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O CLAUSTRO ESTÁ NA RUA! - Universidade de Coimbra

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FACULDADE DE PSICOLOGIA E CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA<br />

O <strong>CLAUSTRO</strong><br />

VOLUME 1 - 5 DE NOVEMBRO 2010 - BIMESTRAL GRATUITO<br />

O <strong>CLAUSTRO</strong> <strong>ESTÁ</strong> <strong>NA</strong> <strong>RUA</strong>!<br />

Edição comemorativa dos 30 anos da FPCEUC


PÁGI<strong>NA</strong> 2 O <strong>CLAUSTRO</strong><br />

O Claustro<br />

Editorial<br />

D epois <strong>de</strong> alguns anos enclausurado, O Claustro está na rua!<br />

É com enorme satisfação que assistimos ao renascer <strong>de</strong>ste<br />

jornal <strong>de</strong> estudantes num momento tão importante como o 30º aniversário<br />

da FPCEUC. Com lançamento marcado para dia 5 <strong>de</strong> Novembro, esta<br />

é uma edição comemorativa da incontornável efeméri<strong>de</strong> e que conta com<br />

uma mensagem da Senhora Directora Doutora Luísa Morgado.<br />

O Claustro aparece com um novo conceito e uma nova imagem. Esta<br />

equipa editorial preten<strong>de</strong> que este jornal seja um catalisador da partilha<br />

<strong>de</strong> conhecimento, e ao mesmo tempo reforce a união interna do universo<br />

da nossa Faculda<strong>de</strong>, nomeadamente na aproximação entre alunos, professores<br />

e funcionários, bem como na convergência das três licenciaturas.<br />

Daí a importância, por exemplo, <strong>de</strong> espaços como o “+ Pessoal” on<strong>de</strong><br />

ficamos a conhecer melhor as pessoas que trabalham na nossa faculda<strong>de</strong>.<br />

Da mesma forma, na secção das opiniões marcam presença a voz dos alunos,<br />

dos professores e dos ex-alunos. O <strong>de</strong>staque <strong>de</strong>sta edição é uma<br />

reflexão sobre O Encontro e sobre como o(s) nosso(s) claustro(s), arquitectónico<br />

e jornalístico, é/são, em si, promotor(es) do mesmo. Este é<br />

um trabalho que as Professoras Manuela Vilar e Maria Jorge Ferro partilham<br />

connosco logo nas primeiras páginas. Esta edição fica também marcada<br />

por uma gran<strong>de</strong> entrevista ao Presi<strong>de</strong>nte do NEPCE/AAC, junto do<br />

qual procuramos saber o que po<strong>de</strong>mos esperar do seu mandato e quais<br />

são as suas i<strong>de</strong>ias. Marcam presença também, como não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />

ser, os acontecimentos marcantes da vida da nossa Faculda<strong>de</strong> e do NEP-<br />

CE/AAC, por exemplo as Jornadas <strong>de</strong> Iniciação à Investigação em Psicologia<br />

e a Festa das Latas 2010. Na secção do NEPCE/AAC temos cartas<br />

abertas <strong>de</strong> todos os pelouros. Uma aposta forte é o Programa Erasmus.<br />

Para além <strong>de</strong> fornecer informação sobre quais as faculda<strong>de</strong>s disponíveis,<br />

temos ainda uma crónica <strong>de</strong> uma colega que nos conta como foi, na primeira<br />

pessoa.<br />

Parabéns à FPCEUC e Parabéns a todos os que edificaram este novo<br />

Claustro.<br />

Ficha Técnica<br />

Jornal do NEPCE/AAC “O Claustro” jornaloclaustro@gmail.com<br />

Em Contacto<br />

.FPCEUC<br />

Direcção<br />

dir@fpce.uc.pt<br />

Serviços Académicos<br />

epg-fpce@fpce.uc.pt<br />

Gabinete <strong>de</strong> Apoio ao Estudante<br />

gae@fpce.uc.pt<br />

XPTO Sexualida<strong>de</strong>s: espaço <strong>de</strong> atendimento<br />

e aconselhamento<br />

xptosexualida<strong>de</strong>s@fpce.uc.pt<br />

Observatório da Cidadania e Intervenção<br />

Social<br />

ocis@fpce.uc.pt<br />

.NEPCE/AAC<br />

Direcção<br />

nepceaac.direccao@gmail.com<br />

Cultura<br />

aculturadonepce@gmail.com<br />

Política Educativa<br />

nepce.politica.educativa@gmail.com<br />

Desporto e Convívio<br />

nepce.<strong>de</strong>sporto.convivio@gmail.com<br />

Acção e Formação<br />

nepce.accao.formacao@gmail.com<br />

Intervenção Cívica e Ambiente<br />

nepce.cidadania@gmail.com<br />

.Desconcertuna<br />

tuna.fpceuc@hotmail.com<br />

<strong>de</strong>sconcertuna.2007@gmail.com<br />

.InterDito - Grupo <strong>de</strong> Expressão Dramática<br />

da FPCEUC<br />

interdito.fpceuc@gmail.com<br />

.Gabinete <strong>de</strong> Aconselhamento Psicopedagógico<br />

da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />

gap@sas.uc.pt<br />

.Serviços Médico-Universitários<br />

smu@sas.uc.pt<br />

.Centro Cultural D. Dinis<br />

cc.ddinis@sas.uc.pt<br />

Direcção e Edição Ricardo Mota Colaborou nesta edição Joana Panda,<br />

Luís Tojo, Marta Chelinho, Professora Ana Cristina Almeida, Professora Isabel Alberto, Professora Manuela Vilar,<br />

Professora Maria Jorge Ferro, Ricardo Mota, Rita Nunes, Sara Rocha, Senhora Directora Doutora Luísa Morgado<br />

Agra<strong>de</strong>cimentos André Gonçalves, Coor<strong>de</strong>nadores dos Pelouros do NEPCE/AAC, João Oliveira, Mariana Ferreira,<br />

Rui Mame<strong>de</strong>, Sr. Nuno, Teresa Forte Especial Agra<strong>de</strong>cimento à Direcção da FPCEUC Fotografia André<br />

Gonçalves, Filipe Pereira, Ricardo Mota, Rui Mame<strong>de</strong> Fotografia da capa Tatiana Moreira Vencedora do Concurso <strong>de</strong><br />

Fotografia do NEPCE/AAC 2010 Fotografia do frontispício gentilmente cedida por Filipe Pereira Paginação<br />

Ricardo Mota Concepção e Produção Pelouro da Cultura do NEPCE/AAC Impressão PMP -Serviços e Equipamentos<br />

Gráficos, Lda; Telefone 239 704 638/ 239 705 114, Fax 239 704 639, e-mail: pedro@pmpnet.eu Tiragem<br />

150 exemplares<br />

FPCEUC NEPCE/AAC


VOLUME 1 - 5 DE<br />

Destaque<br />

Sobre o Encontro em Um Claustro<br />

Pelas Professoras Manuela Vilar e Maria Jorge Ferro<br />

Este texto, que cuida a apresentação <strong>de</strong> um breve percurso<br />

da história do espaço–tempo claustral, em geral,<br />

e do claustro da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Psicologia e <strong>de</strong> Ciências<br />

da Educação da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> , muito particularmente,<br />

é, ainda, um convite para nos fazer passear<br />

pelas diferentes alas <strong>de</strong> significação <strong>de</strong> que o po<strong>de</strong>mos<br />

revestir/vivificar. Partindo do Encontro que no<br />

dia 23 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2010 aqui se <strong>de</strong>u, (aqui, no<br />

Claustro, precisamente), da comemoração dos 30 anos<br />

da criação da nossa Faculda<strong>de</strong> e do aguardado renascimento<br />

<strong>de</strong>ste jornal, façamos a caminhada que assim<br />

propomos.<br />

Em sentido estrito, claustro é um termo arquitectónico<br />

que se refere a um pátio cercado, formado pelas pare<strong>de</strong>s<br />

dos principais edifícios que compõem um mosteiro<br />

(ou igreja), ro<strong>de</strong>ado por uma colunata coberta que<br />

domina um quadrângulo central aberto/jardim on<strong>de</strong><br />

flores, arbustos ou pequenas árvores po<strong>de</strong>m ser plantados,<br />

em volta <strong>de</strong> um poço, fonte ou cisterna. A sua<br />

origem parece remontar ao século oitavo. Na Ida<strong>de</strong><br />

Média, época <strong>de</strong> florescimento e relevância da matriz<br />

claustral, o termo adquire senso lato, <strong>de</strong>signando todo<br />

o conjunto monástico, o lugar on<strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong><br />

(cristã) vive em isolamento <strong>de</strong>liberado ou clausura.<br />

Sendo espaço–símbolo do Paraíso na Terra, intersecção<br />

dos mundos físico, moral, sagrado e imaginal<br />

PÁGI<strong>NA</strong> 3<br />

(provavelmente, o único lugar on<strong>de</strong> a expressão quatro<br />

cantos do mundo faz sentido), é essencialmente o espaço<br />

organizador da vida. A um tempo, é espaço fechado e,<br />

simultaneamente, aberto; é, assim, passagem vital e<br />

centro <strong>de</strong> todas activida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> todas as vivências dos<br />

seus habitantes, reflectindo o ritmo dos dias (lugar <strong>de</strong><br />

higiene, <strong>de</strong> enterramento, <strong>de</strong> oração e meditação, <strong>de</strong><br />

leitura, <strong>de</strong> estudo individual e colectivo, <strong>de</strong> ensino, <strong>de</strong><br />

reunião, convívio e lazer, <strong>de</strong> diálogo). Passagem, sim.<br />

Mas, primordialmente, Encontro!<br />

O claustro do Colégio Novo <strong>de</strong> Santo Agostinho ou da<br />

Sapiência, obra<br />

do século XVI, é<br />

reflexo <strong>de</strong>stas<br />

significações e <strong>de</strong><br />

Filipe Pereira<br />

outras novas/<br />

r e n o v a d o r a s ;<br />

reflexo <strong>de</strong> um<br />

projecto que visava<br />

transformar a,<br />

então à data, <strong>Universida<strong>de</strong></strong>Portuguesa<br />

(transferida<br />

<strong>de</strong>finitivamente<br />

para <strong>Coimbra</strong>,<br />

em 1537, por D.<br />

João III), traduzido<br />

também no<br />

rasgamento da<br />

Rua da Sofia<br />

(Sabedoria) e na criação dos seus colégios universitários,<br />

segundo a máxima: “a uma nova mentalida<strong>de</strong>, um<br />

novo espaço”!<br />

Se a Or<strong>de</strong>m obe<strong>de</strong>cia à clausura, este colégio dos cónegos<br />

regrantes <strong>de</strong> Santo Agostinho <strong>de</strong>s<strong>de</strong> início se <strong>de</strong>dicou<br />

ao ensino e a activida<strong>de</strong>s com ele relacionadas,<br />

criando, em termos <strong>de</strong> acção transformadora, uma<br />

abertura do lugar (adicionalmente, permitindo, na senda<br />

<strong>de</strong> anteriores <strong>de</strong>cisões, que estudantes externos à<br />

Or<strong>de</strong>m o frequentassem). Porém, as trajectórias <strong>de</strong>ste<br />

projecto foram inflectidas por influências várias (às<br />

quais não é alheia a acção da Inquisição e da Companhia<br />

<strong>de</strong> Jesus)... e, na História, esfumar-se-ão... pairarão...<br />

aguardarão, no tempo, novas acções.


PÁGI<strong>NA</strong> 4 O <strong>CLAUSTRO</strong><br />

Em 1834, com a extinção das Or<strong>de</strong>ns religiosas, o edifício<br />

vê-se abandonado e, à semelhança <strong>de</strong> tantos outros colégios,<br />

ficará ao <strong>de</strong>us-dará. Em 1841, será entregue à Misericórdia e<br />

Casa dos Expostos, o que lhe valerá a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> Colégio<br />

dos Órfãos. Em 1967, um violento incêndio esvaziará novamente<br />

o espaço. E em 1985 nele estabelecerá morada a nova<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Psicologia e <strong>de</strong> Ciências da Educação da <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />

Ora, eis-nos chegados a 2010, 33 anos <strong>de</strong> um Curso, 30<br />

anos da criação <strong>de</strong> uma Faculda<strong>de</strong>, 25 anos da conquista <strong>de</strong><br />

um espaço-tempo-Faculda<strong>de</strong> autónomo e ao dia em que O<br />

Claustro, materializado em formato <strong>de</strong> jornal, se vê, <strong>de</strong><br />

novo, arribado à luz do dia - essa utopia criada há alguns<br />

anos atrás, suspensa por tempo (in)<strong>de</strong>terminado, e que (re)<br />

nasce, agora, renovada. Eis-nos num lugar fluido, num lugar<br />

que fala aos seus habitantes e nos permite falar <strong>de</strong>les, lugar<br />

cheio <strong>de</strong> projectos, <strong>de</strong>sejos e esperanças, i<strong>de</strong>ias e letras<br />

impressas. Inscrições.<br />

É <strong>de</strong> inscrições que se enche a nossa abordagem ao Claustro.<br />

Porque é, e sempre o assumimos, espaço <strong>de</strong> Encontro,<br />

lugar <strong>de</strong> transformações.<br />

Propomo-nos, então, da fruição <strong>de</strong> tempo(s) <strong>de</strong> comemoração,<br />

reflectir o espaço: Acompanhem-nos, façam-nos o gosto!<br />

Reparem, a história <strong>de</strong> um edifício só se concretiza verda<strong>de</strong>iramente<br />

com a sua componente humana, transformadora.<br />

Se pensarmos o Claustro nesta perspectiva <strong>de</strong> percurso<br />

possível, do espaço–tempo arquitectónico ao espaço–tempo psicológico,<br />

percebemos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assumir outro <strong>de</strong>safio:<br />

“um novo espaço (exige) uma nova mentalida<strong>de</strong>”. Ora, a<br />

FPCEUC é um novo espaço, a <strong>Universida<strong>de</strong></strong> é um novo<br />

espaço, especialmente para todos que, a cada ano académico<br />

que <strong>de</strong>sponta, se (a)percebem chegados como novos rostos<br />

que aí/(aqui) se iniciam e vão ganhando (a)feição... A ser<br />

assim, chegar à <strong>Universida<strong>de</strong></strong> é também (re)nascer <strong>de</strong> outra<br />

maneira. É, para cada um, apossar-se <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sejo e começar<br />

como se fosse a primeira vez que se vive. Isso foi visível<br />

na expressão e nas vozes <strong>de</strong> todos os que, no dia 23 <strong>de</strong><br />

Setembro, respon<strong>de</strong>ram à chamada, ao encontro: <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />

apren<strong>de</strong>r, <strong>de</strong> conviver, <strong>de</strong> interagir – - comunicar...<strong>de</strong><br />

ser...(Feliz).<br />

Mas se o <strong>de</strong>sejo não se transforma, o Acontecimento não nasce e<br />

nada/ninguém se inscreve (cf. José Gil, Portugal Hoje – O<br />

medo <strong>de</strong> existir, 2005). O que significa que, se, em termos<br />

