Book 2.indb - The Nordic Documentation on the Liberation Struggle ...
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256 Tor Sellström Schori atacou e difamou o povo angolano. A atitude da Suécia terá consequências nefastas para os suecos que trabalham para o regime não-eleito e ilegal em Luanda. 266 A afirmação de Schori foi transmitida a Savimbi. Uma vez que, ao mesmo tempo, os Grupos de África exigiam que Antunes fosse expulso da Suécia 267 , o líder da UNITA repetiu as ameaças. Entrevistado na Jamba, para o jornal social democrata Aftonbladet, Savimbi anunciou em Maio de 1987: Fica aqui o aviso a Pierre Schori: Se expulsar o representante da UNITA, faço reféns os suecos que estão em Angola. A Suécia nada pode fazer para os recuperar. Os suecos ficarão connosco até ao final da guerra. [...] Temos tido contactos com muitos suecos. Eu encontrei-me com Pierre Schori na Suécia. 268 Nessa altura ele era um amigo nosso. Nós nada temos contra o facto de a Suécia apoiar cegamente o MPLA. Trata-se duma escolha que tem de ser respeitada, mas a Suécia tem de saber que ela inclui riscos. 269 A Suécia não instaurou um processo em tribunal contra Luís Antunes mas, apesar disso, menos de quatro meses depois, Savimbi passou das palavras aos actos. O alvo foi um projecto de electrificação rural, no valor de 200 milhões de coroas suecas, na região de Dembos, a nordeste da capital Luanda. 270 Financiado parcialmente pela ASDI, o projecto fora realizado pelas empresas suecas Transelectric e Bygg-Paul, levando electricidade a uma população de 30.000 aldeões. O projecto tinha sido concluído em meados de 1987 e oficialmente inaugurado na presença da Ministra sueca da Cooperação para o Desenvolvimento Internacional, Lena Hjelm-Wallén, em Quibaxe, a 5 de Setembro de 1987. 271 Dois dias depois, a 7 de Setembro, estando Hjelm-Wallén ainda em Angola, a UNITA atacou um grupo de oito veículos, que regressava de Quibaxe para Luanda, a cerca de 110 quilómetros a norte da capital. Estavam trabalhadores da construção da Bygg-Paul a trabalhar com esse grupo, tendo três deles, Kent Andersson, Göran Larsson e Gunnar Sjöberg, sido feitos reféns pelos autores do ataque, enquanto outros conseguiram fugir. 272 266. Citado em Ola Liljedahl: ”UD varnades för 17 månader sedan” (”O Ministério dos Negócios Estrangeiros foi avisado há 17 meses”), em Expressen, 9 de Setembro de 1987. 267. Editorial em Afrikabulletinen, Nº 3, 1986, p. 1. A seguir ao ataque da UNITA, o Ministério dos Negócios Estrangeiros investigou a possibilidade de Luís Antunes ser acusado judicialmente, pelas ameaças feitas em Abril de 1986 (Ove Bring: Memorando (”Kan UNITAs representant i Sverige åtalas?”/”Poderá o representante da UNITA na Suécia ser acusado?”), Ministério dos Negócios Estrangeiros, Estocolmo, 17 de Setembro de 1987) (MFA). Devido ao facto de as negociações para libertar os reféns serem muito sensíveis, não foi accionado qualquer processo judicial contra Antunes. 268. Na entrevista, Savimbi declara que se encontrou com Schori na Suécia em 1968 e 1969. Contudo, o único encontro entre ambos, de que se tem conhecimento, teve lugar em Estocolmo, no final de Maio de 1967. 269. Ritva Rönnberg: ”Jag kan gripa svensk gisslan” (”Posso fazer reféns suecos”), em Aftonbladet, 17 de Maio de 1987. Savimbi reconheceu que a UNITA estava a receber ”certas ajudas” da África do Sul. 270. Segundo Ritva Rönnberg do Aftonbladet, o projecto de electrificação tinha sido especificamente referido por Savimbi na sua entrevista com ele, em Maio de 1987. Diz-se que o líder da UNITA terá declarado: ”Se electrificarem perto da capital Luanda, não é para o povo, mas para uma cidade onde não há paz. A Suécia arrisca.” (Ritva Rönnberg: ”Gerillaledarens hot blev verklighet”/”As ameaças do líder da guerrilha tornaram-se realidade” em Aftonbladet, 9 de Setembro de 1987). 271. Ulf Hagman: ”Svenskt projekt i Angola hotas av UNITA-gerillan” (”Projecto sueco em Angola é ameaçado pela guerrilha da UNITA), em Svenska Dagbladet, 5 de Setembro de 1987. 272. Telegrama (”Saknade svenskar i Angola”/”Suecos desaparecidos em Angola”) de Sten Rylander, Embaixador da Suécia em Angola, ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, Luanda, (sem indicação de data, mas 8 de Setembro de 1987 (MFA). Após a sua libertação, os reféns sobreviventes declararam que a UNITA ”sabia que a ministra sueca da Cooperação tinha estado em Quibaxe [...]. Eles dizem que foi um ataque de rotina, mas estamos convictos de que foi planeado para raptar suecos e, possivelmente, outros estrangeiros” (Peter Carlberg, Torgny Hinnemo e Roger Magnergård: ”UNITA-fångarna hemma idag”/”Os prisioneiros da UNITA voltam hoje a casa” em Svenska Dagbladet, 3 de Dezembro de 1987).
