Book 2.indb - The Nordic Documentation on the Liberation Struggle ...
Book 2.indb - The Nordic Documentation on the Liberation Struggle ... Book 2.indb - The Nordic Documentation on the Liberation Struggle ...
76 Tor Sellström mais central do que Palm em termos de transmissão das opiniões do PAIGC. Acompanhada pelo jornalista e fotógrafo Knut Andreassen, 194 Dahl visitou as zonas libertadas na Guiné-Bissau em Novembro-Dezembro de 1970. 195 Tendo obtido uma licença da ASDI, Dahl recebera, tal como Palm antes, um pedido para elaborar um relatório da sua visita, 196 que foi enviado em Janeiro de 1971 197 e confirmou as constatações de Palm relativamente a Cabral e aos pontos de vista do PAIGC sobre Angola. Segundo Dahl, o secretário geral do PAIGC sublinhou que se a Suécia decidisse ajudar a luta de libertação em Angola, deveria conceder essa ajuda ao MPLA. Eu conheço bem Holden Roberto e também Agostinho Neto. Holden Roberto nunca viveu a vida dum africano entre a sua gente. [...] Ele está agora num hotel no Congo, a negociar com todos e mais alguém. Já recebeu mais apoio e dinheiro do que qualquer outro líder dum movimento de libertação africano e apesar disso foi, de todos, o que menos avanços conseguiu. Neto viveu para a África e para o movimento de libertação toda a sua vida. Viveu com o povo e conhece as suas condições de vida. O MPLA passou por muitas dificuldades e cometeu erros. O movimento recebeu pouca ajuda externa mas tinha no Congo Kinshasa um inimigo. Apesar disso, o movimento fez muito mais do que a FNLA. São sérios, têm objectivos que estão certos e também métodos de trabalho apropriados. Se alguém merece ser apoiado, é o MPLA. 198 Como já foi dito, não se pode apurar com certeza em que sentido foram feitas as últimas reflexões do Comité Consultivo sobre Ajuda Humanitária para concessão de ajuda exclusivamente ao MPLA, mas o relatório de Birgitta Dahl teve um papel importante nesse sentido. De acordo com o relatório, Anders Möllander, que, na altura, exercia funções de secretário assistente do comité, escreveu mais tarde que ”temos indicações dadas pelos líderes do PAIGC e da FRELIMO de que quem deve receber a ajuda sueca é o MPLA”. 199 Lendo os relatório de uma perspectiva histórica mais alargada, Pierre Schori referiu em 1996 que ”poder-se-ia, duma certa forma, dizer que foi Amílcar Cabral quem iniciou os nossos contactos com o MPLA, mas nós já tínhamos desenvolvido esses contactos antes disso”. 200 Por outro lado, em representação do movimento de solidariedade não-governamental, Hillevi Nilsson, que durante mais de vinte anos foi mais próxima do MPLA do que qualquer outro sueco, constatou em 1997 que a posição do governo sueco estava a ser influenciada pelo presidente da Tanzânia, Julius Nyerere. 201 Do que não há dúvida, é que a decisão foi tomada pouco tempo depois da reunião de Dahl com Cabral. A pri- 194. Lars Rudebeck do Grupo de África de Uppsala visitou as zonas libertadas na Guiné-Bissau na mesma altura (PAIGC Actualités, Nº 23, 1970 e Nº 27, 1971). O futuro professor universitário em ciência política da Universidade de Uppsala, Rudebeck publicou em 1974 o livro Guinea-Bissau: A Study of Political Mobilization, Instituto Escandinavo de Estudos Africanos, Uppsala. 