<strong>de</strong> pertença, uma ida à Secretaria Geral permite a inscrição<br />

num Curso, por exemplo, a I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> exige, claramente,<br />

outros Percursos <strong>de</strong> inscrição! É <strong>de</strong>stes que gostamos <strong>de</strong><br />

cuidar. São estes percursos que po<strong>de</strong>m ver-se pon<strong>de</strong>rados,<br />

sonhados, preparados, tão melhor quanto mais se ouvem as<br />

vozes e se sentem os <strong>de</strong>sejos, as forças, as vonta<strong>de</strong>s <strong>de</strong> emergir<br />

daqueles que compreen<strong>de</strong>m e assumem a urgência <strong>de</strong> se<br />

inscreverem e <strong>de</strong> o fazerem para bem; em palavras, actos e<br />

missões que, aproveitando a esses poucos, num primeiro<br />

momento, tenham como valioso fim aproveitar a toda a<br />

Humanida<strong>de</strong>. Em sintonia. Em sincronia. Como? No<br />

encontro. Encontro, enquanto momento privilegiado da<br />

acção <strong>de</strong> encontrar, na sua multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acepções: no<br />

encontro <strong>de</strong> si (modo reflexivo: encontrar-se) e com o Outro<br />

(ir ao encontro <strong>de</strong>); no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta; no sentido <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>safio (num convite à discussão, à interrogação, à investigação);<br />

em pluralida<strong>de</strong> (encontros; porque até em engenharia<br />

civil é ponto assente que sem encontros não se po<strong>de</strong>m lançar<br />

pontes!). No encontro da sua própria voz e da escuta<br />

(activa) da voz d’O Outro. On<strong>de</strong>? Em todos os lugares on<strong>de</strong><br />

haja uma pessoa (re)nascida. On<strong>de</strong>? Em lugares on<strong>de</strong> seja<br />

impossível não nos ouvirmos. On<strong>de</strong> seja impossível não<br />

ouvir O Outro. Lugares como este Nosso Claustro: aqui é<br />

impossível não nos ouvirmos porque é impossível ficarmos<br />

indiferentes à(s) nossa(s) própria(s) voz(es), em diálogo(s) ,<br />

mesmo que esta(s) só nos segre<strong>de</strong>(m), só nos sussurre(m),<br />

só fale(m) baixinho e quase que a medo dos <strong>de</strong>sejos que aqui<br />

nos/vos trouxeram e a todos os que já nos prece<strong>de</strong>ram, no<br />

tempo.<br />

Filipe Pereira


VOLUME 1 - 5 DE NOVEMBRO 2010 - BIMESTRAL<br />

Em boa verda<strong>de</strong>, no já referido dia <strong>de</strong> Setembro passado,<br />

um convite foi dirigido a todos os novos olhares e a todas as<br />

esperanças boas que à casa <strong>de</strong>ram agora entrada: virem<br />

espreitar espaços emblemáticos, cuidarem <strong>de</strong> conhecer sítios<br />

serenos e plenos <strong>de</strong> vida, pararem um pouco neste quadrângulo<br />

especial do Colégio da Sapiência. Um convite para cruzar<br />

<strong>de</strong> histórias a História. Um convite para dar a experimentar<br />

profundamente este silêncio que tanto nos conta e<br />

também toda a (res)sonância, que em cada ala nos transportam<br />

pelas forças do Desejo, da Realida<strong>de</strong>, do Po<strong>de</strong>r, da<br />

Vonta<strong>de</strong> (ao jeito <strong>de</strong> Paulo Freire). Um Claustro que transpira<br />

e evola um tempo <strong>de</strong> acção transformadora. A vossa. A<br />

nossa.<br />

Transformemo-nos! Transformemos, então! O Caustro, até<br />

aí, (im)provável “não lugar”, passou, <strong>de</strong>finitivamente, a oferecer-se-vos<br />

como um lugar significativo, como um lugar<br />

criativo, lugar <strong>de</strong> encontro, lugar <strong>de</strong> inscrição. Porque<br />

(como conta Mia Couto nas suas Interinvenções) foi nesse<br />

dia que “o coração do lugar” vos foi aberto e se <strong>de</strong>ixou ficar<br />

nas mãos daqueles que falam: Todos. Todos ainda, mais<br />

agora, a partir <strong>de</strong>ste outro Claustro (jornal), este que é,<br />

como que engendrado <strong>de</strong> uma matriz claustral a uma matriz<br />

fractal, também voz, feita <strong>de</strong> letras e repleta <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, projectos,<br />

esperanças, <strong>de</strong>sejos e (esperamos! cremos!) <strong>de</strong> muitos<br />

(re)encontros: em modo reflexivo, <strong>de</strong> ir ao encontro <strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta, <strong>de</strong> <strong>de</strong>safio, <strong>de</strong> pluralida<strong>de</strong>s.<br />

Permitam-nos, agora, em jeito <strong>de</strong> conclusão, retomar uma<br />

vez mais as palavras <strong>de</strong> Mia Couto (que, no referido dia <strong>de</strong><br />

Setembro, inspiraram e gravaram, em síntese, o ponto <strong>de</strong><br />

“fechamento”/ nova ”abertura” do encontro/lugar):<br />

Uma (im)precisa voz<br />

Que não quer se apagar<br />

-essa voz somos nós.<br />

PÁGI<strong>NA</strong> 5<br />

Que essa voz seja cada um <strong>de</strong> nós, cada um <strong>de</strong> vós! E que<br />

essa voz possa ser, em (res)sonância, neste Claustro, O<br />

Claustro!<br />

Filipe Pereira Filipe Pereira


PÁGI<strong>NA</strong> 6 O <strong>CLAUSTRO</strong><br />

FPCEUC<br />

30 Anos <strong>de</strong> Excelência em Ensino, Investigação e Serviço<br />

Pela Senhora Directora Doutora Luísa Morgado<br />

A Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Psicologia e <strong>de</strong> Ciências da Educação<br />

está a comemorar, este ano, os 30 anos da sua criação,<br />

uma vez que foi fundada, como 7ª Faculda<strong>de</strong> da <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, em 05 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1980,<br />

incorporando o Curso Superior <strong>de</strong> Psicologia que tinha<br />

tido o seu início na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras, no ano lectivo<br />

<strong>de</strong> 1976-1977. Em 1990-91, entrou em funcionamento<br />

a Licenciatura em Ciências da Educação. Nos anos<br />

subsequentes, muitos cursos do 2º Ciclo surgiram a<br />

par com diversas áreas <strong>de</strong> Doutoramento. Finalmente,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005-2006, uma nova licenciatura, em Serviço<br />

Social, passa a fazer parte das nossas propostas no 1º<br />

Ciclo <strong>de</strong> Ensino.<br />

Desejo, pois, felicitar-vos pela iniciativa da reedição<br />

do Jornal O Claustro em momento tão significativo<br />

para a nossa Instituição.<br />

A FPCE tem procurado respon<strong>de</strong>r, ao longo dos anos,<br />

aos sucessivos <strong>de</strong>safios e oportunida<strong>de</strong>s que lhe têm<br />

sido apresentados, tendo os seus docentes e funcionários,<br />

com o apoio incontestado dos alunos que nos<br />

procuram em número sempre crescente, construindo<br />

assim uma Escola <strong>de</strong> referência, nas diversas áreas do<br />

saber que engloba, quer no plano nacional quer internacional,<br />

como o <strong>de</strong>monstra o sucesso alcançado com<br />

o Processo <strong>de</strong> Bolonha, bem como a distinção internacional<br />

<strong>de</strong> que foi alvo em 2009.<br />

Temos, pois, boas razões para encarar com confiança o<br />

futuro sem <strong>de</strong>ixarmos, no entanto, <strong>de</strong> reconhecer<br />

aspectos menos positivos dos quais salientarei a falta <strong>de</strong><br />

instalações próprias, melhor a<strong>de</strong>quadas ao ensino e à<br />

investigação. No entanto, um esforço consi<strong>de</strong>rável foi<br />

já realizado no corrente ano com a remo<strong>de</strong>lação da<br />

Biblioteca, a criação da Testoteca e da Mediateca e,<br />

ainda, <strong>de</strong> uma Sala <strong>de</strong> Estudo <strong>de</strong>stinada à realização <strong>de</strong><br />

trabalhos <strong>de</strong> grupo. Estou certa <strong>de</strong> que a partir do 2º<br />

semestre do presente ano lectivo, com a plena ocupação<br />

do Edifício do Pólo I, cedido à FPCE pelo Magnífico<br />

Reitor em Setembro <strong>de</strong> 2009, actualmente em<br />

remo<strong>de</strong>lação, as condições <strong>de</strong> trabalho e estudo<br />

melhorarão significativamente.<br />

À FPCE apresentam-se, hoje em dia, um conjunto <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>safios que <strong>de</strong>verão mobilizar-nos a todos, sendo que<br />

nenhum <strong>de</strong>les po<strong>de</strong>rá ser alcançado sem um particular<br />

empenhamento dos alunos, os quais, com o seu entusiasmo,<br />

motivação e sentido <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>, são o<br />

elemento fundamental para a prossecução dos mesmos.<br />

São eles os seguintes:<br />

I. Aumentar a oferta educativa e melhorar a sua qualida<strong>de</strong><br />

pedagógica.<br />

Procurando respon<strong>de</strong>r aos anseios <strong>de</strong> muitos dos seus<br />

estudantes, a FPCE tem, neste momento, em fase <strong>de</strong><br />

acreditação o Mestrado em Serviço Social que <strong>de</strong>verá<br />

entrar em funcionamento no ano lectivo <strong>de</strong> 2010-<br />

2011, permitindo aos alunos <strong>de</strong>sta área prosseguir a<br />

sua formação na nossa Escola.<br />

Uma experiência inovadora do ensino à distância (elearning)<br />

encontra-se, actualmente, a <strong>de</strong>correr na nossa<br />

Faculda<strong>de</strong> no quadro <strong>de</strong> formação contínua <strong>de</strong> professores.<br />

A qualida<strong>de</strong> pedagógica, tarefa à qual se tem <strong>de</strong>dicado<br />

particular atenção, só po<strong>de</strong>rá contudo ter sucesso se os<br />

alunos <strong>de</strong>senvolverem entre si um verda<strong>de</strong>iro espírito<br />

<strong>de</strong> crítica construtiva, levando ao conhecimento do<br />

Conselho Pedagógico ou dos Coor<strong>de</strong>nadores dos Cursos<br />

sugestões que tenham em vista a melhoria <strong>de</strong>sejada.<br />

II. Promover a internacionalização.<br />

A mobilida<strong>de</strong> docente e discente é uma necessida<strong>de</strong><br />

premente da FPCE num mundo global e concorrencial.<br />

O aumento do número <strong>de</strong> alunos abrangidos por programas<br />

<strong>de</strong> intercâmbio universitário é um <strong>de</strong>safio que<br />

se lança a todos. Na verda<strong>de</strong>, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudantes<br />

estrangeiros que nos procura tem sido sustentadamente<br />

superior àquela que sai da nossa Escola no<br />

âmbito <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong> e esta diferença<br />

torna-se, no presente ano lectivo, ainda mais evi<strong>de</strong>nte<br />

uma vez que recebemos um conjunto significativo <strong>de</strong><br />

alunos brasileiros que vêem à FPCE frequentar unida<strong>de</strong>s<br />

curriculares na área das Ciências da Educação.


VOLUME 1 - 5 DE NOVEMBRO 2010 - BIMESTRAL<br />

Assim sendo, a Directora da FPCE incentiva os seus<br />

estudantes a seguir a via da internacionalização do seu<br />

percurso académico, uma vez que esta constitui uma<br />

oportunida<strong>de</strong> excelente, quer em termos curriculares<br />

quer profissionais, para além <strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar que<br />

aqueles são os melhores embaixadores da Escola junto<br />

das <strong>Universida<strong>de</strong></strong>s para on<strong>de</strong> se dirigem.<br />

III. Reforçar a prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> excelência à<br />

comunida<strong>de</strong> em geral.<br />

Nesta área, os alunos têm também um papel fundamental<br />

a <strong>de</strong>sempenhar. Des<strong>de</strong> logo durante a realização<br />

dos seus estágios curriculares, e espera-se em breve<br />

também profissionais, representando a sua permanência<br />

nas instituições que os acolhem, um contributo<br />

importante em termos <strong>de</strong> actualização científica para<br />

os membros das mesmas.<br />

É contudo através dos programas <strong>de</strong> voluntariado, que<br />

os mesmos têm sabido levar a cabo com o apoio <strong>de</strong><br />

alguns docentes, que dão a conhecer à comunida<strong>de</strong> a<br />

excelência <strong>de</strong> formação académica que receberam. Por<br />

seu turno, este tipo <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> nobre e <strong>de</strong>sinteressada<br />

conduz ao seu <strong>de</strong>senvolvimento pessoal, como seres<br />

comprometidos com o meio envolvente, e será segu-<br />

ramente valorizada no momento da busca <strong>de</strong> uma ocupação<br />

profissional.<br />

PÁGI<strong>NA</strong> 7<br />

A Directora da FPCE conta com os alunos para levar<br />

por diante as tarefas enunciadas, bem como muitas<br />

outras aqui não referidas, procurando respon<strong>de</strong>r sempre<br />

positivamente às iniciativas daqueles e tendo em<br />

consi<strong>de</strong>ração as suas sugestões num espírito <strong>de</strong> abertura<br />

e diálogo que é, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há muito, apanágio da Faculda<strong>de</strong>.<br />

Uma Escola constrói-se com a <strong>de</strong>dicação e o trabalho<br />

<strong>de</strong> docentes, funcionários e alunos e alcançará os seus<br />

objectivos na medida em que todos, sem excepção, se<br />

empenharem na prossecução dos mesmos. Com este<br />

espírito <strong>de</strong> equipa, que é capaz <strong>de</strong> se mobilizar por<br />

causas, estou convicta que não haverá obstáculos que<br />

não possamos ultrapassar num verda<strong>de</strong>iro espírito <strong>de</strong><br />

iniciativa e empreendorismo que tem, aliás, conduzido<br />

a FPCE ao longo <strong>de</strong>stes 30 anos.<br />

O Gabinete <strong>de</strong> Apoio ao Estudante oferece a todos os estudantes da FPCEUC:<br />

- Apoio psicológico (individual, confi<strong>de</strong>ncial e gratuito);<br />

- Apoio pedagógico (gestão do estudo e da aprendizagem);<br />

- Aconselhamento <strong>de</strong> carreira (apoio à <strong>de</strong>cisão vocacional e procura <strong>de</strong> emprego);<br />

- Orientação socioeducativa (promoção <strong>de</strong> competências pessoais e sociais);<br />

- Apoio e mediação sociocultural (facilitação do diálogo intercultural);<br />

- Atendimento e aconselhamento na área da sexualida<strong>de</strong>;<br />

http://www.uc.pt/fpce/servicos/gae/XPTO_seXualida<strong>de</strong>s<br />

A Directora da Faculda<strong>de</strong><br />

Luísa Morgado<br />

(Professora Catedrática)<br />

Vem obter informações acerca dos direitos dos estudantes, planos <strong>de</strong> estudo, cursos, faculda<strong>de</strong>, universida<strong>de</strong> e ensino superior<br />

e participa nas activida<strong>de</strong>s formativas, socioculturais, artísticas e <strong>de</strong> lazer que te propomos.<br />

Vem conhecer o GAE!<br />

http://blogdogae.blogspot.com gae@fpce.uc.pt http://www.uc.pt/fpce/servicos/gae<br />

239 851450 ext. 380 Sala 2.11 2ª a 6ª feira


PÁGI<strong>NA</strong> 8 O <strong>CLAUSTRO</strong><br />

FPCEUC<br />

Jornadas <strong>de</strong> Iniciação à Investigação em Psicologia<br />

Por Luís Tojo<br />

Foi nos dias 11 e 12 <strong>de</strong> Outubro que se <strong>de</strong>ram as primeiras<br />

Jornadas <strong>de</strong> Iniciação à Investigação em Psicologia, um evento<br />

organizado pela Linha <strong>de</strong> Investigação "Relações, Desenvolvimento<br />

