontecem.<br />

SOBRE A ESCRITORA:<br />

Marilu Rodrigues nasceu em Americana, São Paulo. É uma premiada redatora publicitária que trabalha<br />

em agência de propaganda há mais de dez anos. Adora viajar e escrever. Este é seu primeiro livro.<br />

SOBRE A ILUSTRADORA:<br />

Lúcia Brandão começou a trabalhar como ilustradora para a Folha de S. Paulo aos 17 anos. Depois de<br />

ilustrar para jornais e revistas, passou a ilustrar também livros. Atualmente, mora em Avaré, interior de<br />

São Paulo, onde criou um programa sobre meio ambiente para uma rádio. Em sua chácara, construiu<br />

um canil para cuidar de cachorros abandonados. Conheça mais sobre a ilustradora em: luciabrandao.<br />

blogspot.com.br e também em www.luciabrandaoportifolio.blogspot.com.br.<br />

ELABORADO POR SIMONE BIBIAN – escritora, dramaturga, pedagoga. Especialista em psicopedagogia e em literatura<br />

infantojuvenil, é professora de oficina de leitura para crianças e jovens e educadora do Museu Nacional<br />

de Belas Artes (RJ). Blog: simonebibian.blogspot.com

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