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TERCEIRIzADOS<br />
Pobres fora das agências<br />
Correspondente bancário só é utilizado pelos mais carentes<br />
Criado com a<br />
desculpa de<br />
democratizar<br />
o acesso ao sistema<br />
financeiro, o<br />
correspondente<br />
bancário virou símbolo<br />
do preconceito<br />
e discriminação<br />
<strong>dos</strong> bancos, que<br />
empurram os mais<br />
pobres para este tipo<br />
de atendimento.<br />
Segundo pesquisa<br />
feita pelo Instituto<br />
Fractal, 41% das<br />
pessoas que utilizam o correspondente<br />
bancário têm renda mensal entre R$ 251<br />
e R$ 500. Outros 53% ganham salários<br />
de R$ 500 a R$ 800, enquanto os 6%<br />
restantes sobrevivem com R$ 250 a cada<br />
trinta dias.<br />
O preconceito <strong>dos</strong> bancos com os<br />
Lotéricas funcionam como<br />
correspondente bancário<br />
TEC FORT<br />
mais pobres prejudica diretamente o<br />
emprego <strong>dos</strong> bancários. Na década<br />
passada, o crescimento do número de<br />
correspondentes foi um <strong>dos</strong> vilões da<br />
redução de postos de trabalho entre os<br />
bancários. Em 1990, o Brasil tinha mais<br />
de 750 mil trabalhadores na categoria.<br />
Hoje são cerca de 465 mil.<br />
o <strong>Sindicato</strong> e a Tec Fort, prestadora de serviço bancários, principalmente para o Bradesco,<br />
fizeram em 8 de julho a primeira rodada de negociação após entrega da pauta<br />
de reivindicações que exige o aumento e o fim do desconto de R$ 22 no vale refeição<br />
(VR), além da implantação do vale-alimentação. Durante a reunião, também foram<br />
discutidas as questões relacionadas às condições de trabalho. a empresa informou<br />
desconhecer os problemas e que analisará as reivindicações.<br />
FIDELITY<br />
a empresa terceirizada Fidelity, que presta serviço a grandes instituições financeiras como<br />
o Bradesco, informou ao <strong>Sindicato</strong> que o aumento no vale refeição será de R$ 0,50,<br />
passando de R$ 6,50 para R$ 7. Já o vale-alimentação de R$ 100 passará a ser de R$ 107.<br />
o <strong>Sindicato</strong> já manifestou que não aceita a proposta e reivindicou que a empresa melhorasse<br />
os valores <strong>dos</strong> vales alimentação e refeição. a Fidelity informou que fará uma nova<br />
proposta nos próximos dias (veja no site www.spbancarios.com.br).<br />
TIVIT<br />
o <strong>Sindicato</strong> também está em negociação com a Tivit, terceirizada que presta serviço<br />
para os bancos Santander e Bradesco, entre outros. as discussões foram retomadas<br />
em 3 de julho e a empresa afirmou que vai analisar as reivindicações. Na pauta estão:<br />
aumento no piso e no vale-refeição, a implantação de vale-alimentação, fim do<br />
assédio moral, equiparação de direitos para os funcionários que exercem a mesma<br />
função e repasse integral ao trabalhador do vale-transporte.<br />
FOLHA bANCáRIA RESumO AgOSTO DE 2009<br />
MauRICIo MoRaIS<br />
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