& Saú<strong>de</strong>", do Instituto <strong>de</strong> Psicologia Cognitiva,<br />

Desenvolvimento Vocacional e Social da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Coimbra</strong> (IPCDVS-UC), Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> I&D da Fundação para a<br />

Ciência e Tecnologia e as quais se integraram nas comemorações<br />

dos 30 anos da FPCE-UC. Esta foi uma iniciativa organizada,<br />

maioritariamente, por estudantes e para estudantes, sob<br />

a coor<strong>de</strong>nação da Professora Doutora Maria Cristina Canavarro,<br />

também coor<strong>de</strong>nadora da linha <strong>de</strong> investigação supracitada.<br />

Após mais <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong> planeamento é possível fazer<br />

um balanço extremamente positivo para aquele que seria o<br />

primeiro evento nacional <strong>de</strong> investigação <strong>de</strong>dicado exclusivamente<br />

a alunos <strong>de</strong> psicologia do 1º e 2º ciclo <strong>de</strong> estudos, tendo<br />

sido incluído no programa as mais variadas activida<strong>de</strong>s,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> mesas redondas a cafés-<strong>de</strong>bates a, inclusive, fast-dating<br />

com a ciência, no qual eu tive o prazer <strong>de</strong> participar como<br />

Bolseiro <strong>de</strong> Integração na Investigação, contando também<br />

com investigadores profissionais já com uma vasta experiência<br />

e jovens investigadores que estão a iniciar o seu percurso<br />

na carreira <strong>de</strong> investigação. Este balanço positivo e qualida<strong>de</strong><br />

do evento fez-se notar tanto pela gran<strong>de</strong> afluência <strong>de</strong> participantes<br />

no evento, exce<strong>de</strong>ndo o número inicialmente previsto,<br />

como pela submissão <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

científica, tanto sob o formato <strong>de</strong> comunicações orais como<br />

posters científicos, tendo esta prova <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> culminado<br />

na atribuição <strong>de</strong> prémios aos três melhores trabalhos apresentados<br />

tanto pelo 1º como pelo 2º ciclo, sendo também incluí-<br />

Comissão Organizadora das JIIP<br />

das 4 menções honrosas para trabalhos que não estavam<br />

incluídos nos três melhores do respectivo ciclo mas merecedores<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque, <strong>de</strong>sta forma motivando e promovendo a<br />

activida<strong>de</strong> científica e investigação entre os estudantes <strong>de</strong><br />

psicologia. Para trabalhos elaborados por alunos do 1º ciclo,<br />

o 1º prémio (Computador Portátil) foi para a aluna Vanessa<br />

Costa, estudante da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> e Bolseira <strong>de</strong><br />

Integração na Investigação pela <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Aveiro, com<br />

o trabalho “Matutinida<strong>de</strong>-vespertinida<strong>de</strong> e padrões <strong>de</strong> sono em<br />

adolescentes.”, patrocinado pelo IPC-DVS. Para trabalhos<br />

elaborados por alunos do 2º ciclo, o 1º prémio (Viagem,<br />

estadia e inscrição numa Escola <strong>de</strong> Verão Internacional) foi<br />

para a aluna Diana Duro, estudante, também, da <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, com o trabalho “Validation studies of the Portuguese<br />

experimental version of the Montreal Cognitive Assessment<br />

(MoCA): Confirmatory factor analysis”, patrocinado pela FPCE-<br />

UC. No pódium estiveram, também, estudantes da <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa, <strong>Universida<strong>de</strong></strong> do Minho, <strong>Universida<strong>de</strong></strong> do<br />

Algarve e <strong>Universida<strong>de</strong></strong> do Porto. Após dois dias <strong>de</strong> trabalho<br />

intenso e excelente colaboração entre os membros da comissão<br />

organizadora, resultando num evento, sem dúvida, <strong>de</strong><br />

sucesso, este evento serve como prova <strong>de</strong> que mais eventos<br />

direccionados exclusivamente a estudantes <strong>de</strong>vem ser criados<br />

e promovidos, <strong>de</strong>sta forma fomentando uma participação<br />

cada vez mais activa num percurso académico que no fim<br />

consi<strong>de</strong>ramos tão curto e estimulando nos estudantes uma<br />

mentalida<strong>de</strong> mais crítica e activa <strong>de</strong> uma perspectiva não só<br />

científica mas também pessoal.


VOLUME 1 - 5 DE NOVEMBRO 2010 - BIMESTRAL<br />

2011 é o Ano Europeu do Voluntariado!<br />

O voluntariado constitui uma óptima oportunida<strong>de</strong><br />

para <strong>de</strong>senvolver e experimentar competências que não<br />

estão nos livros! A partilha <strong>de</strong> um sentido comum <strong>de</strong><br />

existência com o Outro <strong>de</strong>ixa-nos <strong>de</strong>spertos, pelo que<br />

o voluntariado contribui para o reforço da coesão social<br />

e para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma atitu<strong>de</strong> pró-activa<br />

perante o contexto em que vivemos. Existem muitas<br />

possibilida<strong>de</strong>s ao alcance dos estudantes da FPCE <strong>de</strong><br />

PÁGI<strong>NA</strong> 9<br />

Voluntariado 5 <strong>de</strong> Dezembro - Dia do Voluntário<br />

Tuna Mista da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Psicologia e<br />

Ciências da Educação da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Coimbra</strong><br />

Vem para a Tuna da TUA FACULDADE<br />

Tocas algum instrumento, gostas <strong>de</strong> cantar?<br />

Vem apren<strong>de</strong>r connosco!<br />

Ensaios: Quarta e Quinta-feira às 21h na FPCEUC<br />

Bruna 916597864; Bárbara 917871646; Flávio 918219947<br />

realizar voluntariado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo na própria Faculda<strong>de</strong>:<br />

o grupo Unir Causas; o Gabinete <strong>de</strong> Apoio ao Estudante<br />

(GAE); o grupo <strong>de</strong> teatro InterDito e o banco <strong>de</strong><br />

voluntariado do NEPCE/AAC, Sorriso Aberto.<br />

Para saber mais informações sobre estes grupos dirigete<br />

ao GAE ou ao teu núcleo <strong>de</strong> estudantes. Neste último<br />

po<strong>de</strong>rás também encontrar informações sobre<br />

outras oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> voluntariado em <strong>Coimbra</strong> e no<br />

âmbito <strong>de</strong> programas nacionais e internacionais.<br />

interdito.fpceuc@gmail.com<br />

http://teatrointerdito.blogspot.com


PÁGI<strong>NA</strong> 10 O <strong>CLAUSTRO</strong><br />

Entre Vistas<br />

O Teatro dos Estudantes da<br />

<strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, já<br />

com 72 anos <strong>de</strong> existência, é,<br />

no activo, o teatro universitário<br />

mais antigo da Europa. Ao<br />

longo da sua história muitos<br />

estudantes da nossa faculda<strong>de</strong><br />

já passaram por lá, como é o<br />

caso da Mariana. O Claustro<br />

foi conhecê-la melhor, e partilha<br />

agora contigo um pouco<br />

dos seus méritos e da sua experiência.<br />

Por Ricardo Mota<br />

A Mariana Ferreira tem 21<br />

anos, é <strong>de</strong> Leiria, está na<br />

sua terceira matrícula em<br />

Psicologia e é sócia do<br />

TEUC há 3 anos on<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenha funções <strong>de</strong><br />

vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2008.<br />

Consi<strong>de</strong>ras que o teatro<br />

complementa a tua formação pessoal e académica?<br />

Sim, claro. Eu não sabia o que era o teatro e se seria um<br />

bom complemento. Caí um pouco <strong>de</strong> pára-quedas no<br />

TEUC, não sabia para on<strong>de</strong> ia. Mas a pouco e pouco fuime<br />

envolvendo cada vez mais, não só no teatro mas no<br />

TEUC enquanto organismo. Acaba por ser a nossa segunda<br />

casa. E é claro que é um complemento para a minha<br />

formação académica, mas é mais ainda para a minha formação<br />

pessoal. Há uma série <strong>de</strong> competências que fui<br />

adquirindo…hoje sou uma pessoa que está mais à vonta<strong>de</strong><br />

no encontro com o outro, e consi<strong>de</strong>ro igualmente que sou<br />

uma pessoa mais compreensiva e muito tolerante. No<br />

teatro apren<strong>de</strong>-se muito com os constrangimentos.<br />

Conheces muitas pessoas muito diferentes <strong>de</strong> ti, <strong>de</strong> outros<br />

cursos, tens colegas mais velhos que já não são estudantes,<br />

tens <strong>de</strong> trabalhar com encenadores que têm feitios difíceis,<br />

tens <strong>de</strong> lidar com o facto <strong>de</strong> não teres dinheiro para<br />

fazer teatro…e, tudo isso dá-te uma gran<strong>de</strong> força. Acabas<br />

também por conseguir organizar melhor o teu tempo. São<br />

quatro horas todos os dias a ensaiar no teatro, mais as<br />

horas em que estás a trabalhar na direcção. E <strong>de</strong>pois é<br />

andar o dia inteiro a pensar naquilo…porque o teatro não<br />

se <strong>de</strong>sliga quando acaba o ensaio. Tudo isto me vai ajudar<br />

como pessoa e como profissional, seja em que área for.<br />

Como chegaste à direcção do TEUC?<br />

Eu tinha acabado <strong>de</strong> entrar em <strong>Coimbra</strong> e naqueles primeiros<br />

tempos vi um flyer que falava qualquer coisa <strong>de</strong><br />

um curso <strong>de</strong> formação teatral…eu nunca tinha feito teatro<br />

mas fui. Liguei, fiz uma audição, passei e entrei. Tive<br />

um ano <strong>de</strong> formação que acaba com o exercício final, e a<br />

partir daí fiquei sócia do TEUC. Depois o cargo <strong>de</strong> direcção…uma<br />

coisa complicada que traz Bolonha é os cursos<br />

serem muito pequenos. Se antigos membros estiveram 10<br />

ou 15 anos no TEUC, hoje em dia estamos 2 ou 3. E a<br />

passagem <strong>de</strong> testemunho é muito difícil. O que nos aconteceu<br />

é que era preciso uma nova direcção. A direcção<br />

anterior acabou o curso, arranjou emprego, foi viver para<br />

outros lados…seguiu a sua vida. E esta nova direcção foi<br />

toda composta por pessoas novas. Caí <strong>de</strong> novo um pouco<br />

<strong>de</strong> pára-quedas...«okay, não sei como se faz, mas vou<br />

fazer». Fiquei com o cargo <strong>de</strong> vice-presi<strong>de</strong>nte…isto passou-se<br />

em 2008.<br />

Consegues conciliar bem as tuas obrigações e responsabilida<strong>de</strong>s?<br />

Não vou dizer que é fácil porque é mesmo muito difícil,<br />

mas acabo por tornar-me mais responsável e por conseguir<br />

organizar melhor o meu tempo. A questão que se<br />

coloca é se conseguimos ou não lidar com a situação. Talvez<br />

eu não tenha lidado da melhor maneira. Acontecem<br />

muitas situações do tipo «tem mesmo <strong>de</strong> ser» e a faculda<strong>de</strong><br />

fica por vezes para segundo plano…é uma gran<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>.<br />

E <strong>de</strong>pois no TEUC fazes tudo: fazes produção,<br />

és actor, fazes luzes e som, trabalhas na direcção,<br />

limpas a sala, organizas festas <strong>de</strong> angariação <strong>de</strong> fundos, dás<br />

entrevistas (risos). Mas é por amor, <strong>de</strong>pois no fim <strong>de</strong> tudo<br />

não custa nada. Quem me <strong>de</strong>ra fazer isto a minha vida<br />

inteira.<br />

Já que falas nisso, e <strong>de</strong>pois… o teatro ou a psicologia?<br />

Eu tenho pensado muito nisso. Estou a tirar o curso <strong>de</strong><br />

psicologia mas, no imediato, não sei se vou trabalhar na<br />

área…não sei se é o que quero. Mas quero experimentar,<br />

e se assim for, vai, obrigatoriamente, ter um bocadinho<br />

<strong>de</strong> teatro lá pelo meio. Entre o teatro e a psicologia escolho<br />

os dois (risos). Há a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer as duas coisas.<br />

A FPCEUC está a celebrar 30 anos, queres <strong>de</strong>ixar<br />

uma mensagem <strong>de</strong> parabéns?<br />

Sim, claro. Desejo um óptimo aniversário à FPCEUC,<br />

com votos da continuação <strong>de</strong> um bom trabalho não só na<br />

formação académica, mas essencialmente na formação <strong>de</strong><br />

pessoas.<br />

Obrigado!<br />

Eles andam aí...<br />

Mais informações em www.teuc.pt


VOLUME 1 - 5 DE NOVEMBRO 2010 - BIMESTRAL<br />

+ Pessoal<br />

O Sr. Nuno tem das caras mais<br />

conhecidas aqui na nossa faculda<strong>de</strong><br />

mas, certamente, para<br />

muitos será apenas o segurança<br />

da faculda<strong>de</strong>. Diga-nos lá, quem<br />

é este segurança da FPCEUC?<br />

É um indivíduo muito simples, igual a<br />

qualquer outro, que apenas tem o<br />

fardamento <strong>de</strong> uma empresa <strong>de</strong> vigilância<br />

e segurança privada. Tal como<br />

qualquer pessoa tenho a minha preferência<br />

clubística, embora não tenha<br />

nenhuma partidária nem nenhuma<br />

crença religiosa em particular. Falando<br />

por exemplo <strong>de</strong> gastronomia gosto<br />

um pouco <strong>de</strong> tudo, <strong>de</strong> bebidas também<br />

<strong>de</strong> um pouco <strong>de</strong> tudo mas,<br />

obviamente, sem abusar do álcool. De<br />

resto, a nível <strong>de</strong> cinema, quanto mais<br />

acção melhor, passando até pela ficção<br />

científica e pelo terror. Não sou a<strong>de</strong>pto<br />

<strong>de</strong> romances nem comédias, embora<br />

no meu dia-a-dia seja um tipo<br />

cómico, divertido, que gosta <strong>de</strong><br />

palhaçada. Como disse, sou indivíduo<br />

normal, igual a qualquer outro.<br />

Há quanto tempo trabalha nesta<br />

instituição?<br />

Há 5 anos e 8 meses, cheguei aqui em<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 2005.<br />

