cortina de estacas moldadas

Processos de Construção 

Docente: Pedro Lança 

41 

> Vantagens: 

CORTINA DE ESTACAS MOLDADAS: 

VANTAGENS 

Escola Superior de 

Tecnologia e Gestão 

Capítulo 4 – Contenções Periféricas 

1. Podem ser recolhidas amostras dos solos 

atravessados e atingidos que são 

comparadas com os dados do projecto; 

2. Existe uma grande variedade de diâmetros 

disponíveis; 

3. Podem ser executadas a grandes 

profundidades; 

4. Podem ser executadas sem ruído sensível 

e sob condições de pé direito limitado



42 

> Desvantagens: 


DESVANTAGENS 




1. Existe a possibilidade de se dar o 

estrangulamento em solos moles ou soltos; 

2. Torna-se difícil garantir a verticalidade; 

3. O controlo de qualidade em termos de 

dimensões da secção transversal e de 

recobrimento das armaduras é muito 

problemático; 

4. Há dificuldades de betonagem debaixo de 

água, o betão não pode ser inspeccionado 

após a colocação.



43 

> A execução do furo é feita 

por rotação recorrendo a 

um trado contínuo 

> Vantagens: 

1. Processo mais 

económico e de mais 

fácil e rápida execução; 

2. Não dá origem a 

vibrações e os níveis de 

ruído são baixos. 


TRADO CONTÍNUO (I) 



Capítulo 4 – Contenções Periféricas



44 



TRADO CONTÍNUO (II) 




1. Não se consegue precisar o diâmetro e as 

características da estaca; 

2. Não se garante o posicionamento exacto das 

armaduras nem o recobrimento destas; 

3. Em zonas sísmicas, os esforços de corte 

introduzidos na fronteira entre as camadas mais e 

as menos rígidas são significativas, o que 

desaconselha o uso deste método construtivo.



45 


TRADO CONTÍNUO (III) 






46 


TRADO CONTÍNUO (IV) 




1. Perfuração com trado contínuo até à profundidade desejada. 

2. Extracção do trado contínuo em simultâneo com bombagem 

de betão através do veio oco do trado. 

3. Introdução da armadura no betão.



47 


TRADO CONTÍNUO (V) 






48 


TRADO CONTÍNUO (VI) 






49 


TRADO CONTÍNUO (VII) 

> Problemas potenciais: 




1. Colunas de estacas cortadas; 

2. Redução da capacidade da estaca; 

3. Obstruções; 

4. Dificuldades na introdução da armadura.



50 


C/ TUBO MOLDADOR RECUPERÁVEL (I) 




> Vantagens: 

1. Custos baixos de instalação do equipamento; 

2. O equipamento pode funcionar em espaços 

limitados e de difícil acesso; 

3. As estacas tem boa capacidade de carga. 


1. Custo elevado por metro de estaca; 

2. Este método não é adequado para solos sem 

coesão e situados abaixo do nível freático; 

3. A variedade de dimensões das estacas está 

muito limitada aos tubos moldadores 

disponíveis.



51 


C/ TUBO MOLDADOR RECUPERÁVEL (II) 




A. Cravação do tubo moldador 

formado por troços 

acoplados; 

B. Remoção do solo no interior 

do tubo; 

C. Formação da base alargada 

com auxilio do martelo – 

pilão; 

D. Colocação da armadura e 

betonagem de baixo para 

cima; 

E. Remoção do tubo moldador; 

F. Estaca executada.



52 


C/ TUBO MOLDADOR RECUPERÁVEL (III) 




> a) e b) escavação inicial e introdução do 1º troço de tubo moldador; 

> c) e d) penetração do tubo moldador por pressão e rotação, 

escavação e remoção do terreno; 

> e) e f) conclusão da escavação, recorrendo ao trado e à limpadeira.



53 


C/ TUBO MOLDADOR RECUPERÁVEL (IV) 






54 


C/ TUBO MOLDADOR RECUPERÁVEL (V) 






55 

Betonagem da estaca e remoção do 

tubo moldador 


C/ TUBO MOLDADOR RECUPERÁVEL (VI) 




Remoção do tubo moldado e 

saneamento da estacas



56 


C/ TUBO MOLDADOR RECUPERÁVEL (VII) 






57 


C/ TUBO MOLDADOR RECUPERÁVEL (VIII) 






58 

> Problemas potenciais: 


C/ TUBO MOLDADOR RECUPERÁVEL (IX) 

1.Estrangulamento da secção 

da estaca por adesão do betão 

às paredes do tubo quando este 

é retirado; 

2. Destruição local da secção da 

estaca por acção de água 

corrente. 






