Download do Trabalho - Peamb - Uerj
Download do Trabalho - Peamb - Uerj
Download do Trabalho - Peamb - Uerj
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
esultan<strong>do</strong> em danos aos seres humanos, a outros animais, vegetais ou materiais.<br />
Segun<strong>do</strong> a RESOLUÇÃO CONAMA 03/ 1990, poluente atmosférico deve ser defini<strong>do</strong><br />
conforme segue:<br />
“qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e quantidade, concentração, tempo ou<br />
características em desacor<strong>do</strong> com os níveis estabeleci<strong>do</strong>s, e que tornem ou possam tornar o ar:<br />
impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; inconveniente ao bem-estar público; danoso aos<br />
materiais, fauna e flora; prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades<br />
normais da comunidade" (BRASIL, 1990).<br />
Até poucas décadas atrás, a poluição <strong>do</strong> ar recebia pouca preocupação por parte<br />
da sociedade, sen<strong>do</strong> tratada como um tema pouco importante. Havia, inclusive, uma<br />
correlação entre progresso e poluição, sen<strong>do</strong> as chaminés os símbolos mais expressivos<br />
para caracterizar o progresso de uma região ou país. Para o ar “puro”, eram atribuídas<br />
conotações estéticas, com associações bucólicas. Por muito tempo acreditou-se que o<br />
aumento da altura das chaminés, favorecen<strong>do</strong> a dispersão da pluma, seria o suficiente<br />
para eliminar o problema da contaminação <strong>do</strong> ar. Acreditava-se que a atmosfera seria<br />
grande o suficiente para absorver e diluir toda a carga de poluentes que nela eram<br />
lança<strong>do</strong>s. (VALLE, 2005).<br />
Entretanto, o crescimento das taxas de poluição e a incidência de graves<br />
acidentes acabaram por causar <strong>do</strong>enças respiratórias devi<strong>do</strong> às condições extremas de<br />
contaminação. O mais “famoso” episódio de poluição atmosférica aconteceu em<br />
Londres (Inglaterra), em 1952. Nesta ocasião, um conjunto de condições meteorológicas<br />
desfavoráveis contribuiu para o aumento da concentração de material particula<strong>do</strong> e de<br />
dióxi<strong>do</strong> de enxofre onde as concentrações atingiram 4,5 mg.m -3 e 1,3 ppm<br />
respectivamente. A visibilidade era de apenas 22 jardas e a conseqüência deste conjunto<br />
de fatores desfavoráveis foi a morte de aproximadamente 4 mil pessoas. Este, assim<br />
como outros acidentes, acabaram por contribuir para o surgimento de uma preocupação<br />
voltada à poluição <strong>do</strong> ar e de um controle mais rigoroso referente ao lançamento de<br />
poluentes na atmosfera (VALLE, 2005, SEINFIELD, 2006). Após este acidente e as<br />
medidas de prevenção na emissão <strong>do</strong>s poluentes, o mesmo conjunto de fatores<br />
meteorológicos desfavoráveis de 1952 se repetiu em 1956 e 1962. Mas como<br />
conseqüência das medidas tomadas para a redução e o controle das emissões<br />
atmosféricas o número de mortes foi bastante inferior quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com 1952.<br />
Dentre os poluentes <strong>do</strong> ar, podemos defini-los como poluentes primários e<br />
poluentes secundários. Os poluentes primários são aqueles lança<strong>do</strong>s diretamente na<br />
42