MPLA de Angola: Um caminho mais difícil Aquele que se passou a chamar ”o drama dos reféns de Angola” despoletou muita acção. A Embaixada da Suécia em Luanda 273 juntamente com as autoridades angolanas, tentou aferir do estado de saúde e do paradeiro dos suecos desaparecidos 274 , A UNITA, nomeadamente por Luís Antunes, lançou uma campanha sustentada de desinformação. O seu primeiro comentário aos acontecimentos foi declarar à imprensa que ”Nós fizemos os suecos nossos reféns a fim de protegê-los. Se nós não tivéssemos tomado conta deles, provavelmente o MPLA tê-los-ia assassinado para deitar as culpas à UNITA 275 . Três dias depois declarou que os suecos ”são nossos convidados. Damos-lhes alimentação e abrigo, até chegarmos às zonas libertadas”. 276 Cinco semanas depois do ataque, foi encontrado o corpo de Göran Larsson, numa campa rasa, a cerca de 15 quilómetros 277 . Levantando também grandes preocupações relativamente aos outros suecos desaparecidos, Antunes declarou que as notícias eram ”informação falsa, espalhada pelo governo do MPLA e um boato destinado a denegrir ainda mais a UNITA”. 278 O grupo de pressão sueco pró-UNITA apoiou a acção levada a cabo contra os trabalhadores. Admitindo que ”raptar não é, evidentemente, positivo”, o deputado do Partido Moderado Göran Allmér, que, em conjunto com Birger Hagård, fora um dos mentores da campanha ”Ajuda a Angola”, disse repetidamente que a UNITA estava a lutar ”por uma causa justa”. 279 Hagård repetiu as declarações de Antunes. A seguir às notícias da morte de Larsson, disse ”que duvidava da informação da Embaixada sueca em Angola”, acrescentando que ”há uma guerra civil em curso. [...] Qualquer sueco que se desloque a Angola tem de perceber isso”. 280 Antunes e Hagård tentaram também forçar o governo 273. Na Embaixada da Suécia, Svend Thomsen desempenhava funções de agente de ligação. Foi Thomsen quem, cinco semanas mais tarde, localizou o corpo de Larsson. 274. Na sua busca dos suecos, as autoridades angolanas partiram do princípio de que a UNITA os estava a levar para norte, em direcção ao Zaire, enquanto na realidade foram levados para leste, na direcção de Malanje e, depois, sul, para a Jamba. Ao desempenhar funções de observador das eleições em Angola em Setembro de 1992, Sten Rylander, o embaixador da Suécia em Luanda na altura do drama dos reféns, e o autor viajaram juntos, por coincidência, com o comandante da UNITA responsável pelo ataque e transferência dos suecos para a Jamba. Foi nessa altura que se veio a saber sobre o itinerário exacto. Quando Rylander fez uma observação ao Comandante Chimuko, dizendo que ele tinha provocado muito sofrimento e problemas à Suécia, o militar da UNITA respondeu rispidamente: ”Era mesmo isso que se pretendia” (Recordação do autor). 275. Citado em Rönnberg op.cit. em Aftonbladet, 9 de Setembro de 1987. Tommy Hansson repetiu a espantosa declaração num artigo publicado pelo jornal conservador nacional Svenska Dagbladet em meados de Novembro de 1987 (Tommy Hansson: ”Carl Tham leker med fångarnas liv”/”Carl Tham está a brincar com as vidas dos prisioneiros” em Svenska Dagbladet, 11 de Novembro de 1987). 276. Annika Creutzer: ”Vi kan inte säga när gisslan släpps” (”Não se consegue prever quando os reféns serão libertados”), em Aftonbladet, 12 de Setembro de 1987. 277. Bittan Svensson: ”Göran Larsson död” (”Göran Larsson morto”), em Östgöta-Correspondenten, 14 de Outubro de 1987. Larsson foi atingido numa perna e no estômago durante o ataque da UNITA. Morreu no dia seguinte. De acordo com alguns depoimentos posteriores, feitos por Andersson e Sjöberg, ele poderia ter sobrevivido, mas a UNITA recusou-se a dar-lhe assistência médica apropriada (Carlberg, Hinnemo e Magnergård op. cit. em Svenska Dagbladet, 3 de Dezembro de 1987). 