59 

> Âmbito de aplicação 




Utilizado em solos sem capacidade de 

auto-sustentação em paramentos verticais. 

> Vantagens: 


C/ LAMAS BENTONÍTICAS (I) 

1. Aplicação em solos com coesão muito 

baixa ou com nível freático elevado; 

2. Não há vibração associada; 

3. Existe uma boa gama de diâmetros; 

4. Permite estacas com grandes 

comprimentos.



60 



C/ LAMAS BENTONÍTICAS (II) 




1. Bentonite muito cara; 

2. É necessário um grande estaleiro para 

proceder à preparação e reciclagem das 

lamas bentoníticas;



61 

1. Posicionamento e verticalização da torre da máquina; 

2. Furação com trado; 

3. Limpeza do fundo do furo com balde; 

4. Furo estabilizado com lamas bentoníticas; 

5. Introdução da armadura; 


C/ LAMAS BENTONÍTICAS (III) 




6. Betonagem do furo por via submersa, com extracção simultânea das lamas.



62 

Viga de 

coroamento 

CORTINA DE ESTACAS: 

CAMPO DE APLICAÇÃO (I) 




1. Construções enterradas perto de estruturas de médio a 

grande porte não excessivamente susceptíveis a 

deformações; 

2. Muros de suportes de taludes verticais; 

3. Túneis.



63 


CAMPO DE APLICAÇÃO (II) 






1 

2 

3 

(Fonte: www.performancefoundations.co.uk) 

64 

(Fonte: tc17.poly.edu) 


CAMPO DE APLICAÇÃO (III) 




Vários níveis 

de ancoragem 

(Fonte: www.performancefoundations.co.uk)



65 


CAMPO DE APLICAÇÃO (II) 




(Fonte: tc17.poly.edu)



66 


CAMPO DE APLICAÇÃO (III) 






67 

> Vantagens: 


CAMPO DE APLICAÇÃO (IV) 




1. Baixo custo 

2. Para profundidades de escavação 

muito pequenas, consegue-se 

distâncias muito pequenas entre a 

cortina e eventuais estruturas 

existentes; 

3. Todo o processo de instalação do 

equipamento e de execução é 

relativamente limpo e pouco ruidoso.



68 



CAMPO DE APLICAÇÃO (V) 




1. Não é garantida a impermeabilização; 

2. Apresentam limitações em termos de 

altura; 

3. Obrigam geralmente a trabalhos adicionais 

(execução de parede de alvenaria interior). 

A máxima profundidade a que as cortinas de estacas 

podem ser construídas, é na prática cerca de 18 a 20 

metros.



69 

> Estacas espaçadas; 

> Contíguas; 

> Secantes. 




TIPOLOGIAS 




70 




ESPAÇADAS 


> Vantagens 

São mais económicas por metro de largura de cortina. 


Obrigam quase sempre à colocação de ancoragens, 

por serem menos resistentes por metro de largura da 

cortina.



71 

Estas cortinas 

podem ser usadas 

para formar uma 

parede continua à 

prova de água, ou 

quase à prova de 

água. 


CONTÍGUAS e SECANTES 




Estacas contíguas 

Estacas secantes



72 


SELECÇÃO DO TIPO DE CORTINA 




> Selecção do tipo de cortina de estacas: 

1. Presença do nível freático; 

2. Coesão dos solos; 

3. Necessidade de estanqueidade; 

4. Disponibilidade financeira e prazos de tempo a 

cumprir; 

5. Número de estacas a executar.



73 

> Possível execução das estacas: 


PROCESSO CONSTRUTIVO (I) 




• 1ª fase de escavação até cerca de 0.60 m de profundidade; 

• Colocação do betão de limpeza para a viga de coroamento; 

• Execução da viga de coroamento; 

• Realização das ancoragens sobre a viga de coroamento da 

cortina; 

• 2ª fase de escavação até ao nível previsto da escavação, 

aplicação de betão projectado quando necessário, 

eventualmente armado com rede electrossoldada; 

• Realização da viga intermédia, caso exista; 

• aplicação de betão projectado quando necessário, 

eventualmente armado com rede electrossoldada; 

• 3ª fase de escavação até ao nível previsto da escavação; 

• Execução, de baixo para cima, da estrutura a construir, até 

ao nível do pavimento térreo.