O Sr. Nuno tem um papel muito<br />

importante aqui na nossa Faculda<strong>de</strong>.<br />

Explique-nos melhor,<br />

para quem ainda não sabe, quais<br />

são as suas funções?<br />

Basicamente, e tendo em conta a categoria<br />

profissional <strong>de</strong> vigilante, passa<br />

muito por aí: fazer vigilância às instalações.<br />

E isso implica prevenir qualquer<br />

acto ilícito, estar aqui para salvaguardar<br />

as instalações e as pessoas que<br />

a frequentam, e ter atenção algumas<br />

distracções que vão acontecendo. Por<br />

vezes esquecem-se <strong>de</strong> objectos, abrem<br />

janelas e nãos as fecham, abrem torneiras<br />

e não as fecham, e eu também<br />

estou cá para verificar isso tudo. Dessa<br />

forma, no final <strong>de</strong> um turno <strong>de</strong><br />

serviço, há uma ronda na qual verificamos<br />

isso tudo. Basicamente é isto.<br />

Qual é a melhor coisa <strong>de</strong> trabalhar<br />

na FPCEUC?<br />

Sem dúvida que ter cá a vossa presença:<br />

os estudantes. Esta casa sem vocês<br />

não é propriamente uma faculda<strong>de</strong>, é<br />

um edifício. A vossa presença e a vossa<br />

movimentação é que mantêm viva a<br />

instituição. O gosto que eu tenho em<br />

trabalhar com vocês é enorme. Eu<br />

próprio já fui estudante do Ensino<br />

Superior e sei bem o que isso é, aprecio<br />

muito as vossas activida<strong>de</strong>s. Quando<br />

vocês não estão, por motivo <strong>de</strong><br />

férias ou outro qualquer, como por<br />

exemplo na semana da Queima ou<br />

mesmo agora na Latada, isto torna-se<br />

monótono e às vezes mesmo até entediante.<br />

O que eu mais gosto aqui são<br />

mesmo vocês, estudantes. Vocês vêm<br />

e vão mas as vossas memórias ficam,<br />

as coisas que fizeram ficam. Este<br />

renovar <strong>de</strong> ano a ano é muito agradável.<br />

Isto sem vocês não era nada.<br />

E a pior?<br />

A pior? Já a referi na questão anterior.<br />

Quando vocês não estão isto torna-se<br />

num verda<strong>de</strong>iro tédio.<br />

PÁGI<strong>NA</strong> 11<br />

A FPCEUC está neste momento a<br />

celebrar o 30º aniversário. Gostava<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar uma mensagem a<br />

todos os que <strong>de</strong>la fazem e fizeram<br />

parte?<br />

Sim, que nunca esqueçam a instituição<br />

on<strong>de</strong> se formaram ou on<strong>de</strong> se estão a<br />

formar. Tal como já referi, as vossas<br />

memórias ficam sempre aqui, venham<br />

cá vivê-las e recordá-las. Todos os<br />

que já foram embora são sempre bem<br />

-vindos, portanto apareçam, isto é<br />

sempre a vossa casa e tem uma espécie<br />

<strong>de</strong> magia. Além da beleza arquitectónica<br />

do edifício tem a ver com o<br />

próprio ambiente académico. Qualquer<br />

pessoa se modifica quando vem<br />

para cá. Mesmo que não sejam da<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, voltem, reforcem<br />

laços, <strong>de</strong>ixem cá o vosso cunho porque<br />

a <strong>Universida<strong>de</strong></strong> vive do quê? É dos<br />

estudantes! Parabéns à FPCEUC!<br />

Obrigado!<br />

Por Ricardo Mota<br />

Sr. Nuno - um dos nossos seguranças na<br />

FPCEUC.


PÁGI<strong>NA</strong> 12 O <strong>CLAUSTRO</strong><br />

Entre Vistas<br />

Olá João. Primeiro gostava que nos dissesses<br />

quem é o João Oliveira e qual o teu trajecto no<br />

que diz respeito ao <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> cargos associativos.<br />

Po<strong>de</strong> ser?<br />

Eu sou um estudante <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> que acabou há um mês o<br />

curso <strong>de</strong> Psicologia na sub-área <strong>de</strong> Psicogerontologia Clínica.<br />

Tenho 24 anos, sou natural <strong>de</strong> Lisboa e vivo nas<br />

Caldas da Rainha. Vai fazer agora 6 anos que estou em<br />

<strong>Coimbra</strong>. Já ocupei alguns cargos <strong>de</strong> dirigente associativo,<br />

nomeadamente pertenci à Assembleia Estatutária da nossa<br />

Faculda<strong>de</strong>. Fiz parte do NEPCE/AAC em 2007/2008<br />

quando o presi<strong>de</strong>nte era o Alexandre Almeida. Estive<br />

ainda no Observatório <strong>de</strong> Bolonha. Neste momento sou<br />

ainda o representante da nossa Faculda<strong>de</strong> no Senado,<br />

estou na Assembleia da Faculda<strong>de</strong> e sou também presi<strong>de</strong>nte<br />

do NEPCE/AAC.<br />

Porquê uma candidatura à direcção do NEPCE/<br />

AAC? E porquê agora?<br />

Des<strong>de</strong> que estive no Núcleo que sentia que podia ter dado<br />

mais do que <strong>de</strong>i na altura. Foi uma óptima experiência.<br />

Na altura não queria muito entrar, aceitei o <strong>de</strong>safio mais<br />

porque queria que o InterDito (Grupo <strong>de</strong> Expressão Dramática<br />

da FPCEUC) começasse a ganhar mais expressão e<br />

uma das formas disso acontecer passava por eu fazer parte<br />

do núcleo <strong>de</strong> estudantes. O InterDito era o meu gran<strong>de</strong><br />

projecto na altura. Hoje estou muito feliz pela dinâmica<br />

que tem e pelo que tem feito nestes últimos 3 anos. Esta<br />

era a minha única motivação na altura, mas entretanto<br />

comecei a ambientar-me um pouco mais com os assuntos<br />

da actualida<strong>de</strong> política, nomeadamente política educativa.<br />

Comecei a ler alguns <strong>de</strong>cretos <strong>de</strong> lei e compreendi<br />

que são uma das nossas melhores ferramentas:<br />

usar essas documentos a nosso favor. Existem muitos<br />

direitos dos quais não temos conhecimento, e quando<br />

temos conhecimento po<strong>de</strong>mos fazer uso <strong>de</strong>les e isso dános<br />

po<strong>de</strong>r para exigir. Em vez <strong>de</strong> exigir «porque sim»<br />

po<strong>de</strong>mos lutar <strong>de</strong> acordo com a letra da lei. E porquê<br />

agora? Porque <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que fiz parte do NEPCE/AAC<br />

achei que podia ser um bom presi<strong>de</strong>nte. Não surgiu<br />

oportunida<strong>de</strong>. Houve várias situações que impediram<br />

que isso acontecesse anteriormente. Acho que no último<br />

mandato foi feito um óptimo trabalho para recuperar<br />

muito do prestígio e do que o núcleo per<strong>de</strong>u no<br />

mandato anterior. Mas agora achava que o núcleo precisava<br />

<strong>de</strong> gente nova. Eu estou lá porque um conjunto <strong>de</strong><br />

pessoas quis avançar com o projecto e porque acreditam<br />

nele. Haviam condições para avançar e haviam, <strong>de</strong> facto,<br />

pessoas <strong>de</strong> valor incalculável. Por que não <strong>de</strong>dicar um<br />

ano da minha vida a isto?, a esta instituição que tanto<br />

prezo, a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Psicologia e <strong>de</strong> Ciências da Edu-<br />

“Nós, enquanto núcleo, consi<strong>de</strong>ramos<br />

que a união interna é fundamental”<br />

João Oliveira, Presi<strong>de</strong>nte do NEPCE/AAC.<br />

Por Ricardo Mota<br />

cação e, se me permitem, <strong>de</strong> Serviço Social, da <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>. Hoje estou preparado para ser presi<strong>de</strong>nte…há<br />

dois anos não estava. Senti que era a altura<br />

certa e que estava com as pessoas certas.<br />

Quais são, em linhas gerais, as directrizes do teu<br />

mandato?<br />

Nós queremos, acima <strong>de</strong> tudo, respeitar alguns princípios<br />

base. Temos uma faculda<strong>de</strong> bastante heterogénea, pessoas<br />

<strong>de</strong> diferentes estratos sociais, pessoas que são por natureza<br />

muito participativas, pessoas que fazem teatro, outras<br />

trabalham em hospitais…é incrível a multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

formas <strong>de</strong> estar e sentir. Com este projecto queremos<br />

chegar, por exemplo, não só àquele que é a favor da praxe<br />

como também ao anti-praxe e aos que nem têm uma posição<br />

assumida. Temos a ambição <strong>de</strong> que todos se sintam<br />

representados através do núcleo. Um exemplo disso é<br />

precisamente a maneira como proce<strong>de</strong>mos nesta Festa das<br />

Latas. Uma parte da equipa ficou a assegurar o funcionamento<br />

normal do NEPCE/AAC, nomeadamente o horário<br />

<strong>de</strong> atendimento e abertura ao público da faculda<strong>de</strong>.<br />

Era importante manter as portas abertas para os colegas<br />

que durante a festa continuam a frequentar a faculda<strong>de</strong>. E<br />

a outra parte da equipa esteve a trabalhar no recinto das<br />

22h às 7h da manhã.


VOLUME 1 - 5 DE NOVEMBRO 2010 - BIMESTRAL<br />

Penso que este é um exemplo prático <strong>de</strong> como nós po<strong>de</strong>mos<br />

funcionar respon<strong>de</strong>ndo ao <strong>de</strong>safio da heterogeneida<strong>de</strong>.<br />

Outro princípio base é a união interna. Eu e a minha equipa<br />

consi<strong>de</strong>ramos que existem diversas cisões entre os cursos e<br />

mesmo <strong>de</strong>ntro dos próprios cursos. Mas se a nossa faculda<strong>de</strong><br />

tem três cursos <strong>de</strong>ve ter uma matriz i<strong>de</strong>ntitária como os<br />

próprios estatutos assim o indicam. É importante reflectirmos<br />

sobre o que cada curso tem <strong>de</strong> comum com os outros,<br />

o que cada curso tem como sendo específico, e o que nos<br />

une enquanto entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro da nossa faculda<strong>de</strong> que tem<br />

uma vertente <strong>de</strong> intervenção social bastante forte. Nós,<br />

enquanto núcleo, consi<strong>de</strong>ramos que a união interna é fundamental.<br />

Queremos que o corpo discente possa estar unido<br />

em prol daquilo que consi<strong>de</strong>re ser o seu futuro e os seus<br />

objectivos. Depois, para respeitar esta heterogeneida<strong>de</strong> e<br />

para que exista esta união interna, nós propusemonos<br />

a um diálogo aberto e honesto, não só <strong>de</strong>ntro<br />

do nosso grupo e é daí que ele tem <strong>de</strong> partir, mas<br />

também com os nossos colegas. Nós apostamos na<br />

comunicação cara-a-cara, em ir às salas <strong>de</strong> aula falar<br />

directamente com os colegas e, acima <strong>de</strong> tudo, ouvi<br />

-los. A informação é fundamental para que se possam<br />

tomar as <strong>de</strong>cisões certas. Para que tudo isto<br />

exista é preciso haver dinamismo e movimento, e<br />

nesse campo acho que temos um potencial muito<br />

bom que é preciso exponenciar. Preten<strong>de</strong>mos promover<br />

empowerment, isto é, que os colegas sintam<br />

que po<strong>de</strong>m por eles próprios fazer e tomar iniciativas.<br />

Sendo tu um conhecedor da história da<br />

Aca<strong>de</strong>mia, da nossa Faculda<strong>de</strong> e, particularmente<br />

do NEPCE/AAC, qual é a tua visão do<br />

estado actual das coisas: o que foi, o que é, e<br />

o que será para ti o NEPCE/AAC?<br />

O NEPCE/AAC neste momento precisa <strong>de</strong> mudança,<br />

fundamentalmente porque temos três cursos e<br />

só dois é que aparecem no nome…portanto há aqui<br />

qualquer coisa que não está a bater bem. O NEP-<br />

CE/AAC como está funciona bem, mas eu sou um<br />

eterno insatisfeito e sendo assim acho que podia<br />

funcionar melhor. E para tal temos <strong>de</strong> saber bem<br />

on<strong>de</strong> estamos. Sabemos o que fomos e tentamos<br />

documentar-nos no sentido <strong>de</strong> tentar saber o que<br />

fomos, na semana cultural vamos até criar uma<br />

exposição permanente sobre a história do NEPCE/<br />

AAC que vai estar na nossa se<strong>de</strong>. Agora, se não<br />

sabemos on<strong>de</strong> estamos é difícil saber para on<strong>de</strong><br />

vamos. Acho que esta é uma questão alargada que<br />

não <strong>de</strong>ve ser feita em pouco tempo, mas que não po<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser feita. Eu acho que somos um grupo <strong>de</strong> estudantes<br />

que tem imensas coisas em comum. Acho que<br />

somos uma faculda<strong>de</strong> que está um pouco fechada em si<br />

própria. Somos como uma caixa <strong>de</strong> ovos: estamos muito<br />

juntinhos uns dos outros, mas separados por aquelas pequenas<br />

saliências <strong>de</strong> cartão, tão frágeis mas que conseguem<br />

fazer com que não nos partamos uns aos outros «Eu não me<br />

PÁGI<strong>NA</strong> 13<br />

vou chegar muito a ti, e tu não te chegas muito a mim. Eu<br />

não parto e tu não partes». E assim não crescemos. Vamos<br />

arriscar e <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser ovos numa caixinha. Temos <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r<br />

o medo. Temos <strong>de</strong> acreditar que a nossa faculda<strong>de</strong> é<br />

um local <strong>de</strong> crescimento, e para tal temos <strong>de</strong> colocar <strong>de</strong><br />

parte os nossos pelouros e a nossa capa <strong>de</strong> psicólogo, educólogo<br />

ou assistente social e pensar no que, <strong>de</strong> facto, po<strong>de</strong>mos<br />

fazer juntos.<br />

Acho que o NEPCE/AAC per<strong>de</strong>u imensa credibilida<strong>de</strong> e o<br />

gran<strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte que tivemos foi o Emídio Guerreiro, e já<br />

lá vão muitos anos (risos). Penso que tem havido uma postura<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sinvestimento nos últimos anos e <strong>de</strong> algum receio<br />

por parte dos dirigentes associativos que têm estado à frente<br />

do núcleo em marcar a nossa posição e dizer «nós estamos<br />

aqui e temos alguma coisa a dizer nesta Aca<strong>de</strong>mia». Se<br />

nós queremos prevalecer enquanto núcleo temos <strong>de</strong> tomar<br />

posições mais fortes, estar informados e <strong>de</strong>stacar a nossa<br />

posição enquanto um núcleo importante que é. Nós temos<br />

capacida<strong>de</strong> para isso. É também uma questão das pessoas<br />

estarem motivadas e envolverem-se. A nível interno é<br />

importante igualmente que as pessoas se envolvam e se<br />

dirijam ao núcleo para dizer o que po<strong>de</strong>m fazer por ele, e<br />

não só estar à espera do que núcleo po<strong>de</strong> fazer por elas.


