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Book 2.indb - The Nordic Documentation on the Liberation Struggle ...

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Na via para o apoio oficial ao MPLA<br />

Birgitta Dahl, deputada social democrata, com o PAIGC nas z<strong>on</strong>as libertadas da Guiné-Bissau,<br />

Novembro de 1970. (Gentilmente cedida por Birgitta Dahl)<br />

entre os inquiridos: ”A quem deve ser c<strong>on</strong>cedida a ajuda? Para nós, como para a FRELIMO,<br />

foi sempre evidente que o MPLA é o único movimento de libertação em Angola que pode dizer<br />

que representa mesmo o povo angolano. [...] Na nossa opinião, um país progressista como<br />

a Suécia não deve hesitar mais. É urgente que se decida. A luta em Angola é muitíssimo mais<br />

importante, sendo que o MPLA precisa de toda a ajuda que lhe possamos dar. Além disso, não<br />

tem importância o facto de nós do PAIGC e da FRELIMO, que já recebemos ajuda da Suécia,<br />

colaborarmos com o MPLA?” 192<br />

O relato de Palm foi, c<strong>on</strong>tudo, c<strong>on</strong>trariado pelos relatos, muito divulgados, das viagens<br />

de Julho-Agosto de 1969 de Olle Wästberg com o FNLA, pelo norte de Angola. Daí<br />

resultou a divisão em dois grupos claros, ou seja, os que defendiam a FNLA dum lado<br />

e, do outro, os que defendiam o MPLA. O impasse ficou bem marcado em Novembro<br />

de 1970 pela ausência de uma decisão por parte do Comité C<strong>on</strong>sultivo sobre Ajuda<br />

Humanitária. C<strong>on</strong>tudo, tal como dito, foi em Março de 1971 que esse impasse acabou,<br />

e de forma favorável ao MPLA. A decisão foi tomada após uma visita da deputada social<br />

democrata Birgitta Dahl à Guiné-Bissau. 193 Essa deputada tinha já um historial como<br />

membro activo da associação Laboremus do Partido Social Democrata em Uppsala, ligada<br />

ao Instituto Escandinavo de Estudos Africanos. A deputada desempenhava também,<br />

na altura, um cargo na ASDI, e enc<strong>on</strong>trou-se com Agostinho Neto em Estocolmo em Julho<br />

de 1970. Birgitta Dahl, além do seu assento parlamentar, tinha um posici<strong>on</strong>amento<br />

192. Ibid.<br />

193. Dahl participava muito activamente em questões de política internaci<strong>on</strong>al. No início dos anos setenta foi, por<br />

exemplo, auditora da campanha de angariação de fundos em prol do PAIGC, organizada pelo Grupo de África de<br />

Uppsala e em 1972 foi nomeada presidente da Comissão Sueca para o Vietname (Svenska Kommittén för Vietnam).<br />

Depois de ter sido Ministra da Energia (1982–90) e do Ambiente (1986–91) Dahl foi, em 1994, eleita presidente<br />

do parlamento sueco.<br />

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