195. Segundo Dahl, foi o ANC da África do Sul quem a pôs em contacto com o PAIGC. Na companhia da seua futura colega de governo social democrata Anna-Greta Leijon, encontrara-se com Oliver Tambo do ANC em Uppsala, por ocasião do Congresso da Juventude Afro-Escandinava de 1962, que se realizou em Oslo (conversa com Birgitta Dahl, Uppsala, 14 de Abril de 1998). 196. SIDA: ”Beslut” (”Decisão”), Estocolmo, 4 de Fevereiro de 1971 (SDA). 197. Birgitta Dahl: ”Rapport från studieresa till Republiken Guinea och de befriade områdena i Guinea-Bissau, 6 november–7 december 1970” (”Relatório da viagem de estudo à República da Guiné e às zonas libertadas da Guiné-Bissau, 6 de Novembro–7 de Dezembro de 1970”), Uppsala, Janeiro de 1971 (SDA). Em 1971, Andreassen e Dahl publicaram a sua viagem em livro, que se entitulou Guinea-Bissau: Rapport om ett Land och en Befrielserörelse (”Guiné-Bissau: Relatos de um país e de um movimento de libertação”), Prisma, Estocolmo. 198. Citado em Möllander op. cit., pp. 28–29. 199. Möllander op. cit., p. 28. 200. Entrevista com Pierre Schori, p. 330. 201. Entrevista com Hillevi Nilsson, p. 326: ”Agostinho Neto tinha muito bons contactos com Nyerere, e Nyerere tinha bons contactos com Olof Palme e, em geral, com o Partido Social Democrata.”
Na via para o apoio oficial ao MPLA meira moção parlamentar especificamente apresentada a favor do apoio sueco ao MPLA foi também da autoria de Dahl, em Janeiro de 1971, pouco tempo depois da sua visita à Guiné-Bissau. A ajuda humanitária directa oficial sueca ao MPLA só se iniciou no ano fiscal de 1971-72, mas nunca foi muito avultada em termos quantitativos. Até à independência de Angola em Novembro de 1975, ascendeu no total a não mais de 7,8 milhões de coroas suecas. 202 Mesmo adicionando a estes valores os 3,3 milhões de ajuda indirecta via UNESCO à escola de Dolisie, o total é inferior a metade dos 23 milhões de coroas suecas concedidas à FRELIMO, sem contar com a ajuda dada ao Instituto Moçambicano, e equivale a apenas um quinto dos 53,5 milhões concedidos ao PAIGC. 203 De todos os movimentos de libertação africanos apoiados pelo governo sueco, o MPLA era de longe o menos favorecido, 204 pelo que não admira que, em 1996, Lúcio Lara declarasse que a ajuda ao PAIGC gerava ”algum ciúme” junto dos líderes do MPLA, acrescentando o mesmo o seguinte: ”comparámos os valores e constatámos a diferença”. 205 A disparidade existente era, contudo e em grande medida, consequência dos conflitos internos que afligiram o MPLA a partir de 1973, afectando gravemente a capacidade administrativa do movimento. Apesar disso, a ajuda representava o reconhecimento de facto do MPLA como o movimento legítimo de libertação de Angola, ou como ”governo em gestação”, 206 facto que, por sua vez, tinha consequências políticas de grande alcance. Apesar das circunstâncias muito diferentes, o primeiro ministro sueco Olof Palme e o presidente do MPLA Agostinho Neto criaram, ao longo dos anos, uma relação política de grande proximidade. A seguir, por exemplo, à visita de Neto à Suécia em meados de 1970, os dois encontraram-se em Lusaca durante a visita oficial do primeiro ministro sueco, realizada em Setembro de 1971. 