PÁGI<strong>NA</strong> 14 O <strong>CLAUSTRO</strong><br />

Tendo em conta os 30 anos que a FPCEUC está a<br />

celebrar, <strong>de</strong> que maneira a vês enquadrada no<br />

contexto da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>? E numa<br />

visão mais alargada, em Portugal e no mundo?<br />

Eu acho que a nossa faculda<strong>de</strong> tem vindo a ganhar cada<br />

vez mais prestígio. Aqui em <strong>Coimbra</strong> a questão da antiguida<strong>de</strong><br />

é muito importante e por sermos a segunda<br />

faculda<strong>de</strong> mais recente talvez ainda estejamos um pouco<br />

à procura do nosso espaço…até mesmo a nível logístico<br />

como nós sabemos (risos). Acima <strong>de</strong> tudo temos vindo a<br />

marcar a nossa posição. No panorama nacional a nossa é<br />

uma das faculda<strong>de</strong>s mais importantes, melhor até que o<br />

ISPA ou à <strong>Universida<strong>de</strong></strong> do Porto, embora Aveiro e o<br />

Minho tenham vindo a <strong>de</strong>stacar-se cada vez mais. No<br />

panorama internacional o ranking CHE diz-nos que<br />

<strong>Coimbra</strong> estava, no ano passado, à frente <strong>de</strong> Oxford.<br />

Neste caso não foi a faculda<strong>de</strong> mas o curso <strong>de</strong> psicologia.<br />

Temos vindo a fazer um esforço no sentido <strong>de</strong> nos internacionalizar<br />

e penso que esse esforço <strong>de</strong>ve ser ainda<br />

maior. Temos, por exemplo, o Mestrado Erasmus Mundus<br />

que foi consi<strong>de</strong>rado dos melhores da Europa, portanto<br />

estamos num bom caminho.<br />

Tendo em conta que as últimas eleições foram<br />

bastante renhidas, consi<strong>de</strong>ras que daí advém um<br />

<strong>de</strong>safio extra para o teu mandato?<br />

Eu consi<strong>de</strong>ro que é sempre bom haver concorrência e<br />

que é importante os estudantes mobilizarem-se. Hoje<br />

quem está no núcleo, embora haja uma equipa que foi<br />

eleita, são todos os estudantes <strong>de</strong> Psicologia, Ciências da<br />

Educação e <strong>de</strong> Serviço Social. Por isso eu consi<strong>de</strong>ro que<br />

se houver um <strong>de</strong>safio extra, o que não me parece existir,<br />

será ainda mais motivador. O que gostaria acima <strong>de</strong> tudo<br />

é que a nossa faculda<strong>de</strong> passasse a funcionar como um<br />

todo…eu sei que é uma utopia mas, ainda ontem no<br />

cortejo (da Festa das Latas, 27 Outubro) foi a primeira<br />

vez que conseguimos ir os três cursos juntos. E se conseguirmos<br />

esta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilização, vamos transpôla<br />

para outras vertentes. Se esse <strong>de</strong>safio existe, então<br />

vamos estar à altura <strong>de</strong>le e mobilizar todos os estudan-<br />

AGENDA.TE<br />

Dias 4, 5, 18 e 19 <strong>de</strong> Novembro: ―Noites <strong>de</strong> Outono‖ –<br />

Activida<strong>de</strong> organizada pela Desconcertuna, que preten<strong>de</strong><br />

envolver vários pontos <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> em ambiente <strong>de</strong> serenata.<br />

(Locais e tunas convidadas ainda estão por confirmar).<br />

Dias 8 a 12 <strong>de</strong> Novembro: “Caso Curtas - Mostra <strong>de</strong><br />

Cinema Universitário”das 18h às 20h no Centro Cultural<br />

D. Dinis - uma activida<strong>de</strong> NEPCE/AAC.<br />

Dia 17 <strong>de</strong> Novembro - Manifestação Nacional <strong>de</strong> Estudantes<br />

em Lisboa.<br />

Dia 18 <strong>de</strong> Novembro - “ParaDocma - Ciclo <strong>de</strong> Documentários”<br />

The Corporation às 21h na FPCEUC, com<br />

comentador convidado - uma activida<strong>de</strong> NEPCE/AAC.<br />

tes da faculda<strong>de</strong> no mesmo sentido, remando todos para<br />

o mesmo lado.<br />

Dos projectos que o NEPCE/AAC tem como<br />

objectivo concretizar este ano lectivo, qual ou<br />

quais gostarias <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar?<br />

Esta é uma pergunta difícil...nós temos muita ambição e<br />

muita vonta<strong>de</strong>. Eu vou <strong>de</strong>stacando e com certeza muitos<br />

ficarão por citar, espero <strong>de</strong>pois que os representantes do<br />

pelouros me batam se eu me esquecer <strong>de</strong> algum importante.<br />

Mas, por exemplo, o jornal O Claustro, parado<br />

há três anos, é um dos gran<strong>de</strong>s projectos do Pelouro da<br />

Cultura. Temos o projecto do Voluntariado que intersecta<br />

várias áreas como a intervenção, a investigação e a<br />

discência. Temos um gran<strong>de</strong> projecto para a semana<br />

cultural. Temos a porta do núcleo aberta, pelo menos,<br />

35 horas semanais. Estamos numa gran<strong>de</strong> remo<strong>de</strong>lação<br />

da sala do núcleo.<br />

Temos um horário <strong>de</strong> atendimento pedagógico. A convergência<br />

e a partilha <strong>de</strong> saberes dos três cursos é, em si<br />

mesmo, um projecto que vamos tentar concretizar em<br />

diversas vias, nomeadamente nas Jornadas Multidisciplinares.<br />

E muitos outros, uns mais ambiciosos outros<br />

menos, que não é possível citar aqui.<br />

Se te pedisse para <strong>de</strong>ixar um mensagem, não só<br />

àqueles que representas, mas a todos os que<br />

fazem da FPCEUC uma instituição <strong>de</strong> renome, o<br />

que gostarias <strong>de</strong> dizer?<br />

Quero aproveitar para dar os parabéns à Faculda<strong>de</strong>, isto<br />

é, às pessoas que lá trabalham e estudam hoje, temos <strong>de</strong><br />

facto pessoas fantásticas a trabalhar na nossa casa. Mas<br />

quero sobretudo <strong>de</strong>ixar os parabéns às pessoas que construíram<br />

a faculda<strong>de</strong> e que já não estão lá hoje, aos fundadores,<br />

ao Doutor Ferreira Gomes, ao Doutor Viegas<br />

Abreu, uma palavra <strong>de</strong> apreço e <strong>de</strong> carinho também ao<br />

Emídio Guerreiro. Não posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> dar também os<br />

parabéns à Direcção da Faculda<strong>de</strong>. Parabéns ao NEPCE/<br />

AAC, parabéns aos estudantes!<br />

Obrigado!<br />

Dia 24 <strong>de</strong> Novembro - “ParaDocma - Ciclo <strong>de</strong> Documentários”<br />

Flow for the love of water às 21h na FPCEUC, com<br />

comentador convidado - uma activida<strong>de</strong> NEPCE/AAC.<br />

Dia 1 <strong>de</strong> Dezembro - “ParaDocma - Ciclo <strong>de</strong> Documentários”<br />

Future of food às 21h na FPCEUC, com comentador<br />

convidado - uma activida<strong>de</strong> NEPCE/AAC.<br />

Dia 8 <strong>de</strong> Dezembro - “ParaDocma - Ciclo <strong>de</strong> Documentários”<br />

Earthlings às 21h na FPCEUC, com comentador<br />

convidado - uma activida<strong>de</strong> NEPCE/AAC.<br />

Dia 10 <strong>de</strong> Dezembro: Comemoração do 3º Aniversário<br />

da Desconcertuna com a realização do seu 1ºEncontro <strong>de</strong><br />

Tunas. Local: auditório do IPJ <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>; Tunas participantes:<br />

Phartuna (Tuna Mista da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia <strong>de</strong><br />

<strong>Coimbra</strong>, Looney Tuna (Tuna Masculina da FPCEUP), as<br />

restantes ainda não confirmaram.


VOLUME 1 - 5 DE NOVEMBRO 2010 - BIMESTRAL<br />

A informação que faltava<br />

É <strong>de</strong>ste sujeito que todos falam! A última<br />

vez que foi visto em público foi na<br />

manhã do passado dia 20 <strong>de</strong> Setembro<br />

no Anfiteatro da FPCEUC. O Claustro<br />

estava lá e testemunhou tudo.<br />

Depois <strong>de</strong> expulso das instalações da<br />

FPCEUC, o para<strong>de</strong>iro <strong>de</strong>ste sujeito<br />

permanece <strong>de</strong>sconhecido. Até ao fecho<br />

da edição recebemos informação <strong>de</strong> que<br />

algumas pessoas o terão visto no cortejo<br />

da Latada. Muito se especulou sobre a<br />

sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e sobre as razões que o<br />

levaram a interromper uma aula (!).<br />

Muitos pensam tratar-se <strong>de</strong> um indivíduo<br />

mascarado <strong>de</strong> urso, enquanto<br />

outros afirmam não ter dúvidas que<br />

era, <strong>de</strong> facto, um urso mascarado <strong>de</strong><br />

indivíduo. Sabemos <strong>de</strong> quem acredite<br />

na hipótese <strong>de</strong> ser um urso disfarçado<br />

<strong>de</strong> indivíduo mascarado <strong>de</strong> urso. Por<br />

fim, uma mais recente falange, ainda<br />

que reduzida, acredita tratar-se <strong>de</strong> um<br />

realista russo. A discussão em torno<br />

<strong>de</strong>sta suspeita aparição levantou estas e<br />

muitas mais questões, contudo, O<br />

Claustro, mostrando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já um faro<br />

jornalístico incisivo e um instinto profissional,<br />

prontificou-se a respon<strong>de</strong>r à<br />

O trabalho foto-jornalístico <strong>de</strong> excelência permite-nos i<strong>de</strong>ntificar<br />

com clareza a capa do Jornal <strong>de</strong> Letras.<br />

questão que até agora ninguém levantou.<br />

Nós estivemos lá e apresentamos<br />

aqui, em exclusivo, as provas que não<br />

<strong>de</strong>ixam qualquer margem para dúvidas.<br />

A questão que se coloca, então, é a<br />

seguinte: que jornal era aquele que o<br />

urso estava a ler?<br />

Parece-nos informação fundamental<br />

para conseguirmos traçar melhor o<br />

perfil <strong>de</strong>ste sujeito e percebermos com<br />

que tipo <strong>de</strong> urso estamos a lidar. E <strong>de</strong><br />

facto, ao que po<strong>de</strong>mos apurar, este não<br />

é um urso qualquer. Este urso estava a<br />

ler, na última vez que foi visto em<br />

público, o Jornal <strong>de</strong> Letras. Na foto que<br />

apresentamos em baixo é bem perceptível<br />

o retrato <strong>de</strong> Tolstoi na capa do jornal.<br />

Este dado merece uma reflexão que não<br />

po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>ixada em claro. Nos dias<br />

que correm, nem todos os ursos que<br />

por aí andam são uns ursos quaisquer.<br />

Ainda existem ursos informados. Como<br />

já muitos <strong>de</strong> nós <strong>de</strong>sconfiavam, talvez<br />

existam mesmo ursos letrados, e estamos<br />

perante a hipótese <strong>de</strong> este ser um<br />

caso <strong>de</strong>sses. No meio disto tudo, talvez<br />

existam ursos com alguma coisa para<br />

dizer.<br />

A todos os recém chegados colegas que<br />

assistiram ao insólito momento, O<br />

Claustro <strong>de</strong>ixa os votos <strong>de</strong> uma excelente<br />

entrada no Ensino Superior e <strong>de</strong><br />

um percurso <strong>de</strong> sucesso. Bem-vindos à<br />

FPCEUC!<br />

PÁGI<strong>NA</strong> 15<br />

Remo<strong>de</strong>lação da sala do<br />

NEPCE/AAC<br />

Início <strong>de</strong> ano atribulado na se<strong>de</strong> do<br />

NEPCE/AAC. Esta direcção apostou<br />

numa reestruturação do espaço e, aos<br />

poucos, com um horário <strong>de</strong> abertura<br />

<strong>de</strong>, pelo menos, 35 horas semanais,<br />

com esta nova se<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos ir matando<br />

a se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Núcleo que nos vinha<br />

secando. Ainda assim, não po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> referir alguns atrasos in<strong>de</strong>sejados,<br />

nomeadamente <strong>de</strong> mobílias e<br />

materiais que os fornecedores vão<br />

fazendo chegar faseadamente e fora do<br />

prazo acordado. O NEPCE/AAC espera,<br />

em breve, ver terminado este processo<br />

e todos os esforços vão no sentido<br />

<strong>de</strong> proporcionar o mais rápido possível<br />

a todos os estudantes da nossa faculda<strong>de</strong><br />

um espaço on<strong>de</strong> todos se sintam bem<br />

para trabalhar, estudar, ler um livro,<br />

ver um filme ou um documentário,<br />

fazer reuniões ou simplesmente passar<br />

um bom bocado. E para tornar as instalações<br />

ainda mais acolhedoras, O Claustro,<br />

em parceria com o NEPCE/AAC,<br />

lança-te o seguinte <strong>de</strong>safio: se por acaso<br />

tens uma planta em casa e gostavas <strong>de</strong><br />

oferecê-la, faz esse donativo ao NEP-<br />

CE/AAC. Participa e traz vida a este<br />

espaço!<br />

Desta remo<strong>de</strong>lação, e com a chegada <strong>de</strong><br />

novos equipamentos e novas mobílias,<br />

cresceram alguns materiais. Contudo,<br />

apoiados numa política <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong><br />

e equida<strong>de</strong> comunitária, nada foi<br />

enviado simplesmente para o lixo. Desta<br />

iniciativa, O Claustro <strong>de</strong>staca o<br />

seguimento dado aos móveis que foram<br />

agora substituídos por novos. Esses<br />

móveis antigos foram oferecidos pelo<br />

NEPCE/AAC a uma instituição <strong>de</strong><br />

carida<strong>de</strong> social. Porque reciclar também<br />

é começar um novo ciclo, o NEP-<br />

CE/AAC está <strong>de</strong> parabéns por esta<br />

dupla iniciativa.<br />

Não sejas Claustrofóbico.<br />

jornaloclaustro@gmail.com


PÁGI<strong>NA</strong> 16 O <strong>CLAUSTRO</strong><br />

Política Educativa<br />

NEPCE<br />

Caros colegas,<br />

Doravante este espaço será utilizado para vos comunicar<br />

<strong>de</strong>senvolvimentos no clima político e associativista<br />

em geral. Informamos que nos próximos dois<br />

meses será realizada uma Reunião Geral <strong>de</strong> Alunos,<br />

sendo que a <strong>de</strong>finição da data está ainda a sofrer aprovação.<br />

No entanto avançaremos que um dos temas<br />

mais importantes será a discussão do Dec. Lei<br />

70/2010 que contém o novo regime <strong>de</strong> atribuição <strong>de</strong><br />

bolsas <strong>de</strong> acção social que po<strong>de</strong>rá colocar em risco a<br />

permanência no Ensino Superior <strong>de</strong> um número significativo<br />

<strong>de</strong> alunos. É aconselhado a todos os bolseiros<br />

tomarem conhecimento da nota <strong>de</strong> esclarecimento<br />

dos SASUC emitida no dia 8/10/2010, esta explícita<br />

as condições do regime <strong>de</strong> transição actualmente<br />

em vigor, estando o documento disponível no hall <strong>de</strong><br />

entrada da Faculda<strong>de</strong> (placar <strong>de</strong> anúncios) e no NEP-<br />

CE. Serão focadas temáticas como a implementação<br />

dos estágios profissionais da Or<strong>de</strong>m dos Psicólogos e<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento da Reestruturação dos Saberes,<br />

entre outros assuntos.<br />

Como nota final, informamos que o pelouro <strong>de</strong> política<br />

educativa possui um horário <strong>de</strong> atendimento com<br />

o intuito <strong>de</strong> apoiar a resolução <strong>de</strong> questões pedagógicas<br />

individuais dos alunos. O horário <strong>de</strong>ste atendimento<br />

está compreendido entre as 14h e as 16h na<br />

segunda-feira e entre as 14h e as 17h na sexta-feira.<br />

Despedimo-nos com as maiores saudações académicas.<br />

E <strong>de</strong>ixamos votos <strong>de</strong> um feliz aniversário para a<br />

FPCE-UC.<br />

Acção e Formação<br />

Intervenção Cívica e Ambiente<br />

- Queres fazer um passeio diferente, ao mesmo tempo<br />

que <strong>de</strong>scobres outra <strong>Coimbra</strong>? Conhece os Percursos<br />

da natureza <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> propostos em:<br />

www.cm-coimbra.pt/pnatureza<br />

Po<strong>de</strong>rás ainda consultar preciosas informações<br />

sobre as diferentes espécies da fauna e flora que<br />

existem na cida<strong>de</strong> dos estudantes.<br />

- AliMentaliza-te: campanha <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> alimentos<br />

para a AMI. Deixa o teu contributo no caixote<br />

disponível no átrio da FPCE até ao dia 16 <strong>de</strong><br />

Dezembro.<br />

- Sob a égi<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma crise da qual os estudantes já<br />

ouvem falar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o berço, foi publicado em DR o<br />