74 


PROCESSO CONSTRUTIVO (II) 




Aplicação de 

rede electrosoldada 

para 

posterior 

projecção de 

betão armado



75 

(Fonte:Reis) 


PROCESSO CONSTRUTIVO (III) 






76 

> Exercício: 


EXERCÍCIO (METODOLOGIA MISTA) 




• Analise as folhas disponibilizadas pelo docente; 

• Encontram-se representados de forma esquemática 

os passos para a execução de uma estaca; 

• Neste caso foram utilizadas três metodologias 

combinadas, não obrigatoriamente por esta ordem: 

o Escavação s/ tubo moldador; 

o Escavação c/ tubo moldador; 

o Escavação c/ lamas bentoníticas.



77 


METODOLOGIA MISTA (I) 




(Fonte: www.skanska.co.uk)



78 


METODOLOGIA MISTA (II) 







79 

Escavação faseada (resumo dos 

slides anteriores): 

1. trado contínuo e lamas 

bentoníticas 

2. com tubo moldador 

3. sem tubo moldador 


METODOLOGIA MISTA (III) 







80 

CORTINA DE ESTACAS PRANCHA: 

INTRODUÇÃO 




> As estacas – prancha são painéis recuperáveis metálicos, 

pouco rígidos no seu plano, ancoradas/escoradas.



81 


CAMPOS DE APLICAÇÃO 

> Campos de aplicação: 




1. Contenção de terras; 

2. Revestimento de taludes em obras 

hidráulicas; 

3. Fundação de uma estrutura no leito de 

um rio; 

4. Alinhamento da orla marítima



82 

> Vantagens: 


VANTAGENS 




1. Utilização é viável em praticamente qualquer 

tipo de terreno; 

2. Utilizadas em terrenos com nível freático alto; 

3. Não exigem mão de obra ou equipamento 

muito especializados; 

4. Ocupam muito pouco espaço; 

5. É possível recuperar as estacas (quando 

provisórias) enquanto que os perfis das 

paredes tipo Berlim geralmente não.



83 



DESVANTAGENS 




1. São mais caras que as paredes do tipo Berlim; 

2. Exigem equipamento de cravação mais pesado; 

3. A cravação das estacas – prancha, geralmente por 

percussão, pode originar muito ruído e vibrações, 

função do equipamento utilizado; 

4. As estacas - prancha tem problemas de corrosão a 

longo prazo; 

5. As estacas – prancha são mais susceptíveis de ser 

danificadas no processo de cravação; 

6. Não podem ser empregues em terrenos com 

camadas ou blocos dispersos de rocha;



84 


NÍVEL DE RUÍDO 

Equipamento de cravação 

Martelo de impacto 

Martelo de duplo efeito ar/vapor 

Martelo vibratório 

Sistemas de pressão 

Rádio no volume máximo 

Conversa normal 




Nível do ruído [dB] 

90 – 115 

85 -110 

70 – 90 

60 - 75 

Nível de ruído em função do tipo de equipamento de cravação 

Situação 

Fábrica 

Avenida com bastante tráfego 

Nível do ruído [dB] 

90 

85 

55 – 63 

35 

Valores típicos de ruídos em diferentes situações



85 


NÍVEL DE RUÍDO 






86 


PROCESSO CONSTRUTIVO (I) 




> Para conhecer a força necessária de impacto e 

qual o tipo de perfil da estaca a utilizar é 

necessário determinar os seguintes factores: 

1. Estratificação do solo; 

2. Densidade do solo; 

3. Porosidade; 

4. Coesão dos diferentes estratos; 

5. Nível freático; 

6. Permeabilidade; 

7. Resultados dos ensaios SPT e CPT.



87 


PROCESSO CONSTRUTIVO (II) 

> Equipamento de cravação (antes) 

Bate estacas manual 






88 

> Equipamento de cravação 

(hoje) 


PROCESSO CONSTRUTIVO (III) 

- Martelo a diesel; 

- Martelo de impacto; 

- Martelo hidráulico de 

duplo efeito; 

- Martelo vibratório 






89 




> Sequência de colocação das estacas – prancha 

1. A correcta colocação da primeira estaca – prancha é 

bastante importante para assegurar à globalidade 

da cortina (verticalidade e alinhamento); 

2. É necessário que as estacas se encaixem 

correctamente uma nas outras para transmitirem 

entre si o alinhamento vertical definidos pela 

primeira estaca; 

3. A sequência de colocação das estacas pode ser 

estaca a estaca, por painel ou alternada; 

> Incidentes na execução 


PROCESSO CONSTRUTIVO (IV) 

1. Desvios da verticalidade; 

2. Obstáculos na cravação.

cortina de estacas moldadas

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?