207 O único outro grande líder dos movimentos de libertação que Palme consultou durante a sua visita foi Oliver Tambo do ANC. Pierre Schori, que traba-lhou muito com Palme em questões relacionadas com a África Austral, descreveu depois ”os laços entre a liderança do MPLA e a social democracia sueca” como ”singulares no mundo Ociden- 202. Com base nos valores das dotações que constam das contas anuais da ASDI, apuradas por Ulla Beckman para fins deste estudo. 203. Idem. 204. Deve notar-se que as proporções eram diferentes ao nível não-governamental. Segundo um estudo da ASDI, resumido pelo Grupo de África de Estocolmo, o MPLA recebeu em 1971 ajuda de ONGs suecas num valor de um pouco menos de um milhão de coroas suecas, em comparação com 1,7 milhões para a FRELIMO e apenas 400.000 para o PAIGC. É importante constatar que o MPLA dominava completamente a lista das organizações angolanas. Nove ONGs suecas diferentes contribuíram para as 975.000 coroas suecas angariadas em prol do MPLA; em 1971 só um organização apoiou a FNLA, angariando um valor muito marginal de 2.500 coroas suecas. Assim, o estudo da ASDI sublinha a força do MPLA e a marginalização da FNLA junto da opinião pública sueca no início dos anos setenta (Grupo de África de Estocolmo: ”Apoio aos movimentos de libertação das colónias portuguesas por parte de organizações não governamentais suecas, 1971”, Estocolmo [sem indicação de data, mas provavelmente Fevereiro de 1973], (AGA). 205. Entrevista a Lúcio Lara, p. 18 206. Entrevista a Pierre Schori, p. 330. 207. Durante a reunião, na qual, da parte sueca, participaram Pierre Schori e Per Wästberg, Palme disse que o apoio aos movimentos de libertação ia ser substancialmente aumentado. ”O MPLA podia contar com uma atitude positiva da parte do governo sueco e com um aumento da ajuda ao MPLA do dobro do valor actual”. Neto reconheceu com satisfação que, após ter feito um pedido em 1970 para o efeito, a ASDI tinha aceite incluir o transporte na ajuda recentemente acertada para o MPLA. Contudo, notou que a ASDI queria fornecer camiões alemães ou franceses e não percebia porque não sugeriam veículos suecos” (Pierre Schori: ”Promemoria”/”Memorandum” (”Samtal med Agostinho Neto, generalsekreterare för MPLA, Angola, i State House, Lusaca, 24 september 1971”/”Conversa com Agostinho Neto, secretário geral do MPLA, Angola, State House, Lusaca, 24 de Setembro de 1971”), Estocolmo, 1 de Outubro de 1971) (MFA). 77
- Page 26 and 27: 26 Tor Sellström mais uníssono e
- Page 28 and 29: 28 Tor Sellström que o que mais lh
- Page 30 and 31: 30 Tor Sellström porém, fortement
- Page 32 and 33: 32 artigos sobre Angola, ele escrev
- Page 34 and 35: 34 Tor Sellström dos principais jo
- Page 36 and 37: 36 Tor Sellström e terror por detr
- Page 38 and 39: 38 Tor Sellström tal é possível,
- Page 40 and 41: 40 Tor Sellström 25 por cento, era
- Page 42 and 43: 42 Tor Sellström sável em 1947 po
- Page 44 and 45: 44 Contactos de jovens e estudantes
- Page 46 and 47: 46 Tor Sellström Entre os particip
- Page 48 and 49: 48 Tor Sellström Congo-Brazzaville
- Page 50 and 51: 50 Tor Sellström receberam atenç
- Page 52 and 53: 52 Tor Sellström pedras. [...] Mas
- Page 54 and 55: 54 Tor Sellström Depois de se desl
- Page 56 and 57: 56 Tor Sellström de Lisboa em Ango
- Page 58 and 59: 58 Tor Sellström tas com o partido
- Page 60 and 61: 60 Tor Sellström ou, em geral, a t
- Page 62 and 63: 62 Tor Sellström em 1967 e que est
- Page 64 and 65: 64 Tor Sellström opiniões diverge