Decreto-Lei 70/2010, a 16 <strong>de</strong> Junho. Este <strong>de</strong>fine<br />

novas normas para a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> rendimentos<br />

e composição dos agregados familiares que recebem<br />

prestações sociais como a bolsa <strong>de</strong> estudo dos<br />

estudantes do ensino superior, por exemplo.<br />

Segundo estas normas, para efeito <strong>de</strong> cálculo, apenas<br />

o estudante candidato vale “uma pessoa”, valendo<br />

os restantes membros do agregado 0,7 “pessoas”<br />

ou 0,5 no caso <strong>de</strong> menores. Assim, um agregado<br />

<strong>de</strong> 4 pessoas com um filho menor equivale a 2,9<br />

“pessoas”. Fica a questão: quantos estudantes verão<br />

anuladas as suas expectativas?<br />

O pelouro <strong>de</strong> Acção e Formação está integrado num conjunto <strong>de</strong> metas que ten<strong>de</strong> a respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s dos<br />

estudantes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Psicologia e <strong>de</strong> Ciências da Educação da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />

Tem por objectivo fulcral dar visibilida<strong>de</strong> à produção da faculda<strong>de</strong> e fomentar a união interna, através <strong>de</strong> jornadas<br />

multidisciplinares, ciclo <strong>de</strong> conferências, workshops e formações. Não <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> dar atenção às questões do programa<br />

Erasmus.<br />

As jornadas multidisciplinares vigentes no actual ano lectivo 2010/2011 dão visibilida<strong>de</strong> ao lançamento da revista<br />

portuguesa <strong>de</strong> pedagogia e Phychologica, potenciam ainda as relações externas e internas, convidando para as conferências<br />

consultores externos das entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investigação financiadas pela FCT com se<strong>de</strong> na FPCE, bem como outros<br />

órgãos da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />

Os workshops e formações serão projectados com a intenção <strong>de</strong> complementar <strong>de</strong> forma prática e eficaz assuntos correlacionados<br />

com os temas ainda a afixar nas jornadas e conferências.<br />

A ti, leitor do Claustro, venho fazer-te o convite <strong>de</strong> te dirigires ao espaço do NEPCE/AAC, que é um espaço <strong>de</strong> todos<br />

e feito por todos.<br />

Para qualquer dúvida que possa surgir: nepce.accao.formacao@gmail.


VOLUME 1 - 5 DE NOVEMBRO 2010 - BIMESTRAL<br />

Desporto e Convívio<br />

Caros colegas,<br />

PÁGI<strong>NA</strong> 17<br />

O Pelouro <strong>de</strong> Desporto e Convívio vem, por este meio, pedir <strong>de</strong>sculpa pelo que aconteceu no Jantar da Serenata da<br />

Festa das Latas e Imposição <strong>de</strong> Insígnias, embora não tenha tido responsabilida<strong>de</strong>s pelo sucedido.<br />

Segue abaixo a lista <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s programadas até às Férias do Natal. Esperamos que participem e que se divirtam, pois<br />

ser Estudante <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> é muito mais do que estudar, é Viver!<br />

EVENTO: Torneio <strong>de</strong> Futebol 5x5/7x7 DATA: 18/11/2010 LOCAL: Santa Cruz<br />

Jantar <strong>de</strong> Eleição dos Super Caloiros 25/11/2010 Via Latina<br />

Torneio <strong>de</strong> Voleibol 09/12/2010 Pavilhão União <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />

Mega Convívio ―<strong>NA</strong>TAL LARANJA‖ 17/12/2010 NB<br />

Nota: qualquer data, activida<strong>de</strong> ou local, se necessário, po<strong>de</strong>rá ser sujeita a algum ajuste. Obrigado.<br />

Quaisquer dúvidas, sugestões, ou até i<strong>de</strong>ias façam o favor <strong>de</strong> nos contactar através do nosso e-mail:<br />

nepce.<strong>de</strong>sporto.convivio@gmail.com<br />

Saudações Académicas.<br />

Cultura<br />

No âmbito das comemorações do 30º aniversário da FPCEUC, o<br />

NEPCE/AAC envia votos <strong>de</strong> maior fortuna e prosperida<strong>de</strong> a todos os<br />

que fazem e fizeram parte <strong>de</strong>la.<br />

O Pelouro da Cultura do NEPCE/AAC foi uma aposta assumida durante a campanha da actual Direcção. Neste momento,<br />

o Pelouro preten<strong>de</strong> ser uma aposta assumida <strong>de</strong> todos os alunos que fazem parte da FPCEUC, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do<br />

curso que frequentam.<br />

Co-construímos um projecto no sentido <strong>de</strong> estimular a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> cultural extremamente rica e diversificada que nos<br />

ro<strong>de</strong>ia e da qual fazes também parte. Certamente já ficou claro o que esta equipa po<strong>de</strong> fazer por ti, agora falta acrescentar<br />

o que tu po<strong>de</strong>s fazer por ela e, juntos, pela vida cultural da FPCEUC.<br />

O Claustro está na rua, mas faltas tu para o projecto estar completo!<br />

O Concurso <strong>de</strong> Fotografia foi o primeiro <strong>de</strong> um ciclo que vai acompanhar todas as edições do jornal, on<strong>de</strong> será sempre<br />

publicada a fotografia vencedora. Parabéns à Tatiana Moreira, vencedora da primeira edição do concurso.<br />

No final do ano fecharemos o ciclo com uma exposição <strong>de</strong> todas as fotografias propostas a concurso até então. Mas faltam<br />

as tuas fotografias!<br />

Entre os dias 8 e 12 <strong>de</strong> Novembro acontecerá a primeira edição do “Caso Curtas - mostra <strong>de</strong> cinema universitário”, no<br />

Centro Cultural D. Dinis. Mas falta a tua presença e a tua divulgação!<br />

Nas activida<strong>de</strong>s que aí vêm, e nas que ainda hão-<strong>de</strong> vir, em todas elas faltas lá tu!<br />

Parabéns à FPCEUC!<br />

Porque contamos contigo, com as tuas i<strong>de</strong>ias e iniciativas, estamos à espera que divulgues e participes as activida<strong>de</strong>s do<br />

nosso Pelouro e, mais do que isso, que faças <strong>de</strong>le o teu Pelouro. Aparece na sala do NEPCE/AAC durante o horário <strong>de</strong><br />

atendimento ou envia-nos um e-mail para: aculturadonepce@gmail.com<br />

Bem haja!


PÁGI<strong>NA</strong> 18 O <strong>CLAUSTRO</strong><br />

NEPCE<br />

FOTOREPORTAGEM<br />

Psimbardos’s Honey Experience<br />

A Festa das Latas 2010 contou mais uma vez com a presença dos Núcleos <strong>de</strong> Estudantes. O sorteio das bebidas ditou o Zimbromel<br />

como a bebida a ser vendida pelo NEPCE/AAC no recinto. O stand atribuído foi <strong>de</strong>corado com inspiração nos favos <strong>de</strong> mel<br />

das abelhas, em música e, como não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser, nas três licenciaturas da nossa faculda<strong>de</strong>. O trabalho <strong>de</strong> equipa que a<br />

fotoreportagem ilustra resultou num dos locais obrigatórios do recinto para muitos dos que o frequentaram. Muito Zimbromel,<br />

muita festa, e muita lata, marcaram a Festa das Latas 2010 <strong>de</strong> Psicologia, Ciências da Educação e Serviço Social.


VOLUME 1 - 5 DE NOVEMBRO 2010 - BIMESTRAL<br />

Gran<strong>de</strong> Lata<br />

BookRing<br />

Sabes o que é?<br />

Em breve no NEPCE/AAC<br />

Dia 10 <strong>de</strong> Dezembro: Comemoração do 3º Aniversário da Desconcertuna<br />

com a realização do seu 1ºEncontro <strong>de</strong> Tunas. Local: auditório do IPJ <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>; Tunas participantes:<br />

Phartuna (Tuna Mista da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, Looney Tuna (Tuna<br />

Masculina da FPCEUP), as restantes ainda não confirmaram.<br />

Era uma vez um grupo <strong>de</strong> amigos que partilhavam um<br />

sonho: formar uma tuna. A esse grupo <strong>de</strong> amigos juntaramse<br />

outros tantos amigos e, após uma série <strong>de</strong> burocracias,<br />

muito trabalho e emoções, nasceu uma família: a Desconcertuna.<br />

A<strong>de</strong>pta da liberda<strong>de</strong>, da alegria e da rebeldia, a Desconcertuna<br />

tem como objectivo cantar o sonho que é <strong>Coimbra</strong> e<br />

assim perpetuar a cultura musical da cida<strong>de</strong> e fazê-la chegar<br />

a todas as pessoas.<br />

Apesar da sua tão tenra ida<strong>de</strong> (prestes a celebrar o seu terceiro<br />

aniversário) conta já com <strong>de</strong>zenas e <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> actuações<br />

pelo país fora, participações em encontros <strong>de</strong> tunas, a<br />

recepção ao caloiro na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Psicologia e Ciências<br />

da Educação, participação em três Festivais <strong>de</strong> Tunas Mis-<br />

PÁGI<strong>NA</strong> 19<br />

tas, dos quais resultaram 6 prémios, entre outras.<br />

“Sonho sonhado, sonho realizado!” Costumamos nós dizer,<br />

em jeito <strong>de</strong> lema, sobre a nossa bebé Desconcertuna. E é<br />

por querer continuar a sonhar e a realizar, que as nossas<br />

portas estão abertas para todos vocês que queiram fazer<br />

parte da família, para todos vocês que queiram ser os alicerces<br />

<strong>de</strong>ste sonho que está em permanente construção,<br />

todos vocês que queiram cantar <strong>Coimbra</strong>, todos vocês que<br />

se <strong>de</strong>ixam contagiar pela magia <strong>de</strong> estar em palco, todos<br />

vocês que têm garra para alcançar objectivos... Sejam bemvindos!<br />

Os nossos ensaios são às Quartas e Quintas às 21h<br />

na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Psicologia e Ciências da Educação. Contamos<br />

com a vossa presença!<br />

Saudações académicas e boémias!<br />

Cortejo da Festa das Latas 2010


PÁGI<strong>NA</strong> 20 O <strong>CLAUSTRO</strong><br />

Erasmus<br />

Psicologia<br />

País <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />

Alemanha Technische Univ.Dres<strong>de</strong>n<br />

Alemanha Ludvig-Maxim.-Univ.<br />

Alemanha Univ.Ol<strong>de</strong>nburg<br />

Alemanha Univ. Potdam<br />

Bélgica Libre <strong>de</strong> Bruxelles<br />

Bélgica Vrije Univ. <strong>de</strong> Brussel<br />

Bélgica Katholieke Univ.Leuven<br />

Bélgica Catholique <strong>de</strong> Louvain<br />

Bélgica Mons<br />

Espanha Barcelona<br />

Espanha Autónioma <strong>de</strong> Barcelona<br />

Espanha Pontificia <strong>de</strong> Comillas<br />

Espanha Autónoma <strong>de</strong> Madrid<br />

Espanha Complutense <strong>de</strong> Madrid<br />

Espanha Univ. Granada<br />

Espanha Huelva<br />

Espanha La Laguna - Tenerife<br />

Espanha Málaga<br />

Espanha Salamanca<br />

Espanha Santiago <strong>de</strong> Compostela<br />

Espanha Valência<br />

Estónia Tallinn<br />

Finlândia Jyvaskia<br />

Finlândia Helsínquia<br />

França Lumière (Lyon II)<br />

França Provence (Aix-Marseille I)<br />

França Poitiers<br />

França Paris-Sud (Paris XI)<br />

França Toulouse le Mirail<br />

Grécia Kritis<br />

Holanda Gronigen<br />

Itália Bolonha<br />

Itália <strong>de</strong>gli studi di Cagliari<br />

Itália <strong>de</strong>gli studi di Chieti<br />

Itália <strong>de</strong>gli studi di Firenze<br />

Itália <strong>de</strong>gli studi di Parma<br />

Itália Pádua<br />

Itália <strong>de</strong>gli studi di Pavia<br />

Itália <strong>de</strong>gli studi di Roma(1)<br />

Lituânia Pedag Univ.Vilnius<br />

Luxemburgo Luxembourg<br />

Noruega Univ.Tromso<br />

Polónia Univ.Warsaw<br />

Reino Unido Univ. Cardiff<br />

Rep.Checa Univ.Charles <strong>de</strong> Praga<br />

Suiça Univ. Lausanne<br />

Suíça Univ. Genève<br />

Suiça HES- SO Valais-Wallis (Delemont)<br />

TS<br />

Turquia Univ. Ondokuz Mayis<br />

<strong>Universida<strong>de</strong></strong> Católica <strong>de</strong> Leuven<br />

Bélgica<br />

Ciências da Educação<br />

País <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />

Alemanha Frei Univ.Berlin<br />

Bélgica Kathol.Univ.Leuven<br />

Eslováquia Univ. Matej Bel<br />

Espanha Almeria<br />

Espanha Autónoma <strong>de</strong> Madrid<br />

Espanha Complutense <strong>de</strong> Madrid<br />

Espanha Granada<br />

Espanha Huelva<br />

Espanha Pontificia <strong>de</strong> Salamanca<br />

Espanha Salamanca<br />

Espanha Santiago <strong>de</strong> Compostela<br />

Espanha Vigo<br />

França Provence - Aix-Marseille I<br />

Itália <strong>de</strong>gli studi di Firenze<br />

Itália <strong>de</strong>gli studi di Palermo<br />

Luxemburgo Luxemburgo<br />

Rep.Checa Univ.Charles <strong>de</strong> Praga<br />

Turquia Univ. Ondokuz Mayis<br />

Turquia Univ. Cumhuriet<br />

Serviço Social<br />

País <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />

Alemanha Koblenz<br />

Bélgica Libre <strong>de</strong> Bruxelles (pela 14.2)<br />

Espanha Barcelona<br />

Espanha Complutense <strong>de</strong> Madrid<br />

Espanha Granada<br />

Espanha La Laguna (Tenerife)<br />

Espanha Salamanca<br />

Espanha Sant. <strong>de</strong> Compostela<br />

Espanha Vigo<br />

França Nantes – UFR Sociologie<br />

França Lille - E.S.E <strong>de</strong> Travail Social<br />

Holanda Hogeschool Zuyd<br />

Hungria Eötvös Loránd<br />

Lituânia Vilnius Pedag.Univ.<br />

Rep. Checa Charles of Prague<br />

Suiça Sion (Delemont)<br />

Suiça Fribourg TS<br />

ERASMUS - VAGAS DE MOBILIDADE<br />

Mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Estudantes


VOLUME 1 - 5 DE NOVEMBRO 2010 - BIMESTRAL<br />

Erasmus na <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Leuven<br />

<strong>Universida<strong>de</strong></strong> com tradição, país com cultura<br />

Por Rita Nunes<br />

Se preten<strong>de</strong>s ser estudante Erasmus, a <strong>Universida<strong>de</strong></strong> Católica<br />

<strong>de</strong> Leuven é uma das tuas opções.<br />

Esta universida<strong>de</strong> está localizada em Flan<strong>de</strong>rs e foi fundada em<br />

