PRECE DO PERDÃO - irmaobenedito.com.br
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– Sim, Raul, grata pela informação.<<strong>br</strong> />
Regressamos então ao diálogo <strong>com</strong> a paciente, conduzindo-o <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
fi ns terapêuticos:<<strong>br</strong> />
– Amiga querida, gostaria de expor seus dramas para nosso aprendizado?<<strong>br</strong> />
– Ermance ... é muito difícil a desilusão! A sensação de perda é<<strong>br</strong> />
enorme e sinto-me envergonhada. Sei que não fui uma mulher cruel,<<strong>br</strong> />
mas joguei fora enormes chances de vencer a mim mesma e ajudar<<strong>br</strong> />
muitas pessoas.<<strong>br</strong> />
– Qual de nós, Severiana, tem sido exemplar na escola da reencarnação?<<strong>br</strong> />
Sabe, porventura, quantos espíritas chegam em quadros muito<<strong>br</strong> />
mais graves que os teus?<<strong>br</strong> />
– Tenho pouca noção, no entanto, sinto-me <strong>com</strong>o a mais derrotada<<strong>br</strong> />
das mulheres espíritas.<<strong>br</strong> />
– Isso vai passar <strong>br</strong>evemente. O clima do arrependimento, embora<<strong>br</strong> />
doloroso a princípio, é a porta de acesso a indispensáveis posturas<<strong>br</strong> />
de reequilí<strong>br</strong>io em relação ao futuro. Sem arrependimento não existe<<strong>br</strong> />
desilusão, e sem desilusão não podemos contar <strong>com</strong> a mais vantajosa<<strong>br</strong> />
das esperanças: o desejo de melhora enriquecido pela bênção das expectativas<<strong>br</strong> />
de re<strong>com</strong>eço. O exercício da desilusão é o antídoto capaz de<<strong>br</strong> />
atenuar os refl exos das enfermidades ou faltas que ainda transportamos<<strong>br</strong> />
para além-túmulo. Existe uma frase que considero sempre oportuna<<strong>br</strong> />
pelo seu poder consolador, a qual gostaria de ler para você; ela se<<strong>br</strong> />
encontra em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo V, item 5, e<<strong>br</strong> />
diz: “Os sofrimentos que decorrem do pecado são-lhe uma advertência<<strong>br</strong> />
de que procedeu mal. Dão-lhe experiência, fazem-lhe sentir a diferença<<strong>br</strong> />
existente entre o bem e o mal e a necessidade de se melhorar para, de<<strong>br</strong> />
futuro, evitar o que lhe originou uma fonte de amarguras;”<<strong>br</strong> />
– Eu lhe agradeço, amiga querida. Tenho fé que meu arrependimento<<strong>br</strong> />
será impulso, embora ainda não me sinta <strong>com</strong> forças sufi cientes<<strong>br</strong> />
para isso. Por agora parece que estou presa em mim mesma.<<strong>br</strong> />
– Temporariamente será assim. Logo você perceberá que é exatamente<<strong>br</strong> />
o oposto. Digamos que o arrependimento é uma chave que liberta<<strong>br</strong> />
a consciência dos grilhões do orgulho. Enquanto peregrinamos no<<strong>br</strong> />
erro sem querer admiti-lo, temos o orgulho a nos “defender” através da<<strong>br</strong> />
criação de inúmeros mecanismos para “aliviar” nossas falhas. Chega,