278. Bittan Svensson: ”UNITAs representant: Det är bara ett rykte” (”Representante da UNITA: Não passa dum boato”,) em Östgöta-Correspondenten, 14 de Outubro de 1987. Os líderes da UNITA na Jamba foram imediatamente informados da morte de Larsson (Carlberg, Hinnemo e Magnergård op. cit. em Svenska Dagbladet, 3 de Dezembro de 1987). Antunes afirmou estar em contacto constante com a Jamba. 279. Citado em Christer Bergström e Michael Berwick: ”Han stöder kidnappargerillan” (”Ele apoia a guerrilha raptora”), em Folket, 9 de Setembro de 1987. 280. Citado em Torbjörn Westerlund: ”UNITAs trovärdighet är körd i botten” (”A credibilidade da UNITA bateu no fundo”), em Östgöta-Correspondenten, 14 de Outubro de 1987. Reconhecendo que o ataque da UNITA foi ”um erro”, dez anos mais tarde Hagård insistia: ”Pode dizer-se que aquilo foi uma espécie de ataque terrorista mas, por outro lado, era do mesmo tipo dos métodos usados constantemente pelo MPLA. Estava em curso uma guerra civil em Angola e os três suecos estavam por certo bem cientes dos perigos. Aconteceu, mas isso não muda as nossas perspectivas” (Entrevista com Birger Hagård, p. 275). 257
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MPLA de Angola: Um caminho mais difícil<br />
Aquele que se passou a chamar ”o drama dos reféns de Angola” despoletou muita<br />
acção. A Embaixada da Suécia em Luanda 273 juntamente com as autoridades angolanas,<br />
tentou aferir do estado de saúde e do paradeiro dos suecos desaparecidos 274 , A UNITA,<br />
nomeadamente por Luís Antunes, lançou uma campanha sustentada de desinformação.<br />
O seu primeiro comentário aos ac<strong>on</strong>tecimentos foi declarar à imprensa que ”Nós fizemos<br />
os suecos nossos reféns a fim de protegê-los. Se nós não tivéssemos tomado c<strong>on</strong>ta deles,<br />
provavelmente o MPLA tê-los-ia assassinado para deitar as culpas à UNITA 275 . Três dias<br />
depois declarou que os suecos ”são nossos c<strong>on</strong>vidados. Damos-lhes alimentação e abrigo,<br />
até chegarmos às z<strong>on</strong>as libertadas”. 276 Cinco semanas depois do ataque, foi enc<strong>on</strong>trado<br />
o corpo de Göran Larss<strong>on</strong>, numa campa rasa, a cerca de 15 quilómetros 277 . Levantando<br />
também grandes preocupações relativamente aos outros suecos desaparecidos, Antunes<br />
declarou que as notícias eram ”informação falsa, espalhada pelo governo do MPLA e um<br />
boato destinado a denegrir ainda mais a UNITA”. 278<br />
O grupo de pressão sueco pró-UNITA apoiou a acção levada a cabo c<strong>on</strong>tra os trabalhadores.<br />
Admitindo que ”raptar não é, evidentemente, positivo”, o deputado do Partido<br />
Moderado Göran Allmér, que, em c<strong>on</strong>junto com Birger Hagård, fora um dos mentores<br />
da campanha ”Ajuda a Angola”, disse repetidamente que a UNITA estava a lutar ”por<br />
uma causa justa”. 279 Hagård repetiu as declarações de Antunes. A seguir às notícias da<br />
morte de Larss<strong>on</strong>, disse ”que duvidava da informação da Embaixada sueca em Angola”,<br />
acrescentando que ”há uma guerra civil em curso. [...] Qualquer sueco que se desloque<br />
a Angola tem de perceber isso”. 280 Antunes e Hagård tentaram também forçar o governo<br />
273. Na Embaixada da Suécia, Svend Thomsen desempenhava funções de agente de ligação. Foi Thomsen quem,<br />
cinco semanas mais tarde, localizou o corpo de Larss<strong>on</strong>.<br />