1425 pelo Papa Martinho V, com o privilégio <strong>de</strong> ser a universida<strong>de</strong><br />

católica mais antiga existente no mundo. A Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Psicologia e Ciências da Educação <strong>de</strong>sta <strong>Universida<strong>de</strong></strong> foi<br />

fundada somente em 1967 mas já antes existia investigação<br />

científica no Instituto <strong>de</strong> Filosofia, iniciada por D. Mercier.<br />

Nomes célebres da Psicologia passaram por esta faculda<strong>de</strong>, tais<br />

como Phillip Collard, fundador do curso <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores<br />

na <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Leuven, e Joseph Nuttin, que<br />

<strong>de</strong>senvolveu uma teoria <strong>de</strong> motivação.<br />

Uma curiosida<strong>de</strong> interessante a saber sobre este país é o facto<br />

<strong>de</strong> na meta<strong>de</strong> norte da Bélgica, mais próxima da Holanda, a<br />

maioria da população falar inglês, além <strong>de</strong> holandês e francês.<br />

Já na meta<strong>de</strong> sul, mais próxima da França, a língua dominante<br />

é exclusivamente francesa.<br />

A cida<strong>de</strong> vive ao ritmo dos estudantes, começa com semanas<br />

agitadas no início do ano e acaba com semanas calmas durante<br />

os exames. Existem inúmeras activida<strong>de</strong>s promovidas para os<br />

estudantes. Uma activida<strong>de</strong> ecológica muito popular que os<br />

PÁGI<strong>NA</strong> 21<br />

estudantes po<strong>de</strong>m realizar, criada pela organização nãogovernamental<br />

Velo, consiste em promover a bicicleta como<br />

meio <strong>de</strong> transporte preferível, através do aluguer e reparação<br />

<strong>de</strong> bicicletas.<br />

O estudante Erasmus na <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Leuven po<strong>de</strong> ainda<br />

procurar um Personal Buddy que ajuda a respon<strong>de</strong>r a questões e<br />

dúvidas, mostra a cultura, hábitos e locais que o estudante<br />

precisa <strong>de</strong> saber.<br />

A Bélgica tem uma cultura rica em museus, prédios históricos<br />

e arte. A cultura musical é promovida através <strong>de</strong> inúmeros<br />

festivais <strong>de</strong> música, como os festivais Werchter, Sfinks, Dour e<br />

Pukkelpop. Uma vez por ano dá-se o concurso <strong>de</strong> música chamado<br />

Koningin Elisabeth Wedstrijd, no qual se escolhe um instrumento<br />

clássico diferente todos os anos.<br />

A Grand Place é das principais atracções da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bruxelas.<br />

No século XII era o centro político e económico da cida<strong>de</strong>,<br />

mas actualmente é uma praça imponente com cafés, restaurantes,<br />

bares e inúmeras lojas <strong>de</strong> chocolate. A cida<strong>de</strong> obriga<br />

também a uma visita ao palco da Comissão Europeia e do<br />

Conselho Europeu.<br />

A cerveja belga é também um gran<strong>de</strong> atractivo do país. Existem<br />

mais <strong>de</strong> 450 tipos <strong>de</strong> cerveja, mas a cerveja “trapist” só<br />

existe na Bélgica e é fabricada por monges.<br />

Também mundialmente conhecido é o chocolate belga. O<br />

Museu <strong>de</strong> Chocolate <strong>de</strong> Madame<br />

Draps permite não só ver <strong>de</strong><br />

perto a produção dos chocolates<br />

como também o maior chocolate<br />

do mundo que entrou para o<br />

livro Guiness dos Recor<strong>de</strong>s com<br />

153kg.<br />

Muitos consi<strong>de</strong>ram o Atomium,<br />

uma construção <strong>de</strong> 103 metros<br />

contruída em 1958, como o<br />

ícone da Bélgica. Denominado<br />

também <strong>de</strong> Torre Eiffel <strong>de</strong> Bruxelas,<br />

este emaranhado <strong>de</strong> esferas<br />

representa um átomo <strong>de</strong> ferro<br />

ampliado 165 bilhões <strong>de</strong> vezes e<br />

é consi<strong>de</strong>rado um ponto <strong>de</strong> paragem<br />

obrigatória.<br />

Em suma, a excelente reputação<br />

da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> Católica <strong>de</strong><br />

Leuven e da sua Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Psicologia e Ciências da Educação, conjugada com a cultura<br />

rica do país, fazem da Bélgica uma boa escolha para os estudantes<br />

que preten<strong>de</strong>m conhecer o mundo através do programa<br />

Erasmus.<br />

Concurso <strong>de</strong> Fotografia Nepce/aac<br />

Tatiana Moreira é a gran<strong>de</strong> vencedora do concurso. Parabéns!!<br />

A fotografia “Claustro ao Quadrado” foi premiada com a Primeira<br />

Página <strong>de</strong>ste jornal.


PÁGI<strong>NA</strong> 22 O <strong>CLAUSTRO</strong><br />

Erasmus<br />

Conta-me como foi<br />

Antes: Inscrição para Erasmus, escolher o leste, receber<br />

uma carta <strong>de</strong> aceitação da Uniwersytet Warszawsky, assinar<br />

papéis e comprar um bilhete <strong>de</strong> avião.<br />

O início: Começou tudo, inevitavelmente, no primeiro<br />

voo que fiz para Varsóvia. Enquanto os polacos bebiam<br />

vodka para combater o medo <strong>de</strong> voar, eu, na tentativa <strong>de</strong><br />

remediar o abandono precoce por parte do meu buddy,<br />

fazia a minha primeira amiga Erasmus. Não tinha on<strong>de</strong><br />

ficar, nem sabia a quem pedir auxílio.<br />

Chegadas a Varsóvia conhecemos o buddy, o <strong>de</strong>la, não o<br />

meu. O Kuba, um polaco apaixonado por Portugal, ofereceu-nos<br />

prontamente estadia para os primeiros dias em<br />

Warszawa.<br />

O tempo foi passando e não arranjei casa para viver nesses<br />

dias, nem nas duas semanas subsequentes em que, graças a<br />

um curso <strong>de</strong> língua Polaca, tive direito a residência universitária.<br />

Foi por esta altura que apreendi o significado <strong>de</strong> resiliência,<br />

esperança e optimismo e passei a acreditar na paradigmática<br />

psicologia positiva. A um par <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> me tornar<br />

uma sem abrigo consegui, ironicamente, um quarto em<br />

casa do Kuba e foi aí que vivi durante um semestre.<br />

1º semestre: Morei um semestre com um Polaco, apaixonado<br />

por Portugal é certo, fiz um amigo, apreciei visceralmente<br />

a gastronomia do país e percebi, creio eu, como<br />

“funciona” a sua classe alta.<br />

Fora <strong>de</strong> casa conheci centenas <strong>de</strong> pessoas, <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong>las<br />

maravilhosas. Criámos uma “quasi-família” com portugueses,<br />

italianos, espanhóis, franceses, turcos, alemães e os<br />

meus benquistos eslovenos. Fiz viagens maravilhosas à<br />

Hungria, República Checa e Eslováquia, <strong>de</strong>i um saltinho a<br />

Milão e visitei ainda alguns sítios na Polónia. Fizemos<br />

gran<strong>de</strong>s festas, saboreámos e tragámos Zubrowka e<br />

Wyborowa, embutimos a tradição do schnitzel – enorme<br />

panado - à segunda-feira. Aprendi a estudar em inglês e a<br />

concebi, finalmente, a qualida<strong>de</strong> do ensino em Portugal,<br />

particularmente na minha área e na nossa faculda<strong>de</strong>.<br />

Houve um mês <strong>de</strong> intensas <strong>de</strong>spedidas, digno <strong>de</strong> fazer<br />

vacilar os mais fortes, noites difíceis, manhãs e tar<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>primentes no aeroporto, milhares <strong>de</strong> lágrimas e muitas<br />

Dia 20 <strong>de</strong> Novembro<br />

Dia Universal da Criança<br />

Por Joana Panda, aluna do 5ª ano do Mestrado Integrado em Psicologia na área <strong>de</strong><br />

especialização em Psicologia das Organizações e do Trabalho<br />

“mágoas”a afogar na própria noite. Abreviadamente,<br />

Janeiro e Fevereiro foram meses <strong>de</strong>licados: que<strong>de</strong>i-me<br />

doente na cama, fiz (alguns) copiosos exames, <strong>de</strong>spedi-me<br />

<strong>de</strong> pessoas que até hoje não vi mais, nevou impiedosamente<br />

e as temperaturas permaneceram nos – 20º C.<br />

Ficar o ano completo não foi, assumidamente, uma <strong>de</strong>cisão<br />

fácil. Porém, era para mim insensato não prolongar e<br />

intensificar a experiência que estava a viver.<br />

2º semestre: No fim <strong>de</strong> Fevereiro fui ―convidada‖ a sair <strong>de</strong><br />

casa e, novamente, pensei no real potencial da psicologia<br />

positiva. Numa semana encontrei um novo sítio para<br />

viver. O M. e a V., ainda hoje gran<strong>de</strong>s amigos, foram<br />

gentis e educados e receberam-me, ainda que timidamente,<br />

<strong>de</strong> braços abertos, tal como nas melhores famílias <strong>de</strong><br />

outros tempos.<br />

Nowolipki 27/12 tornava-se então mítica pelos seus<br />

Rings of Fires e eu converti-me, orgulhosamente, à gran<strong>de</strong><br />

“irmanda<strong>de</strong>”. Esta foi sempre uma casa cheia, com<br />

muitos convidados, amigos, jantares, música, risadas e<br />

felicida<strong>de</strong>. Po<strong>de</strong>ria escrever horas a fio sobre histórias que<br />

ficaram para contar, mas as melhores permanecerão sempre<br />

entre confra<strong>de</strong>s.<br />

O fim: Em <strong>Coimbra</strong>, durante a Queima das Fitas, percebi<br />

que não se vive assim para sempre. Ao voltar para Wawa<br />

iniciou-se a funestação: estudar para os exames e consumar<br />

as novas e difíceis <strong>de</strong>spedidas. Só me apercebi que<br />

regressaríamos a Portugal na noite da nossa própria farewell<br />

party, quando <strong>de</strong> manhã, após pequeno-almoço, vi o<br />

Romeo cruzar, pela última vez, a esquina do Palac Kultury.<br />

Prolongámos o sofrimento por mais dois dias e aterrámos<br />

em Lisboa, após 18 horas <strong>de</strong> aeroportos, a 23 <strong>de</strong><br />

Junho <strong>de</strong> 2009. Nos três dias seguintes <strong>de</strong>correu o período<br />

<strong>de</strong> aceitação.<br />

Balanço: Entretanto passaram dois anos o que não impe<strong>de</strong><br />

que floresçam fortes emoções quando penso em tudo o<br />

que vivi e, sobretudo, no que ficou por viver. Foi um ano<br />

incomparável e intenso em que conheci pessoas insubstituíveis.<br />

Curricularmente o enriquecimento é inquestionável.<br />

Todavia o meu Eramus metamorfoseou-se no período<br />

da minha vida em que percebi quem sou e como quero<br />

vivê-la.


VOLUME 1 - 5 DE NOVEMBRO 2010 - BIMESTRAL<br />

… Era uma voz. De uma criança sem ida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> qualquer<br />

lugar e <strong>de</strong> gentes <strong>de</strong> todas as cores, nascida num canto do<br />

Mundo, e que ecoou. Eco que soou vezes e vezes … em<br />

tempos diversos, a vários ritmos e tons <strong>de</strong> idiomas matizados<br />

<strong>de</strong> culturas agri-mais-ou-menos-doces (conforme o<br />

gosto e o senso) numa espécie <strong>de</strong> esperanto com radicais<br />

<strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> e esperança internacional. E dizia um polissémico:<br />

«Eu tenho um sonho!».<br />

Caminhar na Lua, inventar uma arma infalível, <strong>de</strong>scobrir<br />

uma cura, criar o mais belo, alimentar todos <strong>de</strong> todas as<br />

sortes, ir ao outro lado do Mundo ficando aqui, escrever o<br />

que todos pu<strong>de</strong>ssem <strong>de</strong>clamar, ganhar um gran<strong>de</strong> prémio,<br />

ser <strong>de</strong> uma família, tocar o arco-íris, querer mais, brilhar<br />

com quem se ama, beijar o divino, ser feliz, … só uma<br />

vez!, ou para sempre …<br />

Água, ar, terra, energia. Ambiente, cultura, regiões, economia,<br />

socieda<strong>de</strong>, tecnologia. Vida, qualida<strong>de</strong>, diversida<strong>de</strong>,<br />

globalização, sustentabilida<strong>de</strong>, … E a voz que ganha<br />

corpo, cresce e faz-se verbo, acção, e multiplica em eu +<br />

eu + tu e eles … em nós, que tem, po<strong>de</strong>, quer e sabe, e<br />

alcança, <strong>de</strong>scobre, inventa, replica e recria, (se) surpreen<strong>de</strong><br />

e conquista, com arte, engenho, perspéctica com gula<br />

PÁGI<strong>NA</strong> 23<br />

No dia 10 Novembro <strong>de</strong> 2010 assinala-se o Dia Internacional da Ciência ao Serviço da Paz e do Desenvolvimento (UNESCO). Para<br />

assinalar a efeméri<strong>de</strong>, O Claustro lançou à Professora Ana Cristina Almeida o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> escrever sobre este dia, enquadrando-o com<br />

as Ciências Sociais e Humanas.<br />

Sintonizando o Dia Mundial da Ciência ao Serviço da Paz e do Desenvolvimento …<br />

Pela Professora Ana Cristina Almeida<br />

O NEPCE apresenta:<br />

do conforto, só não esquece que o sonho comanda a vida<br />

quando se sustenta da congénita curiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infantes<br />

her<strong>de</strong>iros da paz e da conquista da generosida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

engran<strong>de</strong>cer, e divertir-se projectando o sucesso em códigos<br />

<strong>de</strong> perfeição, em comunicação, orgulhos partilhados e<br />

uníssono <strong>de</strong> alternativas, soluções que se excedam na<br />

razão e no entusiasmo das Ciências ao serviço da Humanida<strong>de</strong>.<br />

E é no elogio do <strong>de</strong>senvolvimento global, total,<br />

moral, vital que o aplauso pe<strong>de</strong> auscultação do sonho que<br />

do querer se faça po<strong>de</strong>r e conhecimento do que quer,<br />

querendo para o Mundo o Bem!<br />

Que o Dia Mundial da Ciência ao Serviço da Paz e do<br />

Desenvolvimento continue a cruzar vozes <strong>de</strong> boavonta<strong>de</strong>,<br />

num crescendo <strong>de</strong> sedução, em harmonia e<br />

génese <strong>de</strong> progresso, com o patrocínio <strong>de</strong> todas as uniões<br />

organizadas em prol da educação, da ciência e da cultura,<br />

como é a nossa casa-escola-berço, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Psicologia<br />

e <strong>de</strong> Ciências da Educação e do Serviço Social,<br />

«construindo a paz na mente das pessoas» (UNESCO.org,<br />

2010).<br />

Caso curtas<br />

Mostra <strong>de</strong> cinemauniversitário<br />

8 a 12 <strong>de</strong><br />

novembro<br />

18h—20h<br />

no Centro cultural<br />

d. Dinis


PÁGI<strong>NA</strong> 24 O <strong>CLAUSTRO</strong><br />

Opinião<br />

Dis. Por Sara Rocha*<br />

Cidadania: fardo ou libertação?<br />

Hoje, mais do que em qualquer outra época, proliferam<br />

apelos “à cidadania” nas diferentes esferas públicas que<br />

compõem a vida em socieda<strong>de</strong> – no trabalho, na escola,<br />

nos media – e os quais são prescritos frequentemente em<br />

contornos <strong>de</strong> urgência. Surge assim a impressão <strong>de</strong> que<br />

