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O CLAUSTRO ESTÁ NA RUA! - Universidade de Coimbra

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VOLUME 1 - 5 DE NOVEMBRO 2010 - BIMESTRAL<br />

Penso que este é um exemplo prático <strong>de</strong> como nós po<strong>de</strong>mos<br />

funcionar respon<strong>de</strong>ndo ao <strong>de</strong>safio da heterogeneida<strong>de</strong>.<br />

Outro princípio base é a união interna. Eu e a minha equipa<br />

consi<strong>de</strong>ramos que existem diversas cisões entre os cursos e<br />

mesmo <strong>de</strong>ntro dos próprios cursos. Mas se a nossa faculda<strong>de</strong><br />

tem três cursos <strong>de</strong>ve ter uma matriz i<strong>de</strong>ntitária como os<br />

próprios estatutos assim o indicam. É importante reflectirmos<br />

sobre o que cada curso tem <strong>de</strong> comum com os outros,<br />

o que cada curso tem como sendo específico, e o que nos<br />

une enquanto entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro da nossa faculda<strong>de</strong> que tem<br />

uma vertente <strong>de</strong> intervenção social bastante forte. Nós,<br />

enquanto núcleo, consi<strong>de</strong>ramos que a união interna é fundamental.<br />

Queremos que o corpo discente possa estar unido<br />

em prol daquilo que consi<strong>de</strong>re ser o seu futuro e os seus<br />

objectivos. Depois, para respeitar esta heterogeneida<strong>de</strong> e<br />

para que exista esta união interna, nós propusemonos<br />

a um diálogo aberto e honesto, não só <strong>de</strong>ntro<br />

do nosso grupo e é daí que ele tem <strong>de</strong> partir, mas<br />

também com os nossos colegas. Nós apostamos na<br />

comunicação cara-a-cara, em ir às salas <strong>de</strong> aula falar<br />

directamente com os colegas e, acima <strong>de</strong> tudo, ouvi<br />

-los. A informação é fundamental para que se possam<br />

tomar as <strong>de</strong>cisões certas. Para que tudo isto<br />

exista é preciso haver dinamismo e movimento, e<br />

nesse campo acho que temos um potencial muito<br />

bom que é preciso exponenciar. Preten<strong>de</strong>mos promover<br />

empowerment, isto é, que os colegas sintam<br />

que po<strong>de</strong>m por eles próprios fazer e tomar iniciativas.<br />

Sendo tu um conhecedor da história da<br />

Aca<strong>de</strong>mia, da nossa Faculda<strong>de</strong> e, particularmente<br />

do NEPCE/AAC, qual é a tua visão do<br />

estado actual das coisas: o que foi, o que é, e<br />

o que será para ti o NEPCE/AAC?<br />

O NEPCE/AAC neste momento precisa <strong>de</strong> mudança,<br />

fundamentalmente porque temos três cursos e<br />

só dois é que aparecem no nome…portanto há aqui<br />

qualquer coisa que não está a bater bem. O NEP-<br />

CE/AAC como está funciona bem, mas eu sou um<br />

eterno insatisfeito e sendo assim acho que podia<br />

funcionar melhor. E para tal temos <strong>de</strong> saber bem<br />

on<strong>de</strong> estamos. Sabemos o que fomos e tentamos<br />

documentar-nos no sentido <strong>de</strong> tentar saber o que<br />

fomos, na semana cultural vamos até criar uma<br />

exposição permanente sobre a história do NEPCE/<br />

AAC que vai estar na nossa se<strong>de</strong>. Agora, se não<br />

sabemos on<strong>de</strong> estamos é difícil saber para on<strong>de</strong><br />

vamos. Acho que esta é uma questão alargada que<br />

não <strong>de</strong>ve ser feita em pouco tempo, mas que não po<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser feita. Eu acho que somos um grupo <strong>de</strong> estudantes<br />

que tem imensas coisas em comum. Acho que<br />

somos uma faculda<strong>de</strong> que está um pouco fechada em si<br />

própria. Somos como uma caixa <strong>de</strong> ovos: estamos muito<br />

juntinhos uns dos outros, mas separados por aquelas pequenas<br />

saliências <strong>de</strong> cartão, tão frágeis mas que conseguem<br />

fazer com que não nos partamos uns aos outros «Eu não me<br />

PÁGI<strong>NA</strong> 13<br />

vou chegar muito a ti, e tu não te chegas muito a mim. Eu<br />

não parto e tu não partes». E assim não crescemos. Vamos<br />

arriscar e <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser ovos numa caixinha. Temos <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r<br />

o medo. Temos <strong>de</strong> acreditar que a nossa faculda<strong>de</strong> é<br />

um local <strong>de</strong> crescimento, e para tal temos <strong>de</strong> colocar <strong>de</strong><br />

parte os nossos pelouros e a nossa capa <strong>de</strong> psicólogo, educólogo<br />

ou assistente social e pensar no que, <strong>de</strong> facto, po<strong>de</strong>mos<br />

fazer juntos.<br />

Acho que o NEPCE/AAC per<strong>de</strong>u imensa credibilida<strong>de</strong> e o<br />

gran<strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte que tivemos foi o Emídio Guerreiro, e já<br />

lá vão muitos anos (risos). Penso que tem havido uma postura<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sinvestimento nos últimos anos e <strong>de</strong> algum receio<br />

por parte dos dirigentes associativos que têm estado à frente<br />

do núcleo em marcar a nossa posição e dizer «nós estamos<br />

aqui e temos alguma coisa a dizer nesta Aca<strong>de</strong>mia». Se<br />

nós queremos prevalecer enquanto núcleo temos <strong>de</strong> tomar<br />

posições mais fortes, estar informados e <strong>de</strong>stacar a nossa<br />

posição enquanto um núcleo importante que é. Nós temos<br />

capacida<strong>de</strong> para isso. É também uma questão das pessoas<br />

estarem motivadas e envolverem-se. A nível interno é<br />

importante igualmente que as pessoas se envolvam e se<br />

dirijam ao núcleo para dizer o que po<strong>de</strong>m fazer por ele, e<br />

não só estar à espera do que núcleo po<strong>de</strong> fazer por elas.

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