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Nacionalidade e Apatridia - Inter-Parliamentary Union

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O ACNUR colabora com organismos regionais, como o Conselho da Europa, a<br />

Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, a Organização dos Estados<br />

Americanos, a União Africana, a Liga dos Estados Árabes e a Organização da<br />

Conferência Islâmica. O ACNUR participa no Comité de Peritos sobre a <strong>Nacionalidade</strong><br />

do Conselho da Europa, que desenvolve novos instrumentos para a determinação de<br />

parâmetros gerais, como a Convenção do Conselho da Europa sobre a Prevenção dos<br />

Casos de <strong>Apatridia</strong> relacionados com a Sucessão de Estados.<br />

As organizações não governamentais também trabalham em estreita colaboração<br />

com o ACNUR no terreno, promovendo os programas do ACNUR e contribuindo a<br />

desenvolver as suas actividades. Em 2007, o ACNUR assinou 629 acordos com ONG<br />

internacionais e 467 com ONG nacionais.<br />

O ACNUR trabalha estreitamente com a União <strong>Inter</strong>parlamentar (UIP) para<br />

sensibilizar os parlamentares sobre as normas jurídicas internacionais em matéria de<br />

apatridia e informá-los sobre as multiplas recomendações e boas práticas que podem<br />

prevenir a apatridia. A organização encoraja os parlamentares a aprovarem legislação<br />

sobre a nacionalidade que contribua para eliminar a apatridia, assegurando, ao<br />

mesmo tempo, o direito à nacionalidade das pessoas que tenham sido privadas desta<br />

e ajuda, além disso, a garantir que os tratados sobre a dupla ou múltipla nacionalidade<br />

não provoquem a apatridia inadvertidamente.<br />

50<br />

Boas práticas: Sri Lanka<br />

A maioria da força de trabalho que produz o chá do Sri Lanka,<br />

reconhecido mundialmente, é originária da Índia. Conhecidos<br />

oficialmente como “tâmeis de origem indiana recente”, mas<br />

correntemente chamados de “tâmeis do interior” (Up-Country Tamil),<br />

estes trabalhadores são descendentes de pessoas trazidas para o então<br />

Ceilão da Índia pela administração britânica, que governou a ilha<br />

entre 1815 e 1948. Desde a independência do Sri Lanka, em 1948,<br />

até 1984, vários acordos entre a Índia e o Sri Lanka definiram o<br />

estatuto jurídico desses trabalhadores. A alguns tâmeis do interior foi<br />

concedida a nacionalidade por parte de um dos dois países através de<br />

arranjos legislativos ou bilaterais. Contudo, muitos deles não tinham<br />

uma nacionalidade nem gozavam dos direitos básicos e não podiam<br />

aceder ao procedimento para adquirir a nacionalidade do Sri Lanka<br />

ou da Índia.<br />

Em 1982 o governo indiano informou o governo do Sri Lanka que<br />

considerava que os acordos prévios sobre os tâmeis do interior já não<br />

eram válidos porque o período de implementação dos acordos já<br />

tinha expirado. De facto, desde essa data qualquer tâmil ainda<br />

apátrida ficou sem possibilidade de obter uma nacionalidade.<br />

O Congresso dos Trabalhadores do Ceilão, um sindicato e também um<br />

partido político, durante anos fez pressão pelos direitos dos tâmeis do<br />

interior. Em resposta, o parlamento do Sri Lanka elaborou um projecto<br />

de lei e em Outubro de 1983 aprovou por unanimidade a “Lei para a

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