- Page 66 and 67: 66 Tor Sellström por ”incluírem
- Page 68 and 69: 68 Tor Sellström blicou vários ar
- Page 70 and 71: 70 Tor Sellström çambique, 153 qu
- Page 72 and 73: 72 Tor Sellström te do MPLA, Agost
- Page 74 and 75: 74 Tor Sellström pessoa formidáve
- Page 78 and 79: 78 Tor Sellström tal”, acrescent
- Page 80 and 81: 80 Tor Sellström esmagadora maiori
- Page 82 and 83: Os Mondlane e a FRELIMO de Moçambi
- Page 84 and 85: 84 Tor Sellström 1970, a quota da
- Page 86 and 87: 86 Tor Sellström ços para despert
- Page 88 and 89: 88 Tor Sellström mas também quem,
- Page 90 and 91: 90 A primeira visita dos Mondlane
- Page 92 and 93: 92 Tor Sellström Sul”, 46 enquan
- Page 94 and 95: 94 Tor Sellström O envolvimento do
- Page 96 and 97: 96 Tor Sellström para 200.000 coro
- Page 98 and 99: 98 Tor Sellström embustes, que os
- Page 100 and 101: 100 Tor Sellström dos programas de
- Page 102 and 103: 102 Tor Sellström além de debates
- Page 104 and 105: 104 Tor Sellström ”novo” país
- Page 106 and 107: 106 Tor Sellström Apesar disso, o
- Page 108 and 109: 108 Tor Sellström do secundário p
- Page 110 and 111: 110 Tor Sellström tava suspenso, o
- Page 112 and 113: 112 Tor Sellström seus planos, acr
- Page 114 and 115: 114 Tor Sellström britânico, e os
- Page 116 and 117: 116 Tor Sellström Durante a visita
- Page 118 and 119: 118 Tor Sellström Comissão Parlam
- Page 120 and 121: 120 Tor Sellström dos maiores proj
- Page 122 and 123: 122 Tor Sellström cobrir a visita
- Page 124 and 125: 124 Tor Sellström vras fortes, pro
76<br />
Tor Sellström<br />
mais central do que Palm em termos de transmissão das opiniões do PAIGC.<br />
Acompanhada pelo jornalista e fotógrafo Knut Andreassen, 194 Dahl visitou as z<strong>on</strong>as<br />
libertadas na Guiné-Bissau em Novembro-Dezembro de 1970. 195 Tendo obtido uma licença<br />
da ASDI, Dahl recebera, tal como Palm antes, um pedido para elaborar um relatório<br />
da sua visita, 196 que foi enviado em Janeiro de 1971 197 e c<strong>on</strong>firmou as c<strong>on</strong>statações<br />
de Palm relativamente a Cabral e aos p<strong>on</strong>tos de vista do PAIGC sobre Angola. Segundo<br />
Dahl, o secretário geral do PAIGC sublinhou que<br />
se a Suécia decidisse ajudar a luta de libertação em Angola, deveria c<strong>on</strong>ceder essa ajuda ao<br />
MPLA. Eu c<strong>on</strong>heço bem Holden Roberto e também Agostinho Neto. Holden Roberto nunca<br />
viveu a vida dum africano entre a sua gente. [...] Ele está agora num hotel no C<strong>on</strong>go, a<br />
negociar com todos e mais alguém. Já recebeu mais apoio e dinheiro do que qualquer outro<br />
líder dum movimento de libertação africano e apesar disso foi, de todos, o que menos avanços<br />
c<strong>on</strong>seguiu. Neto viveu para a África e para o movimento de libertação toda a sua vida. Viveu<br />
com o povo e c<strong>on</strong>hece as suas c<strong>on</strong>dições de vida. O MPLA passou por muitas dificuldades e<br />
cometeu erros. O movimento recebeu pouca ajuda externa mas tinha no C<strong>on</strong>go Kinshasa um<br />
inimigo. Apesar disso, o movimento fez muito mais do que a FNLA. São sérios, têm objectivos<br />
que estão certos e também métodos de trabalho apropriados. Se alguém merece ser apoiado,<br />
é o MPLA. 198<br />
