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2.3 Manejo da irrigação através da determinação da umidade do solo<br />
A umidade do solo é extremamente variável com o tempo, aumentando com a<br />
chuva ou com a irrigação e diminuindo com a drenagem ou com a evapotranspiração<br />
(REICHARDT, 1987). As propriedades do solo, as práticas culturais e de manejo do solo, a<br />
quantidade e intensidade de aplicação de água e o estágio de desenvolvimento das culturas também<br />
são fatores que afetam a umidade do solo (PALTINEANU & STARR, 1997) apud LEÃO (2004).<br />
Vários métodos podem ser utilizados <strong>para</strong> sua determinação, os quais são classificados<br />
em diretos e indiretos, conforme forneçam diretamente ou através de estimativas a umidade do solo.<br />
Os principais métodos diretos são o método padrão da estufa (REICHARDT, 1987) e o da<br />
pesagem (BERNARDO, 1989). Já entre os métodos indiretos destacam-se: resistência elétrica,<br />
constante dielétrica, moderação de nêutrons, atenuação da radiação gama e tensiometria (MIRANDA<br />
& PIRES, 2001).<br />
A possibilidade de determinação instantânea da umidade torna os métodos<br />
indiretos mais adequados <strong>para</strong> o manejo da irrigação. Segundo Brandelik & Hübner (1996),<br />
todos os métodos disponíveis apresentam alguma desvantagem que os afasta do ideal. Coelho (2003)<br />
afirma que o melhor método dependerá dos objetivos desejados, da disponibilidade, da precisão e de<br />
outros fatores que possam indicá-lo.<br />
2.3.1 Tensiometria<br />
A tensiometria é uma das técnicas de monitoramento da quantidade de água no<br />
solo mais acessíveis <strong>para</strong> o manejo de irrigação, por ser uma alternativa barata e de fácil<br />
instalação no campo. Os sensores utilizados nesse método, os tensiômetros, são constituídos<br />
de uma cápsula porosa, geralmente de material cerâmico, conectada através de um tubo a um<br />
manômetro, com todas as partes preenchidas com água, fornecendo de forma direta o<br />
potencial ou a tensão de água no solo e de forma indireta sua umidade. Seu princípio de<br />
funcionamento baseia-se na formação do equilíbrio entre a solução do solo e a água contida<br />
no interior do aparelho.<br />
No entanto, di<strong>ver</strong>sos autores em estudos realizados ao longo do tempo relacionam<br />
algumas desvantagens da utilização desse método. Segundo Libardi (1999) uma das principais<br />
desvantagens é sua limitação de funcionamento na faixa de 0 a 85 kPa de tensão, razão pela<br />
qual cobre apenas uma parte da “água útil do solo”, embora normalmente o solo seja irrigado<br />
antes dessa tensão ser atingida. Schmugge et al. (1980) destacam outros problemas, com a<br />
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