<strong>de</strong>vemos fazer alguma coisa rapidamente: assumir uma<br />

participação activa na vida pública, adquirir responsabilida<strong>de</strong><br />

social, moral e ambiental, ser solidário e tolerante,<br />

entre outros chamamentos que invocam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

contribuirmos todos para a construção <strong>de</strong> uma “socieda<strong>de</strong><br />

melhor”, em resposta à actual crise social, económica e<br />

política. Pois bem, a palavra <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m mudança também<br />

chegou à <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> (UC), a qual, através<br />

da sua Missão plasmada nos seus Estatutos, implica toda a<br />

comunida<strong>de</strong> académica para o “<strong>de</strong>senvolvimento económico<br />

e social, para a <strong>de</strong>fesa do ambiente, para a promoção<br />

da justiça social e da cidadania esclarecida e responsável e<br />

para a consolidação da soberania assente no conhecimento”.<br />

Portanto, todos – estudantes, docentes, funcionários<br />

– estamos envolvidos naquele que é o crescente apelo à<br />

responsabilida<strong>de</strong> social das instituições <strong>de</strong> ensino superior,<br />

ao mesmo tempo que se preten<strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> conhecimentos científicos sustentável e <strong>de</strong> excelência.<br />

Contudo, como dar contas a estas solicitações quando a<br />

nossa agenda está cada vez mais sobrecarregada, os dias<br />

<strong>de</strong>masiado preenchidos com tarefas estipuladas, <strong>de</strong>masiadas<br />

obrigações e responsabilida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>masiada informação<br />

para absorver e mudanças rápidas para gerir, <strong>de</strong>masiados<br />

planos para cumprir e sucessos para conquistar?<br />

Antes <strong>de</strong> mais, há que consi<strong>de</strong>rar que esta não é uma<br />

preocupação recente, mas que remonta à antiguida<strong>de</strong><br />

greco-romana on<strong>de</strong> a cidadania se constituía como o âmago<br />

da vida em socieda<strong>de</strong> e, portanto, da relação dilemática<br />

entre o indivíduo e a colectivida<strong>de</strong>. É um constructo<br />

moral, tendo como valores básicos a liberda<strong>de</strong> e a igualda<strong>de</strong>;<br />

político, pois resulta da ambivalente tensão histórica<br />

entre os valores colectivos e os movimentos individualistas;<br />

jurídico, estando intimamente associado à questão dos<br />

direitos - civis, políticos e sociais - reconhecidos aos indivíduos<br />

e aos diferentes grupos sociais emergentes. Neste<br />

sentido, a cidadania não <strong>de</strong>ve constituir um fardo ou um<br />

item adicional às nossas agendas, mas sim uma referência<br />

que nos aju<strong>de</strong> a reflectir e a situar-nos sobre o momento<br />

actual que a socieda<strong>de</strong> (global) atravessa. Difícil será o<br />

exercício <strong>de</strong> abrandar o actual ritmo frenético que marca<br />

*aluna do Mestrado Intervenção Social, Inovação e Empreendorismo na FPCEUC<br />

Cartoon: Quino (1995).<br />

o compasso das nossas vidas e <strong>de</strong> retomar o uso qualitativo<br />

do tempo e <strong>de</strong> valores como a <strong>de</strong>scontracção, a simplicida<strong>de</strong><br />

e a pon<strong>de</strong>ração. Também a mudança, essa precipitada<br />

panaceia que invadiu o nosso discurso, dificulta o<br />

abrandamento <strong>de</strong>sse ritmo, até porque somos constantemente<br />

solicitados a ser criativos e inovadores em novas<br />

formas <strong>de</strong> pensar e intervir, mas parece nunca haver tempo<br />

para <strong>de</strong>ixar assentar tais mudanças e acabamos por<br />

rodopiar em torno <strong>de</strong> um perpétuo movimento <strong>de</strong> renovações.<br />

Por outro lado, o actual frenesim em torno da questão da<br />

cidadania justifica-se, em gran<strong>de</strong> medida, pela relação<br />

problemática entre esta e os sistemas <strong>de</strong>mocráticos, os<br />

quais procuram novas formas <strong>de</strong> conciliação entre as<br />

igualda<strong>de</strong>s colectivas e as liberda<strong>de</strong>s individuais. Historicamente,<br />

foram já <strong>de</strong>monstrados os perigos da hipervalorização<br />

<strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>stas dimensões: o sufoco das liberda<strong>de</strong>s<br />

individuais e a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> sobrevivência do<br />

“mundo comum”, respectivamente. Po<strong>de</strong>r-se-ia dizer que<br />

hoje as socieda<strong>de</strong>s procuram um ponto <strong>de</strong> equilíbrio e<br />

este movimento reclama esten<strong>de</strong>r-se para além das fronteiras<br />

do mundo Oci<strong>de</strong>ntal, superando as teses que assumem<br />

a cidadania como uma evidência universal a priori,<br />

legitimadoras <strong>de</strong> qualquer intervenção, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

das significações nacionais, religiosas, históricas e<br />

culturais. Deste modo, é premente validar as vozes que<br />

propõem que a cidadania <strong>de</strong>ve ser pensada no marco da<br />

diversida<strong>de</strong> cultural, sustentada em novas formas <strong>de</strong> reconhecimento<br />

da dignida<strong>de</strong> do Outro e numa reconversão<br />

global dos processos <strong>de</strong> socialização e dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento. Aqui, a cidadania po<strong>de</strong> ser entendida<br />

como libertação, pois reclama que nos soltemos um pouco<br />

dos enquadramentos com que estamos habituados a pensar<br />

o mundo e que tenhamos abertura suficiente para procurar<br />

novas formas <strong>de</strong> entendimento com o outro social<br />

que, afinal, somos nós também.


VOLUME 1 - 5 DE NOVEMBRO 2010 - BIMESTRAL<br />

Do. Pela Professora Isabel Alberto*<br />

Do conjunto <strong>de</strong> pessoas que fazem parte da nossa família, a(o)<br />

única que resulta <strong>de</strong> uma escolha é a(o) companheira(o), o<br />

amor da nossa vida, aquela(e) com quem <strong>de</strong>cidimos partilhar a<br />

vida, o tempo, o espaço, o corpo, o EU. Tudo em nome do<br />

amor romântico, que trespassa o imaginário <strong>de</strong> qualquer cultura,<br />

em qualquer época, emoldurado por Eros na Grécia,<br />

pelo Cupido em Roma, por Romeu e Julieta <strong>de</strong> W. Shakespeare<br />

ou o Livro do Cântico dos Cânticos: “Grava-me como<br />

um selo no teu coração, como um selo no teu braço, porque o<br />

amor é forte como a morte e a paixão é violenta como o abismo.”<br />

E <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Eros e Cupido que o amor se acompanha <strong>de</strong> setas, e<br />

feridas… com os <strong>de</strong>uses do Amor surgindo acompanhados<br />

pelos <strong>de</strong>uses da Guerra. Morre-se <strong>de</strong> amor…morre-se por<br />

amor…e mata-se em nome do amor. Da expressão “não posso<br />

viver sem ti” até ao acto “a morte nos separe” há um pequeno<br />

<strong>de</strong>slize, um momento apenas, e entre a paixão e o crime parece<br />

existir uma ténue linha <strong>de</strong> <strong>de</strong>marcação.<br />

Em nome <strong>de</strong>sse amor para a vida, e segundo a Family Violence<br />

Prevention Fund (FVPF) no mundo, uma em cada três mulheres<br />

é vítima <strong>de</strong> abuso físico, sexual ou emocional. Dados da<br />

OMS indicam que do total <strong>de</strong> mulheres vítimas <strong>de</strong> homicídio,<br />

entre 40-70% foram mortas pelos seus companheiros. Mas há<br />

mortes que não têm direito a estatísticas, as mortes lentas,<br />

aquelas que se vão consumando pelas palavras explodidas em<br />

raiva, humilhação, até a vítima <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> se sentir gente: “Eu<br />

não como o pão que o diabo amassou. Eu sou o pão que o<br />

diabo amassou!”<br />

Numa relação paradoxal, em que um cônjuge baralha as palavras,<br />

os afectos, as acções, e as torna a dar, manipulando a<br />

relação <strong>de</strong> casal como se fosse um jogo <strong>de</strong> cartas, bate-se,<br />

ridiculariza-se, reduz-se a zero a companheira que se diz amar,<br />

* Professora na FPCEUC<br />

Ex. Por Marta Chelinho*<br />

Terminei o meu Mestrado Integrado em Psicologia Clínica<br />

e Saú<strong>de</strong> há dois anos. O tempo passa <strong>de</strong>masiado rápido. Se<br />

me perguntarem como é que está a minha vida neste<br />

momento, respon<strong>de</strong>rei: instável. Talvez mais instável do<br />

que nunca. Estou perante opções que terei <strong>de</strong> escolher e<br />

que po<strong>de</strong>rão, qualquer uma <strong>de</strong>las, fazer uma gran<strong>de</strong> diferença<br />

na minha vida – para pior ou para melhor.<br />

Creio que a maior dificulda<strong>de</strong> que um recém-licenciado<br />

sente quando termina a vida académica, é „<strong>de</strong>si<strong>de</strong>alizar‟;<br />

<strong>de</strong>scontruir na sua cabeça aquilo que criou ao longo dos<br />

anos: “quando terminar o curso vou começar uma vida<br />

nova, vou ser mais in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte”; “vou crescer, ter um<br />

trabalho, dinheiro e a minha vida vai andar para a frente”.<br />

Isto poucas vezes acontece. Procuramos trabalho, enviamos<br />

centenas <strong>de</strong> currículos e o “sim” parece nunca chegar. O<br />

valor que sentíamos ter no passado, parece não ser agora<br />

consi<strong>de</strong>rado, e todos nos passam à frente. Percebemos,<br />

* Psicóloga e Case Manager Junior na empresa Albenture, ex-aluna da FPCEUC<br />

PÁGI<strong>NA</strong> 25<br />

com discursos diários do “faço isto porque te amo; preciso <strong>de</strong><br />

ti; eu amo-te mas tu nunca estás à altura…!”<br />

Na outra ponta <strong>de</strong>sta corda bamba, está alguém que ainda quer<br />

acreditar que aquele “é o amor da minha vida”, que há esperança,<br />

“um dia ele vai mudar”, apesar das estatísticas revelarem<br />

uma realida<strong>de</strong> mais negra, caracterizada por Gelles e<br />

Straus pela divisa “licença para casar como uma licença para<br />

bater”.<br />

Algures na década <strong>de</strong> 90, Romeu e Julieta <strong>de</strong>u lugar à “Mulher<br />

que ia contra as portas” <strong>de</strong> Roddy Doyle. Nesta história não há<br />

romance, nem dádiva. Há fragmentos <strong>de</strong> uma vida a dois: “Ele<br />

per<strong>de</strong>u a cabeça. E bateu-me…mandou-me pelo ar…Depois<br />

vi os pés <strong>de</strong>le, a seguir as pernas…Parecia estar muito acima<br />

<strong>de</strong> mim. Quilómetros acima…Depois baixou-se até ao pé <strong>de</strong><br />

mim. –„tás bem?...- Caíste – disse. - sentia-se culpado, terrível.<br />

Gostava outra vez <strong>de</strong> mim. O que aconteceu? Eu provoquei-o.<br />

A culpa era minha.”<br />

Estas são mulheres presas como moscas numa teia! Se se<br />

mexem, são atacadas, se ficam quietas, são atacadas! Ali estão,<br />

presas entre a esperança, a expectativa e a memória!<br />

“Fechava-me fora e fechava-me <strong>de</strong>ntro. Magoou-me e magoou<br />

-me e magoou-me. Matou partes <strong>de</strong> mim. Matou a maior<br />

parte <strong>de</strong> mim. Matou-me toda….passavam-se meses e não<br />

acontecia nada, mas estava sempre ali – a promessa daquilo….À<br />

espera da mão, à espera do sorriso” (Doyle, 1997,<br />

p.180).<br />

Que todas as mulheres, todos os homens, todas as crianças<br />

que vivem secretamente a violência, a <strong>de</strong>squalificação, a morte<br />

aos bocadinhos, <strong>de</strong>ntro das portas fechadas dos seus lares não<br />

sejam esquecidos!<br />

neste momento, que esta situação não acontece só aos<br />

outros.<br />

É preciso continuar a tentar e é fulcral enten<strong>de</strong>rmos que o<br />

problema não está em nós, que não somos nós que não<br />

temos valor ou capacida<strong>de</strong>s. Muitas vezes é, tão simplesmente,<br />

não termos, no meio <strong>de</strong> centenas ou milhares <strong>de</strong><br />

candidatos, uma oportunida<strong>de</strong> para mostrar o que valemos.<br />

Outras vezes são as cunhas, outras ainda a falta <strong>de</strong> verbas<br />

para contratar técnicos.<br />

Pessoalmente, acho que quando pomos o pé na rua e percebemos<br />

que os tempos <strong>de</strong> estudante já lá vão, precisamos <strong>de</strong><br />

nos fazer à vida, <strong>de</strong> tentar e tentar e voltar a tentar, porque<br />

um dia a oportunida<strong>de</strong> surgirá.<br />

Dêem o melhor <strong>de</strong> vós, peguem nas vossas competências e<br />

criativida<strong>de</strong> e façam a diferença!


PÁGI<strong>NA</strong> 26 O <strong>CLAUSTRO</strong><br />

Última fila<br />

Efeméri<strong>de</strong>s<br />

1 Outubro—Dia Internacional<br />

do Idoso<br />

2 Outubro—Dia Internacional<br />

da Não-Violência<br />

10 Novembro—Dia<br />

Internacional da Ciência<br />

ao Serviço da Paz e do<br />

Desenvolvimento<br />

25 Novembro—Dia<br />

Internacional da Eliminação<br />

da Violência Contra<br />

as Mulheres<br />

5 Dezembro—Dia Internacional<br />

dos Voluntários<br />

para o Desenvolvimento<br />

Económico e Social<br />

Em ano <strong>de</strong> 30º aniversário, a nossa Faculda<strong>de</strong><br />

foi a responsável pela Abertura Solene<br />

das Aulas no passado dia 15 <strong>de</strong> Setembro. A<br />

FPCEUC está <strong>de</strong> Parabéns!<br />

As JIIP, nos passados dias 11 e 12 <strong>de</strong> Outubro,<br />

resultaram <strong>de</strong> uma organização exemplar<br />

e foram, sem dúvida, um contributo <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque<br />

para a elevação do prestígio e da visibilida<strong>de</strong><br />

da nossa FPCEUC. Parabéns!<br />

Com o Decreto-Lei 70/2010 cerca <strong>de</strong> 1500<br />

estudantes da UC po<strong>de</strong>m estão em risco <strong>de</strong><br />

per<strong>de</strong>r as bolsas a que tinham direito o ano<br />

passado. Esta é uma das várias razões que levaram<br />

a que a AAC convocasse uma Manifestação<br />

Nacional <strong>de</strong> Estudantes para o próximo 17<br />

<strong>de</strong> Novembro em Lisboa.<br />

Arranja um tempinho para escrever!<br />

Vem fazer parte <strong>de</strong>sta equipa!<br />

Pauta<br />

70/2010<br />

Para tal dirige-te à se<strong>de</strong> do NEPCE/AAC ou envia um email para jornaloclaustro@gmail.com.<br />

Nota 20 Chumbado

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