Como já foi dito, não se pode apurar com certeza em que sentido foram feitas as últimas<br />
reflexões do Comité C<strong>on</strong>sultivo sobre Ajuda Humanitária para c<strong>on</strong>cessão de ajuda exclusivamente<br />
ao MPLA, mas o relatório de Birgitta Dahl teve um papel importante nesse<br />
sentido. De acordo com o relatório, Anders Möllander, que, na altura, exercia funções de<br />
secretário assistente do comité, escreveu mais tarde que ”temos indicações dadas pelos líderes<br />
do PAIGC e da FRELIMO de que quem deve receber a ajuda sueca é o MPLA”. 199<br />
Lendo os relatório de uma perspectiva histórica mais alargada, Pierre Schori referiu em<br />
1996 que ”poder-se-ia, duma certa forma, dizer que foi Amílcar Cabral quem iniciou os<br />
nossos c<strong>on</strong>tactos com o MPLA, mas nós já tínhamos desenvolvido esses c<strong>on</strong>tactos antes<br />
disso”. 200 Por outro lado, em representação do movimento de solidariedade não-governamental,<br />
Hillevi Nilss<strong>on</strong>, que durante mais de vinte anos foi mais próxima do MPLA<br />
do que qualquer outro sueco, c<strong>on</strong>statou em 1997 que a posição do governo sueco estava<br />
a ser influenciada pelo presidente da Tanzânia, Julius Nyerere. 201 Do que não há dúvida,<br />
é que a decisão foi tomada pouco tempo depois da reunião de Dahl com Cabral. A pri-<br />
194. Lars Rudebeck do Grupo de África de Uppsala visitou as z<strong>on</strong>as libertadas na Guiné-Bissau na mesma altura<br />
(PAIGC Actualités, Nº 23, 1970 e Nº 27, 1971). O futuro professor universitário em ciência política da Universidade<br />
de Uppsala, Rudebeck publicou em 1974 o livro Guinea-Bissau: A Study of Political Mobilizati<strong>on</strong>, Instituto<br />
Escandinavo de Estudos Africanos, Uppsala.<br />
195. Segundo Dahl, foi o ANC da África do Sul quem a pôs em c<strong>on</strong>tacto com o PAIGC. Na companhia da seua futura<br />
colega de governo social democrata Anna-Greta Leij<strong>on</strong>, enc<strong>on</strong>trara-se com Oliver Tambo do ANC em Uppsala,<br />
por ocasião do C<strong>on</strong>gresso da Juventude Afro-Escandinava de 1962, que se realizou em Oslo (c<strong>on</strong>versa com Birgitta<br />
Dahl, Uppsala, 14 de Abril de 1998).<br />
196. SIDA: ”Beslut” (”Decisão”), Estocolmo, 4 de Fevereiro de 1971 (SDA).<br />
197. Birgitta Dahl: ”Rapport från studieresa till Republiken Guinea och de befriade områdena i Guinea-Bissau,<br />
6 november–7 december 1970” (”Relatório da viagem de estudo à República da Guiné e às z<strong>on</strong>as libertadas da<br />
Guiné-Bissau, 6 de Novembro–7 de Dezembro de 1970”), Uppsala, Janeiro de 1971 (SDA). Em 1971, Andreassen<br />
e Dahl publicaram a sua viagem em livro, que se entitulou Guinea-Bissau: Rapport om ett Land och en Befrielserörelse<br />
(”Guiné-Bissau: Relatos de um país e de um movimento de libertação”), Prisma, Estocolmo.<br />
198. Citado em Möllander op. cit., pp. 28–29.<br />
199. Möllander op. cit., p. 28.<br />
200. Entrevista com Pierre Schori, p. 330.<br />
201. Entrevista com Hillevi Nilss<strong>on</strong>, p. 326: ”Agostinho Neto tinha muito b<strong>on</strong>s c<strong>on</strong>tactos com Nyerere, e Nyerere<br />
tinha b<strong>on</strong>s c<strong>on</strong>tactos com Olof Palme e, em geral, com o Partido Social Democrata.”