274. Na sua busca dos suecos, as autoridades angolanas partiram do princípio de que a UNITA os estava a levar para<br />
norte, em direcção ao Zaire, enquanto na realidade foram levados para leste, na direcção de Malanje e, depois, sul,<br />
para a Jamba. Ao desempenhar funções de observador das eleições em Angola em Setembro de 1992, Sten Rylander,<br />
o embaixador da Suécia em Luanda na altura do drama dos reféns, e o autor viajaram juntos, por coincidência, com<br />
o comandante da UNITA resp<strong>on</strong>sável pelo ataque e transferência dos suecos para a Jamba. Foi nessa altura que se<br />
veio a saber sobre o itinerário exacto. Quando Rylander fez uma observação ao Comandante Chimuko, dizendo<br />
que ele tinha provocado muito sofrimento e problemas à Suécia, o militar da UNITA resp<strong>on</strong>deu rispidamente: ”Era<br />
mesmo isso que se pretendia” (Recordação do autor).<br />
275. Citado em Rönnberg op.cit. em Aft<strong>on</strong>bladet, 9 de Setembro de 1987. Tommy Hanss<strong>on</strong> repetiu a espantosa<br />
declaração num artigo publicado pelo jornal c<strong>on</strong>servador naci<strong>on</strong>al Svenska Dagbladet em meados de Novembro de<br />
1987 (Tommy Hanss<strong>on</strong>: ”Carl Tham leker med fångarnas liv”/”Carl Tham está a brincar com as vidas dos prisi<strong>on</strong>eiros”<br />
em Svenska Dagbladet, 11 de Novembro de 1987).<br />
276. Annika Creutzer: ”Vi kan inte säga när gisslan släpps” (”Não se c<strong>on</strong>segue prever quando os reféns serão libertados”),<br />
em Aft<strong>on</strong>bladet, 12 de Setembro de 1987.<br />
277. Bittan Svenss<strong>on</strong>: ”Göran Larss<strong>on</strong> död” (”Göran Larss<strong>on</strong> morto”), em Östgöta-Corresp<strong>on</strong>denten, 14 de Outubro<br />
de 1987. Larss<strong>on</strong> foi atingido numa perna e no estômago durante o ataque da UNITA. Morreu no dia seguinte.<br />
De acordo com alguns depoimentos posteriores, feitos por Anderss<strong>on</strong> e Sjöberg, ele poderia ter sobrevivido, mas a<br />
UNITA recusou-se a dar-lhe assistência médica apropriada (Carlberg, Hinnemo e Magnergård op. cit. em Svenska<br />
Dagbladet, 3 de Dezembro de 1987).<br />
278. Bittan Svenss<strong>on</strong>: ”UNITAs representant: Det är bara ett rykte” (”Representante da UNITA: Não passa dum<br />
boato”,) em Östgöta-Corresp<strong>on</strong>denten, 14 de Outubro de 1987. Os líderes da UNITA na Jamba foram imediatamente<br />
informados da morte de Larss<strong>on</strong> (Carlberg, Hinnemo e Magnergård op. cit. em Svenska Dagbladet, 3 de<br />
Dezembro de 1987). Antunes afirmou estar em c<strong>on</strong>tacto c<strong>on</strong>stante com a Jamba.<br />
279. Citado em Christer Bergström e Michael Berwick: ”Han stöder kidnappargerillan” (”Ele apoia a guerrilha<br />
raptora”), em Folket, 9 de Setembro de 1987.<br />
280. Citado em Torbjörn Westerlund: ”UNITAs trovärdighet är körd i botten” (”A credibilidade da UNITA bateu<br />
no fundo”), em Östgöta-Corresp<strong>on</strong>denten, 14 de Outubro de 1987. Rec<strong>on</strong>hecendo que o ataque da UNITA foi ”um<br />
erro”, dez anos mais tarde Hagård insistia: ”Pode dizer-se que aquilo foi uma espécie de ataque terrorista mas, por<br />
outro lado, era do mesmo tipo dos métodos usados c<strong>on</strong>stantemente pelo MPLA. Estava em curso uma guerra civil<br />
em Angola e os três suecos estavam por certo bem cientes dos perigos. Ac<strong>on</strong>teceu, mas isso não muda as nossas<br />
perspectivas” (Entrevista com Birger Hagård, p. 275).<br />
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