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DISSERTAÇÃO PRONTA.pdf - ReCiL

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participativa com estabelecimento da responsabilidade individual de modo a que, cada um<br />

possa contribuir para melhorar a qualidade de vida coletiva, não só Local, mas também<br />

Global. Neste sentido, poderá criar-se, assim, um círculo virtuoso, um desenvolvimento<br />

centrado na sustentabilidade terrestre. Aliás, em relação à responsabilidade individual e<br />

coletiva e ao desenvolvimento visto sobre a perspectiva de liberdade podemos citar:<br />

“Qualquer afirmação de responsabilidade social que substitua a responsabilidade individual<br />

não pode deixar de ser, em diferentes graus, contraproducente. Não há substituto da<br />

responsabilidade individual.” (SEN, 2003, p.280).<br />

É a partir desta perspectiva de Educação Ambiental, ou seja, social-histórica, que<br />

nos aproximamos do nosso objeto de pesquisa. Uma Educação Ambiental altera<br />

profundamente a educação como a conhecemos não sendo necessariamente mera<br />

repassadora de conteúdos ecológicos, mas sim de uma educação que visa à utilização<br />

racional dos recursos naturais, bem como a participação dos cidadãos nas discussões e<br />

decisões sobre a questão ambiental. (REIGOTA, 2007, p. 10-11).<br />

O núcleo central dessa tendência histórica assumida pela Educação ambiental<br />

para Tozoni-Reis (2004), está no pensamento marxista proposto por Marx (1818-1894) e por<br />

seu maior e mais constante parceiro intelectual Engels (1820-1895). De acordo com tal<br />

pensamento, a força construtiva das relações sociais é a história. Esta força constrói a<br />

relação dos sujeitos com o ambiente em que vivem. Sendo assim, a relação sociedade-<br />

natureza expressa o caráter histórico das relações sociais e da educação, apresentada<br />

como instrumento de transformação social.<br />

Assim, a Educação Ambiental deve preparar os jovens para uma criticidade<br />

histórico-social emancipatória, é o novo paradigma emergente e, juntamente com ela o<br />

desenvolver a capacidade de agir eticamente em relação à natureza, numa relação<br />

intrínseca e interligada com todos os seres, sejam animados ou inanimados. Paulo Freire<br />

(1980), notável educador contemporâneo, propôs uma pedagogia libertadora em que os<br />

educandos fossem levados à pensar com criticidade sobre o mundo que os cerca,<br />

conduzindo-os às ações reflexivas próprias da conscientização.<br />

Dentro dessa premissa, analisemos as seguintes palavras de Reigota:<br />

Considero que a educação ambiental deve<br />

procurar estabelecer uma “nova aliança” entre a<br />

humanidade e a natureza, uma “nova razão” que<br />

não seja sinônimo de autodestruição e estimular a<br />

ética nas relações econômicas, políticas e sociais,<br />

Ela deve se basear no diálogo 12 entre as gerações<br />

12 “O diálogo é o encontro entre os homens, mediatizados pelo mundo, para designá-lo. Se, ao dizer suas<br />

palavras, ao chamar ao mundo, os homens o transformam, o diálogo impõe-se como o caminho pelo qual os<br />

homens encontram seu significado enquanto homens; o diálogo é, pois, uma necessidade existencial.” (FREIRE,<br />

1980 p. 82-83).<br />

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